Saúde

Mais médicos está ameaçado, diz Drauzio Varella

 

Do dia para a noite, 8 mil cubanos abandonaram suas vagas no Programa Mais Médicos, deixando desassistidas as áreas mais vulneráveis do País. Para o médico Drauzio Varella, um dos mais renomados do Brasil, o Mais Médicos foi “o programa de interiorização de maior alcance e duração” já desenvolvido e agora está ameaçado.

“Acho que o defeito foi ter deixado o programa na mão do governo de Cuba, porque podiam a qualquer momento romper o acordo, como de fato aconteceu”, afirma Drauzio.

Na entrevista a seguir, ele diz que o perfil dos médicos formados no Brasil — de classe média alta e predominantemente feminino — dificulta a fixação do profissional nas regiões do País que mais precisam. “Você acha que essas pessoas de classe média alta vão querer ir para esses lugares? Você tem uma filha, paga caro na faculdade dela, você quer que ela se forme para trabalhar no sertão de Alagoas?”

Qual é sua visão geral sobre o Mais Médicos?

O Mais Médicos foi o programa de interiorização de maior alcance e duração. Nunca um programa alcançou tantas pessoas em território nacional e durou tanto tempo. Acho que o defeito foi ter deixado o programa na mão do governo de Cuba, porque o acordo podia ser rompido a qualquer momento, como aconteceu. E daí você tem mais de 8 mil médicos para substituir. Primeiro, surgiu essa situação com as declarações do presidente (eleito) dizendo que os médicos eram ruins, que o programa era só para dar dinheiro para Cuba. E então, tiraram todo mundo de uma vez. Eles não podiam ter pego a gente de “calça curta”. Foi aberto o concurso, preencheram aproximadamente 90% das vagas, e acham que foi um sucesso. Só que muitos fazem o concurso, se apresentam, se inscrevem e depois não vão. Ou não gostam da cidade para a qual foram designados, e uma série de outros problemas. Outros já trabalham no Estratégia Saúde da Família e largam para ter um salário melhor, o que desfalca o programa. Precisamos entender que tem muito chão entre fazer inscrição no programa e realmente conseguir ser designado para começar a trabalhar.

A solução de trazer médicos de Cuba foi inteligente?

Deixando de lado a parte política e a questão sobre se está certo você mandar dinheiro para Cuba ou não, acho que foi uma solução possível. Não tínhamos médicos nesses locais.

Mas quando o programa foi lançado, em 2013, já não havia um número de brasileiros suficiente para cobrir esses lugares?

Nós temos um contingente de médicos brasileiros suficiente para atender o País inteiro — são quase 500 mil médicos —, mas o problema é a concentração. Eles estão em São Paulo, Rio e nos grandes centros.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, colocou em questão a qualidade do médico cubano. Ele é capacitado para trabalhar aqui?

Em Cuba tem um curso de quatro anos e, pelo meu entender, prepara para as coisas básicas. Para dar cuidados básicos você precisa ter um médico com formação em clínica médica e saúde da família, que é o que falta aqui. Nós não temos médicos preparados nessa área porque o pessoal não se interessa, eles querem fazer especialidade. O fato é que não tínhamos esses 8 mil médicos brasileiros dispostos a ir para esses lugares.

Mas agora eles subitamente se interessam?

Quantas faculdades de Medicina abrimos desde o Mais Médicos? É um número muito grande. Atualmente formamos 20 mil médicos por ano. Vamos aumentar nos próximos seis anos e chegaremos a 38 mil médicos por ano. Você tem agora mais gente pra concorrer às vagas, ainda mais com o salário de R$ 11 mil reais em meio a essa crise. A questão hoje é que a maioria das faculdades de Medicina é particular e a maioria dos estudantes é mulheres, isso quer dizer que o perfil mudou. Tem faculdades que custam R$ 8 mil, R$ 10 mil, até R$ 15 mil por mês. Quem está cursando essas faculdades é, no mínimo, a classe média alta, alunos que se formam gastando esse dinheirão. Você acha que essas pessoas de classe média alta vão querer ir para esses lugares? Você tem uma filha, paga caro na faculdade dela, você quer que ela se forme para trabalhar no sertão de Alagoas?

Os cursos são bons no Brasil?

Não. É isso que eu acho engraçado, eles ficam falando da formação dos cubanos, mas não falam da dos brasileiros. Essas faculdades estão abrindo por interesses econômicos. Os cubanos que prestaram o Revalida tiveram o mesmo índice de aprovação que os não cubanos.

Você acha que o Mais Médicos está ameaçado?

Acho. Um programa de interiorização em que você tira 8 mil médicos de um dia para outro, é o início de um drama. Ninguém estava preparado.

Se fosse pra ser bem feito, teria que ter um planejamento.

Lógico. E também tem a sacanagem de Cuba, que não pode ser eximido da responsabilidade. Precisava ter dado um prazo. Isso mostra que eles não estavam interessados na saúde do povo brasileiro.

Mas você acha que teve uma inviabilidade do presidente novo?

Sem dúvida. Os cubanos poderiam ter dito que não se dariam bem com o presidente, que não haveria entendimento. Mas deveriam ter pensado nas pessoas que estão sendo atendidas, ter fixado uma data.

Você conhece o Luiz Mandetta, escolhido por Bolsonaro para ser ministro da Saúde?

Não conheço. Ele fez uma declaração sobre aids que desgostou o pessoal da área (Mandetta disse não acreditar na eficiência de campanhas de prevenção realizadas em escolas e postos). Mas devemos aguardar, pois ele nem assumiu ainda.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Então é fácil. É só obrigar os cotistas a prestarem serviços obrigatórios no mais médico após a formação como uma contrapartida pela ajuda q tiveram para ingressar mais facilmente na universidade.

    1. Existe essa é outras contrapartidas. Alunos formados com ajuda do FIES têm que retornar o conhecimento em forma de trabalho para o setor público, porém a maioria dos estudantes de medicina filhinhos de papai, incompetentes para entrar na federal e que usam FIES (geralmente mentindo os ganhos da família, para ter o financiamento aprovado), pedem e os papais e mamães pagam para os filhos não retornarem o favor à sociedade. A maioria dos estudantes contistas e que vem do interior já tem essa consciência e retornam para suas comunidades-Natal. O problema é, é sempre será, a classe rica que não quer dividir seu tempo, espaço, conhecimento ou serviço com os menos abastados.
      Trabalho na área há mais de 20 anos, antes de existirem as faculdades particulares de Direito, Enfermagem, Psicologia e Medicina. Trabalho com fatos, não achismo.

  2. O fato é que para exercer a medicina no Brasil é necessário ter o diploma validado. Não aconteceu e nem sabemos se todos eram médicos e qual a qualificação deles. 628 “médicos” cubanos fizeram prova p validar o diploma e apena 2 foram aprovados.
    Este senhor, vedete da globo, perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado.

  3. Doutor Varella só para sua informação as vagas já foram preenchidas pela maioria de médicos brasileiros
    Mais uma coisa
    O Lula tá preso BA BA CA

  4. Alguem avise a dr Dráuzio Varella, que já está 100% preenchido, segundo o Michel Temer cumpanheiro de Dilma e do PT.

    1. 97% preenchido e no primeiro dia, somente 10% apareceram para trabalhar…

  5. Ao invés de cotas raciais, tivesse cotas regionais, seria cotas para estudantes da região carente, com compromisso do profissional ter a obrigatoriedade de passar determinado tempo trabalhando na região, e isso seria prioritário até formar profissionais suficientes pra atender as cidades, qualquer quebra de contrato por parte do profissional, o estado seria ressarcido, só assim conseguiria compor o quadro de médicos nescessário pra essa região.

    1. Amigão, pesquisa um pouco sobre a história do Dr. Dráuzio antes de falar inverdades…

    2. Para seu conhecimento Dilermano , veja se esse Bosta trabalhou no interior do Brasil !!!Drauzio Varella
      Drauzio Varella
      Drauzio Varella, nascido 01 de janeiro de 1943, em São Paulo , Brasil ) é um brasileiro médico, educador , cientista e notável divulgador da ciência médica na imprensa e televisão, bem como um grande autor.

      Além de medicina , Varella é conhecido como comentarista público sobre questões como as condições das prisões , bem-estar social , governo , literatura e seu professo ateísmo e ceticismo.

      Varella veio de uma família de descendentes portugueses e espanhóis de São Paulo. Ele estudou medicina na Escola de Medicina da Universidade de São Paulo. Enquanto estudante, ele foi um dos fundadores de um curso preparatório pré-med com João Carlos di Genio e outros colegas, e onde lecionou química durante vários anos. Este curso mais tarde se tornou o sistema de ensino privado maior no Brasil, a Universidade Paulista e do Sistema Objetivo. Varella recebeu o Prêmio Jabuti prêmio literário em 2000 por seu livro Estação Carandiru.

      Carreira médica

      Após a formatura, ele se especializou em doenças infecciosas com Prof. Vicente Amato Neto , da Universidade de São Paulo e no Hospital do Servidor Público de São Paulo . Este trabalho levou-o a desenvolver um interesse em imunologia e nos últimos 20 anos, trabalhou no Hospital do Câncer de São Paulo, especializado em oncologia.

      Como professor de medicina, ele trabalha na Universidade Paulista, mas tem ensinado também em várias outras instituições no Brasil e no exterior, como o New York Memorial Hospital , Cleveland Clinic , Instituto Karolinska , Universidade de Hiroshima e o Instituto Nacional do Câncer do Japão.

      Um de seus principais campos de trabalhos tem sido AIDS , especialmente o tratamento do sarcoma de Kaposi . Ele teve um papel activo na prevenção campanhas e educacionais sobre a AIDS, sendo a primeira a ter um rádio programa sobre o assunto. De 1989 a 2001, ele ofereceu-se para trabalhar como um médico não remunerado em uma das maiores cadeias do Brasil, o Carandiru , a fim de enfrentar os temíveis AIDS epidemias que grassam entre os presos do sexo masculino.

      Como resultado desta experiência, ele escreveu o livro best-seller Estação Carandiru descrevendo a vida angustiante dos presos, que mais tarde tornou-se uma imagem de filme ( Carandiru , dirigido por Hector Babenco ), ambos ganhando elogios do público e especializada nacional e internacional Críticos.

      Como presidente de um instituto de investigação do cancro em UNIP, Dr. Varella atualmente dirige um programa de investigação sobre o potencial dos brasileiros Amazon plantas medicinais para o tratamento de neoplasias e resistentes aos antibióticos bactérias . Esta pesquisa é apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo.

      Obras

      Carcereiros (2012)
      AIDS Hoje. Em 3 volumes, em colaboração com Antonio Fernando Varella e Narciso Escaleira.
      Estação Carandiru (1999), Companhia das Letras.
      Macacos , Publifolha ( “Folha Explica” series)
      Ruas Nas fazer Brás . Companhia das Letrinhas (livro infantil)
      De Braços parágrafo o alto . Companhia das Letrinhas (livro infantil)
      Florestas do Rio Negro . Com Alexandre Adalardo de Oliveira e Douglas C. Daly
      Maré – Vida na Favela
      Casa das Palavras, com Paola Berenstein , Ivaldo Bertazzo e Pedro Seiblitz (imagens).
      Por um Fio. Companhia das Letras, 2004.

      Fonte: en.wikipedia.org

      Categorias: Biografias

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    3. Ele é um oncologista mediano, pois seus índices de sucesso de tratamento não são muito favoráveis. Falar é uma coisa, agir é outra… ultra´passado…só sabe o que é aspirina.

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Política

MP faz bloqueio de R$ 8,9 milhões em bens de Pezão

O Ministério Público Estadual fluminense obteve na Justiça liminar de bloqueio de bens, no valor de R$ 8,9 milhões, do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), preso anteontem na Operação Boca de Lobo, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

A decisão, provisória e sem relação com os fatos apurados pelas autoridades federais, foi proferida pela 3.ª Vara de Fazenda Pública em ação civil pública ajuizada contra o governador na segunda-feira, por ato de improbidade administrativa. O processo foi iniciado por causa de supostos ilícitos nas obras de reforma do Estádio Mário Filho, conhecido como Maracanã.

Segundo as investigações do MPE-RJ, na remodelação do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, Pezão, na época Secretário Estadual de Obras, coordenador executivo de Projetos e Obras de Infraestrutura e vice-governador do Estado, não seguiu recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que o instavam a consultar o Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre os requisitos para o uso do estádio nos Jogos Olímpicos de 2016. O objetivo seria promover os ajustes para atender às duas competições, para evitar desperdício de dinheiro público.

Só na contratação de uma empresa para trocar a iluminação do estádio, visando os Jogos, pouco após a primeira reforma, houve gasto “desnecessário” de R$ 2,9 milhões, diz o MP.

Em 2011, auditoria do TCE alertou que adequações às exigências do COI deveriam ser consideradas nos projetos básico e executivo da reforma em andamento visando a Copa de 2014, para evitar outras obras nos anos seguintes. O custo final da reforma, após 16 aditivos no contrato, foi de R$ 1,3 bilhão.

Prisão. Pezão está preso desde anteontem na Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio, em Niterói. O governador é acusado de receber mesada de R$ 150 mil e um “décimo terceiro” da propina durante o período em que era vice-governador do Estado. Está em uma sala especial por prerrogativa de cargo, mas segundo a PM sua rotina é igual à dos demais presos.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o cardápio de almoço e jantar dos detentos é composto por arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha, legumes, salada, sobremesa e refresco. O desjejum tem pão com manteiga e café com leite. O lanche tem guaraná e pão com manteiga ou bolo.

Ainda segundo a PM, os detentos passam por uma avaliação feita por diversos profissionais – médico, psicólogo, dentista – e recebem atendimento do serviço de assistência religiosa assim que são levados à unidade prisional. Os procedimentos são feitos, em média, no prazo de uma semana.

Apesar de estar em uma sala especial, Pezão não tem outro tipo de benefício. “As acomodações (da unidade prisional) são semelhantes aos alojamentos quartéis militares. O uso de eletrodomésticos, como ventilador, por exemplo, segue a norma da Vara de Execuções Penais (VEP). O acesso às áreas externas para banho de sol e atividades esportivas ou laborativas é controlado”, informou a PM.

Defesa

O Estado procurou ontem a defesa do governador, mas não obteve resposta. Pezão sempre afirmou não ter envolvimento, nem conhecimento, de irregularidades no governo fluminense. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. A conta ai é facil, receita federal faz o cauculo, pega o que esse ladrão ganhou durante a vida de forma honesta, diminui dessa bolada e o resto injeta na educação, saúde e segurança de nosso país!!! Vlw

  2. Já pode prender governador em mandato sem uma condenação em segunda instância?
    O Direito Penal mudou ou estou de volta ao regime militar, onde não se respeitavam os direitos e garantias fundamentais registradas na constituição Federal?
    E a prerrogativa de foro privilegiado?
    Não foi por isso que disseram que não podia prender Aécio, Alckmin, Serra, Temer e Robson Farias?

  3. Esses políticos em pouquíssimo tempo de roubo fazem uma fortuna
    Os babacas que defendem o Lula gostaria saber se estão milionários também (se trabalharem certo eu duvido)

  4. E o advogado dele dizendo que ele tinha bens modestos. Luladrão também usou o mesmos argumentos.

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Economia

Bolsonaro afirma que “farra das multas” ambientais vai acabar

Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participou na manhã deste sábado (1º) da solenidade de formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro.

Após a solenidade, Bolsonaro falou rapidamente com a impresa e afirmou que ainda não definiu um nome para o Ministério do Meio Ambiente, mas antecipou que “a farra das multas dadas pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes” vão acabar. Ele também criticou a atuação de alguns fiscais que classificou como “abusiva”.

Questionado sobre o número de ministérios que terá em seu governo, Bolsonaro disse que “em torno de 20, vinte e poucos, mas não vamos chegar a 30 como no governo anterior”.

Também lembrou que tramita no Congresso uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para conceder aumento salarial aos militares. “Faz muito tempo que eles não têm um aumento e eles têm esse direito.”

Descontraído, afirmou que deve acompanhar o jogo do Palmeiras contra o Vitória pela última rodada do Brasileirão neste domingo em São Paulo. “Fui convidado pelo clube e vou assistir o jogo no camarote”.

Resende

Durante a solenidade de formatura, 427 cadetes receberam a graduação de bacharel em ciências militares e a espada de oficial do Exército, depois de 4 anos de estudos. Bolsonaro estudou na Aman entre 1974 e 1977 e se declarou “muito emocionado voltar a academia depois de 40 anos”.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. A beleza irá acabar com o IBAMA e o Instituto Chico Mendes, aí a vergonha aumenta do tamanho do desmatamento, quero só ver o que sobrará das nossas florestas .

    1. O Incra em Brasília está totalmente imPesTado de petista. Tem que detetizar.

  2. Muitas ONGs têm trabalhos belíssimos por todo o Brasil, pelo menos o famigerado Mito deveria conhecer o trabalho delas pra depois falar besteira. Que vergonha esse homem nos faz pensar mesmo.

  3. Pior que o patrimônio da união daqui manda derrubar casa e empreendimentos somente de alguns, enquanto a grande maioria invadem mar, área de banhista e tudo o mais. Algo estava errado, como o caso de empreendimentos imobiliários em Pirambuzios, que invadiu área dos banhistas da praia além de não respeitar os 15 metros de distância da maré alta. Tudo foi feito com autorização dos órgãos de controle. E o MP não ver isso?

  4. Cada dia tenho mais vergonha desse presidente que vcs escolheram, enquanto mundo todo está preocupado com o meio ambiente, ele só pensa ao contrário.

    1. Você não tinha vergonha de apoiar uns ladrões, vai ter vergonha de um presidente que vai fazer parceria com os EUA e Israel, dois países que respeitam seus cidadãos, diferente das ditaduras que seus corruptosos apoiavam, caba de pêia!

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Saúde

Dermatologistas do RN atendem cerca de mil pacientes no Dezembro Laranja

Um pequeno sinal no braço que crescia e coçava levou o aposentado José Avelino da Silva, de 67 anos, ao hospital da Liga contra o Câncer onde neste sábado (1) ocorre a ação voluntária de atendimento aos pacientes com câncer de pele.

Os dermatologistas associados à Sociedade Brasileira de Dermatologia do RN (SBDRN) atenderam os pacientes através de consultas, diagnósticos e tratamento – incluindo cirurgias para retirada de câncer – além de orientação de fotoproteção e encaminhamento para tratamento.

“A campanha da SBDRN reafirma a disposição dos médicos dermatologistas do Rio Grande do Norte no tratamento e combate ao câncer de pele. Precisamos alertar a todos sobre uso de protetor solar e atenção para os sinais que surgem na pele, principalmente no nosso Estado que tem alto índices de casos de câncer de pele”, destaca a presidente da SBDRN e dermatologista, Dra. Danielle Espinel. 

A maioria dos pacientes tem perfil parecido: homens que trabalharam na agricultura; construção civil e/ou com origem em cidades litorâneas. A prevenção ao câncer de pele foi feita através de consulta e distribuição de cartilhas educativas.

Como em todos os anos, famílias estiveram na Liga em busca de tratamento para doenças da pele. “Somos de Parnamirim e estamos preocupados com nossa mãe, que trabalhou na agricultura por muitos anos e aos 82 anos será consultada por um médico dermatologista pela primeira vez”, conta a filha de Iracema Hilário da Silva.

Sentados e aguardando atendimento, os pacientes relataram a dificuldade de consultas na rede pública de saúde. “Estamos há um ano tentando uma consulta. Esse atendimento hoje vai me salvar”, contou, emocionada, a aposentada Maria Augusta Sampaio, de 73 anos.

De acordo com os dermatologistas, o efeito nocivo do sol é cumulativo. E ao apresentar mancha ou sinal, o ideal é procurar um tratamento médico.

Pequenas cirurgias também foram feitas neste sábado. As mais complexas somaram 32 cirurgias e os procedimentos considerados “pequenas cirurgias” foram centenas, feitos por médicos dermatologistas e alunos da residência em dermatologia do Estado.

O mutirão foi iniciado às 7h com distribuição de fichas e terá continuidade o mês inteiro no Dezembro Laranja.

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Política

Rodrigo Maia e Renan Calheiros se equilibram entre governo e oposição por apoio para comandar Congresso

Símbolos da política tradicional renegada por Jair Bolsonaro (PSL), os dois principais candidatos ao comando da Câmara e do Senado colocaram em marcha um plano de articulação que equilibra interesses da esquerda e do novo governo.

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elaboraram pelo menos dois discursos para tentar convencer seus pares de que são a melhor opção para assumir as Casas a partir de fevereiro de 2019.

Aos aliados do presidente eleito, garantem que vão fazer avançar sua pauta econômica liberal. Aos partidos de centro-esquerda, que serão uma espécie de muro de contenção à agenda de costumes conservadora defendida por Bolsonaro e seus apoiadores.

Para ser reconduzido à presidência da Câmara, Maia tem conversado com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e investido no diálogo individual com deputados da base do novo governo.

Quer mostrar que não trabalhará contra o Planalto no que diz respeito às reformas estruturais. De olho em chefiar o Senado pela quarta vez, Renan segue o mesmo roteiro.

O senador alagoano jantou com o guru econômico de Bolsonaro na semana passada, falou sobre o possível apoio a bandeiras como a reforma da Previdência, mas foi pouco assertivo sobre seus planos de voltar a dirigir o Congresso.

O presidente da Câmara, por sua vez, defende as mudanças na aposentadoria desde quando a proposta foi apresentada pelo governo Michel Temer e tem se mostrado disposto a trabalhar pela aprovação da medida no próximo ano.

Sabe, porém, que suas chances de presidir mais uma vez a Câmara diminuem se a base de Jair Bolsonaro apoiar outro nome para o posto —os deputados João Campos (PRB-GO) e Capitão Augusto (PR-SP) despontaram entre as preferências de aliados do presidente eleito.

Já com partidos como PDT, PC do B e PSB, com quem tem trânsito desde sua primeira eleição, Maia deixa claro suas diferenças com Campos e Augusto e diz que propostas como a Escola sem Partido e debates sobre a “cura gay” não devem prosperar sob sua tutela.

Uma das conselheiras de Bolsonaro, a deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP), disse a Maia que o ajudaria a vencer resistências dentro do PSL. Segundo ela, seus colegas não veem o deputado como candidato ideal, mas avaliam que ele tem experiência e habilidade de articulação.

A grande dificuldade da equipe do novo governo será justamente o diálogo com os parlamentares.
Com discurso contra a velha política, Bolsonaro escolheu seus ministros privilegiando as bancadas temáticas e não líderes e presidentes de partidos, como habitualmente era feito pelos governos de coalizão.

Essas frentes parlamentares podem ser importantes para a aprovação de projetos da agenda de costumes, mas não serão suficientes quando o assunto for reformas econômicas, que precisam de um arco de apoio mais sólido.

Renan também é visto com desconfiança pela base de Bolsonaro, mas se coloca como capaz de costurar grandes acordos no Congresso.

Suas articulações para presidir o Senado correm diante da falta de unidade na bancada do MDB e da possível candidatura de Tasso Jereissati (PSDB-CE) para o posto.

Senadores experientes, porém, afirmam que Tasso não deve se viabilizar, mas que Renan só vai se declarar oficialmente candidato quando tiver certeza de que tem votos para vencer a disputa.

Enquanto isso, conversa com as principais lideranças da Casa, inclusive com políticos de centro-esquerda, como o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) —que está liderando uma frente de oposição ao novo governo, com Rede e PPS, excluindo os petistas.

Integrantes do PT dizem ter simpatia pela candidatura de Renan e que vão procurá-lo nos próximos dias.
É tradição que o partido de maior bancada presida o Senado —o MDB terá 12 senadores em 2019.

O presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), afirma que só vai se posicionar sobre a sucessão na Câmara e no Senado às vésperas da eleição, no fim de janeiro, mas pondera que está atento ao discurso de Maia e Renan.

Segundo ele, a posição favorável à pauta econômica do novo governo credencia ambos como candidatos, mas disse que levará em conta a opinião deles sobre a agenda de valores antes de chancelar a posição de seu partido.

“Oxalá permaneçam com isso [apoio à pauta econômica de Bolsonaro], mas estamos em um período de avaliação sobre qual seria o melhor candidato para o PSL”, declarou Bivar.

No PSL, há quem defenda o nome do próprio presidente da sigla para a presidência da Câmara, mas ele pondera que é preciso uma “base mais larga” para Bolsonaro no Congresso.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Nenhum encampa uma campanha de combate a corrupção proposta por moro, mesmo sabendo que 5% de propina de todo orçamento nacional é dinheiro suficiente pra não precisar de reforma tributária nem previdênciaria.

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Esporte

‘É preciso expulsar os idiotas das torcidas’, diz presidente da Fifa

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse a jornalistas na Cúpula do G20, em Buenos Aires, que “há idiotas nas torcidas que estragam a festa de milhares de pessoas, temos de continuar trabalhando para tirá-los do futebol”.

Infantino afirmou que a recusa do River Plate de realizar a final da Copa Libertadores contra o Boca Juniors, em Madri, como foi decidido pela Conmebol, teria de ser resolvida pela própria Conmebol, e em acordo com os clubes.

“Minha opinião é que devem jogar, a bola tem de seguir rolando. Se Madri parece ser a melhor opção, que seja ali”, disse.

​A final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, marcada para o último dia 24, em Buenos Aires, foi transferida porque o ônibus que levava a delegação do Boca para o estádio foi atacado com paus e pedras. Os atletas foram afetados pelo disparo de gás de pimenta. O volante Pablo Pérez foi quem mais se feriu. Teve cortes no braço e foi atingido no olho por estilhaços de vidro.

Infantino disse que lamenta os episódios de violência, mas afirmou que a violência das torcidas também ocorre em outros países. “Isso apenas mostra que devemos seguir trabalhando e tirando lições de episódios como este para que não ocorram novamente”.

Também comentou o fato de o caso ter ganhado tanta proporção local e internacional. “As pessoas têm de entender que se trata apenas de um jogo, não é uma batalha, não é uma guerra, é apenas um jogo”.

Infantino disse que não teme um enfrentamento de torcidas dos dois times na Espanha, porque está “acostumado com as torcidas latino-americanas no exterior, elas sempre foram parte do espetáculo.”

Será a primeira vez que a Libertadores será decidida fora da América do Sul. A partida vai acontecer na mesma cidade da final da próxima Champions League, torneio que serve de modelo para a Conmebol fazer a Libertadores.

Ter a atenção do mercado europeu foi um argumento que ajudou a convencer a confederação sul-americana.

Folhapress

Opinião dos leitores

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Economia

Governador envia pedido de socorro à Presidência

O governador Robinson Faria (PSD) pediu “socorro” ao presidente da República, Michel Temer, no sentido de que o governo federal faça a transferência ao Tesouro Estadual de recursos da ordem de R$ 194,16 milhões, “a título de ressarcimento pelas perdas ocasionadas pela Lei Kandir”. Robinson Faria justifica que “passados quase 12 meses de pedido de ajuda emergencial ao Planalto, a situação calamitosa das finanças públicas estaduais continuam a desafiar o governo que, sem fontes de recursos, encontra-se incapacitado de garantir, ao povo potiguar, as condições mínimas para o exercício da dignidade humana e da cidadania, dois dos cinco fundamentos da República Federativa do Brasil, alicerces de um Estado Democrático de Direito”.

Em ofício de nº 241, datado do dia 22 de novembro, o governador do Rio Grande do Norte expõem ao presidente Michel Temer, que a Lei Kandir, dentre outras coisas, desonerou de ICMS os produtos primários e semielaborados destinados à exportação que ainda estavam tributados, bem como os bens de capital, ao permitir a apropriação de créditos decorrentes de aquisições destinadas ao ativo permanente.

Ciente de que a Lei Kandir provocaria significativo impacto na arrecadação do ICMS, principal imposto estadual, Robinson Faria lembrou que o legislador previu a compensação aos estados e Distrito Federal, mediante transferência de recursos da União, até o momento, e mesmo havendo determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), encontra-se pendente de aprovação no Congresso Nacional projeto de lei complementar que regulamentaria o equacionamento das perdas dos Estados.

Para reforçar o pedido de transferência dos valores tidos como perdas da Lei Kandir, o governador do Estado disse que “não obstante o esforço de reprogramação de suas despesas”, o Estado do Rio Grande do Norte vem enfrentando sistemática crise fiscal e financeira, “o que vem impedindo-o de adimplir com compromissos atrelados a serviços públicos essenciais para as camadas mais vulneráveis da sociedade norte-riograndense”.

O governador acrescentou que “como exemplo do grave quadro de desajuste fiscal, o Estado vem tendo dificuldade na manutenção regular do pagamento de salários dos servidores ativos, aposentados e pensionistas, bem como obrigações junto a fornecedores de bens imprescindíveis à manutenção do funcionamento dos serviços públicos”.

No documento, Robinson Faria informa que o Estado “clama por socorro” e se encontra em situação fiscal que, conforme a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em missão técnica realizada em janeiro de 2018 no Rio Grande do Norte, atestou que “o desequilíbrio fiscal não é consequência de atos praticados pela atual gestão governamental, a qual não teria dado causa às adversidades conjunturais nem poderia ser responsabilizada pelo grave desequilíbrio atuarial do regime próprio de previdência dos servidores estaduais”, realidade local que reflete a questão nacional da previdência social do serviço público, cuja mudança exige reforma da Constituição.

O governador enumera, ainda, leis que foram aprovados no curso de quatro anos do mandato, como redução de isenções fiscais e revisão de pontos da legislação previdenciária, como instituição da previdência complementar. Robinson Faria citou, ainda, a ação judicial que proporcionou uma economia de R$ 40 milhões no pagamento do Arena das Dunas.

A reportagem procurou as assessorias do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia Legislativa e TCE para repercutir o pedido de socorro do governo, mas até o encerramento desta edição não obteve resposta.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Ridículo esses políticos que governaram nosso estado por todos esses anos. Não sabemo nem administrar nem as receitas e despesas da própria casa !
    Tem que acabar com essas despesas exageradas da AL urgente, acabar com vários cargos comissionados em todos os órgãos, botar freio nas despesas do TJ e as sobras voltarem para o caixa do governo. Tem que entrar um empresário de respeito estilo Zema para botar esse estado em ordem.

  2. Só sei de uma coisa. Robinson fez de tudo para melhorar esse estado. Agora com forças ocultas e parte de mídias contra ninguém governa. Terceirizados que ganham um salário e o estado paga aos donos destas empresas 3 vezes mais por cada um.

  3. Pode receber ajuda de 1 bilhão que com 6 meses volta tudo de novo, no RN existem 3 desafios estruturais a serem enfretados para ver se a situação melhora, que são:
    1 – extinguir essa jabuticaba que é as sobras orçamentárias.
    2 – reduzir o máximo possível a cessões de servidores, onde tem muita gente nova trabalhando pra municípios pequenos e pros outros poderes .
    3 – equalizar as situações das cooperativas e terceirizados que recebem dezenas de milhões do estado por mês e contribuem para o INSS e não para o IPERN, deixando o rombo para o servidor estadual pagar.
    Se esses pontos forem seguidos talvez em alguns anos a situação melhore de verdade.

    1. Falou tudo Júnior. Eu ainda acrescentaria que seja feito a caça aos servidores públicos que recebem seus salários religiosamente em dia, mas não dão expediente

  4. Esses políticos detonaram o Fundo Previdenciário do Governo do Estado,se não tinha competência e compromisso para Governar o Estado tivesse a grandeza de pedir para sair. Mais não,ficam roendo o osso até a última cartilagem e agora aos 46 minutos do segundo tempo vai mandar um ofício para Temer,que não vai fazer nada! Isso é jogar para a platéia e tirar a responsabilidade das suas costas. Agora as inúmeras famílias do RN, inclusive aposentados e pensionistas estarão tendo mais um péssimo final de ano graças a incompetência desse Governo que ainda não quitou o décimo de 2017. Um sujeito desse num país sério,era para ser preso pelo mal que está acarretando aos servidores do executivo estadual. Enquanto isso sobra recursos para OS OUTROS PODERES. TODOS EM DIA COM SUAS OBRIGAÇÕES COM SEUS SERVIDORES,E NÓS DO EXECUTIVO PASSANDO NECESSIDADES!!!

  5. Agora? Que sirva de exemplo a gov que entra, se não tomar medidas corretivas duras nao governa. Se entrar pensando na próxima eleição, não governa. Não é todo político que nasceu para ser governador não, esse que sai não tem perfil de jeito nenhum, é fraco, sem iniciativa, inoperante e incompetente, jamais será um lider no máximo um deputado mediocre. Vamos esperar Fátima, se nos primeiros três meses não mostrar pra que veio o Rio Grande do Norte sumariamente deve ser interditado, aguardemos com muita torcida

  6. Kkkkk pedido de socorro. . Homi esses salários pagos aqui são altos demais para a economia do Estado. Se o RN fosse um país seria uma espécie de Honduras, país falido tomado por gangues. Estado perdulário que paga fácil salários que chegam a 30 mil. A sorte é que recebe dinheiro da parte do Brasil que gera riqueza via FPE.

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Polícia

Explosão misteriosa faz tremer prédios e assusta moradores em Mossoró

Uma forte explosão num terreno baldio, perto de um poço da Petrobras e por trás da concessionária da Toyota, no bairro Abolição I, em Mossoró, deixou os moradores das redondezas assustados. Os prédios tremeram. “Aqui estremeceu tudo. As vacas saíram correndo do curral”, diz Jurandir Ferreira.

Um depósito próximo teve parte do forro danificado com a explosão, que foi possível perceber até por moradores que estavam no Centro da cidade, bem como no bairro Aeroporto, Bom Jardim, Santo Antônio, Nova Betânia e em outras regiões da cidade de Mossoró.

A Polícia Ambiental foi a primeira a chegar a local. Os policiais observaram que não havia riscos mais acentuados de nova explosão. Mesmo assim acionaram o Corpo de Bombeiros para avaliar o quadro. Servidores da Petrobras também chegaram rapidamente ao local.

Os proprietários de depósitos nos arredores, bem como vários moradores do Abolição I, se dirigiram ao local para saber o que teria ocasionado a explosão e se havia possibilidade de acontecer novamente. “Aqui todos ficaram assustados, por não saber do que se tratava”, diz Jurandir.

Após avaliar o quadro, os bombeiros levantaram duas hipóteses: primeiro, haver acúmulo de gás no subsolo e ao atearem fogo nos galhos próximos, teria ocorrido a explosão. Neste caso, ficaria sem explicação o fato de o buraco no solo ser pequeno.

A segunda hipótese levantada pelo é de que alguém tenha explodido bananas de dinamite no local. Inclusive uma câmera de segurança de um prédio próximo gravou imagens de um homem saindo do local, pouco antes da explosão.

Mossoró Hoje

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Política

Manifestantes incluem ‘Fora Bolsonaro’ em protesto contra o G20

Com seus corpos pintados com as bandeiras de vários países do G20 e os seios à mostra, manifestantes argentinas formaram nesta sexta-feira, 30, uma comissão de frente da manifestação em Buenos Aires contra o encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo.

Ao lado da frase “Fora FMI”, um clássico dos movimentos populares na Argentina retomado desde o empréstimo de US$ 57,1 bilhões do Fundo Monetário Internacional, a faixa que elas seguravam mandava embora também o G20. Gritos e cartazes traziam também a expressão “Fora Bolsonaro”, em referência ao presidente de extrema direita eleito no Brasil.

Milhares de argentinos se manifestaram nesta sexta-feira em uma Buenos Aires praticamente deserta e sob um forte dispositivo de segurança por causa justamente do encontro de líderes do G20. Os protestos percorreram a faixa central da Avenida 9 de Julho, no coração da capital argentina, cujas ruas adjacentes estavam bloqueadas com cercas metálicas e vigiadas por 2.500 agentes e guardas de infantaria.

“Viemos repudiar os representantes das potências imperialistas e queremos que eles saibam que não são bem-vindos em nosso país”, disse Florence di Llelo, uma das manifestantes.

“Acreditamos que o G20 atenta contra o país. Na Argentina, eles querem fazer passar um ajuste terrível. Querem mostrar uma cidade sitiada quando o clima de repressão está sendo instalado pelo governo para impedir que as pessoas se mobilizem”, criticou Matías Gómez, representante de uma cooperativa.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Esses mesmo aí eram os que diziam que tem que respeitar o poder do voto, e que qualquer ato contrário era instituir o 3o turno. Agora não querem respeitar a maioria dos eleitores brasileiros. Só se acostuma com ditadores.

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Polícia

Procuradoria diz que ministro do TCU fez ‘parceria’ em crimes

Uma denúncia do MPF (Ministério Público Federal) apresentada nesta sexta-feira (30) contra investigados na Operação Zelotes aponta que o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes fez uma espécie de “parceria” com suspeitos denunciados pelos procuradores. Segundo o MPF, ele manteve “proximidade” com José Ricardo Silva, da empresa de consultoria SGR, uma relação que teria “assumido parceria nos ilícitos perpetrados”.

O UOL obteve cópia da acusação entregue à Justiça, que ainda faz menções ao deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), ex-diretor jurídico do grupo de comunicação RBS, em um suposto esquema de corrupção para evitar que a empresa pagasse uma multa de mais de meio bilhão de reais à Receita Federal.

De acordo com emails obtidos pelos procuradores, Nardes recebeu R$ 1,6 milhão da SGR, empresa que fazia distribuição de propinas. Nardes e Motta não foram denunciados, mas sim os demais participantes do esquema. Por terem foro privilegiado, o ministro e o deputado respondem a um inquérito semelhante no STF (Supremo Tribunal Federal).

Nardes era dono de uma empresa contratada pela SGR, mas afirmou recentemente que deixou essa firma e que “não assinou nada com a RBS”. O grupo de comunicação também tem negado sua relação com firmas do ministro e rejeitado qualquer autorização para a SGR subcontratá-las.

O Advogado Marlus Arns de Oliveira, que atua na defesa de José Ricardo Silva, informa que seu cliente não foi intimado pela Justiça e, quando isso ocorrer, apresentará seus argumentos.

Na denúncia, o MPF acusa também um grupo de conselheiros do Carf à época dos fatos, Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira e Carlos Alberto Gonçalves Nunes – já falecido –, de receber propina para dar decisões favoráveis à RBS.

Eles teriam recebido o dinheiro por meio de intermediários, como o sobrinho de Nardes, Carlos Juliano Nardes, e os ex-conselheiros do Carf José Ricardo Silva e Edison Rodrigues. De acordo com a participação de cada um, eles são acusados de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro. A fonte dos subornos seria a RBS, representada pelo deputado Afonso Motta.

Oliveira afirmou que soube da acusação pela reportagem, não tem conhecimento da denúncia, e que, se for o caso, se manifestará através de seu advogado.

O grupo de comunicação afirmou via assessoria de imprensa que “todos os honorários advocatícios relacionados a sua defesa em processo no Carf iniciado em 2000 e concluído após 11 anos foram contabilizados e informados às autoridades competentes”. A RBS afirma que “jamais celebrou qualquer tipo de contrato com a empresa N&P Planalto Soluções e Negócios, pessoas a ela vinculadas ou com o ministro do TCU Augusto Nardes”. Observa ainda que “o deputado Afonso Motta deixou a empresa em 2009”.

O UOL fez contato com Nardes e Motta, mencionados na reportagem, que será atualizada quando houver esclarecimentos.

A denúncia do MPF já foi apresentada à Justiça Federal de Brasília. Se for considerado que há indícios mínimos de crime, o magistrado recebe a acusação, abre uma ação penal e os denunciados se transformam em réus, iniciando o processo.

Mesmo sem acusar formalmente suspeitos com foro privilegiado, a Procuradoria da República no Distrito Federal fez várias menções ao ministro e ao deputado federal.

Tais elementos demonstram que a proximidade entre os sócios da N&P (João Augusto Ribeiro Nardes e Carlos Juliano Nardes) e da SGR (José Ricardo Silva, João Batista Gruginski, Edison Pereira Rodrigues) estava além de um mero contato profissional ocasional, tendo perdurado e assumido parceria nos ilícitos perpetrados

O advogado Eduardo Toledo, que representa Edison Rodrigues, afirmou que “desconhecendo os termos da acusação, é impossível se manifestar”. Ainda segundo a defesa, seu cliente “não cometeu ilícito algum no exercício de conselheiro”.

De acordo com os dois procuradores, “o Grupo RBS, liderado por Afonso Motta, financiou uma rede organizada, formada pelos denunciados, que se interligaram de modo coordenado”. O objetivo era “proporcionar a divisão especializada de tarefas, para o objetivo final de desconstituir o crédito tributário [derrubar a multa milionária por não pagamento dos impostos devidos] lançado em face da autuada [a empresa de comunicação] e, por conseguinte, ratear os proveitos econômicos obtidos ilicitamente”.

Os procuradores afirmam que o hoje deputado fechou cinco contratos falsos com “diversos” escritórios integrados por conselheiros e ex-conselheiros do Carf, que também seriam destinatários da propina.

Luta de anos contra multa de R$ 582 milhões

A RBS foi multada em R$ 582 milhões pela Receita Federal em 2001, mas conseguiu derrubar a multa dois anos depois no Carf. Entretanto, havia mais disputas e recursos para que a empresa enfrentasse neste mesmo órgão.

Assim, em 2005, o grupo de mídia contratou também a empresa de consultoria SGR, do ex-conselheiro do Carf José Ricardo Silva, para ajudar seus advogados na tentativa de reverter a cobrança. Por sua vez, no mesmo ano, a SGR contrata a Planalto Soluções, ou N&P Consultoria, firma da qual Nardes foi sócio até aquele ano – o outro sócio era seu sobrinho Carlos Nardes.

A aproximação entre empresa devedora do Fisco e SGR deu-se pela figura do então deputado federal Augusto Nardes [PP-RS], que avalizou a contratação da associação criminosa para o diretor jurídico do grupo RBS, hoje deputado federal Afonso Motta.

“Uma vez que Afonso Motta sabia que a fraude tributária praticada pela RBS não resistiria a uma análise isenta da Câmara revisora do Conselho de Contribuintes, recorreu aos préstimos de Augusto Nardes e seu sobrinho, Carlos Juliano Ribeiro Nardes, que indicaram a SGR como o caminho seguro para a consecução de seus propósitos escusos”, continuam.

A RBS vence e perde vários recursos no Carf até terminar vencedora da disputa em 2011. Não precisaria mais pagar os impostos e nem a multa por suposta sonegação. Aí começam os pagamentos às consultorias, segundo os investigadores.

O grupo de comunicação pagou R$ 11,9 milhões à SGR em quatro parcelas entre 2011 e 2012, mostra laudo da Polícia Federal. No mesmo período, a SGR repassou R$ 2,5 milhões à N&P Consultoria, que pertenceu a Nardes e continuava nas mãos de seu sobrinho, Carlos Juliano. No entanto, um email mostra que pagamentos desta época ainda eram destinados ao ministro, aponta a Procuradoria.

MP vê uso de dinheiro vivo para dificultar rastreamento

De acordo com o Ministério Público, a SGR recebia as quantias da RBS em sua conta bancária. Depois, sacava-as e as dividia entre conselheiros do Carf e outros participantes do esquema. Usava dinheiro vivo, para dificultar o rastreamento do crime. Era lavagem de capitais: “(feito) com o escopo de dissimular a origem ilícita dos proveitos pecuniários, numa típica operação de branqueamento de capitais”.

Os procuradores afirmam que uma “vultosa parte” foi ocultada e não foi possível fazer o rastreamento completo dos pagamentos de propina.

Segundo o MPF, os investigados usavam mensagens cifradas para ocultar os interlocutores. Nardes era tratado como “Tio”, e seu sobrinho Carlos Juliano, “Ju”.

As investigações levadas a termo conduzem ao raciocínio (…) de que as pessoas encobertas pelos codinomes “Tio” e “Ju” correspondem a João Augusto Ribeiro Nardes (Tio) e Carlos Juliano Ribeiro Nardes (Ju), seu sobrinho

Denúncia do MPF

Em fevereiro de 2012, quando Nardes não era mais sócio da N&P, uma funcionária do escritório de José Ricardo envia um email para ele informando o controle de pagamentos para o “Tio”. Nardes deveria receber R$ 1,6 milhão; “Ju”, R$ 906 mil.

O email destaca em amarelo que R$ 500 mil haviam sido “retirados” em 12 e 16 de janeiro de 2012, sendo R$ 400 mil destinados a Nardes. “As provas evidenciam que na reunião realizada em 16 de janeiro, supramencionada, houve pagamento de R$ 500 mil reais, conforme destacado em fundo amarelo no email acima”, conclui a Procuradoria.

“Valores condizem com descontos dos cheques”

Ainda para comprovar os pagamentos, os investigadores passam a relacionar as datas da movimentação bancária da SGR com descontos de cheques em espécie, uma planilha de pagamentos interna da empresa e o email com o controle de pagamentos ao ministro e a seu sobrinho. “Os valores descritos nos emails, em sua maioria, condizem com os descontos de cheques registrados na conta corrente da SGR Consultoria”, concluem os procuradores na denúncia.

E é, “nesse contexto de diversos saques nas contas das SGR Consultoria e posteriores pagamentos destinados a integrantes da N&P Consultoria”, que o Ministério Público destaca: “João Augusto Nardes também estabeleceu conexão com José Ricardo”. Há registros de email que mostram que o ministro do TCU efetuou ligações telefônicas para a SGR Consultoria, em 26 e 28 de março de 2012.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Esse não foi o cabra honesto que deu parecer das pedaladas de Dilma?
    kkkk(kkkkkkkkkk
    La vai mais um Santo do Pau oco que colaborou pro golpe pra cadeia.

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Política

Ministério de Bolsonaro tem mais militares do que os de Geisel e Médici

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou ontem mais um militar para compor o seu ministério: o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, que vai assumir a pasta de Minas e Energia. Com isso, já são cinco os militares que ocuparão a Esplanada a partir de janeiro. Nos três últimos governos da ditadura, encerrada em 1985, apenas o presidente João Batista Figueiredo teve tantos ministros militares. Seus antecessores, Ernesto Geisel e Emílio Garrastazu Médici, contaram com quatro militares em seu governo.

Dos cinco ministros militares de Figueiredo (15 de março de 1979 a 15 de março de 1985), dois ocuparam cargos em parte do mandato: o general Rubem Ludwig (que comandou a Educação entre novembro de 1980 e agosto de 1982) e o coronel Jarbas Passarinho, que respondeu pela Previdência Social entre novembro de 1983 e março de 1985. Passarinho também exerceu cargos eletivos (senador e governador do Pará). Os três militares que comandaram pastas durante o governo Figueiredo foram: Golbery do Couto e Silva (Gabinete Civil), César Cals (Minas e Energia) e Mário Andreazza (Interior).

No governo Geisel (15 de março de 1974 a 14 de março de 1979) foram nomeados ministros os militares Golbery do Couto e Silva (Gabinete Civil), Ney Braga (Educação), Euclides Quandt de Oliveira (Comunicações) e Dyrceu Araújo Nogueira (Transportes). Já o governo Médici (30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974) teve Jarbas Passarinho na Educação, Hygino Caetano Corsetti nas Comunicações, José Costa Cavalcanti no Ministério do Interior, e Mário Andreazza na pasta de Trabalho e Previdência Social.

Ontem, após participar de agenda em Guaratinguetá (SP), Bolsonaro afirmou que poderá escolher mais militares e que as indicações ocorrem com base no currículo dos indicados.

A nomeação de Costa Lima, de 60 anos, para Minas e Energia deve fortalecer o desenvolvimento da tecnologia nuclear no país. O almirante ocupa o cargo de diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Passou os últimos dois anos concentrado no projeto do submarino de propulsão nuclear que tem sido desenvolvido pelo Brasil em parceria com a França. O submarino, que já teve seu projeto básico aprovado, é avaliado em cerca de R$ 35 bilhões, a preços atuais. A expectativa é que sua construção se inicie em 2022.

“(Costa Lima) É um almirante, só ver o currículo dele. Ele é físico, uma pessoa honrada e que está com muita vontade de buscar soluções para questões graves que temos pela frente, entre as quais a de energia. Não podemos esperar um novo apagão para tomar providência”, disse Bolsonaro.

No governo, o almirante deverá dar um destino às obras paralisadas da usina de Angra 3. Projeto do período militar, Angra 3 começou a ser erguida em 1984. Suas obras ficaram paralisadas por 25 anos, até serem retomadas em 2009 pelo ex-presidente Lula. O empreendimento travaria novamente em 2015, por causa de denúncias da Lava-Jato.

Até agora, Bolsonaro anunciou 20 ministros. Na campanha, ele dizia que faria um governo com apenas 15 pastas. O número de ministérios pode, no entanto, chegar a pelo menos 22. Além da pasta de Direitos Humanos, Família e Mulheres, o presidente eleito deve anunciar o escolhido para o Meio Ambiente. Bolsonaro ainda analisa se mantém como ministérios Trabalho e Indústria e Comércio.

DIREITOS HUMANOS Depois de rejeitar nomes defendidos pela bancada evangélica para o novo Ministério da Cidadania, Bolsonaro convidou a advogada e pastora Damares Alves para chefiar o a futura pasta de Direitos Humanos, Família e Mulheres. O detalhe é que Damares é assessora lotada no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), um dos políticos mais próximos de Bolsonaro na campanha, que espera um convite para compor o primeiro escalão. O parlamentar não conseguiu se reeleger em outubro.

Para boa parte dos 88 deputados federais e quatro senadores da bancada evangélica, a escolha de Damares “atravessou” os lideres do grupo e foi uma “afronta” e “ingratidão” a Magno Malta. Em Cachoeira Paulista (SP), onde visitou o Santuário da Canção Nova, Bolsonaro disse a jornalistas que Malta não ficará “abandonado”, mas que não deve assumir um ministério. “Ele tem como participar do governo em outra função”, disse. Essa função, no entanto, não está definida.

“Infelizmente, os ministérios estão se esgotando”, declarou o presidente eleito. “Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém, pretendemos aproveitar as boas pessoas, agora não podemos dar ministério para todo mundo”, disse. O senador enfrenta forte resistência do núcleo militar do governo de transição. O grupo reitera que o senador não agrega à equipe ministerial.

Estado de Minas

Opinião dos leitores

  1. Não cabe sequer comparação BG. Nessa época o Brasil era outro, eramos 90 milhões, hoje já passa de 200 milhões de habitantes, portanto sem nexo.

    1. Será porque 100% dos ministros civis de luladrão/dilmanta a corrupção foi também em 100%? num é que talvez dê certo, se der, só vou contratar milico e ex milico pra minha empresa.

  2. Ansisoso para ver o desespero de quem votou nele pediu sua saida, o legal é que o desastre vai afundar a corja toda….

  3. Vale lembrar, ao que tudo indica, que são Ministérios Técnicos, criados longe do balcão de negócios, do toma lá dá cá.

  4. VINTE E DOIS MINISTÉRIOS, KKKKKKKKKKKK

    Sei que a redução de ministérios gera uma economia ínfima, mas passei aqui só pra dar uma risada das palhaçadas do Bozo e dos seus Bozonetes.

    1. Viva ao governo teocrático militarizado do Brasil hehehehe

    2. a viuvinha do vagabundo presidiário tá rindo a toa….agora pode chorar mortadela sebosa

    3. É Ailton, melhor ter 100 ministérios, assim mais gente riem com mordomias, cargos comissionados, cartão corporativo, gabinetes pomposos, viagens aéreas, gratificações, corrupções, superfaturamento… Dinheiro saindo pelo ralo aos borbotões. E os ministros rindo da cara do povo, igualzinho a você.kkkkk

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Economia

Pela reforma tributária, abro mão do imposto único, diz futuro secretário de Guedes

Nomeado secretário-geral da Previdência e da Receita Federal, o economista e ex-deputado Marcos Cintra, 73, diz que está disposto a abrir mão da ideia defendida por anos, a do imposto único sobre movimentações financeiras, para buscar o consenso na reforma tributária.

À Folha ele disse que cogita manter Jorge Rachid na chefia da Receita e considera Leonardo Rolim para a Secretaria de Previdência, mas os nomes ainda não estão fechados.

Sobre a reforma da Previdência, o secretário vê convergência entre especialistas, o que está ajudando na formulação de uma nova proposta. O governo Jair Bolsonaro deverá apresentar nova ideia de reforma em 2019.

Como o senhor reage às críticas de que a Receita está sendo rebaixada?

A influência de uma pessoa ou de uma estrutura é função de sua eficiência, e não de sua colocação no organograma.

A segunda observação é que isso não faz sentido à luz do que está sendo montado no Ministério da Economia. O ministro reunirá três ministérios abaixo dele e será o coordenador e formulador de toda a política.

Haverá seis vice-ministros, digamos assim, os chamados secretários-gerais. O papel que o secretário da Fazenda, por exemplo, terá na estrutura é semelhante ao que o ministro da Fazenda tem antes dessa estrutura. Então, não é um rebaixamento efetivo, real.

Já está pronto o texto da reforma da Previdência?

Ainda não me inseri ativamente no debate, porque eu era apenas um membro do grupo de transição. Mas o que vejo é que existe uma convergência de ideias nas propostas que circularam. Todas debatem os mesmos temas: idade mínima, separação de Previdência e assistência, desvinculação do salário mínimo dos benefícios, capitalização imediata ou uma transição mais gradativa. A diferença está na dosimetria e na forma de composição dessas providências.

Então, a busca pelo ponto de convergência e do que pode ser uma interseção de propostas já está bem viabilizado do ponto de vista teórico.

Ainda não há texto final a ser apresentado, mas os irmãos Weintraub têm trabalhado numa proposta interessante e são especialistas na área. O próprio Leonardo [Rolim] teve envolvimento grande com a proposta do Paulo Tafner [cujo embaixador é Armínio Fraga], o Fabio Giambiagi e o Raul Velloso têm trabalhado muito nisso também.

Acredito que com facilidade vamos chegar a um ponto de convergência. A proposta não terá a paternidade clara de ninguém, mas terá aderência grande aos pontos de vista mais importantes de todos.

Evidentemente ainda não houve discussão em detalhes com o Paulo [Guedes], nem com o próprio presidente [Jair Bolsonaro]. O presidente tem emitido sinais de que não quer uma reforma previdenciária que gere grandes descontinuidades ou grandes tumultos, quer uma coisa menos acelerada e disruptiva. Então, o que vamos fazer é construir isso e apresentar para o debate.

O sr. pensa em apresentar logo a proposta ou deixar para apresentá-la para o novo Congresso?

Acho que iniciar agora os debates em cima dos princípios básicos e fundamentais seria prematuro. É muito calor e pouca luz. Muita polêmica e poucos resultados.

Então eu preferiria termos um texto básico, que seria apresentado e discutido e depois os ajustes feitos a partir desse debate público e com participação do Congresso. O Congresso é fundamental.

A proposta de Temer foi muito útil na conscientização da urgência do tema. Os principais pontos de qualquer reforma são conhecidos de todos. A questão é o ritmo, a velocidade, a composição e a intensidade. A ideia é fazer um projeto dessa administração, aproveitando tudo de todas as propostas que possam contribuir.

A reforma da Previdência entra antes ou depois da tributária?

Provavelmente concomitantemente. O debate que eu quero submeter ao presidente e ao ministro é se é conveniente que isso ocorra, se não haveria uma dispersão de discussões. Mas eu acho que o ímpeto reformista da sociedade hoje justificaria trabalharmos em várias frentes.

Estamos falando intensamente em privatização, redução de gastos… o ministro está falando agora na desindexação do Orçamento. Acho que a sociedade está preparada para discutir uma ampla gama de reformas porque o Brasil não pode mais esperar.

O sr. abriu mão do imposto único sobre transações financeiras?

A ideia do imposto único já foi assimilada por todos. A proposta de Bernard Appy, por exemplo, fala em juntar tributos estaduais, municipais e federais em um imposto único. Então, a ideia de agregar o maior número possível de tributos sobre uma base única é uma tese vencedora.

A discussão que gerou e pode gerar antagonismos é sobre qual a base tributável do imposto único. Se sobre a movimentação financeira, se será um IVA, um IVA dual, “sales tax”, como nos EUA, ou “cash flow tax”, como sendo discutido mundialmente [referindo-se à possível incidência dos tributos sobre o valor adicionado da produção (IVA), sobre consumo ou sobre entradas e saídas do caixa das empresas].

Minha posição, que é antiga, é sobre as movimentações financeiras. Evidentemente não estou mais na academia. A obrigação de um acadêmico é provocar discussão e polêmica para que a ciência avance. Agora, com o chapéu público, é o que é possível, o que a sociedade deseja, o que já amadureceu para aceitar.

Então, nessas condições, estou absolutamente preparado para abrir mão das minhas teses pessoais e acadêmicas.

Folhapress

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Judiciário

Lista da Lava Jato com beneficiáveis por indulto de Temer gera controvérsia do STF

POR MÔNICA BÉRGAMO

A lista de 22 condenados que seriam beneficiados pelo indulto de Michel Temer, divulgada pela força-tarefa da Lava Jato, causou controvérsia no STF (Supremo Tribunal Federal). Magistrados receberam documentos dizendo que, do total de réus, 14 já estão soltos ou em prisão domiciliar.

Ministros afirmam que estes condenados já estariam usufruindo de penas mais brandas e até da liberdade não graças a Temer —mas a benefícios que o próprio Ministério Público Federal concedeu a eles, depois de acordos de delação premiada.

Entre os citados como possíveis perdoados na lista da força-tarefa está o ex-doleiro Adir Assad. Condenado no total a mais de 30 anos de prisão, no Rio e no Paraná, há dúvida inclusive se ele poderia ser alcançado pelo indulto.

Assad está solto desde outubro. Ele cumprirá mais dois anos de pena no regime semiaberto, com recolhimento domiciliar noturno e tornozeleira. Depois, prestará cinco anos de serviço comunitário.

Já Dalton Avancini, ex-executivo da empreiteira Camargo Corrêa, também citado, foi condenado a 15 anos de prisão e ficou na cadeia por apenas quatro meses. Em 2015, celebrou acordo de colaboração. Passou para regime domiciliar. Desde março está solto, sem tornozeleira, prestando serviço uma vez por semana numa vara de Justiça.

A obrigação que ele terá, por 11 anos, é a de fazer relatórios trimestrais sobre a vida que leva. Se for atingido pelo perdão de Temer, a única mudança prática em sua vida será não ter mais que escrever o documento.

Geddel Vieira Lima, que não está na lista da Lava Jato mas também foi apontado como exemplo de condenado que seria beneficiado, não foi ainda nem sequer julgado. Por isso, não poderia ser perdoado.

O indulto, de qualquer forma, seria bem-vindo mesmo para os condenados que já estão soltos. Com ele, todos voltariam a ser réus primários e não teriam mais que dar satisfação à Justiça.

Folhapress

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Trânsito

[VÍDEOS] Falta orientação no primeiro dia de bloqueio do túnel da Avenida das Alagoas

O túnel que dá acesso à avenida das Alagoas, também conhecido como túnel do Sam’s ou túnel de Neópolis, foi interditado oficialmente hoje para obras complementares da BR-101, segundo informou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Contudo, nesse primeiro dia de bloqueio, motoristas relatam que ainda falta sinalização e orientação para saber como proceder. Nas imagens, alguns motoristas chegam até a pegar o acesso à BR-101 pela contramão pela carência.

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Polícia

Casas lotéricas são arrombadas em três cidades do Agreste potiguar

Cofres de casas lotéricas de três cidades da região Agreste potiguar foram arrombados na madrugada deste sábado (1º). Segundo a Polícia Militar, os crimes aconteceram em Várzea, Arez e Brejinho. Ninguém foi preso.

A PM acredita que se trata de uma mesma quadrilha, já que nas três cidades os moradores viram uma caminhonete preta em fuga.

O primeiro arrombamento aconteceu na cidade de Várzea. Na sequência, foram arrombadas as lotéricas de Arez e Brejinho. Nesta última, ainda de acordo com a PM, os criminosos quebraram a vidraça e ainda usaram uma marreta para abrir um buraco na parede.

Ainda não há informações sobre os valores levados pelos bandidos.

Ainda em Brejinho, criminosos usaram uma marreta para abrir um buraco na parede da lotérica.

G1

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Jornalismo

“Animais em zoológicos” diz Bolsonaro sobre índios em reservas

Opresidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta sexta-feira(30), durante entrevista, que manter índios em reservas é tratá-los como animais em zoológicos.

A resposta veio quando Bolsonaro foi questionado sobre a capacidade do futuro governo de reduzir o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa, metas do Acordo de Paris.

“Sobre o acordo de Paris, nos últimos 20 anos, eu sempre notei uma pressão externa – e que foi acolhida no Brasil – no tocante, por exemplo, a cada vez mais demarcar terra para índio, demarcar terra para reservas ambientais, entre outros acordos que no meu entender foram nocivos para o Brasil. Ninguém quer maltratar o índio. Agora, veja, na Bolívia temos um índio que é presidente. Por que no Brasil temos que mantê-los reclusos em reservas, como se fossem animais em zoológicos?” indagou o presidente eleito.

NOTÍCIAS AO MINUTO

Opinião dos leitores

  1. A Bolívia tem um índio na presidência e o Brasil tem o jumento. Somos muito mais evoluídos no reconhecimento ao direito dos animais.

    1. Pelo que estou vendo o Brasil evoluiu, tem até “ANTA” sabendo escrever, só não aprendeu a pensar. Bolsonaro Presidente com orgulho.

  2. No Brasil também tivemos índios influentes, caso esse senhor não saiba, não lembre ou esteja se fazendo de doido.
    O índio, assim como outras minorias, são afligidos por um mal, uma patologia social chamada "preconceito".
    Trata-se de uma doença que não tem cura, apenas medidas paliativas.
    E lidar com isso requer antes de tudo, cautela e conhecimento de causa.
    Portanto, é bom que esse senhor, que prega tanta coisa sobre esse tipo de comportamento mas que demonstra um certo "que" de preconceito, modere as palavras porque ele pode futuramente ser vítima do próprio discurso.
    È bem mais fácil ELE habitar um zoológico.

  3. Meu Deus ……..
    O presidente falando isso o que vão fazer os madeireiros, mineiros, invasores de terras indígenas ???

  4. Bolsonaro disse que a Bolívia tinha um presidente índio, porque o Brasil teria que deixar os indios na sua forma primitiva, teria sim, que o Brasil dar o oportunidades a eles como a qualquer cidadão. E isso tá corretíssimo.

    1. No meu entender, ele defendeu os índios por uma liberdade maior.

    2. O Índio quer morar numa selvageria como a nossa? Façam uma pesquisa entre eles. Vir pra cidade sem instrução nenhuma, passar fome e humilhação. Lembram daquele que os boys mataram em Brasília?

    3. E os índios estão presos nas reservas?
      Esse presidente é um idiota. O q ele quer é acabar com as reservas para liberar desmatamento e exploração predatória de tdo q for possível.
      É um louco esse homem.

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