Diversos

Neymar acusa Nike de mentir sobre suposto caso de assédio sexual e diz que não pôde se defender

Foto: Charles Platiau – 09.dez.2020 / Reuters

O jogador Neymar manifestou-se em suas redes sociais sobre a informação de que a Nike encerrou seu contrato em 2020 porque ele teria se recusado a cooperar com uma investigação sobre acusações de agressão sexual feitas contra ele por uma funcionária da empresa.

Neymar afirma que o contrato foi encerrado por razões comerciais. Em publicação no Instagram, o atacante do Paris Saint-Germain acusou a Nike de “distorcer uma relação comercial” e de mentir sobre o que motivou o encerramento do contrato.

“Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras. Não deixam dúvidas!”, publicou.

Ele explica que sempre foi orientado a não comentar seus contratos por serem sigilosos e que a empresa esportiva contrariou esta regra. “Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação isso é absurdo, mentiroso. Mais uma vez sou advertido que não posso comentar em público. Indignado vou obedecer!”

A Nike, maior fabricante de material esportivo do mundo, disse em uma nota enviada à CNN que considera as alegações sobre um incidente em 2016 críveis, mas que uma investigação independente sobre o caso não foi conclusiva.

A Nike e Neymar se pronunciaram após reportagem do Wall Street Journal revelar as alegações da empresa. Até então, a empresa não havia se posicionado publicamente sobre o encerramento do contrato com o jogador – que tinha duração de 15 anos e foi rompido ainda com 8 anos restantes.

Segundo a empresa, o caso foi relatado oficialmente em 2018 em um fórum interno, mas só foi investigado a partir de 2019 para respeitar a vontade da funcionária.

Em sua publicação no Instagram, Neymar enumera uma série de contatos com representantes da empresa em compromissos e diz que nada soube sobre a alegada denúncia.

“A matéria do WSJ é muito clara. Em 2016 parece que já sabiam desse acontecimento. Eu não sabia! Em 2017 viajei novamente para os EUA para campanha publicitária, com as mesmas pessoas, nada me contaram, nada mudou! Em 2017, 2018, 2019 fizemos viagens, campanhas, inúmeras sessões de gravação. E nada me contaram.”

“Não me deram a oportunidade de me defender. Não me deram a oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido”, escreveu.

Em nota ao jornal, a assessoria do jogador afirmou que o contrato com a Nike foi encerrado por motivos comerciais. “Em relação às acusações não há nada a acrescentar porque o atleta Neymar, ao longo desses cinco anos, nunca foi diretamente acusado e processado pela funcionária da Nike. Em relação às declarações da Nike, prestadas de forma indevida e irresponsável pela Conselheira-Geral da Companhia Hilary Krane, sobre o suposto motivo de rompimento do contrato com o atleta Neymar Jr., é importante esclarecer que os reais e verdadeiros fatos são totalmente dissociados da afirmação prestada.”

Veja a íntegra da nota da Nike à CNN:

A Nike ficou profundamente perturbada com as alegações de agressão sexual feitas por uma de nossas próprias funcionárias contra Neymar Jr. O suposto incidente ocorreu em 2016 e foi oficialmente relatado à Nike em 2018. A funcionária se apresentou para compartilhar sua experiência em um fórum criado pela liderança da Nike para proporcionar um ambiente seguro no qual ex e atuais funcionários possam compartilhar confidencialmente suas experiências e preocupações. Desde o início, tratamos as alegações da funcionária e sua experiência com grande seriedade.

Quando a funcionária transmitiu suas alegações pela primeira vez à liderança da Nike em 2018, ela o fez com garantias de confidencialidade. Enquanto a Nike estava preparada e pronta para investigar naquele momento, a Nike respeitou o desejo inicial da funcionária de manter o assunto confidencial e evitar uma investigação. Como seu empregador, tínhamos a responsabilidade de respeitar sua privacidade e não acreditávamos que fosse apropriado compartilhar essas informações com as autoridades policiais ou terceiros sem o consentimento da funcionária.

Em 2019, quando a funcionária posteriormente manifestou interesse em prosseguir com o assunto, agimos imediatamente. A Nike encomendou uma investigação independente e contratou um advogado independente para a funcionária, escolhido por ela e custeado pela empresa.

A investigação foi inconclusiva. Nenhum conjunto de fatos emergiu que nos permitiria falar substantivamente sobre o assunto. Não seria apropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer os fatos de apoio. A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar de boa-fé com uma investigação de alegações críveis de irregularidades feitas por uma funcionária.

Continuamos a respeitar a confidencialidade da funcionária e também reconhecemos que esta tem sido uma experiência longa e difícil para ela.

Leia a íntegra do posicionamento da assessoria de Neymar:

Considerando a notícia veiculada na mídia que revela a existência de uma acusação de uma funcionária da Nike de um suposto assédio que teria sofrido em 2016 do Atleta Neymar Jr., oportunamente relatada para a Companhia, que, segundo a reportagem, não adotou providências oportunas, são necessários alguns esclarecimentos.

Transcrevemos inicialmente as informações prestadas à reportagem do ‘Wall Street Jornal’:

“Neymar Jr nega essas acusações. Semelhante às alegações de agressão sexual feitas contra ele em 2019 – alegações em que as autoridades brasileiras reconheceram a sua inocência – essas alegações são falsas. Neymar Jr, se for acionado, o que nunca aconteceu, se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados. Neymar Jr e Nike encerraram o relacionamento por motivos comerciais, o que vinha sendo discutido desde 2019, nada relacionado a esses fatos noticiados. É muito estranho um caso que supostamente teria acontecido em 2016, com alegações de um funcionário da Nike, venha à tona somente nesse momento.”

Em relação às acusações não há nada a acrescentar porque o Atleta Neymar, ao longo desses cinco anos, nunca foi diretamente acusado e processado pela funcionária da Nike.

Em relação às declarações da Nike, prestadas de forma indevida e irresponsável pela Conselheira Geral da Companhia Hilary Krane, sobre o suposto motivo de rompimento do contrato com o Atleta Neymar Jr., é importante esclarecer que os reais e verdadeiros fatos são totalmente dissociados da afirmação prestada.

Não obstante todas as inverdades relatadas, não apresentaremos, por ora, os documentos que revelam a forma de encerramento do contrato, por questões óbvias de estrito sigilo e confidencialidade, em total observância aos princípios éticos e de governança corporativa que devem nortear a conduta de uma companhia.

As medidas cabíveis já estão sendo adotadas e em breve os reais motivos poderão ser revelados e os fatos esclarecidos.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

    1. É o que acontece com quem quer aparecer mais do que seu futebol.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Ex-agente defende Neymar e acusa Nike por ‘fortuna’ em cláusula de rescisão em caso de suposto assédio divulgado 5 anos depois

Foto: Reprodução/Twitter

O empresário Wagner Ribeiro saiu em defesa de Neymar após a divulgação de um suposto caso de abuso envolvendo o jogador e uma funcionária da Nike, sua ex-fornecedora de materiais esportivos. Ribeiro era agente do jogador na época que o caso teria acontecido.

Através de suas redes sociais, ele também acusa a empresa de ter criado propositalmente uma “história maquiavélica” para justificar o rompimento de contrato com Neymar no ano passado.

“A Nike queria romper o contrato com Neymar. A cláusula de rescisão era uma fortuna e a Nike estava com déficit absurdo em 2020. A Nike coloca uma funcionária da Empresa numa história maquiavélica de assédio sexual. A Nike resolve noticiar depois de 5 anos”, escreveu Ribeiro em sua conta oficial do Twitter.

O atacante brasileiro teve o seu contrato com a Nike rompido em 2020, oito anos antes do término previsto. O “Wall Street Journal” divulgou na última quinta-feira uma investigação inconclusiva de denúncia de abuso sexual de uma funcionária da própria empresa contra o jogador, que teria motivado o fim do vínculo.

Segundo a conselheira geral da Nike, Hilary Krane, o atleta se recusou a cooperar com a apuração do caso, que teria ocorrido em 2016, em Nova York, e levado a conhecimento da empresa em 2018. Por meio de sua assessoria, Neymar negou as acusações.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse é o mundo chato em que estamos vivendo. Jogador famoso, jovem, rico e saudável não pode mais namorar porque logo cai numaxarmadilhaxparaxlhe explorar. Bons tempos em que a “bela” mulher tentava “se aproveitar” do cara apenas recebendo mimos e usufruindo do seu dinheiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Centauro compra Nike no Brasil e será distribuidora exclusiva no País

Foto: Centauro/Divulgação

O Grupo SBF, dono da marca Centauro, anunciou a compra das operações da Nike no Brasil, em um negócio de R$ 900 milhões. Com o acordo, que exclui alguns ativos, como direitos sobre propriedade intelectual, por exemplo, a dona da Centauro se tornará a distribuidora exclusiva de produtos Nike no País, incluindo vestuário, calçados, acessórios e equipamentos.

O grupo se tornará também o varejista exclusivo de lojas físicas de produtos Nike, podendo abrir e operar lojas da marca american no território brasileiro pelo período inicial de cinco anos. E ainda será o operador direto exclusivo do canal de vendas eletrônico por um período inicial de 10 anos.

A Nike do Brasil teve receita operacional líquida de aproximadamente R$ 2 bilhões no exercício encerrado em 31 de maio de 2019. A SBF Comércio financiará parte do valor a ser desembolsado na transação e contratou o Banco Santander Brasil, o Banco Itaú BBA e o Banco Bradesco BBI para auxiliá-la na estruturação e implementação do financiamento.

Segundo a SBF, a transação está sujeita à autorização por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

As ações ON de Centauro tinham alta de 6,11% após o anúncio do negócio com a Nike do Brasil. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,78%, chegando aos 116.931 pontos.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

ERA SÓ O QUE FALTAVA: CBF notificou Penalty, Umbro, Adidas e Olympikus devido ao lançamento de camisas amarelas em clubes

Se você ligar a televisão para assistir a uma partida de futebol e se deparar com atletas vestidos de amarelo, não confunda: não é, necessariamente, a seleção quem está em campo. Mais da metade dos clubes da primeira divisão do futebol brasileiro possui uniformes desta cor.

Agora são 11 dos 20 times graças à Penalty, que acaba de apresentar camisa dupla face –amarela apenas do lado avesso – para Figueirense e São Paulo. Os patrocinados pela marca que estão na segunda divisão – Vasco, Santa Cruz e Ceará – também receberam o produto.

A Nike já tinha lançado roupas para Bahia, Corinthians, Coritiba, Internacional e Santos; a Umbro, para Atlético-PR (o modelo é azul, mas se encaixa no mesmo contexto) e Chapecoense; a Adidas, para o Palmeiras; e a Olympikus, para o Cruzeiro.

A CBF notificou extraoficialmente as concorrentes da marca americana, fornecedora de materiais esportivos da seleção, por se associarem indiretamente à equipe nacional. A entidade quer proteger os interesses dos patrocinadores dela e conseguiu resultados.

A Umbro, embora diga não ter recebido nenhuma notificação, por precaução, suspendeu as vendas das camisas amarelas. Já a Adidas, que também nega ter sido cobrada pela CBF, diz ter mantido as vendas normalmente. O primeiro lote de camisas amarelas do Palmeiras esgotou, ainda no ano passado, foi reposto neste ano e voltou a acabar. Hoje, não há como comprá-las.

Penalty e Olympikus não responderam à reportagem se as vendas dessas camisas amarelas prosseguem mesmo com a reprovação da CBF. E a Nike, claro, vende uniformes dos clubes dela sem nenhuma dor de cabeça.

Atlético-MG (Puma), Botafogo (Puma), Criciúma (Kanxa), Flamengo (Adidas), Fluminense (Adidas), Goiás (Puma), Grêmio (Topper), Sport Recife (Adidas) e Vitória (Puma) não possuem uniformes de jogo em alusão à seleção.

Fonte: Máquina do Esporte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Neymar serve de modelo e Seleção Brasileira ganha nova camisa

A Nike apresentou nesta quinta-feira, em um evento na Praia de Copacabana, a nova camisa da Seleção Brasileira. O uniforme será usado pelo time de Luiz Felipe Scolari em 2013, ano da Copa das Confederações. Neymar foi o modelo para apresentar a camisa, similar àquela divulgada por sites na internet.

img_1479

A apresentação ainda contou com a presença do presidente da CBF, José Maria Marin, além do próprio treinador do Brasil e do coordenador técnico, Carlos Alberto Parreira. Os mestres de cerimônia foram MV Bill e Nega Giza.

– É um momento especial para a Nike. Desde a África do Sul a Nike lança um uniforme a cada ano. Hoje, vamos assistir mais uma etapa dessa inovação e criatividade. Esperamos que a amarelinha seja fonte de inspiração para jogadores e torcedores – Henry Rabelo vice-presidente de marketing da Nike.

canarinhoA camisa tem uma gola polo em verde, 23% mais leve. Detalhes, como o canarinho na parte interna da gola, também chamam atenção. A camisa foi feita tendo garrafas pet como matéria prima. São 13 garrafas por camisa.

 

A estreia da camisa será na próxima quarta-feira, no amistoso contra a Inglaterra, em Londres. A roupa nova da Seleção vai fazer parte das comemorações dos 150 anos da Federação Inglesa de Futebol.

Além da camisa, cujo modelo precisou ser aprovado pela CBF, o novo técnico da Seleção sub-20, Alexandre Gallo, também foi apresentado por Marin.

A apresentação foi o pontapé inicial para a série de eventos no mesmo local, batizado pela fornecedora de material esportivo como Batalha das Quadras.

Lancepress

Foto: Felippe Costa

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *