Atualmente vivemos em meio a uma guerra de narrativas, que se tornou mais importante do que a verdade. A obediência dos membros pertencentes a um determinado grupo passou a ter mais valor do que a razão. Não é possível debater ou construir, mas, sobretudo, destruir e vencer. E sabe o por quê não conseguimos construir? Pela simples razão de que os dois lados sempre têm razão.
Quando temos dois lados bem definidos (polarização) em seus valores, ideias, crenças, temos uma disputa na qual o objetivo é saber qual narrativa vai prevalecer. Essa é a dinâmica natural. Esse fenômeno não é novo na política e, aqui, para não tomar partido ou lado, não iremos citar nomes, nem atores políticos, mas é fundamental se registrar esta constatação: a guerra, o ódio, a perseguição não é algo que surgiu após as eleições presidenciais de 2018.
As disputas têm gerado um investimento cada vez maior na desqualificação moral e na deslegitimação do adversário. A tentativa é tirar a credibilidade do meu inimigo para que no campo das ideias eu possa prevalecer. Mais do que fazer triunfar as próprias ideias, o objetivo final é a destruição do outro. Não importa se esse outro até mesmo é meu amigo ou membro da família, pois os laços sociais pouco importam nesta guerra. A “irmandade de lado” é o que nos une.
As redes sociais tiveram um papel crucial para acirramento deste processo, em que a negociação não existe. Tomadas pelo ódio maniqueísta e por discursos frequentemente vitimistas, sobra pouco espaço para se pensar em saídas negociadas e menos traumáticas, uma vez que ninguém quer parecer derrotado.
Precisamos, primeiramente, reconhecer que as narrativas são parciais: todas contêm verdades e mentiras, distorções e omissões, deliberadas ou inocentes, motivadas pelo cinismo. Elas realmente vivem para que um lado conte sua história com os fatos que lhe convém e ganhem espaço na polarização.
O que assistimos hoje no Brasil é que essa polarização, o ambiente de guerra de narrativas se alastrou não só para política nos Poderes Executivo e Legislativo, mas quase todas as instituições entraram nesta guerra, principalmente por meio de seus representantes, que utilizam dos poderes dados e promovem ataque deliberados.
O resultado disso tudo é que nossa democracia anda machucada, meio que perdida no campo das ideias, busca uma saída que somente as urnas poderão dar, mas se aqueles que escolherão os próximos governantes parecem ser refém também das narrativas, então o que esperar? Enquanto isso, assistimos instituições sendo atacadas, reputações sendo destruídas, pessoas sendo canceladas.
A propaganda política negativa teve sua origem lá na terra do Tio Sam, quando em 1964, na campanha presidencial, aproveitando a penetração da televisão nos lares americanos, a campanha de Lyndon Johnson “destruiu” com seus anúncios negativos o seu oponente Barry Goldwater, o estigmatizando de tal forma que sua fama perdurou por muitos anos.
Se a política negativa existe há tanto tempo, qual seu problema agora? Infelizmente vivemos tempos atípicos, que pedem mais racionalidade, mais negociação e mais visão com relação ao futuro. Alguns recados foram dados pelos eleitores no pleito municipal de 2020. Boa parte da população rejeitou, em seu território local, um clima de guerra, de disputa acirrada no discurso e recusou o clima de confronto permanente que alguns querem impor. Se vamos encontrar esse mesmo movimento para as eleições presidenciais ainda é cedo para afirmar, mas precisamos concordar que o diálogo é preciso, pois a instabilidade política tem gerado sequelas para o nosso Brasil.
Cada lado projetou em seus líderes uma imagem, um mito. A grande realidade que parece que ninguém quer ceder, que pessoas, e os próprios mitos erram e precisam ser avaliados, mas seria demais reconhecer isso. Por isso vamos, cada vez mais, nos aprofundando em disputas e discussões intermináveis. O sentimento que tenho é que precisamos trazer mais racionalidade para o debate, colocar discussões realmente importantes e lidar de maneira eficiente com os problemas. Somos todos brasileiros e, queiram ou não, o ganha-ganha ainda será a melhor opção. Vamos deixar a “guerra”, se possível, apenas para o período eleitoral e vamos governar.
Thiago Medeiros, Publicitário e Sociólogo.
Temos os piores políticos dirigindo o País. Precisamos de um rumo, uma alternativa em todas as esferas governamentais.
Estamos em guerra, sim. Contra um vírus. Não há narrativa capaz de justificar tamanha incompetência e descaso no combate ao inimigo, ao sacrifício de milhares de vidas. A realidade concreta se impõe à disputa de ideias/narrativas. Pessoas estão passando fome e morrendo. Esse argumento da polarização acaba nivelando a disputa política por baixo, contribuindo para normalizar absurdos. Ao invés de criar inimigos imaginários é hora de derrotar o vírus!
Estamos numa Guerra! O Inimigo é conhecido, foi localizado e até já se sabe onde e como vai agir. Temos um "Exército" de Brasileiros preparados para combater o inimigo de todos nós, sem distinção de sexo, raça ou cor! Em pleno campo de batalha, estamos tendo que enfrentar cerca de 30 a 40% dos nossos soldados que, parecem, torcer contra as tropas brasileiras que estão no fronte. Muitos "subcomandantes" distorcem as ações de comando, infelizmente, favorecendo o inimigo. Nessa Guerra, precisamos derrotar o inimigo comum, agora! Vamos unir nossas forças! A batalha pelo comando superior somente deverá ser travada em 2022. Pela Vida de milhares de brasileiros que ainda irão perecer nessa guerra, LUTEMOS, TODOS JUNTOS, PELA PÁTRIA AMADA BRASIL! A união faz a força! A atitude, a diferença!
O maior culpado são os políticos que ficam nutrindo essa guerra. Quem perde somos nós. Tanto nível federal como aqui em nosso Estaso
Infelizmente o autor do texto comete um equívoco quando diz que precisamos de racionalidade.
Primeiro ponto, se for seguir esta tese fantasiosa defendida pela eminente autor, então iremos cair numa ideologia política que ele mesmo defende sem saber ou mesmo sabendo. Isto é o positivismo, que supostamente argumenta que as paixões ideológicas devem serem abandonadas em nome de um bem maior.
Em segundo lugar, o autor se equivoca quando defende que a mudança ocorre nas urnas. Ora, há pelo menos 7 décadas os brasileiros ouvem este discurso de que a mudança vira através das urnas. Precisamos chamar atenção para o fato de que a cada 30 anos no Brasil ocorre uma eleição onde há quebra de ciclo de poder, onde em geral isso eleitos pessoas totalmente diferentes do meio político que dominava o momento anterior. Logo, a mudança jamais será exclusivamente pelas urnas. A dita mudança, a evolução só poderá ocorrer através do avanço cultural, ou melhor o domínio cultural de uma ideologia sobre a outra. Isto trata-se de algo natural da humanidade. A esfera cultural domina o campo político, assim como a política governa a economia.
Guerra é vital, e o mais importante é vencer. Não podemos ceder ao marxismo cultural.
Foi muito bem até certo ponto, mas qdo passa o pano e dilui e atribui a dois lados, reforça a polarização e o texto vira uma mera peca publicitária.
Vendo os comentários persebemos o quanto estamos longe do que almeja o autor do texto.
Parabéns pelo texto, excelente.
O "natalense" é muito impaciente, 2022 é bem ali tentem ganhar a eleição, outra leia mais um pouco pra ver quem foi o pior presidente do Brasil, o Brasil é o sexto pais em vacinação, fique em casa que seu salário chega todo mês
Tirem as vendas dos olhos , o presidente estar fazendo oq pode, o Brasil hoje estar entre os 4 q mais compraram vacina . De países que nem vacinou sua população inteira . Essa turma do quanto pior melhor é o câncer da nosso país.
Não interessa para alguns políticos de nosso falido RN, a moderação responsável e coerente nas suas ações, na verdade é de vital importância a imposição e a retórica avassaladora como meio da manutenção de suas posições políticas eleitoreiras, tendo o vírus como a principal bandeira de seus ideologias cegas.
Temos políticos de todos os quilates e de brilhos duvidosos e até opacos, mas o principal instrumento é a caneta e prelo como caminho para aprisionar o seu povo, povo esse que era logo será incitado a fazerem de seu livre árbitro o caminho de pagador de uma pseuda conta chamada de salvação.
O jogo de guerra em plena atividade é fruto da semeadora do medo como mecanismo do resguardo da vida.
Estou esperando desde já as loas eleitoreiras dos "Salvadores e Messias" que vão pregar no deserto, dizendo eles aos incautos cidadãos que estão vivos graças as suas altivas atitudes, mas todas as falas serão em um determinado momento vazias, pois a fome chegou primeiro.
Estamos todos sitiados por uma leva de incompetentes e míopes gestores públicos ávidos por recursos e mais recursos financeiros.
A verticalização do isolamento social talvez seja um caminho viável , mas o jogo de guerra é mais produtivo, pois o inimigo invisível é o elemento a ser combatido e em razão de tal situação é impossível eles chegarem a vitória, mas quem disse que para eles a vitória interessa!
O Brasil está dividido entre os bestas que apoia Lula e seus filhos ricos e os que adoram Bolsonaro e seus filhos ricos.
Um grupo segue o mundo civilizado, os cientistas, as boas práticas, a oms e o bom senso. O outro segue o caos.
Escolham seu lado. O meu eu já tenho.
A Argentina é um exemplo do rumo que um país divido pode tomar !!!
Muito bom seu texto, amigo. Bem escrito, parabéns. Permita-me apenas um adendo. A meu ver, o maior problema no Brasil de hoje está sendo o inconformismo de quem perdeu a eleição em 2018, o desrespeito à vontade popular expressa naquela ocasião, apoiado no ativismo judicial da suprema corte do país, cujos membros demonstram não respeitar a letra da nossa Constituição e estão mais preocupados em fazer política, que lhes é vedado por lei. O presidente eleito não pode governar e essa é a razão dessa "guerra" política infindável. Por que não aguardam 2022 e tentam eleger suas pautas? Por que não deixam o presidente governar? Não serão bons textos que ajudarão o Brasil, precisamos de racionalidade e do REAL espírito democrático, com o cumprimento de seus princípios.
Faça jus a palavra "honesta*.
Nao aceitou? E a paralizacão do congresso em 2015 pelo então preso presidente da câmara pra abrir um processo de impeachmant contra a recém reeleita Dilma Roussef?
Deixe de mimimi…
Vitimismo igual ao presidente que não assume nada.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O Presidente não pode governar? Quem está impedindo? Será eles mesmo, ou os filhos, o a esposa, ou Queiroz, ou são os seus ministros, ou Mourão, ou Moro? Ah, já sei, a culpa é da imprensa (a mesma que ajudou a eleger ele), não, não, é o Supremo, ou o Congresso? Não é Rodrigo Maia, ou é a esquerda? kkkkk A culpa é do Lulaladrão, o homem mais poderoso de país…. Faça-a o favor, já se vão mais de 2 anos e o seu presidente não fez nada. Ou será que vc tá satisfeito com o preço da gasolina, do gás de cozinha, da carne, do plano de saúde, do arroz, das verduras? Veja quanto isso custava no ano de 2017.
Fato é que temos um dos piores gestores da história da humanidade administrando o Brasil. No cargo mais importante da nação. E acreditem, ele se nega a usar máscaras e evitar aglomeração, ainda chama de idiotas aqueles que pedem vacina.