Política

CPI: Pazuello cita recursos da União disponibilizados para estados e municípios e diz que decisão do STF limitou ações do Governo

Foto: CNN Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia ouve agora o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, uma das oitivas mais aguardadas da CPI.

Contando o período em que ficou de forma interina à frente do Ministério da Saúde, ele foi o ministro que por mais tempo coordenou os esforços do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus, entre maio de 2020 e março de 2021.

Originalmente, o depoimento de Pazuello estava marcado para 5 de maio, mas acabou transferido para esta quarta depois que o general da ativa do Exército Brasileiro afirmou ter entrado em contato com duas pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

Pazuello é o primeiro convocado pela CPI a contar com o benefício de poder ficar em silêncio quando for questionado pelos senadores se entender que há o risco de autoincriminação, medida concedida pelo ministro do Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Resumo da CPI da Pandemia:

Pazuello diz que não teve passagem adequada de funções

Em sua declaração inicial à CPI, antes dos questionamentos do relator Renan Calheiros (MDB-AL), o ex-ministro relembrou seu histórico à frente da Operação Acolhida, em Roraima, e destacou que um de seus principais desafios foi o fato de não ter havido uma transição, de fato, quando ele assumiu a pasta.

“Relembro que minha função inicial seria de secretário-executivo e os [15] oficiais [do Exército] para cargos administrativos e logísticos. Com a saída repentina do ministro Teich, passei a responder de forma interina, por força do cargo de secretário-executivo até setembro de 2020, quando fui efetivado Ministro de Estado da Saúde”, afirmou.

“O primeiro desafio que encontramos foi de mantermos e aprimorarmos as funções do ministério, considerando que praticamente não houve a passagem de funções de forma adequada”, continuou.

Primeira oitiva sem questões de ordem

O depoimento de Pazuello foi o primeiro a começar na CPI da Pandemia sem que os senadores apresentassem questões de ordem, que costumam atrasar o início da sessão.

Por volta das 9h15 desta quarta, após aprovação simbólica da ata do dia anterior, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), convocou o ex-ministro para o início do depoimento.

“A estratégia de testagem foi um dos pilares do combate à pandemia.”

“Fomos pessoalmente à maioria dos estados da federação e lá nos dirigimos ao povo e destacamos as ações preventivas”

“A União disponibiliza recursos para que estados e municípios executem as ações de saúde. A decisão do STF em abril de 2020 limitou ainda mais essas ações […]. O gestor pleno do SUS é o secretário municipal de Saúde”.

Em sua fala inicial, Pazuello diz que está agradecido à CPI pela oportunidade de “esclarece a verdade” sobre a pandemia. Ele também presta solidariedade às vítimas da Covid.

Ex-ministro afirma que “quem está sentado aqui hoje é um homem comum”, conta sobre seus pais e resume sua carreira no Exército. Pazuello, por fim, relata como entrou no Ministério da Saúde.

Com CNN Brasil e G1

 

Opinião dos leitores

  1. Muito bom general, mais uma narrativa que vai afundar por si só…Mostre p/esses corruptos como se trata o serviço público com seriedade e sem politicagem!!!!

  2. A mesma ladainha!
    O ex ministro mentiu ou não leu a decisão do STF! Isso já foi explicado inúmeras vezes, mas parece que tem gente que faz questão de não compreender!

  3. Bolsonaro: – Não vai comprar vacina e ponto final.
    Pazuello: – Um manda e outro obedece.

    Cara de pau.

  4. Já começou mentindo , pra variar! O STF decidiu o que a Constituição já preconiza: a responsabilidade na saúde é CONCORRENTE! Talvez o MINTO e esse general cagão não saibam o que é isso né?! E existe também uma lei sancionada pelo presidente inepto em fevereiro de 2020 (Lei 13.979/2020) que preconiza em seu §3º que a autoridade, dentro de sua competência, poderá adotar, entre outras, as seguintes medidas: (Redação dada pela Lei nº 14.035, de 2020)

    I – isolamento;

    II – quarentena;

    III – determinação de realização compulsória de:

    a) exames médicos;

    b) testes laboratoriais;

    c) coleta de amostras clínicas;

    d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou

    e) tratamentos médicos específicos;

    III-A – uso obrigatório de máscaras de proteção individual; (Incluído pela Lei nº 14.019, de 2020)

    IV – estudo ou investigação epidemiológica;

    1. O mundo tá muito chato ultimamente por causa de pessoas como vc! O que só vive a vida para reclamar, mas esse que vive a reclamar não faz nada para ser diferente do que ele branda… Cuida da tua vida Mané e faz algo para ajudar ao invés de ficar o dia todo aqui reclamando do governo A, B ou C.

    2. Pela lógica do Antônio Carlos, o governo pode errar a vontade, fazer o que quiser e não pode ser criticado. Se você acha que isso é uma chatice te aconselho se mudar para a Coréia do Norte. Lá é tudo maravilhoso e ai de quem discordar.

    3. Tá bom Antônio! Antes de eu parar de reclamar e “cuidar” dos governos, dê o exemplo e pare de reclamar de meus comentários e de “cuidar” da vida dos outros, talkei!

    4. So sei que a responsabilidade pelo genocidio sao dos governadores que nao aplicaram os recursos enviados pela uniao. So SP que fez isolamento, quarentena e outras supostas ciencias nao testadas, foi responsavel sozinho pelo genocidio de 25% do total… fique em casa dizia Joao Doria!!!! Mais de 100 mil morreram nas maos deste governador.. e aqui, disseram que vagas de hospital era igual a enxugar gelo, e adotaram o suco de laranja com dipirona como pratica. Mas manoel deve ter alguma fixacao reprimida pelo bolsonaro.. pq so consegue ver ele…

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Judiciário

Juíza dá prazo de 2 dias para Álvaro Dias se manifestar sobre liminar contra decreto que limitou atos políticos em Natal

Foto: Reprodução

A juíza eleitoral Hadja Rayanne determinou que o prefeito de Natal, Álvaro Dias, se manifeste nas próximas 48 horas sobre a liminar pedida pelos partidos PSB, PSOL e Solidariedade contra o decreto que limitou a realização de comícios, carreatas e atos de campanha eleitoral. LEIA MAIS AQUI no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Proibir carreata do psol, deve ser pegadinha, deve ter no máximo 2 carros 1 bicicleta 1 carroça e 1 carro de mão kkkkk

  2. Estamos vendo com o que os candidatos a prefeitura de Natal estão preocupados. No Domingo o Candidato Kelps estava fazendo uma carreata na ZN, onde ele estava cumprimentando a população sem o uso da máscara! Aí o prefeito vai e proibi essas manifestações para evitar esses descuidados com a pandemia, e os adversários se revoltam. E aí ? Eles estão preocupados com o que ? Em vencer as eleições ou proteger a população da covid 19?

    1. Oficialize regras de abordagem, mas proibir é ato autoritário e de quem pode esta usando a lei em benefício próprio.

  3. Posição injusta desse decreto, não tenho familiaridade com os partidos que entraram com a ação, mas a democracia saudável não pode ser limitada.

  4. Sr. Prefeito, está na hora do comércio rua ter o horário de fechamento reestabelecido. Não é fechando o comércio ás 17:00 que vamos salvar vidas. Salvaremos vidas aumentando a oferta de ônibus para população. O comércio está sofrendo muito com baixa demanda e com horários reduzidos.

    1. Concordo totalmente! As restrições de horário para o comércio não fazem o menor sentido.

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