Economia

Bolsonaro critica restrições em SP e DF e fala em risco de invasões a supermercados e greves: “até quando nossa economia vai resistir?”

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Um dia após adotar tom moderado ao falar da pandemia, usar máscara em público e defender a vacinação, o presidente Jair Bolsonaro criticou duramente as restrições impostas por governadores para tentar conter o avanço da covid-19 no País. Durante participação virtual em reunião no Senado, nesta quinta-feira, 11, Bolsonaro citou a possibilidade de invasões a supermercados e greves em função do lockdown.

O presidente da República participou do evento enquanto estava no Palácio do Planalto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Diferentemente de quarta-feira, 10, Bolsonaro não usava máscara, enquanto o auxiliar estava com o equipamento de proteção no rosto.

Bolsonaro criticou diretamente as medidas adotadas pelos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Doria anunciou nesta quinta-feira, 11, novas restrições, inclusive toque de recolher no Estado, medida também aplicada no Distrito Federal. Bolsonaro comparou o isolamento a um “sapo fervido”, ou seja, depois de aumentada a temperatura, “não sai mais da panela”.

Medidas de isolamento social e restrição ao comércio, porém, têm sido recomendadas por especialistas para conter a transmissão do vírus. Assim como outras regiões do País, São Paulo e Distrito Federal têm visto pressão sobre seus sistemas de saúde e alta de internações pela covid-19.

“Até quando? Até quando nossa economia vai resistir? Se colapsar, vai ser uma desgraça. O que poderemos ter brevemente? Invasão a supermercado, fogo em ônibus, greves, piquetes, paralisações. Onde vamos chegar? Será tarde para o sapo sair da panela”, disse Bolsonaro. No discurso do presidente da República, enquanto o governo federal combate o desemprego, prefeitos e governadores estão “destruindo” a economia.

As críticas feitas pelo presidente a medidas de isolamento social não são novas. Nessa quarta, porém, horas após o ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva atacar a gestão da pandemia pelo governo federal, Bolsonaro mudou sua conduta em evento no Palácio do Planalto. Na ocasião, chegou a justificar as restrições de circulação como medida necessária para que houvesse tempo para hospitais se preparar para o aumento da demanda de pacientes.

Nas últimas duas semanas, o Brasil registrou aumento de 43% na média diária de óbitos. Em 25 de fevereiro, o número estava em 1.150. Agora está em 1.645 , o maior da pandemia. Na quarta-feira, 10, o Brasil registrou 2.349 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados do consórcio formado por veículos de imprensa.

“Lamento todas as mortes que ocorrem, todas as mortes. Lamento essa desgraça que se abateu sobre o mundo, mas nós temos que olhar para frente”, afirmou Bolsonaro. Em seguida, defendeu vacinar a população.

“Temos que buscar minimizar a dor dessas pessoas, buscar minimizá-la com vacina. Toma vacina. Abrimos para comprar praticamente de todos os laboratórios depois de aprovado pela anvisa.” O presidente afirmou que nunca negou a vacina.

Com Estadão

Opinião dos leitores

  1. O objetivo destes governadores, tendo como cabeça o calça cravada, é criar o caos no país.
    Por que fecharam hospitais de campanha e leitos nos hospitais?
    Por que não permitem o uso de medicamentos no início da contaminação?
    As baladas continuaram sem qualquer intervenção dos Estados, até o filho do calça cravada fez festinha com aglomeração sem uso de máscaras.
    Em breve veremos o resultado dessas medidas de lockdown nas cidades.
    Óbvio que tentarão culpar o Bolsonaro, mas o cara é foda e com sua excelente equipe vai saber dar a volta por cima.

  2. Olha aí…
    Que idéia excelente do presidente.
    Nada de Auxílio Emergencial, agora a vez é ivadir supermercado.
    Pra ele quanto pior melhor.

  3. Agora insufla invasões? Tá cada dia pior.
    O efeito Lula tá fazendo um bem danado ao país.

  4. Por que invasão de supermercados?
    Que terrorismo é este?
    Vá dando idéia seu aloprado.
    Tem wue conter a circulacao desta peste.Já era para todos ou pelo menos 30 % vacinados,mas devido a sua inercia tai o que você queria.
    15 dias de fechamento nao ira matar ninguem de fome.Enquanto isto libere o auxilo emergencial.
    GOVERNAR E PARA QUEM TEM COMPETENCIA.

  5. Até agora não se tem notícia de que nada disso tenha acontecido. Se milícias bolsonarianas levarem avante a "sugesta" do presidente, ele deve ser afastado imediatamente e responsabilizado criminalmente .

  6. É isso Bolsonaro, deixe a bomba estourar nos colos dos Governadores e fique assistindo de camarote.
    Confiamos no Senho e em 2022 vai ser no primeiro turno.
    MITO TEM RAZÃO.

    1. Se esse governo está um caos como vc mesmo está afirmando, como vc fala que vai votar nele? Tu gosta de comer merda é?

    2. Não fala nada que preste esse. Só besteira. Vá estudar, depois você volta aqui.

  7. Negacionista incentivando seus seguidores a invadirem supermercados e fazerem greve, espero que ainda não tenham comprado armas.

  8. O MINTOmaníaco eh o maior risco a nossa economia e democracia. Muito pior que a pandemia de covid!

    1. Zé Gado tira ele, quero voltar a roubar o Brasil por mais 30 anos e dar cartilha de sexo para as crianças de 5 anos

    2. Facínora é o cara que defende a liberdade? E do que se chama quem instaura "toque de recolher"? Democrata? Esse minino é um gênio.

    3. Cartilha de sexo pra crianças… você também acreditou na mamadeira de piroca?

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Diversos

PARECE COISA DE FILME: Leste da África enfrenta invasões de gafanhotos “sem precedentes”

Foto: (Inaki Relanzon/Nature Picture Library/Getty Images)

Desde dezembro de 2019, enormes nuvens de gafanhotos vêm atacando plantações de países do leste e sudeste da África, acendendo alertas globais em uma das regiões mais carentes do planeta.

A crise foi desencadeada por ciclones na Península Arábica seguidos por chuvas intensas, que criaram condições climáticas propícias para a reprodução desenfreada de enormes populações dos insetos. Do Iêmen, os gafanhotos cruzaram o Chifre da África e chegaram à Somália, onde um novo ciclone potencializou ainda mais a reprodução.

A região está acostumada com invasões do tipo desde sempre – tanto que elas inspiraram a passagem bíblica sobre as “pragas do Egito”. Mas a nova crise, de acordo com a ONU, é “sem precedentes”. Na Somália e na Etiópia as nuvens são as maiores em 25 anos; no Quênia, o problema é o mais grave em pelo menos 70 anos, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

No domingo (02/02), a Somália foi o primeiro país a declarar emergência nacional diante as invasões.

Gafanhotos-do-deserto são insetos herbívoros que podem chegar a 10 cm de comprimento. Em busca de alimento, eles invadem plantações e as devoram, e por isso são consideradas pragas agrícolas. O problema é ainda maior na região, que é uma das mais pobres do mundo e que já convive com a segurança alimentar constantemente ameaçada – 19 milhões de pessoas na região sofrem com a fome, segundo a organização Food Security and Nutrition Working Group.

As nuvens invasoras são tão grandes e numerosos que chegam a bloquear a luz do sol. Cada gafanhoto pode comer o equivalente a seu próprio peso em um único dia, e por isso são tão destrutivos. Além disso, os insetos são rápidos, e conseguem percorrer distâncias de 150 km por dia.

Organizações internacionais como a ONU vem considerando o problema como uma de suas prioridades e buscando recursos para ajudar a conter a invasão. O Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU já liberou 10 milhões de dólares para lidar com a crise, e a FAO está em processo de liberar mais 70 milhões.

As medidas tomadas até agora, que incluem a pulverização de inseticidas com aviões, não têm tido muito efeito diante as proporções bíblicas das nuvens e precisam ser intensificadas com urgência.

O problema pode aumentar se nada for feito, alertam especialistas, porque um novo ciclo de reprodução dos animais está para começar. Estimativas apontam que o número de gafanhotos pode aumentar até 500 vezes até junho. É provável que as nuvens se espalhem para países vizinhos como Uganda e Sudão do Sul, e algumas previsões dizem que eles podem chegar bem mais longe, incluindo até na Índia.

Em seu Twitter, António Guterres, secretário-geral da ONU, chamou atenção do mundo para o problema, e lembrou que os eventos extremos como esse estão relacionados com as mudanças climáticas.

Super Interessante

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Polícia

Hackers: militante do PT delatado e suposta invasão de celulares de Bolsonaro e de seus filhos

O hacker que delatou à PF o esquema das mensagens  “forneceu uma pista que pode levar a uma reviravolta no caso”, segundo a Veja.

“Luiz Molição entregou aos investigadores o nome de três novos personagens que estariam envolvidos na invasão dos celulares e na divulgação das mensagens da Lava Jato. Um deles seria um militante do PT ligado à família do ex-ministro Antonio Palocci.”

Entrevista

O hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho, deu uma entrevista à Veja.

Ele disse que invadiu o Telegram de Jair Bolsonaro e de dois de seus filhos, Eduardo e Carlos.

Segundo ele, o objetivo não era prejudicar o presidente:

“Fiz campanha para o Bolsonaro e me arrependi depois.”

Ele disse também que colheu provas de que a campanha de Jair Bolsonaro impulsionou mensagens de WhatsApp.

O Antagonista com Veja

Opinião dos leitores

  1. impressionante: o cara vota em bolsonaro, se arrepende e se alia ao pt, ai começa com as praticas do pt, rouba mensagens, cria falsas noticias, vende as mensagens roubadas e pousa de inocente, me lembra o 19 dedos não sabe de nada

  2. "Vermelho". Bandido tua arvore não dá bons frutos, te junta a tua corja e deixa de atacar os heróis deste País "Jair Messias Bolsonaro e o Ministro Sérgio Moro.

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