Saúde

Pesquisa não encontra evidências de que a asma seja um fator de risco para casos graves de Covid-19

Foto: Reprodução/TV Globo

Uma nova pesquisa, publicada na revista científica “Annals of the American Thoracic Society”, aponta que a asma não é um fator de risco para quadros graves de Covid-19. Segundo os cientistas, uma revisão de estudos internacionais mostra um número baixo de asmáticos entre os pacientes hospitalizados com coronavírus.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram uma meta-análise de outros 15 estudos revisados por pares. Eles também analisaram os prontuários médicos de 436 pacientes com Covid-19 internados no Hospital da Universidade do Colorado para avaliar a probabilidade de pacientes com asma serem intubados com mais frequência do que pacientes sem asma.

“Observamos que, entre os pacientes com Covid-19, aqueles com asma, que tinham uma taxa de prevalência de 12%, não pareciam ter maior probabilidade de serem intubados do que os não asmáticos”, dizem os pesquisadores.

O time de pesquisadores acredita que o uso de inaladores com corticoides que muitas pessoas com asma usam pode tornar mais difícil a entrada do coronavírus pelas vias aéreas.

Essas pessoas podem ter níveis mais baixos de ACE2 (enzima conversora de angiotensina), uma proteína que se liga ao SARS-CoV-2. Pessoas com asma relacionada a alergias também podem apresentar menor expressão de ACE2, usando ou não corticoides.

“A contribuição dos níveis de expressão do receptor ACE2 para a suscetibilidade de Covid-19 ainda não está clara e deve certamente ser investigada mais detalhadamente”, disse Fernando Holguin, um dos autores do estudo. Ele acrescenta que essa relação da asma com o coronavírus deve ser mais estudada.

G1

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Saúde

Estudo de cloroquina ou hidroxicloroquina em quase 15 000 pacientes de COVID-19 não encontra benefícios

Estudo publicado nesta sexta-feira(22) na prestigiada revista Lancet com quase 15 000 pacientes que receberam cloroquina ou hidroxicloroquina não encontrou benefício nesses medicamentos para pacientes de COVID-19.

O estudo analisou dados de 671 hospitais em todos os continentes, incluindo 18 hospitais na América do Sul. Foram analisados os dados de 96 032 pacientes, dos quais 14 888 receberam cloroquina ou hidroxicloroquina. Os 81 144 restantes formaram o grupo de controle.

Foram incluídos pacientes hospitalizados entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020, e que receberam o tratamento em até 48 horas depois do diagnóstico. Quem começou o tratamento mais tarde, recebeu as drogas em ventilação mecânica ou também recebeu remdesivir foi excluído da análise.

O uso de hidroxicloroquina com ou sem um macrolídeo (tipo de antibiótico) e o uso de cloroquina com macrolídeo estiveram associados a maior mortalidade no hospital, após controle de variáveis como idade, sexo, IMC e doenças pré-existentes.

O uso de cloroquina e de hidroxicloroquina, com ou sem macrolídeo, esteve associado a risco de arritmia ventricular.

Os pesquisadores concluem que foram incapazes de encontrar benefício nos medicamentos (com ou sem um macrolídeo).

“Estas descobertas sugerem que os regimes [destas] drogas não devem ser usados fora de ensaios clínicos e que é necessária confirmação urgente por ensaios clínicos randomizados”.

O Antagonista

 

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  1. Engraçado!!!! Então vamos reprová-la para tratamentos de malária também. Tive duas vezes essa doença e a base do tratamento era a hidroxicloroquina. Com certeza morrem milhares de pacientes, principalmente na região Norte do país em decorrência dos efeitos colaterais deste medicamento e são creditadas suas mortes à letalidade do protozoário causador da malária.

    1. É Marcelo, tão simples, mas esse povo prefere guerrear entre si. Quem ganha enquanto o cão e o gato brigam são os ratos.

  2. Cara Ana, esqueci de completar com o pedido para que leia pelo menos a introdução do relatório da JAMA. Não desconsidero nenhum relatório contra ou a favor. Desconsidero quem interpreta de acordo com o viés político nessa briga idiota esquerdista -direitista. Entendeu agora?

  3. Cara Ana, não sou fã de Bolsonaro. Para onde posso enviar as reportagens ou os estudos que você pediu? Se não quiser, você pode ler os jornais Daly Mail, Daly Mirror, India Times, John Hopkins University Journal, o relatório da NIH, já citado aqui no blog, os protocolos de segurança do Imperial College of London, na aplicação somente no estágio inicial da doença e outros que não lembro de cabeça.

    1. A cara-de-pau de vcs é estarrecedora… O senhor quer dizer que a matéria da JAMA foi favorável???? Que a mídia MUNDIAL concorda com o mito?? Me poupe. Aqui não é zapzap pra só ter gado, não. Respeita a audiência do Bg, rapaz!

  4. Ler este blog e se achar informado sobre o que se passa no mundo é como ler tabuada e se achar bam-bam- bambu em álgebra. Igualmente outros renomados institutos e universidades têm estudos a favor da hidroxicloroquina e suas variantes com azitromicina, zinco e outros. Mas se informar dá trabalho, né? Melhor ser maria-vai-com-as-outras.

    1. Culpar o mensageiro é A CARA do bolsonarismo. Cita um estudo desses aí, amigo. Pq de cabeça, só essa semana, JAMA e Lancet (pouco respeitadas?) publicaram trabalhos bem robustos apontando que, além de não ajudar, atrapalha. À favor tem quem, mesmo? CRM Grafithão?

  5. O povo brasileiro (que tem o mau hábito de se automedicar – e isso é um erro gravíssimo) tem que entender definitivamente que a prerrogativa de prescrição de medicamentos para humanos, no Brasil, é restrita, ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE, aos médicos e aos cirurgiões-dentitas.
    O resto é balela e politicagem rasteira.
    Ademais, cloroquina e hidroxicloroquina não são vacinas, profiláticas e tampouco garantem a prevenção ou a cura da COVID-19. São, somente, adjuvantes do arsenal terapêutico medicamentoso que o médico pode lançar mão, caso ele julgue pertinente.

  6. Ver as pessoas brigando e discutindo sobre medicamento, por conta de suas preferências político-partidárias, chega a ser hilário, kkkk.

  7. A cloroquina não presta porque é barato e não vai encher bolso de ninguém; na realidade Bolsonaro não presta porque não deixar roubar; o sistema é pesado, só o capitão com Deus acima de todos para derrubar, aí fica um bando de babacas comentando M…

  8. O problema é querer usar a Cloroquina com intuito de reduzir o isolamento social. O que é grave. A Cloroquina só pode ser utilizada em casos específicos e prescrito pelo médico. Cloroquina não é pastilha pra garganta, não é um remédio salvador. Só teremos a cura com a vacina. Enquanto ela não vem o mais correto e o isolamento social

  9. cloroquina é barato o preço, então não atende os interesses do laboratórios , eles daqui a uns dias vão dizer que encontraran a cura e será com um preço exorbitante, aguardem e vcs veram.

  10. Ainda não vi nenhum estudo negando vantagens no uso PRECOCE, antes da INTERNAÇÃO.
    Vejo vários médicos reconhecendo bons resultados quando iniciado os tratamentos nos primeiros sintomas.
    Mas os estudos que vejo só observam casos hospitalares, quando então já se estar em fases mais avançadas das doença.
    INFELIZMENTE parte da esquerda não aceita a possibilidade de que o uso precoce possa evitar as internações.

  11. Impressionante que ainda tem gente desqualificando a PESQUISA MÉDICA, refutando os métodos que sequer conhece, que sequer tem capacidade técnica para entender.

  12. Agora lascou. O MITOmaníaco falou que funciona… Esse estudo deve ter sido feito por um comunista que quer que o PT volte… O MITOmaníaco eh que está certo! O mundo todo está errado! ??

  13. Quantos receberam o medicamento na fase inicial? ("Foram incluídos pacientes hospitalizados entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020, e que receberam o tratamento em até 48 horas depois do diagnóstico"). Ou seja, só com gente já hospitalizada. Se em vez da conjunção E ..que receberam_), tivesse um OU, seria diferente.

    1. Mais precoce q 48 hr, amigo? É vacina é? Se vc tiver se dado ao trabalho de ler, vai ver q casos graves foram descartados. Mas é isso, né? Bolsonarismo virou religião. Danem-se ciência e vidas humanas. Importante é honrar o capitão.

    2. Não sei pq não lhe chamaram para integrar a equipe de cientistas da pesquisa

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Finanças

BNDES paga R$ 48 milhões para abrir caixa-preta do banco, mas não encontra irregularidades

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) gastou R$ 48 milhões com uma auditoria interna que prometia abrir a caixa-preta da estatal. Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou, no fim de dezembro, um relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.

O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão. O BNDES não revela quantos funcionários trabalharam na auditoria nem quais critérios foram utilizados para fazer o pagamento pelo trabalho. O relatório tem oito páginas. Seria como se cada folha custasse R$ 6 milhões.

Depois que a reportagem foi publicada, a assessoria de imprensa do BNDES entrou em contato com a reportagem para informar que, além do relatório de oito páginas, a auditoria entregou outro documento, “mais robusto”, às autoridades, que decidirão se usam o material. A assessoria do banco não quis, porém, dizer quantas páginas tem o outro documento, cujo teor não é público.

No parecer de oito páginas, a equipe de investigação concluiu que as decisões do banco “parecem ter sido tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco”. “Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado”, diz trecho do relatório.

A abertura da caixa-preta foi uma das missões conferidas por Jair Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy, primeiro nomeado pelo governo para comandar a instituição. Ele se juntou a outros executivos que passaram pelo banco após o fim da gestão Dilma Rousseff e tiveram dificuldades para comprovar irregularidades na concessão dos financiamentos.

No governo Temer, Maria Silvia Bastos Marques evitou o assunto. Paulo Rabello de Castro e Dyogo Oliveira negaram sua existência. “Ou sou um completo idiota ou não existe caixa-preta no BNDES”, chegou a dizer Rabello.

Levy falou em “ter clareza sobre operações do passado”, mas não chegou a avançar na busca por operações fraudulentas. A dificuldade foi apontada como um dos motivos para a insatisfação de Bolsonaro com sua gestão – o executivo pediu demissão após o presidente dizer em entrevista que estava “por aqui” com ele.

A caixa-preta foi um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro. Para muitos apoiadores do presidente, a sua abertura teria potencial para malfeitos maiores do que os descobertos pela Operação Lava Jato na Petrobrás.

Logo após a vitória nas urnas, o presidente eleito se comprometeu a determinar, no início do mandato, “a abertura da caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos”.

O ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Roberto Luis Troster afirma que operações importantes do banco com esses grupos não foram exploradas no “relatório milionário”, embora tenham sido investigadas pela auditoria. Ele cita como exemplo a aquisição da Swift Armour, conhecida como Swift Argentina.

A operação foi fechada em 2005 e é considerada o pontapé inicial da internalização da JBS, que, na época, ainda era conhecida como Friboi. A Swift exportava para 70 países, sendo os Estados Unidos seu maior mercado. Troster diz que o BNDES financiou R$ 187,5 milhões para o grupo fechar essa operação.

Em seguida, houve desembolsos de R$ 1,14 bilhão em ações da JBS para financiar a aquisição da Swift Foods nos Estados Unidos, em 2008, e um aporte de R$ 995,9 milhões para auxiliar a aquisição das empresas National Beef e Smithfield nos Estados Unidos, todas as operações antes de 2010. “Faltou essa auditoria de R$ 48 milhões explicar os porquês dessas operações”.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Da muita vontade de rir destes Minion's Otários ?????Gado sem utilidade zootécnica, só serve para votar e mugir " mito, mito" vergonha pouca é besteira ????????

  2. Dinheiro muito bem pago
    E a finalidade do relatório é essa mesma.
    Deixem se aproximar as eleições de 2022 que vocês vao ver o que é bom pra tosse.
    Vocês só tomaram conhecimento do avião do Hulk dos empréstimos para a JBS, dos empréstimos para Cuba Venezuela Argentina bolivia e países Africanos com juros subsidiados.
    Aguardem o Presidente é um verdadeiro estrategista

  3. Aguardando o comentário do professor Marco Aurélio da 96fm, sobre essa revelação. Acho que ele ficará bem desapontado.

  4. E lá se vai mais um mito dos minions idiotas, que era a abertura da caixa preta do BNDS. Deviam cobrar deles esses 48 milhões gastos na auditoria.

  5. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!"
    Pagou os 48 milhões e descobriu o Véio da Havan, seu financiador, pendurado em uma das tetas! Mito! Pra terminar a mitada, ficou caladinho!

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