Judiciário

ABUSO DE PODER: Google é processado pelo Departamento de Justiça dos EUA por monopólio em sistema de buscas

Foto: Reprodução/TV Globo

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e 11 estados norte-americanos entraram com uma ação antitruste contra o Google, nesta terça-feira (20), por supostamente violar a lei ao usar seu poder de mercado para afastar rivais.

A empresa é acusada de pagar a outras companhias, como fabricantes de telefones celulares, operadoras e navegadores, entre elas a Apple, para manter seu sistema de buscas como o padrão.

Segundo reportagem do “The Wall Street Journal”, o processo aponta ainda que esse monopólio seria mantido por meio de uma rede ilegal de acordos comerciais exclusivos e interligados que excluem concorrentes.

A gigante da tecnologia se defendeu, dizendo que o processo é profundamente falho, e que a ação poderia “tornar mais difícil o acesso aos serviços de busca que querem usar”.

“Nossos acordos com a Apple e com outros fabricantes de dispositivos não são diferentes dos acordos que muitas outras empresas tradicionalmente usam para distribuir software”, afirmou Kent Walker, vice-presidente sênior de assuntos globais do Google.

“Outros mecanismos de pesquisa, incluindo o Bing da Microsoft, competem conosco por esses acordos. E nossos contratos passaram por repetidas revisões antitruste”, completou.

“As pessoas usam o Google porque querem – não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas”, disse a empresa.

Segundo a Reuters, esse é o maior processo antitruste em 20 anos nos EUA. Ele é comparável ao processo contra a Microsoft movido em 1998 e ao processo contra a AT&T, de 1974.

Investigada

A ação foi apresentada mais de um ano depois que o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) começaram as investigações sobre monopólios em quatro grandes empresas de tecnologia: Amazon, Apple, Facebook, além do Google.

Sete anos atrás, a FTC realizou uma investigação envolvendo o Google. O órgão apontava, entre outras coisas, que a função de busca da empresa poderia favorecer os próprios produtos, incluindo resultados privilegiados para o YouTube, por exemplo.

Ao fim da investigação, o presidente da comissão, Jon Leibowitz, disse que o órgão regulador não tinha encontrado nenhuma evidência que sustentasse a acusação de que o Google favorece injustamente seus próprios serviços nos resultados de busca.

No entanto, foi fechado um acordo, que foi contestado por alguns advogados da equipe da FTC. Nele, o Google se comprometia a licenciar certas patentes, consideradas “essenciais” para rivais em telefonia móvel, e a remover restrições no uso de sua plataforma de buscas de publicidade on-line, o AdWords.

“As mudanças que o Google concordou em fazer vão garantir que os consumidores continuem a ter os benefícios da competição na internet”, disse Leibowitz na época.

‘Chefão’ foi interrogado no Congresso

Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, em audiência nos EUA — Foto: Reprodução

Em agosto passado, o presidente-executivo da Alphabet (empresa dona do Google), Sundar Pichai, foi interrogado pelo Congresso dos EUA ao lado de Mark Zuckerberg (Facebook), Jeff Bezos (Amazon) e Tim Cook (Apple).

Pichai e os outros líderes das gigantes da tecnologia se defenderam na audiência, onde foram acusados de abusar de uma posição dominante no mercado.

O presidente do Google foi questionado sobre acusações de que a companhia estaria “roubando conteúdo” de pequenos sites, com o objetivo de manter as pessoas conectadas à plataforma. “Não concordo com a caracterização dessa afirmação”, disse Pichai. “Sempre focamos em fornecer aos usuários as informações mais relevantes”.

Críticas no Senado

Arkansas, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Indiana, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana e Texas, os 11 estados que aderiram à ação, têm procuradores-gerais republicanos.

Um dos críticos constantes do Google e de outras plataformas digitais, o senador republicano Josh Hawley chamou o processo de “o caso antitruste mais importante em uma geração” e disse acreditar a empresa mantém o poder por “meios ilegais”.

Mas a gigante da tecnologia também enfrenta críticas de democratas, como a senadora Elizabeth Warren. Em 10 de setembro, ela tuitou usando a hashtag #BreakUpBigTech, pedindo uma “ação rápida e agressiva” contra as grandes empresas do ramo.

G1

Opinião dos leitores

  1. Buscador na internet é o pau q mais tem. Basta não ter cuidado ao entrar em sites que invadem nossa privacidade pra ver como se auto instalam seus mecanismos de buscas, inclusive no próprio Chrome, deixando de lado o google.

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Diversos

Médico é processado por inseminar mulher com o próprio sêmen nos anos 70

DNA mostrou que mulher de 41 anos é filha do médico que fez inseminação. Foto: Pixabay

Um médico norte-americano do estado de Vermont está sendo processado por ter usado o próprio sêmen para fertilizar uma mulher na década de 1970, quando começaram a surgir as primeiras técnicas de inseminação artificial no país.

Segundo um processo que corre na Justiça Federal de Vermont, Barbara Gordon, 41, descobriu há dois meses que seu pai biológico era o médico John Coates III. Os pais dela não conheciam a identidade do doador.

De acordo com a imprensa local, Barbara tinha curiosidade sobre suas origens familiares e, por isso, submeteu uma amostra de seu DNA a sites de bancos de dados genéticos. O resultado mostrou que ela era descendente de Coates.

Quebra de contrato e negligência

Os pais de Barbara, Cheryl e Peter Rousseau, entraram com uma ação contra o médico e o hospital onde foi feita a inseminação, em 1977, por negligência, quebra de contrato e outras acusações.

“É tudo muito novo para eles. Eles não imaginavam que esse seria o resultado quando a filha decidiu pesquisar seu DNA”, explicou o advogado de Chery e Peter, Jerry O’Neill, em entrevista à emissora WCAX.

No processo, eles afirmam que Coates disse na época que o doador do esperma seria um estudante de Medicina, que teria pedido para não ser identificado e lembraria Peter Rousseau fisicamente. O médico nega as acusações.

Bancos de dados genéticos

Sites de armazenamento de dados genéticos têm se tornado cada vez mais comuns nos EUA. Somente no ano passado, pelo menos dois homens foram presos no país por crimes cometidos no passado, após amostras de DNA serem confrontadas com amostras em bancos de dados.

No fim de abril, a polícia da Califórnia prendeu o ‘assassino da Golden State’, que praticou dezenas de crimes durante mais de três décadas no estado.

Em junho, um homem que matou uma mulher na década de 1990 foi preso depois que uma amostra de material genético mostrou que ele estava na cena do crime.

R7

 

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Jornalismo

Ex-diretor do Ipem processado por apropriação indevida do dinheiro público

Blog de Ana Ruth Dantas

O ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas, Richardson Macedo, está sendo processado por peculato (apropriação indevida do dinheiro público).

Segundo a denúncia do Ministério Público ele teria se apropriado de uma diária relativa a uma viagem para Xerém no Rio de janeiro. O valor seria de R$ 737,50. A viagem teria ocorrido ao período de 24 de fevereiro a 26 de fevereiro de 2010. No entanto, o MP afirma que Richardson Macedo não embarcou.

Adriano Nogueira, que atuou como coordenador operacional do IPEM, também responde a processo por ter se apropriado de diária sem ter, realmente, feito a viagem.

O processo tramita na 5ª Vara Criminal, que tem como titular a magistrada Ada Galvão.

Opinião dos leitores

  1. Perai que eu não entendi direito a nóticia, o cara vai ser processado pelo MP por ter se apropriado do valor de R$ 737,50??????????????????????
    É isso mesmo?
    E a corja do Ministério dos Transportes? E a família do Ministro? E os acessores dele? E a galera do PR?
    Façam-me o favor….

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Jornalismo

Músico é processado por criticar aumento de 73% nos salários dos deputados

Agência Estado:

O músico Tonho Crocco terá de dar explicações à Justiça por ter criado o rap Gangue da Matriz, no qual criticou o aumento de 73% que os deputados estaduais do Rio Grande do Sul concederam a eles mesmos em dezembro do ano passado. A primeira audiência, de conciliação, está marcada para o dia 22 de agosto. Se o caso prosseguir, o artista responderá a ação penal e poderá ser condenado a período de um mês a dois anos de detenção por crime contra a honra dos parlamentares.

A música, que foi divulgada pelo YouTube(vídeo no final do post) e entrou no repertório do cantor e compositor, diz frases como “36 contra 11, aí é covardia”, referindo-se ao placar da votação, “o crime aconteceu em plena luz do dia”, “subiram seus salários, me senti um otário” e “Gangue da matriz, ali no Alto da Bronze”, e cita os nomes de todos os deputados que votaram a favor do aumento. Alguns deputados ficaram indignados com os termos da letra e pediram providências ao então presidente da Assembleia, Giovani Cherini (PDT), que notificou o Ministério Público Estadual da reclamação dos colegas.

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Esporte

Mourinho será processado judicialmente pelo Barcelona

Extraído da Carta Capital. Por Wálter Maierovitch

Como estou sempre na Itália a trabalho e gosto de futebol, acompanhei, pela leitura de jornais e programas esportivos da televisão,  várias declarações do técnico Mourinho quando dirigia a Inter de Milão. Não esqueço quando disse detestar morar na Itália. Isto quando estava a comemorar os campeonatos ganhos com a Inter e com  malas já prontas para Madrid.

Mourinho tem o ego  igual ao de Wanderley Luxemburgo. Medido com rigor, um centímetro menor.

Mourinho, nas derrotas que contam, procura, como Luxemburgo, um culpado ou usa de diversionismo. De Luxemburgo ele se distingue no trajar e no administrar cores de camisas, gravatas, meias e sapatos. Em síntese, não é cafono. Mourinho escolhe alfaiates que sabem cortar e elaborar ternos com perfeição, ao contrário de Luxemburgo que deve achar que basta comprar roupas e gravatas  de marcas famosas. Um apresenta-se elegante, enquanto o outro produzido e mal colorido.

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