Saúde

Covid-19: Forças de segurança do Governo apoiam fiscalização com a Prefeitura de Natal

Foto: Sandro Menezes

O Governo do RN recebeu nesta quarta-feira, 22, solicitação formal da prefeitura de Natal para apoio das forças de segurança do Estado às equipes municipais de fiscalização. A solicitação veio após reunião, na tarde dessa terça-feira, 21, do Governo do Estado com os 23 municípios que têm faixa litorânea no Rio Grande do Norte, quando foram definidas as estratégias para fiscalização das regras de vigilância sanitária no enfrentamento à Covid-19.

“A governadora Fátima Bezerra se reuniu com os 23 prefeitos e reafirmou o compromisso de apoio para as ações da vigilância sanitária municipal. A forças de segurança irão trabalhar nos fins de semana em todo o litoral do Estado para exigir o cumprimento das normas”, explicou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), coronel Francisco Araújo, na entrevista coletiva diária para prestação de contas das ações da administração estadual e atualização dos dados epidemiológicos da Covid-19.

A atuação das forças estaduais – Polícias Militar e Civil e Corpo de Bombeiros – ao lado das guardas municipais, guarda civil, vigilância sanitária e Procons – vai observar o regramento para circulação de veículos e estacionamento, proibição da prática de esportes coletivos, o consumo de bebidas alcoólicas em qualquer estabelecimento e o uso de máscaras. Todo o trabalho será feito com acompanhamento em tempo real por videomonitoramento. “Quem desobedecer, seja pessoa física ou estabelecimento comercial, será detido e conduzido à delegacia de polícia para procedimentos”, afirmou o secretário estadual de segurança.

Opinião dos leitores

  1. Essa é mais uma Piada, pois Jamais houve interesse por parte dos governantes em um Verdadeiro Isolamento e Distanciamento Social, bem como fazerem uma Fiscalização Rigorosa para Cumprimento dessas Diretrizes, Sempre houve um Blá Blá Blá e Faz de Conta, pois sempre pensaram em seus projetos pessoais e politicos e jamais nas vidas da população. Que DEUS TENHA MISERICORDIA DE NÓS.

  2. Homem pela caridade, deixem a governadora falar nesse microfone. Inicialmente era o secreta, depois a adjunto, veio outro secreta de outra área, depois as estagiárias, agora a brisa policial, faltam um ascensores, um vigilante, um papa defunto, um carroceiro, um padre, um cantor de forró e aí, quem sabe, Fatao apareça.

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Política

Militares apoiam críticas ao STF

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Parece uma era, mas só dois anos separam o dia em que o deputado Eduardo Bolsonaro deu uma palestra para aspirantes a policiais afirmando serem necessários apenas um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), e esta quarta-feira, 27, em que ele gravou um vídeo afirmando que uma “ruptura” já era certa e que já não se tratava mais de uma questão de “se”, mas de “quando” ela aconteceria. No mesmo dia, Jair Bolsonaro convocou seus ministros para discutir um “contra-ataque” a decisões da Corte no inquérito que investiga a produção de fake news por aliados do presidente. Uma operação deflagrada naquela manhã cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de membros do chamado “gabinete do ódio”, que funciona como uma usina de difamações de inimigos de Bolsonaro. Não raro, o conteúdo dessa usina tem como alvo o STF, incensando a ira contra seus ministros quando proferem decisões judiciais que contrariem interesses do governo ou da militância bolsonarista.

“Mais um dia triste na nossa história. Mas o povo tenha certeza, foi o último dia triste. Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega. Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro o juramento que fiz quando assumi a Presidência da República”, disse, um dia depois da operação. Seu vice, o general Hamilton Mourão, desferiu canelada mais leve, fazendo uma crítica indireta nas redes sociais às características pouco convencionais do inquérito que investiga as fake news, aberto de ofício pelo STF no ano passado, para o qual foi escolhido o relator — e não sorteado, como é praxe — e cujo objeto de investigação é amplo e irrestrito.

Dos praças às patentes mais altas, as críticas à Corte têm unido áreas das Forças Armadas que há muito não concordavam entre si. E as críticas, que ocorrem numa crescente sem precedentes desde 2018, têm se mostrado cada vez mais ferozes, sendo verbalizadas por alas até então consideradas moderadas e refratárias ao radicalismo promovido por grupos aliados do presidente. Contribuem para esse ambiente não só a narrativa construída nas redes, como também a postura do presidente da República e seus aliados, que reverbera cada vez mais nos quartéis. Trata-se da primeira vez, desde a redemocratização, que os ânimos da caserna em relação a um Poder se mostram tão alterados. Também é notório que o país tenha passado por uma sucessão de crises financeiras graves ao longo das últimas três décadas, além de dois impeachments, e só agora, curiosamente quando os militares voltaram ao poder aliando-se a Bolsonaro, é que o setor que tem por dever cumprir ordens da Justiça se anima contra um Poder.

Nove militares de diferentes patentes ouvidos pela reportagem deram argumentos homogêneos para justificar o descontentamento com os magistrados: os supostos avanços da Corte sobre o Poder Executivo e sua suposta leniência com a corrupção, exposta, por exemplo, pela decisão de rever o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância. Alguns também questionaram a probidade dos ministros, que, segundo eles, estariam a serviço de partidos políticos. Um ex-ministro da Defesa ouvido pela reportagem resumiu as críticas dos militares em termos menos edificantes. “Sempre foi assim. Eles criticam quando a decisão não os agrada ou convém, e elogiam quando estão de acordo”, disse.

Com informações da Época

Opinião dos leitores

  1. Porque será? Ninguem teve reajuste, só os militares. Militares aos montes integram o governo. Reforma da previdência só beneficiou militares. Vedação a reajustes por 2 anos, com exceção dos militares. Fica fácil saber pq eles apoiam o mico.

  2. E daí?
    Segundo o art. 142, as forças armadas não são poder, mas imstituiçoes de Estado, que para garantia da lei e da ordem, podem ser evocadas por quais quer dos poderes, que são apenas 3, Executivo, Legislarivo e Judiciário.
    É lamentável que alguns membros deixem esse senhor colar sua imagem de intolerante, irresponsável, desprezo pelo Brasil e principalmente desorezo pelo povo Brasileiro, pq é isso que ele está mostrando nessa oandemia, às Forças Armadas. Instituições que aos poucos tem sua credibilidade corroída por conta de um projeto pessoal de poder.

  3. Quando o STF se auto concede aumento e auxílios milionários, solta criminosos corruptos, gasta milhões em gasto com lagostas, viagens e privilégios mils, não recebem críticas, agora limitar ações ilegais de poderosos, aí não pode. Degradante!

  4. Nossas Forças Armadas são guardiães da Constituição. Portanto nada farão fora dos Princípios contidos na Carta Magna.

  5. Já passou da hora das forças armadas colocar um freio nessa bagunça que se transformou no país, muita gente mandando menos o presidente.

    1. Imagine o Presidente (com o seu equilibrio emocional e preparo intelectual) e seus filhotes mandando em tudo, do jeito que viesse à cabeça, sem Justiça, sem Congresso, sem imprensa contrária, sem oposição.
      Já imaginou o CAOS em que iríamos nos meter ?????? . A Venezuela ou Cuba iam ser fichinha,kkkkk.

    2. Tem que colocar um freio nesse presidente demente. MOURÃO JÁ!

  6. Acenar para o Procurador-Geral da República com uma terceira vaga de ministro do Supremo nos próximos 2 anos é como vender terreno na lua – mas Bolsonaro o fez. Sérgio Moro acreditou na promessa de ocupar uma das duas vagas que ser abrirão e renunciou à carreira de juiz. Taí. O mito tá se saindo pior que o pt e olhe q os escândalos de corrupção nem começaram ainda.

  7. Militares golpistas, esses pela-saco do Capetão. A começar pelo vice Mourão. Este, por sinal, mais parece o Rodrigo Maia: quase sem voto, mas louco pelo poder.

  8. Essas empresas que fazem pesquisa deviria fazer uma com o POVÃO e ver a resposta da população brasileira e depois publicar sem corte.

  9. Defendo a dissolução dos legislativos federal, estaduais e municipais. Dissolução dos executivos federal, estaduais e municipais. Dissolução dos judiciários estaduais e federais. Intervenção militar e convocação de eleições gerais em 2022. Não dá mais para aguentar criminosos corruptos usando a sociedade como massa de manobra dessas oligarquias de marginais de paletó. A grande maioria são fantásticos petralhas e mitralhas.

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Política

Maitê Proença: ‘Muita gente da classe apoia a Regina Duarte, mas não tem coragem de vir a público’

Foto: Ana Branco / Agência O Globo

No último sábado (25), Regina Duarte usou sua conta no Instagram para agradecer o apoio dado por Maitê Proença: “Que alegria mais uma vez ter você comigo, do meu lado, colega querida que tanto admiro. Vamos juntas! Precisamos lutar pela pacificação e pela união de nossa classe”. Num post anterior de Regina, Maitê havia desejado sucesso à colega, que provavelmente assumirá a pasta da Cultura do governo Bolsonaro. Ela deverá substituir Roberto Alvim, demitido por ter copiado um discurso do ministro de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um vídeo oficial.

Durante as eleições, Maitê foi voz dissonante entre a classe artística ao sair em defesa do direito de escolha de Regina, que havia declarado apoio a Bolsonaro. Na ocasião, também virou vidraça. Maitê falou ao GLOBO sobre o apoio à Regina, o que espera dela à frente da secretaria da Cultura e de seu novo projeto: um documentário dirigido por Bob Wolfenson sobre seu segundo ensaio na “Playboy”, em 1996.

Você e Regina estão conversando?

A gente não conversou, só trocamos posts. Defendo o direito dela de pensar diferente. Isso não a torna perversa. Com esse imediatismo, tende-se a esquecer da pessoa que conhecemos há 55 anos, da cultura, que prestou serviços, é e sempre foi honesta e bem-intecionada. Todas essas características se apagam porque não pensa igual a mim? Achei feio que nossa classe a tenha apedrejado, como se ela tivesse se transformado. Sei de muita gente da classe que apoia a Regina, mas não tem coragem de vir a público. Ela está cercada de gente que gosta dessa indicação porque, considerando o cenário sinistro em que a gente está instalado, é uma opção excelente, a melhor da possibilidades. Acho que ela quer aproximar este governo da classe. Isso saiu da boca dela e não é suficiente, mas já é alguma coisa. Porque a classe é composta de gente criativa, mestiça, com ideias arejadas, como deve ser a cultura.

Artistas estão com receio de apoiá-la, é isso?

As pessoas ficam com medo de mostrar o que pensam e pendem para lá e para cá dependendo do que seus colegas querem ouvir. Eu acredito numa postura independente, de alguém que pensa de fato. A Regina se tornou uma pessoa mais conservadora ao longo dos anos, mas isso não a torna perversa. Como artista que já fez personagens de todas as ideologias, acho sobretudo que vai ser muito difícil que esse presidente a frite, como tem feito com ministros. Porque ela é adorada pelas pessoas de todas as idelologias, por conta dos personagens que fez, tanto os mais progressistas quanto os conservadores. Acho que a gente deve dar uma chance. Ela não é uma pessoa ruim, não é nazista. É bem intencionada e acho que a classe artística deve abraçá-la e se manifestar a favor em vez de ficar tacando pedra.

O que você espera dela se assumir de fato a pasta?

Que esteja aberta ao diálogo. Dirigismo cultural acontece em todos os regimes totalitários, e isso não pode. Nós temos uma cultura mestiça, criativa, original, é isso que as pessoas conhecem do Brasil fora do Brasil. É o que faz a gente ser conhecido lá fora. Espero uma gestão eficiente e arejada. Se tiver cercada de gente competente e tiver coragem e força, ela consegue. Porque é adorada e vai ficar feio para essa gente usá-la e jogar fora depois. Nós da classe deveríamos apoiá-la para que se fortaleça e tenha bons conselheiros. Ninguém faz nada sozinha. Se a gente se afastar, estamos entregando ela ao totalitarismo.

Muita gente comentou sobre algo que vocês duas têm em comum: a pensão. Ela, que depois de vários casamentos, recebe pensão por ser filha solteira de pai militar; e você, filha de desembargador…

Não vou falar sobre isso, estou exausta desse assunto.

Como está a série de vídeos “Mulheres de fibra”, em que você já falou sobre Dercy Gonçalves, Nair de Teffé, entre outros ícones femininos?

Acabei de lançar um podcast. Está disponível no Spotify, Amazon… Muita gente me pedia, dizendo que queria ouvir dirigindo, sem ter que assistir. Já são 140 mulheres. Tem Dandara dos Palmares, Margaret Atwood… São três por semana.

Há outras novidades profissionais?

Estou fazendo um blog e devo lançar esta semana. Vai ficar no meu site. São pensamentos, ideias, histórias. Uma coisa no estilo Jack Kerouac. Também estou fazendo um documentário com o Bob Wolfenson sobre a segunda “Playboy” que fiz (em 1996). Eu e Bob (que assina o ensaio) fotografamos na Sicília, com a população em volta. Estamos localizando as pessos que aparecem, as velhinhas, havia crianças… Porque na época podia, era fotojornalismo, né? Quer dizer, as mães botavam as meninas para dentro e os filhos ficavam com os pais (risos). Eu andava com uma capa, tirava e estava nua. Era como um circo passando pela cidade, um alvoroço. A gente era colocado para correr. Não tinha autorização. O prefeito aparecia, nos mandava embora e a gente saía correndo. Fizemos uma coisa tipo revista “Photo”. Quis algo revolucionário, o estilo da “Photo” na “Playboy”. Daqui a dois meses, vamos para a Itália começar. Estamos em busca de patrocínio.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Essa faz mais de 30 anos que ganha a famigerada pensão para filha solteira de militar. Mais de 15 paus. E a gente e pagando. Alguém tem que arcar com essa sacanagem. Suspenderam essa sacaneiem a partir de 2002, mas era para acabar retroativamente. Sumir com essa vergonha.

    1. FILHA DE MILITAR TAMBÉM
      Está no mesmo barco da Regina, com uma pensão de filha de militar, permanecendo fingindo que é solteira, enquanto vive em relacionamentos em uniões estáveis pra não perder a boquinha.

  2. Os ajumentados da esquerda ficam falando merda sobre as filhas solteiras de militares, de desembargadores, congressistas etc, que recebem pensão como se o governo atual fosse culpado. Ora, isso existe há décadas e, tem até filhinhas da esquerda que vivem desse benefício. Contudo, o mais interessante é que o maior ladrão da história deste país passou oito anos no poder máximo e, pelo que se sabe não teve coragem de enfrentar e acabar com essa mamata. Ah! Entendi, o canalha safado só pensava em roubar…

    1. Os governos do PT, além de não terem feito NADA contra tais pensões (mas criticam como se NUNCA tivessem sido governo), ainda distribuíram indenizações e pensões a granel para terroristas de esquerda, que tentaram destruir a nossa sociedade, implantando por aqui uma ditadura comunista. O governo Bolsonaro, através da ministra Damares, também está combatendo essa excrescência.

  3. Mais uma a ser demonizada pela tropa de choque da esquerda que não aceita nada menos que a devida idolatria a seus corruptos de estimação

    1. Mais uma “solteira” que recebe pensão por ser filha de militar, concordam Minions!?

    2. Esse "Minion alienado", apesar de ser alienado, poderia ao menos falar a verdade vez por outra. O pai da atriz Maitê Proença nunca foi militar! Era Procurador de Justiça de SP.

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Finanças

Veja quais partidos apoiam inflar o fundo eleitoral com dinheiro de áreas sociais

Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

O aumento do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões com corte de recursos em saúde, educação e infraestrutura uniu rivais como PSL e PT, além de ter sido respaldado por partidos do chamado centrão.

A medida teve o apoio de 13 partidos: PP, MDB, PTB, PT, PSL, PL, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, DEM e Solidariedade. Eles representam 430 dos 513 deputados e 62 dos 81 senadores. Podemos, Cidadania, PSOL e Novo foram contra o aumento, mas não têm força política para barrar a investida.

Presidentes e líderes na Câmara e no Senado dos 13 partidos assinaram o ofício enviado ao relator do Orçamento de 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), pedindo o remanejamento de recursos de emendas impositivas de bancada para o fundo especial de financiamento de campanhas.

O dinheiro será usado para reforçar as campanhas eleitorais no próximo ano. Para líderes e representantes dos partidos, o aumento é necessário porque, no pleito municipal, o número de candidatos é bem maior.

Inicialmente, eles pediam R$ 4 bilhões para o fundo, mas, em seu relatório preliminar, Domingos Neto concedeu aumento menor, elevando o valor para R$ 3,8 bilhões. O governo Jair Bolsonaro desejava destinar R$ 2 bilhões para custear as disputas locais.

O novo montante ainda será submetido à votação no relatório final na Comissão Mista do Orçamento. Depois, o plenário do Congresso analisará a proposta em sessão prevista para o dia 17 de dezembro.

O aumento do financiamento eleitoral só foi possível após a redução nas despesas de diversos ministérios, que afetou mais áreas com impacto social, disseram à Folha técnicos do Congresso e do governo. O corte foi de R$ 1,7 bilhão.

Desse montante, os maiores foram em saúde (R$ 500 milhões), infraestrutura e desenvolvimento regional (R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação, saneamento. A redução em educação chegou a R$ 280 milhões.

O principal alvo da tesourada foi o Fundo Nacional de Saúde, que receberá menos dinheiro, por exemplo, para o Farmácia Popular (corte de R$ 70 milhões). O programa oferece remédios gratuitos à população de baixa renda.

Mais de 15 ministérios perderam orçamento de despesas discricionárias (não obrigatórias) para que o impacto fosse menor. No Ministério do Desenvolvimento Regional, recursos do Minha Casa, Minha Vida, que já passa por um processo de enxugamento, não foram poupados (o programa também perdeu R$ 70 milhões).

Domingos Neto argumenta que o valor do corte (R$ 1,7 bilhão) foi necessário para garantir as emendas parlamentares ao projeto de Orçamento, que são contabilizadas como investimento público. “O cancelamento prévio [de despesas] é um instrumento para que o recurso volte a ser reinvestido. Você faz um corte linear, redistribui o seu dinheiro”, respondeu o relator.

Técnicos explicam, contudo, que, sem a ampliação do financiamento eleitoral, não seria necessário fazer uma tesourada nos ministérios.

O problema é o chamado teto de gastos —limitação, aprovada pelo Congresso, ao crescimento das despesas públicas. O Orçamento está apertado e os congressistas tiveram de abrir um espaço para encaixar o aumento do fundo eleitoral.

Se o Congresso não recuar, o presidente Bolsonaro dificilmente vetará esse trecho do projeto. O texto está escrito de tal forma que o presidente teria de barrar todos os recursos para o financiamento das campanhas, em vez de um veto parcial.

Bolsonaro se desfiliou do PSL para criar sua nova sigla, a Aliança pelo Brasil. Deputados bolsonaristas do PSL ensaiaram seguir o presidente, mas querem que a Aliança passe a receber a cota do fundo partidário.

PARA QUE SERVE O FUNDO ELEITORAL ​

O que é?

É uma verba pública que os partidos recebem em ano eleitoral para financiar campanhas. Em 2018, equivalia a cerca de R$ 1,7 bilhão.

Ele é a única fonte de verba pública para as campanhas?

Não. Os partidos também podem usar recursos do fundo partidário (verba pública para subsidiar o funcionamento das legendas, distribuída mensalmente). Em 2018, foram repassados R$ 889 milhões. Neste ano, total gira em torno dos R$ 928 milhões.

Quais são as outras formas de financiamento possíveis?

Os candidatos podem recolher doações de pessoas físicas e podem financiar as próprias campanhas. O autofinanciamento é limitado a 10% do teto de gastos, que varia de acordo com o cargo disputado.
As doações empresariais são proibidas desde 2015.

Qual o valor previsto para o fundo eleitoral em 2020?

O valor final está sendo discutido na comissão do Congresso que debate o Orçamento de 2020. Nesta quarta (4), foi aprovado um relatório preliminar que prevê a destinação de R$ 3,8 bilhões para o fundo eleitoral.

Como é possível aumentar o valor do fundo eleitoral?

A Lei do Teto de Gastos limita o crescimento das despesas públicas. Segundo técnicos, cortes em outras áreas permitiram que os congressistas sugerissem o aumento do fundo eleitoral.

De quanto é o corte proposto?

São previstos cortes de R$ 1,7 bilhão no orçamento de mais de 15 ministérios. Do total, são R$ 500 milhões em saúde (dos quais R$ 70 milhões iriam para o Farmácia Popular, que oferece remédios gratuitos à população), R$ 380 milhões em infraestrutura e desenvolvimento (que inclui obras de saneamento e corte de R$ 70 milhões do Minha Casa Minha Vida) e R$ 280 milhões em educação.

Como o fundo é distribuído?

A distribuição do fundo público para campanha entre os partidos acontecerá da seguinte forma nas próximas eleições:

2% distribuídos igualmente entre todas as legendas registradas

35% consideram a votação de cada partido que teve ao menos um deputado eleito na última eleição para a Câmara

48% consideram o número de deputados eleitos por cada partido na última eleição, sem levar em conta mudanças ao longo da legislatura

15% consideram o número de senadores eleitos e os que estavam na metade do mandato no dia da última eleição

Houve uma mudança recente da divisão do fundo. Antes, o que valia era o tamanho das bancadas na última sessão legislativa do ano anterior à eleição (o que contou em 2018 foi a bancada no fim de 2017). Agora, conta o resultado da eleição.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

    1. Cadê os recursos para os programas sociais, são desviados para bancar campanhas eleitorais e POVO na deriva.

  1. Isso é uma sacanage, um tapa na cara do povo brasileiro.
    Falta dinheiro pra tudo, mas pra esses vagabundos sobra.
    Um país, que não tem segurança, Saúde, etc etc …
    Bancar eleições, é imoral, dinheiro público jogado fora.

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Diversos

74% dos brasileiros apoiam prisão em primeira instância ou em segunda

Pesquisa do DataSenado mostrou que 51% dos brasileiros concordam com a prisão em segunda instância. Outros 23% gostariam que ela ocorresse antes disso, na primeira instância.

Só 20% dos entrevistados defendem a linha da impunidade, que arrasta a prisão dos criminosos até a última instância.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Conversa fiada !!!; ninguém conhece uma pessoa que tenha participado dessa pesquisa!! Se não for fake….!!! E não adianta todos que estão sendo presos logo estão progredindo nos regimes estúpidos inventados por essas sumidades legislativas e do direito cômico ou trágico brasileiro!!!!!

  2. APENAS 74% dos brasileiros apoiam a PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA? Esse percentual parece pequeno, pois onde se fala nisso, 9 entre 10 pessoas concordam com a prisão.
    A quem interessa mudar esse entendimento?
    Como imaginar que ESTUPRADORES, TRAFICANTES, ASSASSINOS E CORRUPTOS SÓ IRÃO CUMPRIR PENA depois que o STF julgar seus casos?
    Isso é uma possibilidade maldita para a sociedade, VER A IMPUNIDADE SER A ORDEM JURÍDICA é o PIOR DOS MUNDOS a todos que respeitam as leis.
    Já para BANDIDAGEM É O PARAÍSO ver isso ser aceito na jurisprudência.
    PIOR AINDA, AS SENTENÇAS dos JUÍZES e DESEMBARGADORES PASSAM a SER MEROS INSTRUMENTOS PROCESSUAIS, SEM QUALQUER VALOR PRÁTICO.
    A quem interessa tal aberração??

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