Jornalismo

Operação Vulcano: Lista de pessoas que foram alvo de mandatos de prisão e de busca e apreensão

Através do Jornal O Mossoroense, o Blog teve conhecimento da lista das pessoas envolvidas na Operação Vulcano deflagrada pela Polícia Federal e pelo MPE nas primeiras horas da manhã. Foram expedidos 8 mandatos de prisão e 20 de busca e apreensão nos locais de trabalho e nas casas das seguintes pessoas:

Presidente da Câmara de Mossoró, Francisco José Júnior – Está fora do Brasil

Vereador Claudionor dos Santos

Vereador Genivan Vale

Pedro de Oliveira Monteiro Filho

Otávio Augusto Ferreira da Silva

Pedro Edilson Leite Júnior

Robson Paulo Cavalcanti

Carlos Otávio Bessa e Melo

Sérgio Leite de Souza

José Mendes da Silva

Resposta:

O vereador Genivan Vale imediatamente se pronunciou pelo Twitter para justificar o mandado de busca e apreensão em seu gabinete. Segundo ele, foi motivado um projeto de lei de sua autoria que permite a instalação de mais postos de gasolinas.

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Denúncia

MP espera concluir em 6 meses denúncia contra "cartel" de combustíveis em Natal

O promotor de Justiça da Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, estima que em seis meses deverá apresentar a denúncia relativa à Operação Hefesto, da Polícia Federal, que investiga uma suposta formação de cartel de postos de combustíveis em Natal. Segundo ele, esse é o prazo para analisar o material que a delegada Ohara Fernandes lhe enviou ontem. São cerca de 160 GB (gigabytes) de arquivos de áudios de interceptações telefônicas.

José Augusto Peres acredita que deverá passar quatro meses para ouvir todas as escutas telefônicas contidas nesses arquivos. “O trabalho dos analistas da PF é bom, mas, às vezes, cansado, ele pode ter deixado alguma conversa passar. Precisamos ouvir tudo para que nenhum ponto fique de fora”. Além disso, ele estima mais dois meses para montar as peças judiciais que farão parte da denúncia. “Só então saberemos quantos serão realmente indiciados”.

A princípio, o promotor recebeu o material em janeiro deste ano, juntamente com a conclusão do inquérito policial. Contudo, segundo Peres, os arquivos foram enviados em quatro discos rígidos internos. “Os computadores do Ministério Público ainda estão na garantia. Por isso, não podíamos abrir o gabinete para instalar esses discos rígidos. Assim, eu reenviei para a PF os equipamentos juntamente com um disco rígido externo para que eles passassem o material para esse aparelho”, explica Peres.

Memoria

A Operação Hefesto foi desencadeada pela PF em 14 de setembro do ano passado e cumpriu nove mandados de busca e apreensão em diversos pontos de Natal, inclusive na casa e no gabinete do vereador Enildo Alves. De acordo com a PF, seriam fortes os indícios de formação de cartel de postos de combustíveis, como também foi constatada uma atuação ativa do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos/RN) no fornecimento de informações distorcidas e falaciosas sobre o mercado de revenda de combustíveis. O objetivo seria influenciar o Poder Legislativo local e impedir a aprovação do projeto de Lei Municipal 411/2009, que permitiria a instalação de postos de combustíveis em supermercados de Natal. O projeto foi rejeitado na Câmara Municipal de Natal.

Entre esses fatores apontados como indícios de formação de cartel estão a pouca oscilação da margem média de revenda; a margem de revenda do combustível em Natal ser superior ao padrão da margem média observada para todo o RN- comportamento este inesperado para o maior município do Estado, que apresenta um maior número de postos de combustíveis competindo; a pouca dispersão de preços ao consumidor; e a existência de um mecanismo capaz de coordenar e monitorar, de forma permanente, as ações de uma grande quantidade de agentes econômicos atuantes no mercado de revenda, no caso, os sindicatos de revendedores de combustíveis.

Fonte: Diário de Natal

Opinião dos leitores

  1. Essa história que não pôde colocar os HDs no computador é desculpa de amarelo, bastava comprar um case que custa $4o em qualquer loja de informática e acessar os arquivos via USB.
    Aí o andamento do processo fica parado por 3 meses por causa de uma besteira dessas. Falta é vontade de fazer a coisa andar.

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Denúncia

Cartel da indústria do cimento causou prejuízo de R$ 1 bilhão ao consumidor

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a condenação de seis empresas, duas associações e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento por formação de cartel. Seis pessoas físicas também são acusadas pela SDE. As empresas envolvidas são: Holcim do Brasil S.A, Votorantim Cimentos S.A, Camargo Corrêa Cimentos S.A, Cimpor Cimentos do Brasil Ltda, Itabira Agroindustrial S.A, Companhia de Cimento Itambé. A Associação Brasileira de Empresas de Serviço de Concretagem (Abesc), a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento completam a lista.

De forma inédita, a SDE solicitou que algumas aquisições de empresas do setor sejam desfeitas por violarem regras concorrenciais. O secretário de Direito Econômico, Vinícius Carvalho, citou como exemplos de compras a serem revertidas a aquisição da Ribeirão Grande pela Votorantim; da Cimentos Davi pela Lafarge; e a compra pela Camargo Corrêa da Companhia Industrial e Mercantil de Cimentos.

A SDE analisou 12 mil páginas e 820 mil arquivos eletrônicos apreendidos nas empresas. O processo começou em 2006 e foi prejudicado, segundo o secretário, por medidas liminares das empresas. Carvalho informou que o prejuízo causado aos consumidores é de quase R$ 1 bilhão por ano e o cartel teria começado em 1986.

As páginas e os arquivos eletrônicos que compõem o processo administrativo confirmaram – segundo o Ministério – as suspeitas e revelaram a existência de um sofisticado esquema de cartelização do mercado nacional de cimento e de concreto. Esses mesmos setores também estão sendo investigados ou foram condenados em países como Alemanha, França, Reino Unido, Polônia, África do Sul, Paquistão e Egito.

De acordo com o Ministério da Justiça, por meio de reuniões, e-mails e trocas de informações, os participantes do cartel fixavam preços e quotas de produção, dividiam mercados e clientes, coordenavam o controle das fontes de insumo e realizavam operações de trocas de ativos e ações coordenadas de combate a concorrentes que não participavam do cartel.

MULTAS

Se condenadas pelo Cade, as entidades representativas do setor terão de pagar multa que varia de R$ 6 mil a R$ 6 milhões. As empresas poderão ter de pagar multa de 1% a 30% do faturamento bruto total. De acordo com a nova legislação, a ser sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a multa poderá ser relativa ao faturamento da empresa no chamado mercado relevante em que ocorreu a infração (após a sanção, a lei tem 180 dias para entrar em vigor).

Além da multa, a SDE considera necessárias penas de cisão de ativos nos mercados de cimento e concreto, para que a concorrência seja efetivamente restabelecida.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que a SDE vai instaurar ainda um inquérito setorial para estudar melhor as condições de fornecimento de insumos para o cimento, bem como a adoção de medidas que promovam a entrada de novas empresas no setor.

O Grupo Camargo Corrêa informou, em nota, que ainda não teve acesso à íntegra da nota técnica da SDE, mas destacou que “irá contestar a recomendação de sua condenação perante o Cade”.

A recomendação para que o Cade condene os envolvidos foi publicada ontem no Diário Oficial da União.

Grupo dominava 90% do mercado, aponta Ministério

Brasília (ABr e AE) – Nove em cada dez quilos de cimento vendidos no Brasil em 2006 tinham como fabricante uma das sete companhias que formavam cartel para manipulação de preços (com tabelamento e monitoramento), fixação de quota de produção, troca de informações e aquisição de empresas menores, fabricantes de concreto, para manutenção de oligopólio. A denúncia é da Secretaria de Direito Econômico (SDE), vinculada ao Ministério da Justiça.

PREJUÍZOS

“O cartel é uma das mais danosas práticas anticoncorrenciais que existem, pois gera prejuízos à concorrência semelhantes aos gerados por monopólios”, analisa o Ministério. No caso de um cartel na indústria cimenteira brasileira, esses danos tendem a ser ainda maiores, explica, já que o cimento é um produto indispensável em obras de construção civil e a demanda pelo produto, nas duas últimas décadas, permaneceu aquecida.

De acordo com números da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por exemplo, o cimento representa entre 7% e 9% do custo de uma obra residencial, percentual equivalente ao apontado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em termos de volume, isto equivale a, aproximadamente, 120 quilos de cimento por metro quadrado construído.

Da Agência Estado

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Jornalismo

Júlio Protásio: "Enildo passa por um momento de descontrole emocional"

Faço uso deste prestigiado espaço que me foi oferecido para tecer considerações acerca da entrevista em que sou citado pelo vereador Enildo Alves.
 
1. De fato, estive na Polícia Federal porque fui CONVIDADO a testemunhar em uma investigação realizada pelo Ministério Público e Polícia Federal sobre a formação de cartel e manipulação para evitar concorrência na venda de combustível em Natal. Conforme tenho agido em minhas lutas, não me furtei e não me furtarei nas vezes em que for chamado a colaborar com as investigações que são essenciais para esclarecer à sociedade se existe cartel em Natal.

2. Sobre o vereador Enildo Alves, apenas respondi que ele se portou como representante do Sindipostos na CMN, tentando adiar a votação do projeto de autoria do vereador Raniere Barbosa, que permitia a livre concorrência.

3. Sobre a alegação de que eu e o respeitado promotor José Augusto Peres podemos ter ligação e interesses em beneficiar o supermercado Carrefour, estou muito tranquilo, pois – como diz o ditado popular – “pau que bate em Chico bate em Francisco”. Tenho certeza de que a sociedade e a Polícia Federal monitoraram toda votação. Se houve alguma articulação de interesse econômico de postos ou supermercado com qualquer vereador, isso certamente será revelado pela investigação.

4. Ao que me parece, o objetivo de Enildo é desqualificar as investigações e desviar o foco, como tentou fazer já na votação do projeto. Contudo, agir com truculência para desacreditar duas instituições das mais respeitadas do país parece desespero. Enildo tem de entender que – e ninguém – está acima da lei. A função do MP é investigar, ser fiscal da lei, agindo a favor da sociedade. Eu mesmo já fui denunciado pelo MP e nunca me considerei perseguido. O vereador Enildo passa por um momento de descontrole emocional e tenta se passar por vítima, desviando o foco.

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Jornalismo

Augusto Peres "O Rio Grande do Norte me conhece, sabe quem eu sou"

Em entrevista exclusiva ao Blog do BG, o promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, disse que não vai responder, por enquanto, às acusações e insinuações feitas pelo vereador Enildo Alves (sem partido), um dos principais alvos da Operação Hefesto, desencadeada pelo Ministério Público e Polícia Federal, com o apoio da Polícia Militar.

José Augusto Peres diz que não pretende falar agora para não prejudicar a sua atuação nas investigações por parte do Ministério Público a respeito da possibilidade de existência de um cartel na venda de combustíveis em Natal.

O promotor lembrou que Enildo Alves é réu em processo que tramita na Justiça Estadual e que o vereador não tem imunidade para ofender a honra alheia. Somente ao final das investigações sobre o cartel é que José Augusto Peres falará. Se for o caso. Mas deixou no ar o aviso: o Ministério não recuará. “O Rio Grande do Norte me conhece, sabe quem eu sou”, afirmou Peres.

Detalhe: as investigações do MP sobre o cartel dos combustíveis foi reforçada, com o ingresso espontâneo de um grupo de promotores.

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Política

"Enildo acusa Protásio e Augusto Peres de montarem farsa contra ele"

No dia em que os assuntos do dia estão relacionados aos incêndios – acidentais e criminoso – em Natal, mais gasolina é lançada no noticiário.

O vereador Enildo Alves em entrevista a este blog, abriu fogo, ainda mais, contra o colega Júlio Protásio e o promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres. Segundo Enildo, ambos estão unidos e são os responsáveis pelo que chama de farsa e que culminou em busca e apreensão realizadas pela Polícia Federal no gabinete e na casa do líder da prefeita na Câmara.

Em 27 de maio passado, diz Enildo, Protásio(colega vereador), foi à Polícia Federal denunciar o Enildo por estar envolvido em um suposto cartel de combustíveis na capital. “E tudo previamente combinado com José Augusto Peres. Júlio foi e falou coisas vazias e absurdas. Tenho cópia do depoimento”.

Protásio teria alegado suspeição de Enildo pela contrargumentação que ele fez ao projeto de lei de Raniere Barbosa.

“Eles dizem que sou suspeito porque eu defendi com veemência minha posição; que eu tentei retardar a matéria por interesse do Sindipostos”, ironiza Enildo, que emenda: “Quando na verdade eu defendi a minha lei que já proíbe, por medida de segurança, que postos se instalem dentro de supermercados, perto de escolas e outros estabelecimentos”.

“Judas entregou Jesus Cristo por 30 moedas. Quantas moedas terá recebido Júlio para me entregar à Polícia Federal?”

Enildo afirmou que há uma ligação entre o Carrefour, Protásio e Augusto Peres. Sendo esse o elo que justifica a “perseguição deles contra mim”.

“O Carrefour está por trás disso. Eu alego suspeição. Devem ser investigadas as ligações de Augusto Peres e Júlio Protásio com o Carrefour”.

Em outro tiroteio, Enildo dispara contra Júlio, que reputou mentiroso. “No segundo turno da votação, Júlio foi à tribuna dizer que tinha recebido mensagem de Onofre Neto [procurador geral de Justiça] pedindo que os vereadores votassem favoravelmente à liberação de postos nos supermercados. Nunca houve isso. Onofre Neto nunca pediu isso. Quem mandou uma mensagem foi Augusto Peres, dizendo que era salutar a livre concorrência etc.”.

O verador completa ainda que “deve ser perguntado a eles o interesse em beneficiar o Carrefour”.

Enildo encerrou a conversa lembrando que dispõe de inviolabilidade de opinião e que prefere a companhia da ministra do STF Helen Grace a José Augusto Peres. “Ela pelo menos é honrada”.

O Vereador ainda destacou “porque de nove mandatos de busca e apreensão o único divulgado foi o meu?”

 

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Jornalismo

Força tarefa para apurar os Combustíveis

Do amigo David Freire do Portal Nominuto.com

O Diário Oficial do Estado (DOE) traz em sua edição desta sexta-feira (16) a Portaria nº3126/2011, que designa um grupo de promotores de Justiça para atuarem no Inquérito que resultou a Operação Hefesto, desencadeada na quarta-feira (14) pela Polícia Federal e Ministério Público resultando na busca e apreensão de documentos numa investigação que apura a possível formação de cartel nos postos de combustíveis de Natal.

De acordo com a Portaria, vão atuar nos trabalhos além do promotor José Augusto de Souza Peres Filho, que será o coordenador do grupo, os promotores Sérgio Luiz de Sena, Alexandre Matos Pessoa da Cunha Lima, Marcus Aurélio de Freitas Barros, Eduardo Marinho Costa, Juliana Limeira Teixeira, Eudo Rodrigues Leite, Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida, Danielle de Carvalho Fernandes, Isabela Lúcio Lima da Silva e Cláudio Alexandre de Melo Onofre.

Assinado pela procuradora geral adjunta, Mildred Medeiros de Lucena, o documento designa os promotores “para atuarem conjuntamente no Inquérito Policial nº 1000/2009 que tramita perante a 8ª Vara Criminal, bem como nos possíveis desdobramentos criminais e civis, sem prejuízo de suas funções e com todas as prerrogativas asseguradas ao Ministério Público”.

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Jornalismo

Ministério da Justiça vê “indícios fortes” para cartel na Operação Hefesto

Deu no Nominuto

O diretor da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE/MJ), Diogo Thomson de Andrade, veio a Natal com uma equipe da Secretaria para acompanhar os trabalhos da Polícia Federal na Operação Hefesto e lembrou que “o cartel é uma das práticas mais recorrentes no Brasil” além de ser “a conduta mais lesiva ao consumidor”.

Ele explicou que o parecer econômico foi enviado ao Ministério Público Estadual e a Polícia Federal. “Os indícios são fortes”, comentou o diretor se referindo a possibilidade de formação de cartel por parte dos postos de combustíveis. Na argumentação dele, existe uma “coordenação entre agentes econômicos”.
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Jornalismo

Enildo Alves declara guerra a promotores

Do Nominuto

O vereador Enildo Alves (sem partido) convocou coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira (14) para protestar contra acusação que diz sequer conhecer e declarar guerra aos promotores José Augusto Perez (Defesa do Consumidor) e Fernando Vasconcelos (Patrimônio Público), além de mais quatro promotores cujos nomes não mencionou.

Na manhã de hoje, a Polícia Federal deflagrou buscas e apreensão em sua residência e gabinete, dentro da Operação Hefesto, nos quais foram apreendidos cinco celulares, dois notebooks, três cópias de uma nota publicada no verpetino O Jornal de Hoje e um pen drive.
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Denúncia

Em nota, PF afirma que Sindipostos faz controle abusivo do mercado

Em seu comunicado oficial sobre a Operação Hefesto, a Polícia Federal afirma que o Sindipostos realizou manobra para evitar a entrada de concorrência no seguimento, e que o Sindicato faz controle abusivo dos preços do combustível, no mercado.

Confira:

Nas primeiras horas do dia, uma Força Tarefa coordenada pela Polícia Federal e apoiada pela Secretaria de Direito Econômico e Promotoria de Defesa do Consumidor, desencadeou a OPERAÇÃO HEFESTO, uma referência ao Deus do Fogo (mitologia grega).

O caso sob investigação teve início em dezembro de 2009 e refere-se à possível formação de cartel no mercado de revenda de combustível abrangendo o Município de Natal/RN.

A investigação se iniciou com a nota técnica da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, que é o órgão responsável pela investigação de infrações à ordem econômica, previstas na Lei 8.884/94, a qual elencou alguns fatores peculiares ao mercado varejista de combustível de Natal, a partir de dados coletados no Rio Grande do Norte no período de 2004 a 2009, que seriam indicativos de cartel, tais como:

(1) pouca oscilação da margem média de revenda;

(2) a margem de revenda do Município de Natal ser superior ao padrão da margem média observada para o Estado do Rio Grande do Norte – comportamento este inesperado para o maior município do Estado, que apresenta um maior número de agentes econômicos competindo;

(3) pouca dispersão de preços ao consumidor e

(4) existência de um mecanismo capaz de coordenar e monitorar, de forma permanente, as ações de uma grande quantidade de agentes econômicos atuantes no mercado de revenda, no caso, os sindicatos de revendedores de combustíveis.

Diante dos indícios verificados com relação ao mercado de revenda de Natal, a Secretaria de Direito Econômico também instaurou procedimento administrativo com intuito de apurar indícios de infração à ordem econômica.

Afora as constatações da SDE, a Polícia Federal também levou em conta o Estudo do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, datado de 23 de julho de 2009, apontando que 94,2% dos postos de revenda de combustíveis haviam promovido aumento de preço no período pesquisado. O relatório indicou ainda que a diferença entre o maior e o menor preço da gasolina foi de 2%, a “menor diferença nos últimos 10 anos”.

Também pesou a forte mobilização da sociedade, bem como a atuação dos órgãos de defesa do consumidor, tendo culminado com a autuação de 24 postos de combustíveis da capital por parte do PROCON Estadual, justamente por ter se verificado um aumento abusivo de preços.

Com esses indicativos a Polícia Federal passou a observar e investigar o comportamento do SINDIPOSTOS e alguns de seus associados.

Verificou-se que em todas as oportunidades em que o SINDIPOSTOS foi questionado sobre elevação de preços, seus principais integrantes reuniam-se a fim de justificar o movimento de alta perante a sociedade (reuniões secretas em escritórios de advocacia).

Chegaram ao ponto de contratar uma agência de comunicação para divulgar ações que convencessem a população que a elevação do preço de combustíveis era a única alternativa.

Isso, aliado à padronização dos preços, demonstrou a intensa articulação coordenada pelo sindicato, haja vista também que em nenhum momento agiu com o mesmo ímpeto frente às distribuidoras a fim de obter melhores preços em favor dos associados (preferiram aumentar os valores cobrados do consumir a pressionar as distribuidoras para diminuir o preço de Tal política traz fortes indícios da conduta concertada, o famigerado cartel, que constitui crime contra a ordem econômica, previsto no artigo 4º, inciso I, alínea “a”, da Lei 8.137/90, ora investigado pela polícia federal e pelo ministério público estadual, cuja pena de reclusão é de 02 a 05 anos.

A conduta também constitui infração à ordem econômica prevista nos arts. 20 e 21, da lei 8.884/94, investigada pela SDE, e punível com as penas previstas nos arts. 23 e 24 da mesma lei, entre elas: multa, proibição de contratar com instituições financeiras oficiais, inscrição no cadastro nacional de defesa do consumidor e recomendação para que sejam suspensos ou negados incentivos e benefícios fiscais, penas estas que atingem tanto as pessoas físicas e como as pessoas jurídicas envolvidas na prática.

Durante a investigação constatou-se, da mesma forma, que os representantes do SINDIPOSTOS diversas vezes se reuniram e mantiveram contatos com o único intuito de articular formas e instrumentos de manter e/ ou aumentar a barreira à entrada de novos revendedores de combustível, que poderiam concorrer com os postos integrantes do suposto cartel. Esse comportamento é típico dos agentes econômicos integrantes do suposto cartel e indicativo do monitoramento sincronizado para exercer verdadeiro controle abusivo do mercado, tolhendo qualquer tentativa de entrada de novos concorrentes. Os envolvidos tentaram evitar a todo custo que algum dos supostos integrantes do cartel, por na suportar a concorrência, resolva abandonar os acordos firmados.

Como os acertos e conchavos decorrentes do cartel são naturalmente instáveis, o SINDIPOSTOS teria adotado uma estratégia de impor obstáculos a qualquer iniciativa que se propusesse a aumentar a concorrência no mercado, de forma a manter o domínio através do suposto cartel. Daí, a necessidade de se fazer uso dos mais diversos instrumentos de ação para buscar, de todas as maneiras, atrapalhar a livre iniciativa em favor da manutenção do controle.

Esta conduta de limitar e impedir a entrada de novos concorrentes é uma típica característica do crime de cartel, constituindo-se em mais um forte indício da existência do acordo ilícito entre os postos revendedores de Natal, coordenado pelo Sindicato.

Percebeu-se, inclusive, uma atuação ativa do Sindicato no fornecimento de informações distorcidas e falaciosas sobre o mercado de revenda de combustíveis para influenciar o Poder Legislativo local e impedir a aprovação do PL 411/2009, que permitiria nesta capital a instalação de postos de combustíveis em supermercados. O projeto de lei foi rejeitado.

Os indícios apurados através das investigações promovidas pela Polícia Federal, Ministério Público e SDE, somados à forma de atuação e de influência do SINDIPOSTOS, ao comportamento do mercado nos últimos anos comparado, o histórico levantado pelo PROCON local e à forte mobilização dos órgãos de defesa do consumidor e da sociedade forneceram suficiente embasamento para que o Poder Judiciário permitisse que hoje, dia 14/09/2011, fossem cumpridos 09 mandados judiciais de busca e apreensão, em diversos postos de gasolina e também na residência e no gabinete de um Vereador do Parlamento Municipal. A operação contou com a presença de 60 (sessenta) Policiais Federais, além de 20 (vinte) servidores da Secretaria de Direito Economico e da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Natal.

Observações:

1. Cartel é a mais grave conduta de infração à ordem econômica, sendo caracterizado por um acordo entre concorrentes para principalmente, fixação de preços ou quotas de produção, margens de lucro ou de descontos, divisão de clientes e de mercados de atuação, etc. É crime contra a ordem econômica e objetiva eliminar a concorrência, prejudicando os consumidores, principalmente por causar aumento de preços.

2. Os cartéis de revendas de combustíveis em vários municípios de diversos Estados do país representam, hoje, aproximadamente um quinto do total das quase 500 investigações por infrações à ordem econômica em curso na SDE. Só nos anos de 2010 e 2011, foram enviados mais de oito processos administrativos com recomendação de condenação para o julgamento do CADE, sendo que, entre 2004 e 2008, o órgão condenou outros oito cartéis, em municípios espalhados por todo Brasil. Da atuação conjunta da SDE com as polícias e ministérios públicos resultou, ainda, mais um considerável número de processos criminais envolvendo pessoas ligadas a sindicatos e revendedores do setor.

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Policia Federal fará coletiva hoje à tarde

A Polícia Federal concederá uma entrevista coletiva em sua sede,  às 15h,  para esclarecer detalhes sobre a Operação Hefesto, deflagrada agora pela manhã.

No total são 11 mandados de busca e apreensão que a Polícia Federal exerceu, abordando nove postos de combustíveis e também a casa e o Gabinete do vereador Enildo Alves.

A polícia em parceria com o Ministério Público investiga possível formação de cartel no mercado de combustíveis de Natal.

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Vereador Enildo cancelou entrevista de ultima hora. Motivo: Virose

Hoje cedo havia uma entrevista agendada do Vereador Enildo Alves, em uma emissora de rádio, mas, de ultima hora o líder da Prefeita na Câmara entrou em contato com a rádio, alegando que não poderia participar do programa pois estava acometido de uma virose.

Cuidado pessoal, virose HEFESTO está na área!

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Jornalismo

Não houve mandado de busca no gabinete do Vereador Ney Jr

 Ao contrario do que foi divulgado extra-oficialmente, não houve qualquer contato dos agentes da Polícia Federal, com o gabinete do Vereador Ney Lopes Jr (DEM). A ação foi muito especifica, e na câmara teve somente um alvo.

 As ações dos policiais foram na casa e Gabinete do líder da Prefeita na Câmara, o vereador Enildo Alves.

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PF investiga formação de cartel de combustíveis. Já passaram no gabinete de Enildo Alves

Mais uma operação.

A PF e o Ministério Público cumprem mandados de busca e apreensão ligados à investigação de um suposto cartel de combustíveis na capital.

Já passaram pelo gabinete de Enildo Alves, na Câmara Muncipal.

São onze os mandados.

 

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