Economia

Mourão diz que Macron ‘não está bem’, e emenda crítica: “desconhece a produção de soja do Brasil. Nossa produção de soja é feita no cerrado ou no sul do país”

ADNILTON FARIAS/VPR 

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quarta-feira (13) que o presidente da França, Emmanuel Macron, desconhece a produção de soja no Brasil e que as críticas feitas por ele externaram “interesses políticos de agricultores franceses”.

Na terça (12), em mensagem em uma rede social, Macron disse que “continuar dependendo da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia”. Ele defendeu coerência nas “ambições ecológicas” e declarou que “quando importamos a soja produzida a um ritmo rápido a partir da floresta destruída no Brasil, nós não somos coerentes”.

Mourão afirmou que a presença de soja na Amazônia “é ínfima”, mas que a capacidade de produção brasileira é “imbatível.”

“Monsieur Macron n’est pas bien (o senhor Macron não está bem, em tradução literal)”, disse Mourão, em francês. “Macron desconhece a produção de soja do Brasil. Nossa produção de soja é feita no cerrado ou no sul do país”, afirmou o vice-presidente.

“Então, eu acho que nada mais, nada menos, [Macron] externou aí aqueles interesses protecionistas dos agricultores franceses. Faz parte do jogo político”, completou.

Na fala, o presidente francês não apresentou dados que corroborem com suas declarações. O G1 entrou em contato com o Ministério da Agricultura, que informou que não comentaria as falas do presidente francês.

“A produção agrícola na Amazônia é ínfima. Por outro lado, a nossa capacidade de produção ela é imbatível, vamos colocar assim. Nossa competição nesse ramo aí está muito acima dos demais concorrentes”, concluiu Mourão.

Macron tem dado declarações públicas de descontentamento com a política ambiental brasileira desde meados de 2019, quando as imagens das queimadas na Amazônia correram o mundo e aumentaram a pressão sobre o governo do Brasil em um momento em que a União Europeia negocia um acordo comercial com o Mercosul.

No auge da crise ambiental na região amazônica, Macron se desentendeu com o presidente Jair Bolsonaro, e os dois trocaram acusações públicas. O francês chamou as queimadas que ocorriam no país de “crise global” e disse que os países integrantes do G7 deveriam debater, com urgência, a questão. Em resposta, o brasileiro afirmou que o posicionamento de Macron evocava “mentalidade colonialista descabida no século 21”.

G1

Opinião dos leitores

  1. To com Macron e não abro.
    Governo bovino desastrado em todas as áreas. 2022 tem dia D e hora H.

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Economia

Brasil retoma posto de maior produtor de soja do planeta

Foto: Reprodução

Com a supersafra deste ano, revisada para cima pelo IBGE ontem, o Brasil retoma dos Estados Unidos o posto de maior produtor mundial de soja. As projeções americanas indicam que o Brasil se consolidará na posição também na próxima safra, reforçando o bom desempenho da agropecuária brasileira, mesmo em meio à pandemia de covid-19.

No total, o Brasil deverá colher um recorde de 247,4 milhões de toneladas de grãos na safra que se encerra neste ano, 2,5% acima de 2019, conforme o IBGE. Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujas estimativas atualizadas foram divulgadas também ontem, a produção total da safra 2019/2020 deverá atingir o recorde de 251,4 milhões de toneladas. O IBGE espera as maiores safras da história também para o café e para o algodão.

A produção de soja será a principal responsável pela supersafra deste ano. Na estimativa do IBGE, foram colhidas 119,9 milhões de toneladas na safra encerrada ainda no primeiro semestre, 5,6% acima da produção de 2019. Já nos cálculos da Conab, foram 120 88 milhões de toneladas, aumento 5,1% ante a safra de 2018/2019.

Em 2018, o Brasil já havia batido os Estados Unidos como maior produtor mundial de soja, mas por uma diferença muito pequena. Ano passado, os produtores brasileiros de soja enfrentaram problemas climáticos e perderam para os americanos – o recorde na produção nacional total foi garantido pelo milho. Agora, a produção americana de soja na safra 2019/2020 foi de 96,68 milhões de toneladas, na estimativa mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês, equivalente a um ministério).

Para a próxima safra, 2020/2021, o Brasil deverá ficar novamente na frente, já que os Estados Unidos deverão produzir 112,3 milhões de toneladas de soja, enquanto os produtores brasileiros deverão colher 131 milhões de toneladas, renovando o recorde, ainda nas projeções do USDA, que abrangem o mercado global – as primeiras projeções do IBGE e da Conab para a safra 2020/2021 deverão sair no fim deste ano.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, do IBGE, elevou em 0,5% a estimativa do total de soja colhido no Brasil este ano. A produção recorde de soja só não foi ainda maior porque, nos últimos meses, o LSPA veio reduzindo suas estimativas para a colheita no Rio Grande do Sul. Na estimativa de junho, a produção gaúcha ficou em 11,2 milhões de toneladas, tombo de 39,3% em relação a 2019.

“Era para o Brasil ter colhido uma safra muito maior de soja. O problema todo foi que o Rio Grande do Sul sofreu muito com a falta de chuvas, de dezembro a maio”, afirmou Carlos Antônio Barradas, analista de agropecuária do IBGE. “Não fosse a seca no Rio Grande do Sul, a produção de soja passaria de 125 milhões de toneladas”, completou o pesquisador.

A disponibilidade de terras e a tecnologia de ponta, que leva eficiência ao campo, ajudam a explicar os sucessivos recordes na produção agrícola nos últimos anos, segundo Barradas.

R7, com Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Haja orgulho de gerar produtos primários e de exportar commodities! Mas a evolução é inegável, antes só era pau-brasil, cana-de-açúcar, cera de carnaúba, mulatas de Sargenteli, jogador de futebol…

  2. Dalhe MITO!
    Dalhe ministra!
    Tchau petralhas parasitas.
    É o país entrando por seu lugar de destaques no mundo.

  3. Isso não significa muita vantagem para os brasileiros pois exportamos quase tudo na forma de grãos in natura, sem nenhum tipo de beneficiamento, o que, com certeza geraria renda e riqueza para muitos.

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Economia

China troca Brasil por EUA na compra de 1 milhão de toneladas de soja

Foto: Getty Images

A China tem aumentado as compras de soja dos Estados Unidos diante da desaceleração das vendas do Brasil e compromissos do país asiático previstos no acordo comercial com o governo de Washington, segundo pessoas a par do assunto.

Clientes estatais compraram mais de 20 carregamentos, ou mais de 1 milhão de toneladas de soja dos EUA nas últimas duas semanas, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. Os grãos foram comprados com isenções de tarifas emitidas anteriormente, disseram as pessoas.

Os principais negociadores comerciais de ambos os países falaram por telefone na semana passada e se comprometeram a criar condições favoráveis para a implementação do acordo comercial bilateral, além de cooperar com a economia e a saúde pública, segundo comunicado do Ministério do Comércio chinês. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse posteriormente que enfrenta dificuldades com o governo de Pequim em meio à pandemia global de coronavírus.

Outro sinal de que o acordo comercial da fase um pode estar abalado: o Global Times, uma publicação do Partido Comunista, informou que a China poderia anular o acordo após críticas dos EUA sobre a condução da pandemia de coronavírus pelo país, o que irritou representantes de comércio. Também foi apresentada uma sugestão para negociar um novo acordo que inclinaria a balança mais para o lado chinês, segundo o jornal.

A China prometeu comprar US$ 36,5 bilhões em produtos agrícolas dos EUA, mas a pandemia que se acredita ter se originado na cidade de Wuhan atrasou o ritmo das compras. Embora o país tenha comprado uma ampla variedade de commodities, como sorgo, trigo, milho e carne de porco, as vendas de soja, principal bandeira da guerra comercial, começaram a ser aceleradas.

A maioria das compras nas últimas duas semanas era destinada a carregamentos em portos do Golfo do México, disseram as pessoas. Embora algumas sejam de remessas da safra atual, outras destinavam-se ao final do outono, quando a nova colheita nos EUA começa. O departamento aduaneiro chinês não respondeu a ligações com pedidos de comentário.

A gigante agrícola Archer-Daniels-Midland disse neste mês que estava animada com as compras da China até agora. A empresa com sede em Chicago espera que o país asiático compre entre 30 milhões e 35 milhões de toneladas de soja dos EUA neste ano, disse o diretor financeiro Ray Young em teleconferência com analistas em 30 de abril.

Yahoo, com Bloomberg News

Opinião dos leitores

  1. O setor agropecuário brasileiro precisa ter vergonha e saber se impor cobtra a China. Todos sabem quem a China não tem condições de produzir a quantidade que precisa, para alimentar o seu povo. Da mesma forma que estão ganhando com a desgraça do vírus que eles lançaram ao mundo, o produtor brasileiro também tem que bater o pé em negociar com eles, por um preço alto e não ficar se humilhando. Basta!

  2. O rebanho suíno petralho-chavista nem se dá ao trabalho de ver quanto são as vendas totais de soja do Brasil pra China. Nem leva em conta o baque econômco pelo qual o Mundo passsa.

  3. Não vamos ser injustos com o Presidente, afinal ele não tem culpa de ser incompetente.
    Basta fazer uma análise da sua carreira como militar por quinze anos, depois como deputado federal por mais de vinte e cinco
    anos sem apresentar nada relevante.
    Uma lástima.

  4. Venda aos produtores brasileiros de leite e criadores…
    Barato, tendo preço bom, não precisa exportar, o consumo interno absolve tranquilamente, garanto que não sobra um grão.
    Aí, caba vai ver vaca se desmanchando em leite e animais de coro e penas, gordo rolado.

  5. EUA pesadamente atacando a China, mas na hora comercial ela nem olhou pro Brasil (que uns otários xingaram, mas não chegaram aos pés dos ataques de TRUMP).

  6. Infelizmente, está no começando. O Brasil virou piada internacional com o “mito”. Não pássa confiança algumas aos investidores internacionais. Quem também vai pegar parte do mercado brasileiro é a Argentina…
    Quem não deve estar gostando disso é a turma do “agro é pop”…

    1. Isso é uma lance comercial muito mais complexo do que supõe a sua cabecinha que atribuiu tudo de errado a Bolsonaro.

    2. A culpa da segunda guerra mundial também foi do Governo Bolsonaro. Piada isso, né?

    3. A culpa não é do BOZO não, pois ele e seus ministros são bastantes diplomatas cm os outros países, principalmente com a CHINA, a culpa é do Comunista do MORO.

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Economia

Em dez anos, produção de grãos terá aumento de 26,8% no país

Foto: Reprodução Internet

A safra de grãos para 2028/29 terá um aumento de 26,8% em relação aos números atuais e será de aproximadamente 300,1 milhões de toneladas, segundo projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Embrapa.

Já a área de grãos para os próximos dez anos deve aumentar 15,3%, passando de 62,8 milhões de hectares para 72,4 milhões.
O relatório, que foi baseado em 15 produtos derivados de grãos pesquisados mensalmente pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), mostra redução das áreas plantadas de arroz e feijão, enquanto a soja seguirá na liderança da produção nacional.

Cultura comum em quase todo o país, o arroz terá decréscimo de 8,6% de área plantada, enquanto sua produção aumentará 0,3%. O relatório aponta a diminuição no consumo do grão, que passou de 12 milhões de toneladas no triênio de 2013 a 2015 para 11,5 milhões de toneladas no triênio de 2017 a 2019.

De acordo com o estudo, o encolhimento do consumo de arroz tem se refletido na produção interna. Pautado principalmente para o consumo interno, o feijão manterá sua estabilidade e terá crescimento de 2,6% na produção. Segundo técnicos da Embrapa, “o setor acredita que pode haver aumento de produção nos próximos anos, principalmente, por inserção internacional de alguns tipos de grãos”.

Tomando a dianteira dos grãos, a soja é a que terá maior crescimento da produção, com 32,9% até a safra 2028/29. A produção atual é encabeçada pelo estados de Mato Grosso, com 28,1%, seguido pelo Paraná, com 14,2%; Rio Grande do Sul, com 16,8%; Goiás, 9,9%; e Mato Grosso do Sul, 7,4%.

Em relação à área plantada, o crescimento da soja será de 26,6%. O relatório mostra a expansão da cultura para o norte do país, como Maranhão, Tocantins, Pará, Rondônia, Piauí e Bahia, alavancado pela expansão de produção, criação de bovinos, abates de animais e preços de terras.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Tudo que o Brasil produz, desde a chegada das caravelas: commodities. Mas se dependesse do PT, MST, CUT, quilombolas, "indígenas" barrigas-brancas… nem isso.

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Economia

Brasil se prepara para tomar liderança dos Estados Unidos em produção de soja

Com o início das chuvas, produtores brasileiros de soja começam o plantio da safra 2012/2013: o Brasil deve tomar a liderança dos Estados Unidos como o principal produtor mundial do produto. Em Mato Grosso, maior estado produtor do cereal, o plantio já começou em alguns municípios, com mais de uma semana de antecipação em relação à safra anterior.

Segundo o meteorologista do Inmet Mozar Salvador, a previsão para os próximos dias é a de chuvas mais intensas nas regiões Nordeste e Sudeste. No Centro-Oeste, as precipitações devem ser em menor intensidade. “Mesmo que, no início, seja em menor quantidade, a tendência é aumentar o plantio”, avaliou o especialista em relação às chuvas tão aguardadas pelos produtores. No Sul, onde a seca forte do início do ano conserva os efeitos até hoje, a previsão é de chuvas acima da média nos próximos três meses.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, disse que a liderança deve ser conquistada, em grande parte, pela quebra de aproximadamente 20% da safra de soja americana. Além disso, a produção no Brasil deve crescer cerca de 14%, passando de 66,3 milhões de toneladas na safra 2011/2012 para 83 milhões de toneladas na que se inicia.

Além da possibilidade de conquistar a liderança mundial na produção de soja, os sojicultores brasileiros devem se beneficiar também da quebra da safra americana na rentabilidade de suas lavouras. Os preços do cereal estão em patamares recordes e, segundo o assessor da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Sávio Pereira, eles se manterão para o próximo ano.

“Há uma quebra muito grande nos Estados Unidos e isso beneficia a produção e a expansão da área agrícola no Brasil. Os produtores brasileiros terão lucratividade garantida para a safra de 2013”, disse Pereira em nota.

Da Agência Brasil

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