Economia

VOCÊ NÃO LEU ERRADO: Banco Central é alvo de críticas por excesso de transparência

Foto: Alliance/DPA

Por muito tempo, o Banco Central (BC) foi chamado de caixa preta. Ultimamente, porém, as queixas são por excesso de transparência. Operadores e analistas do mercado reclamam, de forma reservada, da sinalização explícita sobre o rumo dos juros no médio prazo.

As críticas chegaram aos ouvidos do BC, que resolveu responder. “Achamos que a transparência é importante”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, num evento recente. “Os ruídos que a transparência causa são curados com mais transparência, não com menos.”

O que incomoda é que, desde a sua reunião de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) vem indicando um ajuste parcial da taxa de juros, ou seja, a manutenção de algum grau de estímulo monetário ao final deste ano. Há grande chance de a sinalização acabar neste mês, mas a polêmica segue.

O argumento central dos que reclamam do excesso de transparência é que o BC não consegue prever com muita exatidão o que vai fazer seis meses adiante. Assim, apenas sinaliza fraqueza ao se apegar antecipadamente a um cenário de menos alta de juros. Isso, segundo esse raciocínio, levou a uma maior desancoragem das expectativas de inflação. “O mau uso da transparência acaba sendo contraproducente”, afirma um economista do mercado.

Nas últimas décadas, os bancos centrais caminharam do segredo quase absoluto das suas operações para uma transparência crescente. O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano) Alan Greenspan se orgulhava por ser opaco nos seus pronunciamentos. No Brasil, até a criação do Copom, em 1996, o Banco Central dizia que se comunicava pela sua mesa de juros.

“A transparência ajuda na política monetária”, afirma o economista José Julio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre-FGV. “Quando o participante do mercado entende o que o banco central está fazendo, antecipa os movimentos, já caminha na direção desejada.”

Senna reconhece que há uma dosagem ótima para a transparência, que, se for ultrapassada, poderia ser contraproducente. Mas pondera que a sinalização de ajuste parcial dos juros foi correta – as críticas, segundo ele, devem-se a um mau entendimento em setores do mercado sobre o que foi de fato sinalizado pelo BC.

Para ele, o Banco Central não assumiu um compromisso imutável com um ajuste parcial de juros. Na verdade, disse que, com o cenário traçado na última reunião do Copom, incluindo projeções de inflação e balanço de riscos, antecipava um ajuste parcial de juros.Isso é parte do regime de metas de inflação, que especialistas chamam de “inflation forecast targeting”, ou mirar as projeções de inflação. “Se as coisas mudarem até lá, o Copom fará diferente.” O Copom, ressalta o economista, comprometeu-se a fazer o que for necessário para cumprir a meta de inflação.

O economista-chefe da Órama, Alexandre Espírito Santo, cita um dos grandes teóricos de política monetária, Alan Blinder, que defende a transparência em um livro clássico sobre a operação dos bancos centrais. “Sistemas de metas de inflação, por essência, necessitam de transparência”, afirma. “Agora, o ponto exato é difícil afirmar.” No caso atual, diz, a comunicação do BC deixa espaço para adequar a sua ação a riscos inflacionários, que ele vê como crescentes.

Um especialista em política monetária diz que há limites para a transparência, dadas as complexidades de operar a política monetária no mundo real, sobretudo a dificuldade de os mercados entenderem mensagens cheias de nuances e de ressalvas sobre incertezas. Mas, para ele, no caso da sinalização de ajuste parcial, o problema não foi exatamente a sinalização em si. “Grande parte do mercado não gosta ou concorda com a leitura do BC sobre o cenário prospectivo – e reclama por isso.”

Uma discussão viva é sobre a diferença entre transparência e explicitude nas decisões futuras de política monetária. Transparência é abrir dados, projeções, toda a sorte de informações. Outra coisa é ser explícito sobre a trajetória futura dos juros, que os agentes do mercado, inevitavelmente, entendem como compromisso. O Banco Central enfrenta um equilíbrio delicado: na medida em que esvazia o caráter de compromisso da trajetória de juros, dilui-se o efeito pretendido de influenciar a visão do mercado sobre qual será a trajetória dos juros no futuro.

A confusão que setores do mercado fazem entre compromisso e sinalização condicional não é nova. Em março de 2018, o Banco Central, na gestão Ilan Goldfajn, começou a ser mais transparente sobre os passos futuros, e deu uma sinalização condicional de um corte de juro de 0,25 ponto percentual para a reunião seguinte. Mas, como o cenário ficou menos positivo, manteve o juro inalterado em 6,5% ao ano – e sofreu críticas por não cumprir o seu “compromisso”.

Em entrevista ao Valor na época, Ilan explicou a comunicação do BC. “Estou querendo ir na direção de bancos centrais mais maduros. Eles divulgam a trajetória esperada de juros, e não só da inflação. Há um entendimento de que um “guidance” [sinalização para os juros] muda se as condições mudam. Estávamos tentando fazer a mesma coisa, com um pouco menos de ambição. Estávamos tentando dizer isso para a próxima reunião, para as próximas duas reuniões.”

De lá para cá, o BC passou a sinalizar seus passos mais imediatos, mas isso não gerou ruído. Em março, disse que subiria os juros em 0,75 ponto na reunião seguinte, de maio; em maio, voltou a sinalizar 0,75 ponto para o encontro subsequente, neste mês. O que gerou confusão, agora, é a sinalização mais de médio prazo, com foco no fim do ano.

Esse aprendizado, que ocorre ao longo do tempo, é que está por trás da aposta de Campos Neto na ampliação de transparência, mesmo com custo de ruídos.

Valor

Opinião dos leitores

  1. Tem que manter a transparência e independência do Banco Central! A independência do BC foi uma das poucas coisas boas que o governo do MINTO aprovou até agora…

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Política

Excesso de positividade nas redes sociais pode fazer mal, revela estudo

ANSIEDADE - Pamela: dificuldade para entender o que os amigos viam como “lado bom” do isolamento social – Egberto Nogueira/VEJA

Mal a pessoa acordou, a mão estica para o celular, abre o aplicativo e não tem escapatória: depara com a primeira mensagem motivacional. Seja o indefectível “bom dia, dia”, seja uma sequência de carinhas amarelas e sorridentes, seja na forma de verso, meme, figuras variadas, stickers e até correntes, uma avalanche de otimismo escorre da tela e se esparrama pela humanidade, passando a impressão de que, com tantas coisas boas ao redor, só não é feliz quem não quer. A insistência na tecla de que a vida é bela — ampliada no Twitter, Instagram e Facebook pela onipresente #gratidão, por exemplo — já vinha mostrando sua face menos rósea mesmo antes da pandemia. Mas, no cenário de isolamento social e preocupações ampliadas, o incômodo com os recados ensolarados se intensificou, a ponto de o nome dado ao fenômeno ter se popularizado: positividade tóxica, que vem a ser aquela imposição de euforia e animação que acaba fazendo mal às pessoas — literalmente.

A expressão foi cunhada nas buscas do Google em 2019, mas sua procura teve um salto de 85% este ano (376% na versão em inglês, toxic positivity). “Existe o mito de que basta pensar positivo para tudo dar certo. A ideia termina por ser prejudicial, porque não nos prepara para as frustrações”, diz Guilherme Spadini, diretor de psicoterapia da The School of Life em São Paulo. O conceito está relacionado ao que o psicanalista Sigmund Freud chamava de “afeto estrangulado” — a tentativa de reprimir emoções negativas apelando para a demonstração de felicidade e otimismo em toda e qualquer situação, inclusive nas mais adversas.

Uma enquete entre quem posta e quem lê mensagens motivacionais realizada pela pesquisadora comportamental Vanessa Van Edwards, fundadora do portal americano Science of People, indicou efeitos, com o perdão da palavra, negativos em ambos os casos. Mais de 75% dos entrevistados admitiram que, ao mostrar alegria constante, estão ignorando suas reais emoções. Do outro lado, 68% relataram episódios de ansiedade e pânico diante de tanta imagem maravilhosa que eles mesmos não conseguiam reproduzir em sua vida. “Minha turma nas redes dizia em peso que estava fazendo exercícios em casa, aprendendo outros idiomas e até começando a namorar. Enquanto isso, eu engordei e voltei a ter crises de ansiedade”, conta a estudante de publicidade Pamela Dias, de 23 anos. Moradora de Campinas, interior de São Paulo, ela sentia culpa por não encontrar o tal “lado bom da pandemia”. A saída foi desinstalar os aplicativos e se afastar do mundo perfeito das mensagens fofinhas e das famílias lindas que vivem em casas maravilhosas. “Como animal social que somos, temos a tendência a nos comparar com quem aparenta estar melhor ou ter mais. Mas a comparação desmedida é justamente o que atrapalha a pessoa ser, de fato, feliz”, afirma Luiz Gaziri, autor do livro A Ciência da Felicidade.

Outro estudo, este da psicóloga alemã Gabriele Oettingen, da Universidade Nova York, revela que os indivíduos que pensam positivo o tempo inteiro raramente atingem as suas metas porque, quando seu cérebro registra o prazer das satisfações ilusórias, a pressão arterial cai e, junto com ela, reduz-se a motivação que faz o ser humano progredir. Em relação à saúde mental, a impossibilidade de perceber tantas coisas boas, como aconteceu com Pamela, resulta em sentimentos como culpa e tristeza, que podem desencadear ou agravar doenças como depressão e distúrbios do sono. “A toxicidade está em não querer enfrentar as dificuldades ou aceitar as frustrações. Ser positivo não significa ignorar que angústia, fracasso e tristeza fazem parte da natureza humana”, explica a neuropsicóloga Adriana Fóz.

Nada disso quer dizer que quem manda carinhas felizes logo cedo está sendo maldoso — pelo contrário, pensar e receber palavras boas ativa o núcleo accumbens, a área do prazer do cérebro, e não há mal algum em querer ajudar o outro a se sentir melhor diante de situações difíceis. A designer Andrielli Aguilera, de 28 anos, acumula quase 100 000 seguidores no Instagram produzindo ilustrações no melhor estilo good vibes only (só boas vibrações) e tem certeza de que o otimismo é o motor de sua audiência. “As pessoas querem apreciar o que elas não têm e sonhar com a vida que desejam”, ensina. Sem problema — desde que a positividade traga, verdadeiramente, efeitos bons e saudáveis para o dia de cada um.

Publicado em VEJA de 4 de novembro de 2020, edição nº 2711

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Diversos

Conar abre representação ética contra Gusttavo Lima por excesso de bebida em lives

Foto: Reprodução

O Conar, órgão de regulamentação publicitária, abriu uma representação ética contra o cantor Gusttavo Lima e a Ambev, por possíveis irregularidades em relação ao consumo de bebida alcoólica nas lives apresentadas pelo músicos nas últimas semanas.

A representação foi aberta nesta terça-feira (14), após dezenas de denúncias de internautas, envolvendo desde a falta de mecanismo para o acesso de menores de idade até o consumo excessivo de bebida alcoólica pelo músico, o que poderia ser considerado um estímulo ao consumo irresponsável do produto.

Em nota, o Conar afirmou que, apesar do formato inovador das apresentações online, elas devem seguir “princípios fundamentais da comunicação comercial do segmento, com a divulgação responsável de bebidas alcoólicas e com os cuidados para que não seja difundida a crianças e adolescentes”.

O cantor e a Ambev terão agora 20 dias para apresentar defesa, se assim quiserem. Caso o Conar entenda que houve irregularidade, as penas podem ser a alteração da peça publicitária, neste caso alteração da live, e advertência aos responsáveis. Procurado, Gusttavo Lima ainda não se manifestou.

Já a Ambev afirmou que tem patrocinado algumas lives nesse momento de quarentena “sempre com o cuidado de assegurar as medidas de higiene e distanciamento social e com a devida orientação prévia aos artistas sobre as regras do Conar de publicidade de bebidas”. Mas destaca que “em algumas lives, de forma totalmente espontânea, algumas orientações não foram seguidas”.

“Estamos reforçando as regras dado esse novo contexto de entretenimento virtual e estamos mais do que nunca comprometidos com o consumo responsável de nossos produtos”, afirmou a Ambev em nota. “Vale lembrar que a live é de propriedade do artista, muitas vezes realizada em sua casa, o que representa um desafio.”

A mais recente live de Gusttavo Lima aconteceu no sábado (11) e teve palavrões, declarações de amor e ele bebendo de cerveja a tequila, mostrando estar alterado em algumas ocasiões. “Que ressaca, meu Deus. O que colocaram na minha bebida, gente?”, chegou a afirmar ele no dia seguinte nas redes sociais.

A live, que teve uma mensagem “a todos os cachaceiros desse mundo” em sua abertura, durou sete horas e meia e teve 5,5 milhões de acessos simultâneos. Uma semana antes, o cantor já tinha feito uma outra apresentação online que durou cinco horas e teve mais de 750 mil acessos simultâneos.

Esse formato de show ganhou força nas últimas semanas devido à quarentena do novo coronavírus, que cancelou apresentações em todo o país. Antes mais intimista, as lives passaram a ter produções elaboradas, câmeras em drones e patrocínio de marcas famosas, principalmente com os sertanejos.

As grandes lives também têm arrecadado fundos e equipamentos para hospitais e instituições de caridade, além de conscientizar sobre a necessidade de ficar em casa. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou a fazer aparições pré-gravadas nas lives de Marília Mendonça e Jorge e Mateus.

F5 – Folha de São Paulo

 

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Polêmica

EDITORIAL: Ação do BPCHOQUE na decisão do Estadual. Excessos, talvez. Crucificar, não

Foto1: Reprodução/ Foto 2: Mallik Nagib

Várias pessoas me enviaram no zap vídeos de “excessos” do BPCHOQUE na noite dessa quarta-feira(24) após a invasão de campo por parte da torcida de América e o tumulto na saída dos torcedores do ABC. Alguns desses amigos me enviaram INDIGNADOS, registros da ação da PM já com julgamento pronto devido as pancadas de cassetetes a spray de pimenta sem necessidade.

Eu poderia nesse momento postar todos os quatro vídeos que recebemos, criar um texto polêmico e bater recorde de acessos por causa desses vídeos.

Eu poderia até narrar o que vi com os meus próprios olhos na noite de ontem.

Mas não irei crucificar quem me protege todo dia.

Não vou crucificar quem já me salvou em vários jogos, inclusive com familiares dentro e fora de estádio.

Não vou crucificar quem sai de casa com salário atrasado para proteger os cidadãos de bem num espetáculo em que também circulam indivíduos que não são de bem.

Não vou crucificar quem sai de casa para trabalhar numa praça de esportes com a estrutura e material inadequado sem saber se volta para dormir com sua família.

Podem me crucificar por essas palavras, não tem problema. Faz parte da selva que estamos vivendo.

Lamento meus amigos alvinegros, pelas laboradas e pelo sprays de pimenta que vocês levaram. Deve doer na alma, e não defendo o errado.

Mas nesse caso eu não posso condenar quem tá em jornada longa, vive num stress permanente mesmo sabendo que ele tem que estar preparado para todas as situações sem receber, em muitos casos o treinamento adequado.

Quero também agradecer a todos que me enviaram o vídeo, agradecer a confiança, pedir desculpas, mas o meu senso crítico não me permite colocar na vitrine os guerreiros que “se excederam” para favorecer bandido amanhã.

Vou reafirmar. Posso estar errado, mas não vou nesse caso crucificar por uma ação equivocada sem consequências graves para ter acesso e para marginalizar quem me resta para proteger os torcedores de bem na arriscada jornada de ir torcer para seu time de coração.

Opinião dos leitores

  1. Não quero me prolongar, pois já foi dito muitas palavras aqui, apenas quero desejar meus parabéns pelas palavras sensatas de vc bruno.

  2. Parabéns Bg, querem um polícia menos truculenta vão para o estádio apenas torcer aí vcs receberam flores ao final do jogo, caso contrário é bastão no lombo mesmo, infelizmente em algum caso pessoas inocentes entram na roda, vi q qdo o amarelinhos estádio fizeram o cordão pra tentar dispersar a torcida o q aconteceu , foi porrada nos amarelinhos e aí ninguém defende ou manda vídeo dos amarelinhos apanhando.

  3. Bruno, acho que você não está visualizando a dimensão do que aconteceu ontem, essa confusão dentro do estádio não foi nada. Fui praticamente para todo os clássicos nos últimos 15 anos, nunca presenciei o que vi ontem. Só a título de ilustração: por volta das 23:30, na esquina da lima e silva com prudente, na conveniencia Gelo e Gela vi um grupo do BPChoque com uns 3 policiais mais transtornados baterem em torcedores de graça, sem motivo algum. Ali não tinha mais confusão nem aglomeração, já tava todo mundo disperso. A grande maioria tentando pedir Uber. O policial mais transtornado sentou o cacete e spray de pimenta em quem tava simplesmente com as mão estendidas pedindo calma. Deu dois tapas no rosto de uma menina que tava do meu lado chamando ela de pu.. Não me disseram, eu vi. Era uma abordagem de rebelião em presídio, enquanto uns 3 batiam, uns cinco mais atrás gritavam:"aqui eh o choque". Tinha uns dois ou três policiais mais pra trás visivelmente constrangidos com a situação. Estes se tivessem mais conciencia do dever que tem de proteger o cidadão deveriam dá voz de prisão aos policias transtornados. Se você conseguir pegar a gravação da camera de segurança do Gelo e Gela por volta das 23:30, verá a cena que descrevi. Seria interessante apurar melhor os fatos, antes de sair defendendo ou criticando alguém.

  4. A muito tempo que o futebol brasileiro tornou-se um antro pra marginais tanto dirigentes, muitos investigados, jogadores alguns envolvidos com sonegação e tráfego de armas e drogas e torcedores principalmente das torcidas organizados que são os melhores só vândalos que na maioria tbm esta envolvida com inlicitos
    Agora fica a sociedade pagando essa farra com estádios e tudo mais e ainda tem que mobilizar o já escasso contingente de segurança para atender essa malandragem .
    Já fui muito aos estádios hoje nem vou nem aconselho ninguém a ir.

  5. Sem sentido seu texto, BG. Porque os caras tem dificuldades no trabalho eles podem bater em qualquer um? Porque foi isso que aconteceu. Simples assim. Acho que descontaram esses problemas todos que você citou no famigerado torcedor. O cara vai pro jogo, leva a família e na saída, sem NENHUM MOTIVO, leva surra de cacetete e spray de pimenta. Ainda se depara com textos como o seu, de quem provavelmente nunca passou por algo sequer parecido. Sabe como é o cara apanhar como um marginal, mas sendo apenas um torcedor comum que suou pra caramba pra pagar um ingresso? Provavelmente não! Depois acham ruim quando o estadual não tem bom público. Quem passou por isso nunca mais volta.

    Sobre os americanos que apoiam o acontecido: amanhã pode ser vocês! (na verdade já teve do lado de lá também, mas um título que não vinha há anos faz a memória ser curta).

  6. Os vídeos só mostram imagens,não aparece áudio do que aquele torcedor que possivelmente estaria sendo agredido sem fazer nada falou pros policias ou o que ele teria feito antes.É comum nesses eventos pessoas proferirem palavras de baixo calão contra a policia ou arremessar objetos,mas quando se veem acoados simplesmente levantam os braços como se nada tivesse acontecido e querem que profissionais que estão ali trabalhando sejam desrespeitados e não façam nada.Lembrem que por baixo daquele farda existem seres humanos,pais de família que tem sentimentos como qualquer outra pessoa e não estão ali para serem desmoralizados por seu ninguém.

  7. Parabéns aos Policiais que participaram pois agiram proporcionalmente e evitaram o que seria uma possível tragédia.

  8. Também concordo e apoio a ação da PM, se não houvesse a baderna não teria necessidade da PM usar os meios necessário, pois quem vai na intenção de criar tumulto e procurar briga, engrosse os couros para levar pau.

  9. Tem que acabar com futebol no Brasil, não trás nada de bom para sociedade. So prejuízo e violência ,quem ganhar e o time, jogador e dirigentes. Os PMS agiram correto, trabalham com as condições que são dadas e trabalham com salários atrasados com cabeça cheias.

  10. Ontem na decisão do campeonato estadual fui como torcedor testemunha ocular de tudo que aconteceu… vi antes do jogo começar um torcedor do ABC invadir o campo para provocar a torcida adversária, criando assim já um princípio de confusão, fazendo com que os policiais tomassem posições estratégicas para evitar um mal maior, vi que logo após o término da partida a segurança do Arena das Dunas falhou e deixou a torcida do América invadir, a torcida adversária podendo ter se encaminhado para fora do estádio para evitar o conflito resolveu ir para o confronto depedrando o setor que estava para usar o material quebrado como objetos de arremesso em direção aos que estavam no campo, entre estes os policiais, hora, o que fazer numa hora dessa?

    Usar de maneira enérgica a força para dissuadir a situação de conflito, foi isso que o BPCHOQUE fez, a maioria dos torcedores voltaram para casa em paz, a minoria de vândalos e de espectadores destes, porque aqui abro um parêntese (torcedor do ABC que não foi embora após o apito final ou era baderneiro ou admiradores deles)…e não me venham com a desculpa de esperar a chuva passar, porque o segundo tempo foi praticamente todo debaixo de água.

    Se alguém sofreu agressão ali sem merecer estava no mínimo no lugar errado e na hora errada, a polícia esteve ali para proteger, evitar mortes, manter a ordem, e isso foi feito, e reconhecido pela torcida ordeira que estava no estádio, tanto que foram aplaudidos

    Pela Paz e Pela Ordem eu estou do lado do BATALHÃO DE CHOQUE DA POLÍCIA MILITAR DO RN

  11. Se agiram no exercício do dever funcional, viva! Se houve excesso, alguém foi vítima; logo, se há vítima, deve-se buscar responsáveis!

  12. A polícia mais uma vez cumpriu com o seu dever. Se houve algum excesso, que se apure e as medidas devidas sejam tomadas. A princípio, não creio que haja motivo para punição. Mais uma simples demonstração da lei física da ação e reação. Ou seja, quem parte prá violência, prá praticar vandalismo e barbaridades, não espere por afagos e flores. Ai a gente lê os comentários por aqui e identifica alguns comentaristas habituais do BG. Observem quem são os que estão contra a ação policial (a favor dos baderneiros) e quem está ao lado da lei e da ordem. Vejam que existe uma enorme coincidência (será?) entre o posicionamento nesse caso e as opiniões políticas e ideológicas. Confiram.

  13. Não finjam que não viram os torcedores quebrando tudo no estádio e invadindo o campo. As duas torcidas promoveram desordem, quebraram cadeiras, se armaram com garrafas de vidro e pedras e partiram pra cima da PM, criminosos enfrentando a PM e tentando invadir a parte da torcida rival. Se não fosse a polícia, teria havido um massacre, mortes entre os torcedores aí pegam um vídeo e ficam crucificando quem tá lá trabalhando.

  14. O estádio Maria Luiza. Farrache ( Frasqueirão), é um caos em clássicos: trânsito travado, confrontos recorrentes de torcedores,falta de estacionamentos, acomodações inadequadas para os usuários,etc . Ou evita o uso da força pública em eventos privados ( futebol) ou faz torcida única nos dois jogos. Fora isso é teórica de quem vive em Marte!

  15. Eu vou a praticamente todos os jogos do ABC e como não cometo infrações, entro e saio e nunca tenho problemas. Alguém pode dançar por erros dos outros, mas normalmente os barras é que são acossados pela PM, na maior parte das vezes por motivo justo. Ontem mesmo, no jogo, um torcedor do ABC entrou em campo com bandeira e tudo, provocou a torcida do América, fez os seguranças privados passarem vergonha e, ao ser pego, simplesmente foi devolvido a torcida e saiu livre. Não era o caso de ser preso?

  16. parabéns pelo texto, cada vez mais sou seu fã, sensatas as palavras e muito bem colocadas.
    por causa de bandidos transvestido de torcedor que me afastei dos estádios.

  17. acho quê vc tenhe que mostrar esses vídios e nao ficar defendendo quem está errado apolicia militar é paga com dinheiro nosso e eles tem sim que está preparados sim e não usar de tanta violência como foi usado ontem.

    1. Ele tem que mostrar os vídeos da torcida quebrando tudo, agredindo outras pessoas e invadindo o campo né?? Concordo também. Esses vândalos tiveram o que merecerem.

    2. William, meu nobre, há diversos cursos de alfabetização gratuitos à disposição. Inscreva-se em um deles, a língua portuguesa agradece.

  18. Parabéns pela postura, Blog do BG. Como disse em postagem anteriores, se ganha muito mais sendo ÍNTEGRO do que, apenas, sensacionalista. Bravo!

  19. O Editorial sustenta que não se deve condenar alguém por um ato errado porque este já praticou e pratica muitos atos corretos. Felizmente esta concepção não é aceita por nenhum sistema jurídico de qualquer país neste globo terrestre.

    Como está escrito "posso estar errado" você será perdoado, pois inegavelmente está.

  20. A polícia tá lá prá manter a ordem, se o cidadão deixa de ser civilizado, cabe a polícia agir com rigor. PARABÉNS a PM/RN.

  21. Faz o seguinte, Borges, Tú que és trigo, se separe do joio e facilite o trabalho da polícia, e tem mais se na sua metáfora, joio é vândalo ou coisa parecida e trigo é cidadão de bem, eu digo assim: quem anda com o joio, joio se torna. Guie seus passos e seja senhor do seu destino!!!

  22. Da mesma maneira que nem todo torcedor é vândalo, nem todo policial está preparado para vestir a farda, principalmente de uma tropa de elite como o BOPE. Que os policiais despreparados e truculentos sejam identificados e punidos.

  23. Quem estava lá próximo a uma das saídas viu a torcida do ABC quebrar as cadeiras e depois sairam quebrando tudo que viam pela frente, agrediram pessoas, inclusive vendedores, foram no banheiro pra arrancar peças mas a polícia conseguiu dispersar. Depois da saída se armaram com garrafas de vidro e pedras e tentaram voltar pro estádio e arremessavam nos policiais que tiveram que reagir, uma verdadeira guerra. Entre um confronto e outro alguns vândalos passavam e xingavam os policiais e corriam pra perto ee familiares, mulheres colocavam crianças na frente como escudo para proteger os vândalos. Uma situação muito complicada de lidar e se houve excessos é muito fácil mostrar somente partes de vídeos sem contexto. Quem faz isso é tão criminoso quanto quem promoveu a guerra de ontem.

  24. Se as duas torcidas tivessem se encontrado ( como foi o que a ação da polícia evitou) agora estaria sendo crucificada por não conseguir evitar o confronto , e aí sim teríamos pessoas machucadas de verdade, sábias palavras, sempre há o que se corrigir.

  25. Parabéns, BG. Inclusive se tem muito mais elogios a fazer do que críticas a atuação da nossa polícia. Bravos guerreiros.

  26. A PM agiu corretamente contra os brandidos transvestidos de torcedores, pois se a mesma não tomasse essas medidas enérgicas, hoje estaria sendo criticada pelo descaso. Torcedor de futebol só apanha da polícia quando está fazendo baderna ou depredando o bem publico ou privado. Parabéns aos guerreiros do BO Choque que empregaram a força no momento certo e na intensidade certa.

  27. Parabéns pela postura.
    Criminalizar policial por tudo e qualquer coisa virou mania da última década. Quem não quer sentir a mão pesada da ordem, seja fiel a ela.

  28. Tem que baixar o pau neste safados, desfacados de torcedor. Por isto e outras, que os estádios. Estao a cada dia mais vazios. Policia é para respeitar e moralizar. Parabens as policias.

  29. A polícia e a maioria dos policiais não merecem ser crucificados. Mas os integrantes do BPChoque merecem ser punidos pela truculência e despreparo para lidar com multidões. Não sabem separar o joio (vândalos) do trigo (99% dos torcedores). Colocam todos na vala comum dos irresponsáveis. Crianças, pais, jovens, idosos. Ontem, muitos destes, não escaparam das balas de borracha, porradas de cassetetes e spray de pimenta. Os vídeos e relatos pelo zap e redes sociais impressiona . Isso revolta e afasta as famílias dos estádios. Espero que as direções dos clubes representem ao MP pra investigar e defendam seus fãs. Também aguardo que o Governo do Estado e a cúpula da segurança tomem as medidas legais cabíveis. O que ocorreu ontem na Arena, o sofrimento de inocentes na mão de truculentos armados é inadmissível!

    1. Ao Sr Borges, a polícia não vai pra rua violentar o cidadão de bem, mas sim protegê-lo, nada de mal teria ocorrido, se pessoas ruins(eufemismo) não estivessem lá, faço uma proposta ao Sr, estude, faça e seja aprovado em concurso público para PM, daí o Sr coloca em prática suas ideias, emitir opiniões sobre a profissão (sacerdócio) alheio, é muito fácil, quero ver fazer diferente…confesso que fiquei surpreso com a postura do blog, isso significa que ainda existe, pelo menos uma pessoa, da imprensa, que merece credibilidade…meu respeito e apoio ao jornalista BRUNO GIOVANNI!!!

    2. De ideia pro MP também, de quando houver jogo em estádio particular não chamar o choque , já que são tão trucolentos ou o Bope, logo porque o dever institucional da pm não é dar segurança em jogo de futebol , e sim nas ruas , já que o choque é Bope não pode fazer nada então que não vá

    3. Mais um comentarista anti PM. Amigo, que tal se a PM não for utilizada para dar segurança nos estádios de futebol e deixar essa tarefa a cargo de seguranças particulares? Afinal, o evento não é entre clubes de futebol, associações de cunho privado, que auferem lucro com tais espetáculos? Vc se sentiria mais à vontade, mais seguro? Por que não luta por isso?

  30. Parabéns aos policiais que eu vi escoltarem um família inteira que passaram caracterizada, no meio da torcida rival, onde estavam sendo intimidada, e tbm por terem dispersados torcedores afoitos que jogavam garrafas e rojões em outros torcedores e na própria polícia.
    Pela paz e pela ordem sempre bravos policiais.

  31. Não tem como a pm identificar quem é quem no tumulto.
    Se tem um culpado são os baderneiros que começaram a depredar o estádio, estes sim tem que ser punidos.

  32. A culpa é somente dos torcedores que criaram o tumulto, infelizmente alguns inocentes ficaram no meio, na hora a polícia não consegue identificar, o que é uma pena, se todos tivessem ficado em paz isso não aconteceria.

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Finanças

Natal e grande Natal. Táxi demais para gente de menos

Tribuna do Norte:

Existe um táxi para cada 570 moradores de Natal e região metropolitana, cujo total de habitantes é de 1.351.004 pessoas, de acordo com o Censo 2010. A quantidade de táxis circulando hoje é dobro do previsto em lei, que seria um veículo licenciado para cada grupo de mil habitantes.

O número de veículos licenciados oficialmente em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Extremoz e Maxaranguape, é de 2.662 carros. O que seria suficiente para atender o dobro da população destes municípios, além de Ceará-Mirim, Vera Cruz, Monte Alegre e Nísia Floresta, que completam a dezena que forma a região metropolitana.

Para um dos integrantes do Parlamento Comum da Região Metropolitana de Natal, o vereador George Câmara, a distribuição de placas de táxi “ocorreu como uma torneira aberta descontroladamente num passado não muito distante”. Para ele, é mais do que evidente a troca de benefícios políticos pela concessão de táxis em quase todas as cidades listadas.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Brunão, esse é um problema de décadas e não é somente da Grande Natal. É do estado todo. Carros – na maioria das vezes em péssimo estado de conservação – fantasiados de taxis, fazem lotação e trafegam diariamente para Natal, sem segurança nem direitos para os usuários, como também sem pagar tributos. O governo do estado ainda pensa em legalizar esse tipo de transporte. É igual a solução do cara traido no sofá da sala: tira o sofá.

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