Política

Cardozo nega investigação sobre Lula e fala em “especulações indevidas”

Brasília - O futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante anuuncio do novo diretor Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra
Foto: Leandro Daiello Coimbra

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou hoje (27) de “especulações absolutamente indevidas” notícias veiculadas pela imprensa segundo as quais a nova fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, está se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao participar do lançamento de uma força-tarefa para combater desvios de merenda e transporte escolar no Ministério da Educação, Cardozo foi questionado sobre o possível envolvimento do ex-presidente na chamada Operação Triplo X, mas disse que a ação está sob sigilo e que não poderia fazer nenhum comentário.

“Apenas posso dizer [falar sobre] as situações que já são públicas. Recentemente, o juiz Sérgio Moro disse que o presidente Lula não é investigado na Operação Lava Jato, e eu não recebi nenhuma informação, mesmo aquelas veiculadas pela imprensa, de que tenha sido praticado qualquer ato investigativo em relação à pessoa do presidente Lula”, afirmou o ministro. Moro é o responsável pelos inquéritos da Lava Jato.

“Isso está absolutamente claro, pelas manifestações do próprio Judiciário e daquelas que decorrem das próprias investigações. O presidente Lula não está sendo investigado, nem me parece que, na operação de hoje, tenha sido determinada qualquer medida investigativa em relação à figura do presidente. Portanto, quaisquer outras situações que possam estar sendo colocados ou veiculadas são especulações absolutamente indevidas”, acrescentou.

Também nesta tarde, a presidenta Dilma Rousseff classificou de “insinuação” a avaliação de que a nova fase da Operação Lava Jato está se aproximando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira, investiga lavagem de dinheiro com a compra de empreendimentos imobiliários em Guarujá, no litoral paulista. Três pessoas foram presas. A Polícia Federal apura se imóveis que transferidos pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) para a empreiteira OAS foram usados como repasse de propina.

O ministro foi perguntado também sobre carta aberta publicada por mais de 100 advogados, em diversos jornais do país, criticando a Operação Lava Jato. No inicio da carta, os advogados destacam que a operação ocupa lugar de destaque na história do país “no plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados”.

“É absolutamente legítimo que qualquer pessoa se expresse em relação a qualquer situação.” Cardozo disse que, como ministro não cabe a ele se posicionar quanto ao conteúdo da carta dos advogados. Ele afirmou que qualquer investigação deve ser imparcial, contundente e rigorosamente dentro da lei. “Se alguém acha que a lei está sendo desrespeitada, tem o legítimo direito de se posicionar, assim como aqueles que acham que a lei está sendo respeitada.”

Fonte: Agência Brasil

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Política

Defesa de Dirceu quer adiar depoimento na Operação Lava Jato

José DirceuA defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu ao juiz federal Sergio Moro adiamento do depoimento previsto para sexta-feira (29). Os advogados querem que a oitiva seja suspensa até que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque finalize as negociações sobre o acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que comanda as investigações da Operação Lava Jato.

Na petição, a defesa afirmou que José Dirceu não vai ficar calado durante o depoimento e que vai esclarecer todos os fatos imputados a ele. No entanto, os advogados argumentaram que a fase de oitivas terminará na sexta-feira e, dessa forma, o depoimento deve ser feito após Dirceu tomar conhecimento prévio de todos os fatos imputados a ele, inclusive por delatores.

“Assim, caso o acordo entre Renato Duque e o Ministério Público Federal seja efetivamente firmado e, de alguma forma, trate de fatos que são objeto desta ação penal, haverá nítida causa de inversão processual, que macula o feito de nulidade insanável”, justificam os advogados.

José Dirceu e mais 15 investigados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A acusação contra o ex-ministro e os demais denunciados se baseou nas afirmações do empresário Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada. O delator disse que fez pagamentos em favor de Dirceu e Fernando Moura, empresário ligado ao ex-ministro. Segundo o MPF, os valores são decorrentes de contratos da empreiteira Engevix e a Petrobras.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, Dirceu está preso preventivamente desde agosto do ano passado em um presídio em Curitiba. A defesa do ex-ministro afirma que a denúncia é inepta, por falta de provas. De acordo com os advogados, a acusação foi formada apenas com declarações de investigados que firmaram acordos de delação premiada.

Fonte: Agência Brasil.

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Judiciário

Lula afirma a aliados que é o alvo político da Operação Lava Jato

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (24), que a prisão de seu amigo José Carlos Bumlai só comprova que ele é o alvo político de responsáveis pela Operação Lava Jato.

“Ele sabe o que querem com isso”, admitiu o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Okamotto diz que “não há como negar que Bumlai tinha intimidade com o ex-presidente”.

“Ele participava de festas, fez visitas ao instituto. Mas não sei se era amigo [de Lula]. O que é ser amigo na sua opinião?”, argumenta Okamotto, dizendo que Lula não avalia a prisão como “um cerco”, mas como uma “chateação”.

Ainda segundo aliados com quem o ex-presidente conversou, Lula reclama do que, na sua opinião, seria uma condução “espetaculosa” da investigação e “sabe que querem atingi-lo politicamente”. Suas críticas são também ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato.

Mais dois colaboradores usaram a expressão “chateado” para descrever o estado de espírito do ex-presidente. Segundo seus aliados, Lula avalia que o “estrago” à sua imagem será irreversível, ainda que as investigações concluam sem apresentar qualquer prova de sua participação em desvios.

“É como as operações da polícia no Rio de Janeiro. Fazem cem vítimas para atingir um criminoso. Será esse o método correto?”, pergunta Okamotto.

SEM AVAL

De acordo com relato de aliados, Lula voltou a reclamar de Bumlai e tem repetido : “Se ele fez alguma coisa, não foi com meu aval”.

Embora reconheça que o amigo possa ter se valido dessa intimidade em benefício próprio, Lula se queixou da forma com que a prisão foi executada, sempre com exposição na imprensa.

Nas suas conversas, ele cita outros exemplos do que seriam exageros, como uma busca e apreensão na casa de seu filho, Luiz Cláudio, às 23h.

Integrantes da direção do Instituto Lula afirmam que, seguindo orientação de Lula, preferem acompanhar os desdobramentos do caso antes de se manifestar.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Okammoto fica quieto "companheiro"….vai lá q a PF resolve investigar sua passagem pelo Sebrae de 2005/2010….qd exerceu a Pte indicado pelo amigo Lula….

  2. Cuidado "companheiro" Lula,vc disse q a crise era uma marola e virou um tsunami….agora a "chateação" do Juiz Moro pode virar PRISÃO……

  3. Só resta a Lula agora latir. Os malfeitos já foram feitos e o dna dos crimes estão em vários personagens. Ele será o último .fechando o processo com maestria.
    Dilma demora mais, mas será alcançada tb.

  4. Pra eles pimenta nos olhos dos outros e refresco mas quando e no deles ai não pode ta errado e golpe, só a intervenção militar pra acabar com isso ai

  5. Uma vergonha para o nosso país ,faço 50 anos em Dezembro e nunca duvidei deste molusco ,dissimulado ,estrategista ,enfim tudo oque medo presta em uma pessoa ,iludido é o povo da classe C e D que acredita neste cidadão

  6. Muito bom "aprontar", ficar milionário de modo para lá de suspeito e depois não querer ser investigado!!! Espero q a polícia ache os ilícitos q tanto procura!!

    1. Eles se acham intocáveis pode investigar todo mundo menos eles

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Finanças

FOTO: PF apreende quase 500 relógios de luxo em nova etapa da operação Lava Jato

5fev2015---a-policia-federal-apresentou-o-balanco-parcial-da-nona-fase-da-operacao-lava-jato-ate-o-momento-foram-apreendidos-quase-500-relogios-de-luxo-1423165475083_615x300A Polícia Federal informou que apreendeu quase 500 relógios de luxo, além de documentos e uma grande quantia de dinheiro, em cédulas de real, euros e dólar, na nona etapa da operação Lava Jato, segundo balanço parcial divulgado na tarde desta quinta-feira (5). A PF informou que os relógios foram apreendidos em Santa Catarina, onde há empresas investigadas nessa nova fase da operação. Também foi apreendida pela PF uma coleção de canetas importadas.

Os agentes da PF cumpriram 18 mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para dar depoimento e é liberada, e 40 de busca e apreensão em São Paulo, no Rio, na Bahia e em Santa Catarina.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado para prestar depoimento na Superintendência da PF em São Paulo e foi liberado. De acordo com o depoimento de Pedro José Barusco Filho, o PT teria recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco. Barusco é ex-gerente de engenharia da estatal e realizou delação premiada. A operação de hoje baseou nas informações passadas por ele.

Foram presos Gilson João Pereira, sócio da Arxo, e Sérgio Ambrósio Maçanerro, diretor financeiro da empresa. Os dois estavam em Itajaí (SC) e são suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Um outro sócio da Arxo também tem a prisão temporária decretada, mas que não foi cumprida porque está voltando do exterior. A expectativa da Polícia Federal é que ele se entregue assim que desembarcar no Brasil.

Há ainda um mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro que não foi cumprido. O nome da pessoa procurada não foi divulgado pela PF.

A PF ainda não divulgou o total de dinheiro apreendido, pois não finalizou sua contagem. Os documentos e objetos apreendidos na operação de hoje serão enviados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. As pessoas presas também serão levadas para lá.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e 25 servidores da Receita Federal.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude a licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

UOL

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Finanças

Henrique Alves deverá ficar de fora da operação lava-jato por faltas de provas

Por interino

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), favorito na disputa pela presidência da Câmara no próximo dia 1º, é um dos citados na Operação Lava Jato da Polícia Federal e terá uma investigação a seu respeito pedida pelo Ministério Público Federal ao STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com investigadores que atuam no caso, ele é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”, que atuaria como um dos funcionários do doleiro Alberto Youssef.

O doleiro triangulava as operações investigadas envolvendo funcionários da Petrobras, empreiteiras contratadas pela estatal e políticos.

Cunha sempre negou ter qualquer envolvimento com o esquema apurado pela PF.

Segundo a Folha apurou, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir a abertura de inquéritos e apresentar denúncias contra os envolvidos no esquema que têm foro privilegiado na primeira semana de fevereiro, quando forem reabertos os trabalhos do Supremo.

Denúncias serão apresentadas contra os que o Ministério Público considera ter provas de participação no esquema. Já os inquéritos serão abertos contra aqueles que têm contra si somente indícios de participação em transações criminosas –Cunha está neste segundo grupo, segundo a Folha apurou.

A partir do pedido de abertura de inquérito, caberá ao relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, aceitar ou não o início das investigações sobre Cunha e os demais suspeitos que se encaixam nesta situação. É praxe na corte, no entanto, acatar este tipo de demanda.

A aceitação do inquérito não significa culpa. Somente após as investigações e o processo no STF, os acusados serão inocentados ou condenados por eventuais crimes.

De acordo com a Polícia Federal, o “Careca” seria responsável por entregar dinheiro em espécie a pessoas indicadas pelo doleiro Youssef.

Ele também teria se aproveitado da condição de policial federal para facilitar o embarque e desembarque de outros funcionários do doleiro em aeroportos.

O policial chegou a ser preso na sétima fase da Operação Lava Jato, mas foi solto alguns dias depois.

O juiz responsável pelo caso na Justiça Federal do Paraná, Sergio Moro, porém, o manteve afastado da PF até o final da apuração. O policial chegou a ofertar uma delação premiada, mas ela não foi aceita inicialmente.

15006572HENRIQUE ALVES FORA

Investigadores que atuam na Lava Jato também entendem que o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deverá se livrar das investigações do caso em fevereiro.

Conforme a Folha apurou, são considerados fracos os indícios contra Alves, contra quem não deve haver nem um pedido de abertura de inquérito para analisar suposta ligação com o esquema de desvio de recursos da Petrobras e lavagem de dinheiro.

Sem investigação, ele terá o caminho aberto para assumir um ministério no governo de Dilma Rousseff, provavelmente a pasta do Turismo.

Deputado que não disputou a reeleição, Henrique Alves informou publicamente ter pedido aos seus correligionários que não trabalhassem para ele assumir uma cadeira na Esplanada até que ficasse claro que o peemedebista não estava entre os alvos da Operação Lava Jato.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Dois anjinhos: Henrique e Eduardo, o Cunha ou a Al Cunha?
    Um especialista em Honestidade e o outro em Turismo…
    E ainda achamos que somente elegendo um Presidente, um Governador ou um Prefeito estamos resolvendo "todos" os problemas de nossa República Democrática?
    Esqueceram do Legislativo e do Judiciário? Esqueceram da Cultura formada pela Educação familiar e escolar, fomentadora de lemas como: "O MUNDO É DOS MAIS ESPERTOS"; ou "É CADA UM POR SI"; "FAÇA O QUE DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE FAÇO"; e ainda, "O IMPORTANTE É LEVAR VANTAGEM SEMPRE".
    Quem realmente quer MUDAR O MUNDO?

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Polícia

Para tesoureiro do PT, João Vaccari, operação Lava Jato atrapalha festa da posse de Dilma

Reunido com o PT nesta sexta-feira (12), o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, disse que o clima provocado pela Operação Lava Jato prejudica a organização da festa de posse da presidente Dilma Rousseff, marcada para o dia 1º de janeiro.

Vaccari lembrou que a presidente deseja uma grande festa em Brasília, mas que as dúvidas acumuladas na campanha prejudicam esse projeto, especialmente depois da explosão do escândalo.

Em seu discurso, o tesoureiro defendeu a adoção do financiamento público de campanha como arma contra corrupção no país.

“Enquanto houver financiamento privado, vou ter que procurar empresários”, disse, acrescentando que isso não configura irregularidade –ressaltando, também, que não esteve envolvido com irregularidades.

Ao falar para integrantes do partido, Vaccari negou pela segunda vez ter envolvimento no esquema de desvio de recursos da Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras. Segundo ele, as investigações comprovarão sua inocência.

A fala aconteceu em uma reunião da chapa majoritária do PT em São Paulo.

O tesoureiro havia feito discurso semelhante em encontro da sigla no último dia 28, quando afirmou que “nunca fez nada de errado”.

DÍVIDA EM SÃO PAULO

Pouco após o discurso de Vaccari, feito aos integrantes do partido, o coordenador da campanha de Dilma Edinho Silva disse que as investigações da Operação Lava Jato “atrapalharam” a arrecadação da campanha do PT ao governo de São Paulo.

Ele calcula entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões a dívida do candidato do PT nas eleições paulistas, Alexandre Padilha. O coordenador sustenta que o partido colabore para pagar o montante.

Padilha foi o candidato a governador que registrou o maior déficit nas contas de campanha do país.

Vaccari discorda. O tesoureiro acha que o fato de o partido ter assinado um termo de assunção é uma formalidade. “O responsável pelas contas da campanha é o candidato.” Ele defende que o partido, pelo menos, colabore com essa dívida.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Tadinho, que coisa horrível não, para o PT seria muito melhor cancelar a desnecessária operação lava jato.
    Pergunto: Para os brasileiros trabalhadores, honestos, respeitados, que cumprem a lei, que não gostam de corrupção, que querem um país livre e sem políticos desonestos, o que é melhor?

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Diversos

PF apreende documentos com plano para anular a Operação Lava-Jato

A Polícia Federal apreendeu na residência do presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, seis páginas de anotações manuscritas com estratégias das empreiteiras para anular a Operação Lava-Jato. Nas anotações constam metas de um “Projeto Tojal” ao custo total de R$ 3,5 milhões. Entre os pontos mencionados estavam trechos como “trazer a investigação para o STF”, “estudar o acordo”, “fragilizar” ou “eliminar” as colaborações premiadas firmadas e “campanha na imprensa para mudar a opinião pública” .

As informações fazem parte da denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Ricardo Pessoa e dirigentes da empreiteira Camargo Corrêa, que estão entre as 36 pessoas acusadas na primeira remessa de denúncias dos crimes envolvendo a Petrobras que foram encaminhadas à Justiça Federal do Paraná. O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, decidirá sobre as denúncias. Se aceitá-las, os denunciados passam a ser réus.

De acordo com o MPF, na casa de Pessoa havia também documentos de transferência de dinheiro para a offshore RFY Import e Export, uma das offshores usadas pelo doleiro Alberto Youssef.

Em depoimento à Polícia Federal, Pessoa admitiu que pagou R$ 2,4 milhões em dois contratos de consultoria à empresa D3TM, que pertence ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. A PF suspeita que esses contratos eram mais um dos que serviam para dar aparência de legitimidade ao recebimento de propina, como os já encontrados e firmados entre empreiteiras e quatro empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef. A D3TM ainda e Duque ainda estão sob investigação.

Os procuradores afirmam que Pessoa era o líder do cartel das empreiteiras. Era ele quem passava mensagens ou ligava para os demais dirigentes de empreiteiras para marcar e combinar as reuniões, que aconteciam no escritório da UTC – a maioria delas no Rio de Janeiro.

ENTENDA A LAVA-JATO

A Operação Lava-Jato foi deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal (PF) para investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Na época, foram presas 24 pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef. Os detidos foram acusados de participar de uma organização criminosa que tinha o objetivo de lavar R$ 10 bilhões oriundos de desvio de dinheiro público, tráfico de drogas e contrabando de pedras preciosas.

A operação foi consequência da prisão do empresário André Santos, em dezembro de 2013, com US$ 289 mil e R$ 13.950 escondido nas meias. Santos é réu em ação na qual é acusado de fazer parte do braço financeiro de uma quadrilha de libaneses especializada em contrabandear produtos do Paraguai, operando um esquema de lavagem.

Empreiteiras suspeitas de abastecer o esquema de Youssef e do ex-diretor da Petrobras declararam à Receita Federal os pagamentos feitos a empresas dos dois principais acusados na Operação Lava-Jato. Documentos comprovaram repasses efetivos de recursos às empresas do doleiro e do ex-diretor, como consta nas declarações de retenção de impostos das próprias empreiteiras. Entre as depositantes estão as construtoras OAS, Mendes Júnior e Camargo Corrêa, apontadas pela contadora do doleiro Meire Bonfim Poza como integrantes do esquema.

O escândalo do doleiro Youssef respingou ainda sobre o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) e levou André Vargas a se desfiliar do partido para manter o mandato de deputado federal. Vargas é suspeito de fazer parte de um esquema de tráfico de influência e lobby em favor de Youssef junto ao Ministério da Saúde. Vargas usou um jato providenciado pelo doleiro para fazer uma viagem familiar e teria se beneficiado de uma série de outros favores.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Gente onde esse país via chegar, onde estamos metidos?
    A polícia Federal não levantou hipótese, não foi um ou outro que disse ter conhecimento para a turma do PT ir se colocar como vítima de difamação.
    Trata-se de mais uma prova, um documento.
    Até quando essa falácia irresponsável de vitimização, inocentes, que não sabiam de nada vai prevalecer sobre a ordem, a lei, as provas, os fatos?
    É no mínimo vergonhoso passarmos por um período de tanta fragilidade a democracia e enaltação aos corruptos.

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Finanças

PF indicia lobista e 12 executivos de empreiteiras na Operação Lava Jato

A Polícia Federal indiciou, no mais recente desdobramento da Operação Lava Jato, 12 funcionários de empresas da construção civil, incluindo o presidente da Construtora OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, 63, o vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sergio Cunha Mendes, 58, e o ex-presidente da Queiroz Galvão Ildefonso Colares Filho, 66. A polícia disse ter identificado cinco supostos crimes, incluindo fraude a licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

A PF também indiciou o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, 47, suspeito de quatro crimes, dentre os quais lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Os indiciamentos foram feitos pela delegada da PF Erika Mialik Marena.

Segundo a legislação brasileira, o indiciamento policial não significa culpa provada, mas apenas a certeza da autoridade policial de que há indícios suficientes para denunciar e processar determinada pessoa por algum crime. A denúncia cabe ao Ministério Público, que pode acompanhar ou não, no todo ou em parte, as conclusões do inquérito policial.

Somados, os crimes pelos quais os funcionários das empreiteiras foram indiciados preveem penas máximas individuais de 31 anos de reclusão, mais multa.

Além dos indiciamentos, a delegada entregou os relatórios finais relativos a quatro inquéritos que trataram das empreiteiras OAS, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Mendes Júnior e de Soares. Outros inquéritos deverão ser relatados nos próximos dias, com novos indiciamentos.

A respeito do lobista, conhecido como Fernando Baiano, a delegada afirmou concluiu que ele “operou ativamente no esquema de recebimento de valores de propina, e posterior lavagem, para propiciar a empresas facilidades em sua contratação na Diretoria Internacional” da Petrobras. Marena citou o depoimento do delator Julio Camargo, que informou ter feito repasses no exterior para contas controladas por Baiano.

No relatório sobre a OAS, de apenas cinco páginas, a delegada mencionou “a exiguidade do tempo” que, segundo ela, tornou impossível “apresentar relatório de análise da documentação apreendida” em residências dos executivos e escritórios da empreiteira OAS em São Paulo e Salvador.

A respeito do material apreendido, a delegada disse que “destaca-se a vasta lista de pessoas que a OAS procurava agradar com presentes e lembranças de aniversário, notadamente políticos e servidores públicos e da estatal Petrobras”.

“Também destacamos contratos com algumas consultorias, desconhecidas deste feito, e cujo aprofundamento quanto a se tratarem ou não de pagamentos para outros operadores será pedido oportunamente em autos apartados”, diz o relatório.

Erika Marena mencionou ainda “chama igualmente atenção a quantidade de documentos da empresa vinculados a contratos celebrados em outros países apreendidos no avião de José Aldemário”, na Bahia.

Sobre a investigação da Lava Jato como um todo, a delegada afirma que a PF “constatou a abertura de cortas bancárias em nome de interpostas pessoas, o fluxo mascarado do dinheiro, a celebração de contratos ‘de papel’ para esquentar a saída de dinheiro na contabilidade dos corruptores, o uso de doleiros para propiciar a disponibilização de valores fora do país aos corruptos e a falta de uma concorrência efetiva nos certames da Petrobras, visto que a empreiteira a ser contratada já vinha adrede escolhida pelo grupo criminoso”.

Na OAS, além de Aldemário, conhecido como Léo Pinheiro, a delegada indiciou o engenheiro civil Agenor Franklin Magalhães Medeiros, 66, diretor-presidente da Área Internacional da OAS, o administrador de empresas José Ricardo Nogueira Breghirolli, 35, o engenheiro civil Pedro Morollo Junior, 62, o advogado Alexandre Portela Barbosa, 29, e o administrador de empresas, Mateus Coutinho Sá Oliveira, 36, diretor financeiro da empreiteira.

Em relação à Galvão Engenharia, foi indiciado o engenheiro civil Erton Medeiros Fonseca, 54, diretor-presidente da divisão de engenharia. Na Queiroz Galvão, além de Ildefonso, foi indiciado o engenheiro Othon Zanoide de Moraes Filho, 55, ex-diretor da empreiteira.

No caso da empreiteira Mendes Júnior, além de Sergio Cunha Mendes, foram indiciados o engenheiro civil Angelo Alves Mendes, 56, vice-presidente de assuntos corporativos, o economista Flávio Sá Motta Pinheiro, 55, gerente financeiro da construtora, e o engenheiro eletricista Rogério Cunha de Oliveira, 56, diretor de Óleo e Gás da empreiteira.

Ouvido em depoimento, Erton Fonseca, da Galvão Engenharia, informou ter sido pressionado a fazer um pagamento total de R$ 12,8 milhões em troca da manutenção de contratos ou obtenção de novos contratos na Petrobras. Desse total, segundo ele, R$ 4 milhões foram para o doleiro Alberto Youssef, que representava a diretoria de Abastecimento da Petrobras, e outros R$ 8,89 milhões foram pagos a dois “emissários” da diretoria de Serviços da petroleira, o ex-diretor de engenharia Pedro Barusco e o empresário Shinko Nakandakari. O primeiro fez delação premiada e prometeu devolver US$ 97 milhões, o outro nega as acusações.

A respeito da cunhada do tesoureiro nacional do PT, Marice Corrêa de Lima, a delegada apontou que “uma das supostas beneficiadas por entregas de valores a mando da OAS, em termo de declarações […] alegou desconhecer os fatos e pessoas sob investigação”.

Ao serem ouvidos em depoimento na Polícia Federal, todos os indiciados da OAS manifestaram seu direito legal de permanecer calados. A reportagem procurou nesta terça (9) as assessorias de imprensa da OAS, da Galvão Engenharia e da Queiroz Galvão, que não haviam se manifestado até as 19h.

Folha Press

Atualizado às 19h47

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Geral

Citado em depoimentos da Operação Lava Jato, tesoureiro João Vaccari Neto é aplaudido em evento do PT

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, citado em depoimentos da Operação Lava Jato como operador do PT junto ao esquema de desvios da Petrobras, foi aplaudido duas vezes durante a reunião do diretório nacional do partido nesta sexta-feira, em Fortaleza.

Segundo relatos de participantes da reunião, que é fechada à imprensa, Vaccari tomou a palavra logo no início do encontro para se defender. Ao longo de 15 minutos ele tentou tranquilizar o partido dizendo que “tudo o que foi arrecadado foi contabilizado” formalmente nas contas do PT.

Vaccari, que teve os sigilos telefônico, fiscal e bancário quebrados pela CPI Mista da Petrobras, lembrou que isso não é uma novidade em sua vida, já que em 2010 a Justiça determinou a abertura de suas contas bancárias em uma investigação sobre irregularidades na Bancoop, a cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da qual foi diretor.

Quanto ao sigilo telefônico, Vaccari disse que a CPI só vai encontrar “ligações típicas de um tesoureiro de partido”. “Eu sei o que fiz”, disse ele. Vaccari foi aplaudido com entusiasmo pelos dirigentes petistas que lotavam o auditório de um hotel na capital cearense.

Na sequência, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também fez uma defesa contundente do tesoureiro. Falcão disse que Vaccari é “uma pessoa séria” e que não existe “nada concreto” contra ele, apenas depoimentos de pessoas investigadas pela Lava Jato que aceitaram fazer acordos de delação premiada. “Nosso papel é defendê-lo”, conclamou o presidente do PT.

Mais uma vez a cúpula petista aplaudiu o tesoureiro em sinal de solidariedade com Vaccari.

O tesoureiro do PT foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como operador do PT no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras investigado pela Lava Jato. Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou uma planilha na qual a cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, aparece como beneficiária de uma remessa de R$ 220 mil do doleiro. Vaccari já negou várias vezes ter participação no esquema investigado pela Lava Jato.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. SUPREMO SUSPENDE INVESTIGAÇÃO CONTRA PROCURADOR DO CASO ALSTOM?
    Em liminar, ministro Gilmar Mendes alerta que Rodrigo De Grandis já foi inocentado da suspeita de não ter atendido pedido da Suíça em 2011.
    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão do processo administrativo disciplinar aberto no final de outubro pela Corregedoria Nacional do Ministério Público para investigar o procurador da República Rodrigo de Grandis por suspeita de não ter atendido solicitação de cooperação da Suíça no caso Alstom, em 2011.
    Mendes concedeu liminar em mandado de segurança impetrado por De Grandis, bloqueando o processo disciplinar da Corregedoria, braço do Conselho Nacional do Ministério Público.
    E AGORA GILMAR, SE FOSSE CONTRA UM PETISTA, COMO SERIA?

  2. A ironia se responde com ironia, e o sarcasmo com sarcasmo. Quem parte logo para a agressão não passa de um desordeiro de botequim".

  3. Pra essa laia esse senhor e mais um herói que ta sendo injustiçado pela mídia e pela justiça. Por isso estamos nessa situação.

  4. Esse povo é igual a corno apaixonado. Pode mostrar uma foto da mulher traindo que ele vai dizer que a ama afirmar que a foto é uma montagem.. kkkk

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Diversos

SINTA O "DRAMA": Gráfico mostra as relações entre os envolvidos na Operação Lava-Jato

Se você achou complicado até agora entender todo o emaranhado de relações dos acusados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público federal de participação no esquema de pagamento e recebimento de propina na Petrobras saiba que você não está sozinho. Há inúmeras relações entre os acusados. Algumas delas já reveladas pela PF, outras ainda não muito claras.

O Núcleo de Jornalismo de Dados elaborou um gráfico com as relações apontadas até agora pelos investigadores. As linhas azuis indicam uma relação de trabalho entre os envolvidos e as empresas. As linhas verdes indicam transferências de recursos financeiros entre a Petrobras e as empresas por conta dos contratos que mantém com as empreiteiras, mas também devido a transferências das empresas para Alberto Youssef. As setas vermelhas indicam quais profissionais foram apadrinhados por partidos políticos para trabalhar na Petrobras. Quanto maior o número de relações de um personagem do gráfico, maior é a sua importância no caso.

B3TaPLjCIAAYfEJClique aqui e explore o gráfico

O Globo

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Diversos

Para Gerdau, operação Lava Jato pode afetar investimentos no país

O empresário e presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, Jorge Gerdau, afirmou nesta quarta-feira (19) que as prisões dos presidentes e executivos das maiores empreiteiras do país, envolvidos com esquema de corrupção na Petrobras, podem afetar os investimentos no país.

Para ele, a estatal deverá trilhar um caminho para recuperar a sua credibilidade para poder fazer os investimentos necessários para os próximos anos.

“As coisas têm que andar bem. Você não pode ter os problemas que estamos tendo que eventualmente afetem em maior ou menor escala a empresa. Para se ter plena eficiência você tem que trabalhar procurando não ter problemas e nós, no momento, temos um problema que tem que ser vencido. Uma empresa como a Petrobras precisa se recuperar para exercer seus grandes desafios de investimento que fazem parte da estratégia global do país”, afirmou.

Gerdau foi membro do Conselho de Administração da Petrobras na época em que os desvios aconteceram. Questionado sobre o por quê de o órgão não ter tomado conhecimento sobre o que acontecia na empresa na época, ele afirmou apenas que o conselho era responsável por tomar decisões em nível mais amplo e que a corrupção aconteceu entre os executivos.

“O Conselho faz definições de ‘policies’ (o que seriam as políticas de administração da empresa). E esses processos aconteceram dentro do executivo”, disse. Gerdau foi membro do conselho por 13 anos. Ele deixou o cargo em fevereiro deste ano.

O empresário participou na manhã desta quarta do evento, realizado no Palácio do Planalto, que deu início às atividades dos grupos de trabalho no âmbito do governo, compostos por membros de ministérios e do setor privado, que vão apresentar, até o começo de dezembro, propostas para incrementar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira.

Folha Press

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Finanças

Justiça decreta prisão de presidentes de 5 empresas na Operação Lava Jato

Entre os executivos que tiveram a prisão preventiva ou temporária decretada pela Justiça Federal, a pedido da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, estão presidentes de cinco companhias: da OAS, da Camargo Corrêa Construções, da Iesa Óleo e Gás, da UTC e da Construtora Queiroz Galvão.

Essas empresas, juntas com as outras envolvidas, têm contratos que somam R$ 59 bilhões com a Petrobras, considerando o período de 2003 a 2014. Segundo as investigações, parte desses contratos se destinava a “esquentar” o dinheiro que irrigava o caixa de políticos e campanhas no país.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas sedes das seguintes companhias: Camargo e Corrêa, OAS, Odebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa.

Integrantes do governo, segundo a reportagem apurou, consideram que a operação atinge o “coração dos financiadores de campanha”.

Foram bloqueados R$ 720 milhões dos executivos investigados, até o limite de R$ 20 milhões por pessoa. Não houve bloqueio das contas das empresas, para não prejudicar a saúde financeira delas.

Os pedidos de prisão –temporária, de cinco dias, ou preventiva– também envolvem diretores, atingindo a cúpula das companhias.

Ao todo, foram emitidos mandados de prisões preventivas e temporárias contra 27 pessoas, dos quais 18 já haviam sido cumpridos na manhã desta sexta; e 9 de condução coercitiva –quando a pessoa é levada para prestar depoimento obrigatoriamente–, dos quais 6 já foram feitos.

Folha Press

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Judiciário

Doleiro Alberto Youssef é absolvido na primeira sentença da operação Lava-Jato

2om0cti5ab_udiztpojs_fileFoto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo

 O doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal em março deste ano, foi absolvido nesta terça-feira (21) pela Justiça Federal do Paraná na primeira sentença da operação Lava-Jato. Ele era acusado pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Youssef está preso desde 17 de março em Curitiba (PR).

A Justiça acolheu a posição do MPF (Ministério Público Federal) e da defesa do réu de que ele apenas teria cedido seu escritório para recebimento e entrega do dinheiro, sem conhecimento de que os recursos vinham do tráfico de drogas. Youssef permanece preso preventivamente, porém, por outros processos.

O acusado Rene Luiz Pereira, porém, foi condenado por crime de tráfico internacional de drogas. Ele foi responsável, segundo a Justiça, por carga de 698 kg de cocaína que foi apreendida em novembro de 2013 em Araraquara (SP).

Além de Rene Luiz Pereira, também foram condenados por lavagem de dinheiro os réus Carlos Habib Chater e André de Catão de Miranda. De acordo com a acusação, foram enviados US$ 124 mil da Europa ao Brasil e, em seguida, para Bolívia para pagamento de fornecedores de drogas.

Para a receber esses valores, de acordo com a Justiça Federal de Curitiba, foram utilizadas conta de posto de gasolina em Brasília (Posto da Torre) e conta de empresa de fachada em Curitiba. Rene Luiz Pereira foi também condenado pelo crime de evasão fraudulenta desse numerário para a Bolívia.

Rene Luiz Pereira foi condenado a 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado; Carlos Habib Chater, a cinco anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado; e André Catão de Miranda, a quatro anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Rene Luiz Pereira e Carlos Habib Chater respondem presos preventivamente ao processo. Ainda cabe recurso contra a sentença.

Outros acusados

Também envolvidos no crime, Sleiman Nassim El Kobrossy e Maria de Fátima Stocker não foram encontrados para citação. Eles estão foragidos. Segundo a Justiça Federal, existe pistas de que Maria de Fátima está presa na Europa.

R7

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Diversos

Juiz homologa primeira delação premiada da Operação Lava Jato

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, homologou hoje (24) o primeiro acordo de delação premiada da investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O acordo foi feito entre a defesa de Luccas Pace Júnior, acusado de crimes financeiros e lavagem de dinheiro, e o Ministério Público Federal (MPF). O conteúdo da delação está em segredo de Justiça.

De acordo com a investigação, Luccas era subordinado a Nelma Kodama, considerada pelo Ministério Público líder do grupo criminoso que operava no mercado negro de câmbio por meio de empresas fantasmas.

O próximo acordo de delação a ser homologado deve ser o depoimento em que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, cita nomes de políticos favorecidos com propinas no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Por envolver pessoas com foro privilegiado, a homologação terá de ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ontem (23), integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras reuniram-se com o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, para pedir acesso ao depoimento de Costa.  Segundo o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),  o depoimento ainda não foi homologado e, por isso, não pode ser repassado à CPMI.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Qual a relação entre Celso Furtado, o golpe de 1964 e as eleições presidenciais de 2014?
    Onde Marina vai com as outras vai se abrigar quando o PSB descobrir que na REDE dela o que cair é peixe?

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Finanças

FOTO: Polícia Federal indicia 46 envolvidos na Operação Lava Jato e apreende R$ 6 milhões

foto_rj-03Após quase cinco anos de investigações e um mês de execução da Operação Lava Jato, a Polícia Federal (PF) conseguiu apreender cerca de R$ 6 milhões, em espécie, 25 veículos de luxo, além de indisponibilizar três hotéis e seis residências de alto padrão pertencentes a quatro quadrilhas especializadas em lavagem de dinheiro, suspeitas de movimentar mais de R$ 10 bilhões nos últimos três anos. No relatório, a PF indiciou 46 pessoas pelos crimes de formação de organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dois doleiros também foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas, diante de indícios da ligação deles com traficantes.

Entre os presos na Operação Lava Jato estão o doleiro Alberto Youssef, que fretou um jatinho para o deputado André Vargas, e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Vargas renunciou à vice-presidência da Câmara dos Deputados depois de descoberta a ligação dele com Alberto Youssef. O deputado, alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa, chegou a anunciar que renunciaria ao cargo, mas desistiu.

Agora, cabe ao Ministério Público decidir se apresenta à Justiça denúncia contra os indiciados. As investigações começaram em 2009, em Londrina, e descobriram que as quadrilhas atuavam também em Curitiba, São Paulo e Brasília. Ao todo, durante a Operação Lava Jato, foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas.

De acordo com a PF os inquéritos identificaram que as quatro organizações criminosas, lideradas por doleiros, eram independentes entre si, mas tinham negócios em comum relacionados à lavagem de dinheiro.

Quinze pessoas permanecem presas, sendo 14 em Curitiba e uma em São Paulo. Duas estão foragidas. Ainda segundo a PF, mais documentos poderão ser entregues às autoridades competentes como resultado da análise do material apreendido. A PF não descarta o indiciamento dos envolvidos nos crimes fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. A quantia apreendida é uma insignificante fração na frente dos 10 bilhões de reais que a polícia disse que foram movimentados.

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Diversos

PF prende ex-diretor da Petrobras em operação de lavagem de dinheiro

policial-federal-sp-04-size-598Foto: Ivan Pacheco

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira, no âmbito da operação Lava Jato, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. De acordo com policiais, Costa foi preso após familiares terem tentado destruir provas e documentos na consultoria aberta por ele cinco meses após deixar a Petrobras. Costa também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) no Estado do Rio de Janeiro por irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela estatal brasileira.

Ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster e do ex-presidente da companhia José Sergio Gabrielli, Paulo Roberto Costa e o ex-diretor de Internacional, Nestor Cerveró, já haviam sido intimados a depor para esclarecer os motivos pelos quais a estatal brasileira, em 2006, comprou uma refinaria em Pasadena em um dos negócios mais mal sucedidos da história da empresa – o prejuízo aos cofres da Petrobras chegou a 1 bilhão de dólares. Todos eles estavam no comando da companhia na época em que a transação foi realizada. Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da estatal na época do negócio, afirmou, em nota, que a empresa foi induzida a erro.

Na Operação Lava Jato, a Polícia Federal descobriu que Paulo Roberto Costa ganhou um carro de presente do doleiro Alberto Youssef, o principal personagem do esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de 10 bilhões de reais. Na casa do ex-diretor da Petrobras foram apreendidos 700.000 reais e 200.000 dólares em espécie.

Youssef foi um dos personagens da CPI do Banestado, em 2005, quando afirmou em depoimento que pagava propina para os diretores do banco do Estado do Paraná para ter facilidades na remessa de dinheiro para o exterior por meio das extintas contas CC-5. Ele havia conseguido o benefício da delação premiada e, por isso, estava em liberdade. Na última segunda-feira, a PF havia desarticulado quatro grandes quadrilhas de lavagem de dinheiro, prendendo os doleiros Alberto Youssef, Carlos Habib Chater e Enivaldo Quadrado – este último condenado no julgamento do mensalão.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Podemos dizer que o PT é uma quadrilha dentro do governo, comprando os humildes com essas bolsas e fazendo o raspa na cúpula do poder, até quando meu Deus?

  2. Parabéns a PF que nesse governo atua com liberdade, ao contrário da prática de blindagem da corrupção no governo de FHC onde nada era investigado, tudo devidamente abafado e engavetado, com o mesmo modus operandi utilizado em São Paulo que resultou em mais de 20 anos de propinas em contratos no setor elétrico e metrô.
    Resta agora apurar a origem do dinheiro desse ex-diretor indicado pelo PP, averiguar se esse dinheiro tem relação com a Petrobras e cadeia para todos os envolvidos.

    1. TIAGO.. dizer que "a PF neste governo trabalha com liberdade".. vc só pode estar de gozação, né ?
      Grande humorista,….

  3. Pense num governo corrupto esse do PT. Imaginem quando eles saírem do poder e realmente as investigações começarem em todas as áreas. Mas o povo só quer saber de auxílinho, bolsinha, esmolinha.

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