Judiciário

Ex-governador da PB, Ricardo Coutinho, vira réu em processo de suposta propina em caixa de vinho

Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba, se torna réu em mais um processo decorrente da Operação Calvário — Foto: Divulgação/Fundação João Mangabeira

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba acusado de solicitar ou receber vantagem indevida ou promessa de vantagem enquanto chefe do executivo estadual. A denúncia foi aceita pela juíza Michelini de Oliveira Dantas Jatobá no dia 29 de junho, mas só veio a público na terça-feira (21), após juntada ao processo. A denúncia integra um dos processos decorrentes da Operação Calvário.

A defesa de Ricardo Coutinho informou que “ainda precisa ter acesso integral aos autos. O recebimento da denúncia pela juíza é insuficiente para um visão geral do processo”.

A denúncia diz respeito ao episódio em que o ex-servidor do governo do estado, Leandro Nunes Azevedo, foi ao Rio de Janeiro para, supostamente, receber quase R$ 900 mil pagos como suposta propina pela Cruz Vermelha Brasileira, que na época administrava o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O dinheiro da suposta propina teria sido entregue em uma caixa de vinho.

Ao receber a denúncia, nos termos apresentados pelo Ministério Público, a juíza determinou a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias, conforme o previsto no artigo 396 do Código de Processo Penal.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) pede, na denúncia, a condenação de Ricardo Coutinho pela infração de pelo menos dois dispositivos do Código Penal e ainda a devolução dos R$ 900 mil.

As denúncias trazem em seu conjunto probatório gravações feitas pelo ex-comandante da Cruz Vermelha, Daniel Gomes da Silva, e ainda as revelações feitas por Livânia Farias, Leandro Nunes e Michelle Lozada. A pena prevista nos crimes é de reclusão de dois a 12 anos e multa.

O ex-governador já foi alvo de outras denúncias relacionadas à operações Calvário. Ele é apontado no esquema como o chefe de uma suposta organização criminosa que teria atuado na Paraíba entre 2011 e 2018.

Neste período, teria conseguido montar e manter um esquema de poder sustentado pelo recebimento de propinas pagas por fornecedores do estado. Os recursos teriam sido usados para o financiamento de campanhas e para o enriquecimento ilícito dos supostos membros da organização, de acordo com o Ministério Público da Paraíba.

G1-PB

Opinião dos leitores

  1. Pra quem tripudiava das decisões da justiça em prol dos funcionários públicos, eis que o mesmo amarga das decisões judiciais. Já tentou à todo custo, se ver livre da tornelezeleira e não obteve êxito. É só lapada no lombo.

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Judiciário

Calvário: MP denuncia Ricardo Coutinho pela 2 ª vez e vê esquema de dossiês

Foto: Arquivo/Portal Correio

O Ministério Público da Paraíba denunciou o ex-governador Ricardo Coutinho pela 2ª vez na Operação Calvário. Os investigadores apontam que ele teria atuado na contratação de uma empresa para a confecção de dossiês contra os conselheiros do Tribunal de Contas da Paraíba.

Os investigadores dizem que a empresa Truesafety recebeu R$ 23 mil para a produção do material. A intenção do grupo do ex-governador seria evitar as ações de fiscalização do TCE-PB (protegendo o governo) nos contratos de saúde do Estado, notadamente envolvendo o HEETSHL e a CVB-RS.

A Calvário afirma ainda que Coutinho autorizou o pagamento de R$ 200 mil, mediante o desvio de recursos públicos do tesouro estadual pela ORCRIM, decorrente do contrato de gestão entre a CVB-RS e o HEETSHL, em benefício doAuditor do TCE-PB, RICHARD EULER.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. BG
    Esse ex-governador era o Maluf da Paraíba, rouba mais faz. Achava que fazendo algo ia enrolar o povo e a justiça, pena que soltaram o omi no dia seguinte a sua prisão aqui em São Gonçalo do Amarante. lá em Brasilia tudo pode.A famosa brazuca do País solta tudo que é ladrão do erário público.

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Polícia

“CALVÁRIO”: Ricardo Coutinho diz em nota que irá contribuir com a Justiça para provar ‘total inocência’

Foto: Walla Santos

O ex-governador Ricardo Coutinho emitiu uma nota nesta terça-feira (17) sobre o pedido de prisão preventiva emitido contra ele. De acordo com a nota, ele pretende contribuir com a Justiça “para provar minha total inocência”.

“Sempre estive à disposição dos órgãos de investigação e nunca criei obstáculos a qualquer tipo de apuração”, ressaltou o governador em nota.

Ele detalhou ainda que está em viagem de férias que havia sido programada previamente. “Mas estarei antecipando meu retorno para me colocar à inteira disposição da justiça brasileira para que possa lutar e provar minha inocência”, declarou.

Por não ter sido localizado durante a deflagração da Operação, o ex-governador Ricardo Coutinho é considerado foragido pela Polícia Federal.

Confira a nota:

Fui surpreendido com decisão judicial decretando minha prisão preventiva em meio a uma acusação genérica de que eu faria parte de uma suposta organização criminosa.

Com a maior serenidade digo ao povo paraibano que contribuirei com a justiça para provar minha total inocência. Sempre estive à disposição dos órgãos de investigação e nunca criei obstáculos a qualquer tipo de apuração.

Acrescento que jamais seria possível um Estado ser governado por uma associação criminosa e ter vivenciado os investimentos e avanços nas obras e políticas sociais nunca antes registrados.

Lamento que a Paraíba esteja presenciando o seu maior período de desenvolvimento e elevação da autoestima ser totalmente criminalizado.

Estou em viagem de férias previamente programada, mas estarei antecipando meu retorno para me colocar à inteira disposição da justiça brasileira para que possa lutar e provar minha inocência.

Ricardo Vieira Coutinho

Opinião dos leitores

  1. O que o corrupto fala em sua defesa quanto ao desenvolvimento do estado, é o velho jargão: "Roubei mas fiz".
    Contudo, ele retorna já já ao Brasil, basta que seus caríssimos advogados consigam negociar um habeas corpus.

  2. Não declara a data do retorno, continua foragido esse inocente, igual a luladrão. É da escola dos inocentes

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Judiciário

Operação Calvário: Grupo liderado por ex-governador Ricardo Coutinho desviou R$ 120 milhões da saúde para campanhas políticas; confira alvos

Foto: Reprodução

Novos dados da Operação Calvário foram revelados. Do valor total desviado pelo grupo investigado (R$ 134 milhões), mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018, diz a PF. A quadrilha teria ainda fraudado licitações e concursos públicos, além de ter superfaturado equipamentos, serviços e medicamentos.

“A medida cautelar ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba colaciona um extenso material probatório, todo ele apontando o investigado Ricardo Vieira Coutinho como principal líder da Organização Criminosa e responsável direto, tanto pela tomada de decisões dentro do organismos delituoso, quanto aos métodos de arrecadação de propina, sua divisão e aplicação. Segundo as investigações, ele é o chefe do agrupamento que teria se estabelecido no Estado Paraibano”, diz um trecho da decisão judicial.

Segundo a Polícia Federal, foi organizada uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores que fechavam contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma de Mamanguape e do Metropolitano, em Santa Rita.

Para se blindar de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, a quadrilha teria pagado propinas e utilizado contratos de ‘advocacia preventiva’ ou de ‘advocacia por êxito’ para ocultar a movimentação dos valores, diz a corporação.

Confira em matéria na íntegra no Justiça Potiguar quem são os alvos da Operação com mandado de prisão decretado aqui.

Opinião dos leitores

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