Polícia

FOTO: Baloeiros invadem o Galeão e trocam tiros com policiais atrás de artefato que poderia ter causado ‘acidente aéreo de proporções gigantescas’

Foto: Divulgação / Polícia Federal

Um grupo de baloeiros armados invadiu o Aeroporto Internacional do Galeão no fim da noite desta segunda-feira, por volta das 23h, com carros e motos atrás de um balão de cerca de 18 metros que caiu na pista e, de acordo com a Polícia Federal, poderia ter causado um acidente aéreo “de proporções gigantescas”. Além do risco de uma tragédia, os criminosos, que buscavam o artefato que entre as quadrilhas valia um prêmio de R$ 5 mil, ainda trocaram tiros com os policiais. Dois foram presos e o restante do grupo conseguiu fugir num barco.

A ação, conta a PF, foi notada quando policiais de plantão no Galeão receberam a informação da invasão e detectaram a movimentação dos bandidos nas câmeras de segurança do aeroporto. Os baloeiros chegaram a trocar tiros com os policiais, antes de dois deles serem presos. De acordo com a dupla, o bando estava em busca do artefato chamado entre eles de “balão painel”. Segundo os investigadores, tratava-se de um balão disputado entre grupos de baloeiros, sob a recompensa de R$ 5 mil e até um troféu para quem conseguisse resgatá-lo “a qualquer custo”. Fotos divulgadas pela PF mostram o artefato caído sob a pista do aeroporto.

“A ousadia destas pessoas foi tamanha que além dos vários veículos que invadiram o Aeroporto Internacional, os marginais utilizaram na fuga, inclusive uma embarcação marítima que conseguiu, após trocar tiros com os policiais civis e federais, escapar pela Baía de Guanabara”, conta trecho da nota divulgada pela Polícia Federal.

Em nota, a concessionária RIOGaleão afirmou que as atividades não foram afetadas, e que colabora com as autoridades sobre o incidente. O comunicado, ao contrário das versões das polícias Civil e Federal, diz que a invasão foi impedida:

“O RIOgaleão esclarece que, ontem à noite (20/07), uma ação coordenada entre a segurança da concessionária e os órgãos públicos de segurança impediu a invasão de um grupo de pessoas ao sítio aeroportuário. Duas pessoas foram presas ao tentar entrar em área restrita sem autorização. O RIOgaleão ressalta que colabora com as investigações da Polícia e que já forneceu imagens das câmeras de segurança para apuração do caso. A operação do Aeroporto Internacional Tom Jobim não foi afetada”.

‘Consequências imprevisíveis’

Para Moacyr Duarte, especialista em análise e gerenciamento de riscos, os riscos eram grandes e com consequências imprevisíveis, e houve atraso na resposta da polícia, que, a partir desta ação, deve passar atentar-se melhor para este tipo de situação, principalmente neste momento, temporada em que estas gangues mais atuam.

– O balão é proibido, entre outros motivos, porque ele afeta o tráfego aéreo. Isso todos nós já sabemos. O que não sabíamos é que os baloeiros conseguiriam invadir pistas de aeroporto. Todas as instalações ou indústrias localizadas em áreas grandes devem também pôr as barbas de molho agora: com esse cenário, se eles invadiram um aeroporto, qual área não invadirão atrás de um balão? – questionou.

O pesquisador surpreendeu-se com a ousadia dos criminosos, que entraram com carro e morto e conseguiram fugir ainda numa embarcação.

– Os baloeiros entraram de carro e moto, ostensivamente, então o sistema de identificação via câmera e o sincronismo de resposta efetivamente foi algo que tardou. Segundo a polícia, eles já tinham entrado quando foram notados, então eles arrombaram alguma entrada ou entraram por algum ponto descoberto, o que eu acho difícil num ambiente tão controlado. Eles tiveram tempo para efetivar a ação – disse. – Me chamou muita atenção também eles fugindo de barco. A área de proteção marítima ali do Galeão é enorme, e não ter uma resposta com meio prático… é tudo muito estranho.

Duarte falou também sobre os riscos da invasão: grandes e de consequência imprevisíveis.

– Quanto à intervenção deles naquele ambiente, poderia fazer, dependendo da posição deles ou do balão, com que um avião arremetesse, por exemplo, ou que até mesmo transformasse um pouso tranquilo num pouso de emergência com consequências imprevisíveis. Naquela troca de tiros, pilotos estrangeiros poderiam achar até que tratava-se de uma ação terrorista.

– A impressão que eu tenho é que o estado de alerta da defesa não era proporcional ao que de fato aconteceu: e proporcional ao que eles acham que pode acontecer. Como esse cenário dessa invasão é completamente estapafúrdio, isso não devia estar no radar deles. Espero que daqui para frente, principalmente nesta época do ano, temporada de baloeiros, eles façam agora um plano de emergência, contingência: monitorem de fato quando um balão tem potencial de chegar à área. Caso aconteça, que já cerquem-se as entradas, para evitar invasões – concluiu.

Após as formalidades na Delegacia do Aeroporto Internacional, os presos foram autuados no artigo 42, da Lei de Crimes Ambientais, Artigo 261 (expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea) e associação criminosa. Não há fiança. Eles foram encaminhados à Seap, onde ficarão à disposição da Justiça.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Ainda tem seguidor de um cara que acha que o Brasil vai ficar mais tranquilo quando cada cidadão tiver com uma pistola na mão. Os policiais vão correr risco de vida a cada abordagem ou atendimento de ocorrência.

    1. Quanta asneira! Entraram armados e segundo você, deveriam ser combatidos com flores? Surreal!

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Diversos

Após devolução de aeroporto da Grande Natal, governo já prevê relicitação do Galeão em 2023, destaca O Globo

Aeroporto do Galeão Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo

O grupo argentino Inframérica entrou nesta quinta-feira com pedido para devolver a concessão do aeroporto de Natal, em São Gonçalo do Amarante (RN), à União. Primeiro terminal integralmente concedido à iniciativa privada, em 2011, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, ele será relicitado pelo governo federal.

O secretário de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzmann, admitiu ao GLOBO que também acendeu a luz amarela para o aeroporto do Galeão.

A partir de 2023, a concessionária RIOgaleão terá que voltar a pagar a parcela anual do contrato no valor de R$ 1 bilhão, e pode não ter receita suficiente porque o volume de passageiros está aquém do projetado.

A situação está sob controle porque a RIOgaleão foi beneficiada com o reperfilamento das outorgas em dezembro de 2017. O contrato de concessão é de 2014, válido por 25 anos.

– O Galeão é o que mais nos preocupa. É luz amarela – disse o secretário, acrescentando que o governo tem conversado com a operadora Changi Airports Internacional, sócia no consórcio, sobre o futuro da concessão.

Ele afirmou que o governo já trabalha com a possibilidade de relicitar o Galeão a partir de 2023. Contudo, isso vai depender da reação da economia, sobretudo da local, e dos efeitos na receita do aeroporto. Segundo o secretário, o volume de passageiros por ano é de 16 milhões, abaixo do movimento considerado necessário, que seria de 20 milhões.

Outro aeroporto que vai entrar na lista das relicitações em breve é Viracopos, em Campinas (SP), conforme foi acordado na assembleia de credores no fim do plano de recuperação judicial.

A situação em que se encontram esses aeroportos revela erros na modelagem inicial das concessões, como outorga fixa, por exemplo, independentemente da evolução das receitas, agravados pela recessão econômica e pelo envolvimento das empreiteiras dos consórcios da operação Lava Jato.

Elas viram o crédito secar por causa das suspeitas de irregularidade, ainda no andamento das obras.

Segundo o secretário da SAC, o pedido da Inframérica já era esperado porque o contrato de concessão, celebrado em 2011, tem condições “muito ruins”.

Ele lembrou que a concessionária assumiu, na ocasião, a torre de controle que é deficitária. Além disso, as tarifas de embarque estão defasadas e o contrato não permite ajuste nos valores.

Na relicitação, a torre deverá ser repassada à Aeronáutica e o contrato de concessão será reformulado. A previsão é que o novo leilão seja realizado até agosto de 2021, disse Glanzmann.

– O contrato é ruim, mas o aeroporto é bom ativo, tem potencial para expandir as operações por conta do turismo e pode se transformar num importante hub (centro de distribuição de rotas) do Nordeste — destacou o secretário.

No pedido protocolado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Inframérica – que administra também o aeroporto de Brasília – alegou que as receitas estimadas pelo governo no estudos de viabilidade econômica sobre projeções para o movimento não se confirmaram e pede uma indenização de R$ 700 milhões pelos investimentos realizados.

A previsão era de um movimento de 4,3 milhões de passageiros em 2019. No entanto, o fluxo registrado foi de 2,3 milhões, pouco mais da metade do que previsto. Além disso, as tarifas de embarque e de navegação aérea no aeroporto de Natal estão defasadas, em relação aos demais terminais privatizados do país.

– O governo frisa que os estudos são feitos para referências e não podem ser usados de forma vinculante, para fim de apresentação de oferta pelo ativo. No caso de Natal, não houve quebra de contrato pelas partes. Existe a prerrogativa legal para devolver o ativo, e não é má ideia para o próprio governo. Ele poderá relicitar o aeroporto com nova medelagem — diz Fabio Falkenburguer, sócio do escritório Machado Meyer.

Segundo Glanzmann, da SAC, sem conseguir mexer no contrato, a melhor solução é mesmo a devolução amigável, um mecanismo criado exatamente para resolver o problema dos contratos antigos e, ao mesmo tempo, assegurar a continuidade da prestação do serviço para os usuários.

A indenização nesses processos é arcada pelo novo operador, sem qualquer desembolso da União. Outra alternativa, declarar a caducidade da concessão seria pouco eficaz e demorado por conta de disputas judiciais.

Para Renato Sucupira, da BF Capital, a sinalização é positiva para o investidor:

– O governo não tem de dar reequilíbrio a contratos, mudar a regra do jogo. Mostra que o contrato está valendo, que há seriedade na lógica do leilão.

Também foram concedidos nos mesmos moldes os aeroportos de Belo Horizonte, em Confins e de Guarulhos-SP. Mas a avaliação do governo é que eles estão bem, por enquanto. Com a crise na economia entre 2015 e 2016, todos atrasaram o cronograma de outorgas. Agora, estão em dia, mas o fluxo de receitas é muito apertado, reforçou uma fonte ligada aos operadores.

Já os aeroportos concedidos a partir da quarta rodada adotam um novo modelo de concessão, com outorga variável e uma parte do pagamento à vista, o que reduz o risco da concessão. A sexta etapa está prevista para dezembro, quando serão leiloados 22 terminais em blocos, puxados por Curitiba, Goiânia e Manaus.

A relicitação do aeroporto de Natal precisa passar pelo Ministério da Infraestrutura, mas conta com o apoio da SAC, e pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Procurada, a RioGaleão, que administra o aeroporto do Rio, informou que está em dia com as obrigações contratuais e que está otimista com as estimativas para a economia nos próximos anos.

“Apesar dos últimos anos terem sido bastante desafiadores para a economia brasileira, estamos otimistas com o cenário de reformas e perspectiva econômica para os próximos anos. Estamos absolutamente em dia com nossas obrigações contratuais e, inclusive, antecipamos os pagamentos de nossa outorga, nosso próximo compromisso ocorrerá apenas em 2023.”

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Kkkkk… Não existe este citado "aquém", pois sejamos realistas: quem acredita que o movimento do aeroporto foi superdimensionado no ato da assinatura contratual?? Na verdade, as empresas trabalham sempre com números bem abaixo, pois fazem estudos prévios!!

    Até enganam alguns, mas deveria achar melhores argumentos!!

    Imaginemos um empresário que vai licitar algum contrato sobre o número de passageiros de ônibus em Natal, na frieza dos cálculos e vislumbrando sempre lucrar, é mais fácil ele apostar que o movimento mensal em determinada linha de ônibus seja de 50 passageiros, a apostar que sejam de 3000. Isso é lógico demais!!

  2. Como sempre a conta vai sobrar para o povo pagar, e ainda tem gente que quer a volta de um desgoverno desta qualidade. O legado que ficou está vindo de ré….

  3. Mas a privatização não é a solução?
    Estado mínimo!
    O problema é da gestão, seja ela pública ou privada.

    1. Melhor é gastar com o que não é prioridade, faltando segurança, presídio, escolas , hospitais equipados, creches, porto, ferrovias, O governo luladrão optou por arena das dunas, e num aeroporto , já tendo um que atendia às nescessidades. Agora era um governo que tinha "articulações'. Bandidos

    2. Onde Dilma botou a mão, acabou com tudo, andou pra trás, destruiu, ô mulher amaldiçoada, o governo dela só fez m…

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Diversos

Avianca vai acabar com operação no Galeão em abril; ao todo, serão canceladas 21 rotas, inclusive, Natal-RN

Foto: Gabriel Monteiro

A Avianca Brasil, que está em recuperação judicial desde dezembro, informou nesta terça-feira que vai cancelar suas operações no Galeão, no Rio, a partir de abril. A empresa também vai fechar suas bases em Belém e Petrolina e cancelar mais voos em outras cidades. Ao todo, serão canceladas 21 rotas, das quais nove ligam o aeroporto carioca a outros municípios brasileiros. Os passageiros que já haviam comprado bilhetes para qualquer uma dessas rotas poderão optar por serem reembolsados ou realocados em voos de outras companhias.

A empresa não informou a data que deixará de voar a partir do Galeão ou das demais cidades. Informou apenas que as partidas serão descontinuadas ao longo do mês que vem. Entre os destinos que deixarão de ser atendidos pela Avianca a partir do terminal carioca estão Fortaleza, Porto Alegre, Natal e Brasília. De Belém, a Avianca voava apenas para Guarulhos (SP). De Petrolina, os destinos atendidos eram Recife e Salvador.

Outras rotas que deixarão de ser operadas pela empresa são as que ligam Salvador a Maceió, Aracaju, Recife e Bogotá. Mas a empresa manterá ativa sua base na capital baiana. A partir de 1º de abril, a Avianca também deixará de voar para Nova York, Miami e Santiago. O encerramento desses três voos, que partem de Guarulhos, já havia sido anunciado pela companhia em fevereiro.

Com a decisão, a Avianca vai manter apenas 32 rotas e atender 23 destinos, com uma frota de 26 aviões. “A Avianca Brasil informa que as 32 rotas remanescentes são estratégicas e continuam a ser operadas normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto. Para os passageiros com bilhetes emitidos para os destinos que deixam de ser atendidos, a empresa informa que cumprirá a resolução 400 da Anac”, diz a empresa em nota.

A resolução prevê que, em caso de cancelamento de voos, a companhia aérea reembolse o passageiro ou o aloque em voo de empresas parceiras. Mais informações sobre cancelamento estão disponíveis no link https://www.avianca.com.br/-/noticias-sobre-a-avianca-brasil-na-impren-1

A Avianca trava uma queda de braço com as empresas de leasing (arrendamento de aviões) e terá uma semana decisiva para acertar uma saída para esses credores, a quem deve milhões de reais. Está prevista para sexta-feira a assembleia de credores, que vai analisar o plano de recuperação judicial da companhia.

A Azul, terceira maior empresa brasileira do setor, negocia a compra de parte das operações da Avianca e já concordou em adiantar um aporte milionário à empresa para viabilizar suas operações, enquanto ambas conversam sobre a aquisição.

O Globo

 

Opinião dos leitores

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Geral

Aeroporto do Galeão é arrematado por R$ 19 bi e Confins por R$ 1,8 bi

LEILÃO DE CONCESSÃO DOS AEROPORTOS GALEÃO E CONFINS NA BMF&BOVESPA.O consórcio formado pela Odebrecht e a operadora de aeroportos Changi, de Cingapura, representado pela corretora Santander, apresentou a melhor oferta pelo terminal do Galeão (RJ), R$ 19,018 bilhões, e venceu o leilão nesta sexta-feira (22). A proposta representa um ágio de quase 300% sobre o lance mínimo definido pelo governo (R$ 4,82 bilhões) e não teve nehum participante que cobrisse a oferta.

Já o consórcio AeroBrasil que inclui a CCR fez a melhor oferta pelo aeroporto de Confins (MG) e venceu o leilão com a proposta de R$ 1,820 bilhões. Com os dois aeroportos, o governo arrecadou R$ 20,838 bilhões.

A apresentação dos lances escritos no leilão terminou por volta das 10h40. Foram feitos cinco lances para os direitos de ampliação, manutenção e exploração do aeroporto carioca e três para o mineiro. As melhores propostas continuaram na etapa de viva voz.

Concessão

Os dois aeroportos movimentam 14% do total de passageiros do País, 10% da carga e 12% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro.

O prazo de concessão para o aeroporto do Galeão (RJ) será de 25 anos, podendo ser prorrogado uma vez, por mais cinco anos.  O lance mínimo era de R$ 4,82 bilhões e a estimativa de investimentos é de R$ 5,7 bilhões.

O terminal movimenta, por ano, cerca de 17,5 milhões de passageiros. A expectativa da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) é de que 60 milhões de passageiros utilizem o aeroporto em 2038, ano em que acaba a concessão.

Já o vencedor do lance pela administração de Confins investirá, pelo menos, R$ 3,5 bilhões no aeroporto, que tinha lance mínimo de R$ 1,322 bilhão. O prazo de concessão será de 30 anos, também com possibilidade de prorrogação por mais cinco anos. Atualmente, o movimento é de 10,4 milhões de passageiros por ano, e ao fim da concessão, a expectativa é que 43 milhões de passageiros utilizem o terminal anualmente.

Em fevereiro de 2012, o governo realizou a licitação dos aeroportos de Viracopos (SP), Guarulhos (SP) e Brasília (DF). A arrecadação foi de R$ 24,5 bilhões com as concessões.

R7

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