Esporte

Bolsonaro sanciona lei que regulamenta transformação de times de futebol em empresas

Foto: Ilustrativa

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que estabelece regras para transformação de times de futebol em empresas e cria a figura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

O texto foi aprovado em junho pelo Senado e em julho pela Câmara.

Atualmente, os clubes de futebol são associações civis sem fins lucrativos. A proposta, chamada de Marco Legal do Clube-empresa, prevê estímulos para a conversão dos clubes ao modelo da SAF. Não há obrigatoriedade de que os clubes se transformem em empresas.

Com a transformação, as equipes terão instrumentos para capitalização de recursos e para o financiamento próprio, como:

emissão de títulos de dívida (debêntures-fut);

atração de fundos de investimento;

lançamento de ações em bolsa de valores.

Segundo a proposta, a Sociedade Anônima do Futebol cuidará somente do futebol masculino e do feminino.

Isso exclui a possibilidade de outros esportes, como o vôlei, migrarem para a SAF e também impede que entidades, federações e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se transformem em SAF.

Nome, escudo e sede

Pelo texto, alterações no nome, no escudo, no hino, nas cores, no local da sede do time só serão efetuadas com a concordância do clube, detentor das chamadas ações da classe A, que deu origem à Sociedade Anônima do Futebol.

A lei prevê também a transferência obrigatória à SAF dos direitos e deveres decorrentes de relações com o clube, inclusive os direitos de participação em competições, contratos de trabalho e de uso de imagem.

A transferência de direitos e patrimônio do clube para a SAF “independe de autorização ou consentimento de credores ou partes interessadas”.

Se instalações como estádio e centro de treinamento não forem transferidas, o clube e a empresa deverão firmar contrato com as condições para uso desses espaços.

Ainda conforme A eli, enquanto as ações ordinárias de classe A — aquelas do clube que originou a SAF — corresponderem a pelo menos 10% do total, o voto do titular das ações de classe A será condição necessária para a empresa decidir, entre outras questões, sobre:

alienação, oneração, cessão, conferência, doação ou disposição de qualquer bem imobiliário ou de direito de propriedade intelectual conferido pelo Clube ou Pessoa Jurídica Original para formação do capital social;

qualquer ato de reorganização societária ou empresarial, como fusão, cisão, incorporação de ações, incorporação de outra sociedade;

dissolução, liquidação e extinção.

Dívidas

O texto dá prazo de seis anos, prorrogáveis por mais quatro anos, para o clube quitar suas dívidas cível e trabalhista e dá alternativas aos times para pagamento dos débitos:

pagamento direto das dívidas pelo clube;

recuperação judicial (negociação coletiva);

consórcio de credores.

A nova lei também prevê mecanismo de transferência mensal de um percentual de receitas destinado ao pagamento de dívidas de natureza civil e trabalhistas.

Ainda constam na lei os chamados “instrumentos de aceleração” para pagamento dessas dívidas:

deságio: permite ao titular do crédito negociar a redução da dívida com o devedor, para recebimento dos valores;

cessão do crédito a terceiro: permite ao titular do crédito, não concordando com o deságio oferecido pelo devedor, buscar no mercado condições melhores;

conversão da dívida em ações da SAF: permite a conversão de toda ou parte da dívida em ações do clube-empresa;

emissão de títulos de mercado revertendo para o pagamento da dívida.

G1

Opinião dos leitores

  1. Dez anos para o clube quitar dívidas cíveis e trabalhistas: mais uma vez, o trabalhador(jogador e funcionários) só tem a perder. Vamos ver se a imprensa e o Sindicato dos atletas vão ficar calados. Os únicos direitos preservados, atualmente, no Brasil, são os do Judiciário e militares!

    1. Pra vc e seus comparsas nada de bom para o Brasil, que não possa ser alvo de roubalheira, irá importar, “cumpanhero”. Só importam suas “boquinhas” e maracutais. Cadê a CPI estadual da COVID? Rsrsrs

    2. Sabia que você não tinha argumento algum…
      Comentarista de Google.
      Você só sabe vomitar baboseiras pelos dedos, esclerosado.
      Você falou que a lei é “boa” para o povo, eu só queria saber quais os benefícios, só isso.

    3. Vc é cego? Onde foi que falei em “povo”? Mas, se essa lei beneficia um setor do país, podemos dizer que é boa para o Brasil. Cara, vc, além de sem caráter, é doido e cego. Kkkkkkkkk

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Diversos

País passa por transformação da infraestrutura nacional, diz ministro Tarcísio Gomes de Freitas

Foto: © Ministério da Infraestrutura

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o Brasil passar por um momento de “transformação da infraestrutura” nacional, apesar das barreiras orçamentárias para novos investimentos: “Estamos passando por um momento difícil, conjuntural, de forte restrição fiscal, mas isso vai passar”, declarou Freitas, ao participar, na manhã desta terça-feira (8), de um evento em comemoração aos 20 anos de criação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ao falar sobre a necessidade de fortalecer a autarquia responsável por executar as diretrizes da política nacional de infraestrutura rodoviária, ferroviária e hidroviária federal, o ministro destacou as recentes realizações do órgão.

“Em um momento de pandemia, com o menor orçamento da história, [o Dnit] foi e entregou, no ano passado, 92 obras. Outras tantas já estão sendo entregues este ano. Imagina como vai ser quando o dinheiro voltar”, garantiu.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, cerca de 1.430 quilômetros de novas estradas foram entregues em 2020, superando em mais de três vezes os 400 quilômetros de pavimentação nova concluídos em 2019.

“Daqui a pouco, não vamos ter um quilômetro de rodovia [federal] que não esteja pavimentada”, disse Freitas, revelando otimismo. “Temos que pensar no futuro, em uma autarquia que, em breve, será ainda maior. A transformação da infraestrutura que está em curso tem muito a ver com a história desta autarquia”, acrescentou o ministro.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Essa reta tabajara só ficará pronta em junho/julho do ano que vem pro gado votar bonito na eleição do próximo ano.

    Pode anotar e me cobrem.

  2. Rapaz, tem gente q e trouxa, passo na reta tabajara duas vezes por semana, desde 2012 q comecaram a fazer essa obra, era pra está pronta antes da copa 2014, quem mandava no Brasil era pt, antigo PMDB,depôs disso a mata cresceu, a chuva criou buracos e barrancos, agora vem um ministro corajoso , competente, assumil não parou mais, tá andando, tá quase pronto o ingancho igapó, concluir o viaduto Goianinha, q fizeram uma gambiarra , e ficou interditado vários anos, esse ministro pra o nosso pobre em, e quem tá salvando a governadora, pois todas as obras importantes do RN são dele, e ela ainda crítica , isso e sacanagem

  3. Esse ministro seria um excelente nome para Presidente em 2022. Competência administrativa e política.

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Educação

IDE e educador português debatem a transformação da escola em comunidade de aprendizagem

Foto: Divulgação

O Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) põe em discussão a necessidade de transformar a escola enquanto resposta à falta de motivação de crianças e jovens para se manterem engajados com os estudos. “É cada vez mais comum as queixas das escolas quanto à dispersão dos estudantes que influencia nos resultados de aprendizagem e é preciso identificarmos os motivos e as soluções”, destaca Cláudia Santa Rosa, diretora executiva do IDE.

Constata-se que a escola predominante no Século XXI ainda é a mesma que foi estruturada há 200 anos. A crença é de que a aprendizagem só acontece por meio de lições repassadas pelo professor, num modelo de aula padronizado, com forte apelo às longas exposições. Consequentemente, a escola se mantém fechada nela própria, reduzida aos limites de um prédio, muitas vezes sem dispor das condições apropriadas ao desenvolvimento integral de quem aprende.

Para discutir uma pauta urgente, o IDE vem realizando uma agenda semanal de debates sobre importantes temas que afetam a escola, especialmente em tempo de pandemia. O projeto “Diálogos em Defesa da Educação” receberá o educador português, José Pacheco, idealizador da revolucionária Escola da Ponte, localizada no norte de Portugal, que vai discutir a necessidade de a escola ser repensada para sobreviver na atualidade. O encontro acontecerá nessa terça-feira (14), às 19h30, pelo Instagram @ClaudiaStaRosa.

O caminho para fortalecer a educação formal, que José Pacheco defende, é o da inovação, por meio da transformação da escola em comunidade de aprendizagem, um conceito que reconhece os círculos de vizinhança como potencialidades para ampliar os espaços de aprendizagens para além do prédio escolar.

“Pacheco é incansável na luta por uma educação libertadora. O que ele fez na Escola da Ponte já foi extraordinário, mostrou que a utopia pedagógica é realizável. Agora ele dá um passo adiante com a proposta de espalharmos comunidades de aprendizagens por todos os lugares”, comenta Santa Rosa, que, em 2008, defendeu tese de doutorado em educação a partir de uma profunda pesquisa realizada na Escola da Ponte.

A professora Santa Rosa vem implementando projetos em escolas de Natal, baseados em sua tese de doutorado, sempre com enorme sucesso, basta dizer que a escola com o IDEB mais alto do RN (7.1), foi a primeira que ela implantou a experiência: a Escola Estadual Hegésippo Reis, no bairro Nova Descoberta. Na Escola Estadual de Tempo Integral Dr. Manoel Dantas o trabalho começou em 2015. A instituição tinha medido IDEB 2.5 em 2013 e subiu para 5.8 em 2017. “Com essa Live queremos inspirar professores para inovar e o momento de retorno das escolas às atividades presenciais será muito oportuno”, destaca Cláudia.

Serviço

LIVE no Instagram: @ClaudiaStaRosa

Data: 14/07/2029

Hora: 19h30

Tema: Comunidades de aprendizagem – um novo jeito de fazer educação no retorno às escolas.

Debatedores: José Pacheco e Cláudia Santa Rosa

Opinião dos leitores

  1. Nos anos 70's quando andei ligado ao ensino, numa altura agitada (pós – revolução) aqui por Portugal, e quando se implemantaram inúmeras reformas do ensino, recordo-me de um mestre Rui Grácio que publicou um trabalho, que guardo, "Os Professores e a reforma do Ensino" pertence à Biblioteca do Educador Profissional. Neste trabalho lê-se: "…nada na vida individual e colectiva dos homens é alheio à política, banalidade que só a ignorância ou má fé se atrevem a impugnar."

    Vale a pena ler!

  2. Como pré-candidato a prefeito de Sao Vicente RN, Pedagogo com especialidades em Gestão de Negócios, MBA em Gestão de Pessoss (RH) e uma vida dedicada a Gestão na Petrobras, sonho com minha cidade transformada numa cidade voltada para a aprendizagem libertadora, numa comunidade de aprendizagem – um novo jeito de fazer educação.
    Identiquei-me na hora com o projeto, vou além, incluiria o item a parte, a escola com uma área especificas para preparação para concursos de acesso as melhores escolas ou empregos no Pais.

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