Polícia

VÍDEO – (DEPOIMENTO): Veja publica “as confissões de Adélio, o homem que tentou matar Bolsonaro”

Com um uniforme azul e de chinelo preto, o ex-garçom Adélio Bispo de Oliveira, de 42 anos, chega ao depoimento escoltado por três agentes na penitenciária de segurança máxima. Após ter as mãos e os pés algemados em uma cadeira, ele é observado com atenção redobrada, porque é classificado como um detento de alta periculosidade. No dia 6 de setembro de 2018, Adélio tentou matar com uma facada o então candidato a presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais. O atentado marcou a história do Brasil – e, até hoje, suscita uma série de teorias da conspiração. Qual foi, afinal, a motivação do crime? Foi um ataque isolado ou a mando de alguém? Como o agressor escolheu o seu alvo?

Após investigar o caso, a Polícia Federal concluiu que Adélio, preso em flagrante, agiu sozinho e tem problemas mentais . O ex-garçom foi diagnosticado como portador de transtorno delirante. Em função disso, em maio de 2019, ele foi considerado inimputável pela Justiça. Desde então, está internado no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde ele diz sofrer retaliações por ter tentado matar Bolsonaro e onde prestou seus últimos depoimentos gravados em vídeo.

VEJA teve acesso a essas gravações inéditas em que Adélio conta detalhes de como e por que planejou o atentado contra Bolsonaro e confessa que tinha um desejo íntimo de matar o ex-presidente Michel Temer, o que, segundo ele, já passou . “Isso termina aqui”, diz o agressor.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Quer dizer q doido não pode ser condenado, mas pode trabalhar de garçom. Sei não, é cada uma. Se bem q esse aí de doido não tem nada, ora melhor q muita gente, inclusive melhor até os corruptos de carteirinha, q se expressam muito bem como se fossem santos.

  2. "… e confessa que tinha um desejo íntimo de matar o ex-presidente Michel Temer, o que, segundo ele, já passou".
    Pura orientação dos advs

  3. A incrível história da suposta facada que não saiu uma hora de sangue. Um dia a verdade aparece

    1. Verdade, senão estaríamos no fundo do poço. Imagine aí o PT domando essa pandemia

  4. Algumas perguntas assombram a esquerda. Quem matou e por quê mataram Celso Daniel?.
    Quem mandou matar Jair Bolsonaro?.
    Quando os 5milhões de reais que foram utilizados para compra dos respiradores serão devolvidos aos cofres públicos? E a CPI para apurar a locação de Ambulâncias por um prazo de oito meses, no valor de 8,5milhões de reais, se vai acabar em pizzas?. Cadê o hospital de Campanha prometida pela Desgovernadora Fátima Bezerra PT? Etc, etc,etc…

  5. Esse corno que estima assassino, um dia poderá sofrer algo pior, que satanás tome sua alma seu miseravel.

    1. Não é de se espantar no seu elogio, já que defende também o maior corrupto da nação, o molusco de 9 dedos.

    2. É incrível a solidariedade que esquerdistas têm com bandidos, não atoa o país passou muitos anos nas mãos do crime organizado, sempre roubando e destruindo o futuro de nosso país.

    3. Um bandido sempre defendendo o outro, nada de anormal.

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Polícia

Em 2º inquérito, PF conclui que Adélio Bispo agiu sozinho e sem mandantes

Foto: Reprodução/GloboNews

A Polícia Federal concluiu, no segundo inquérito sobre o caso, que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho e não teve mandantes no ataque ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro.

A facada aconteceu em 6 de setembro de 2018 na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

De acordo com o inquérito presidido pelo delegado Rodrigo Morais e entregue nesta quarta-feira (14) à Justiça Federal, Adélio agiu por iniciativa própria e foi o responsável pelo planejamento e execução da ação criminosa.

Ainda segundo as investigações, não foram comprovadas a participação de agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares seja na cogitação, preparação ou execução do crime.

“O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida”, destaca o delegado no inquérito.

Todo o material apreendido com Adélio Bispo foi investigado minunciosamente. São eles: computador portátil, aparelhos celulares e documentos.

No total foram analisados 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos e 700 gigabytes de volume de dados de mídia, além de 1.200 fotos — além de 40 mil e-mails recebidos e enviados em contas registradas em seu nome.

Foram ouvidas no inquérito 102 pessoas em campo e 89 testemunhas, o que resultou na elaboração de 23 laudos periciais elaborados. Sigilos fiscais, bancários e telefônicos do acusado foram quebrados, além de diligências de busca e apreensão.

Jovem Pan

Opinião dos leitores

  1. Quem pagou os 4 advogados de Adelio? Quem pagou o jatinho para esses advogados? Como um servente de pedreiro tem condições financeiras de rodar o país em busca de uma pessoa? Pq Adélio foi ao gabinete de Jean Willis em 2013? Pq sumiram com o registro da entrada de Adelio na Câmara dos deputados? E o vídeo q mostra claramente outras pessoas falando antes do atentado dizendo calma Adélio, agora não..?! Como derrubaram o aviao de Eduardo Campos? Responde essa PF! Mais do mesmo… Tem gente muito graúda nessa história… Idiota é quem acredita q esse cara agiu sozinho…

    1. Esse mito insiste nessa tecla igualzinho o luladrão na que ele é inocente. Ai, tem que ter saco pra escutar essas ladainhas desses dois hipnotizadores de idiotas

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Polícia

Nova testemunha pode mudar rumo das investigações: vizinho de cela de Adélio Bispo diz ter descoberto ligação, mandante e “pagamento de 500 mil reais para matar o dr. Jair”

Crusoé teve acesso ao depoimento de Farhad Marvizi, o vizinho de cela de Adélio Bispo.

Ao delegado que investiga o atentado a Jair Bolsonaro, Marvizi contou que teria se aproximado de Adélio em março deste ano e obtido dele informações inéditas sobre o caso – algo que, sustenta, poderia mudar os rumos da investigação.

O iraniano afirmou ter descoberto que Adélio seria ligado a uma facção e que, além disso, lhe teria revelado o nome do mandante do crime.

O ataque de Adélio, segundo ele, só teria ocorrido após uma promessa de pagamento de 500 mil reais para matar o “dr. Jair”.

Leia a reportagem completa aqui.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. A mentira comprovada do porteiro, pra esquerda é verdade. Qualquer outra coisa é mentira dos lunáticos.

  2. Eu acredito sim. O PCC ia pagar 500mil pra um doido matar alguém com uma faca de mesa. Nada de sniper, fuzil, veneno. UM DOIDO E UMA FACA DE MESA. VALEU!

  3. Adélio, aquele que esteve no mesmo Clube de Tiros de Carlos Bolsonaro, Adélio aquele que Queiroz se queixa da "hiperproteção", Adélio da Facada no Dr. Jair.
    E agora Adélio que recebeu 500 mil, diga ai, Queiroz quem pagou Adélio?

  4. É impressionante a sina deste nosso país.
    Quando não é uma quadrilha no poder roubando e fazendo média com a população é um bando de lunáticos, comandados por uma família de desequilibrados brincando de governar.
    O povo brasileiro deveria ser estudado para se entender como um "tribo" consegue sobreviver, apesar de feras loucas, famintas e sem limites.
    É o único país do mundo que gasta a metade do tempo usando WhatsApp e a outra metade levando sustos.
    Vão governar, vagabundos. E isto vale para todas as "farinhas do mesmo saco", antes que digam que sou petista. Sou brasileiro; só isto.

  5. Isso não é verdade.
    Quem é Adélio? Apenas um louco, como podem acreditar na fala dele?
    Teve facada? Quem prova? Aquelas marcar e as cirurgias de Bolsonaro não passam de armações para comover o eleitorado. A única coisa real foram os diagnósticos de câncer do ex presidente e de Dilma em pleno processo eleitoral. o resto é truque pata comover o eleitor, tenho dito!
    Quem diz a verdade é o porteiro do condomínio que afirmou ter falado com Bolsonaro, na casa do condomínio no Rio, mesmo o então deputado, estando no mesmo horário dentro do plenário na câmara em Basília.
    A próxima teoria da esquerda e da Globo será provar que Bolsonaro pode estar em 02 locais ao mesmo tempo.

  6. Será que vão divulgar isso ou isso não é importante para o Brasil? Imprensa podre e lixo essa nossa.

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Polícia

PF oferece delação premiada a Adélio Bispo, que nega, diz ter falado tudo, e manifesta desejo de trabalhar

Foto: Reprodução

A Polícia Federal ofereceu hoje um acordo de delação premiada a Adélio Bispo, o homem que esfaqueou Jair Bolsonaro no ano passado. A oferta, recusada por Bispo, foi feita durante um depoimento dado ao delegado da Polícia Federal Rodrigo Moraes Fernandes. Bispo recusou a oferta, dizendo que não tem o que relatar diferente do que já disse em Juízo: agiu sozinho e não seguiu a ordem de ninguém.

Segundo o advogado de Bispo, Marco Mejìa, o depoimento não teve valor jurídico, mas foi tomado com o objetivo de esclarecer dúvidas que a PF ainda tem. Um dos questionamentos da polícia foi sobre uma denúncia enviada por um preso dizendo que Bispo teria esfaqueado o então candidato atendendo a uma ordem vinda de dentro de um presídio. O preso que enviou a denúncias buscava abatimento de sua pena ao oferecer a informação.

“Adélio explicou que agiu sozinho e não seguiu nenhuma ordem. O depoimento foi bom para mostrar que nem os advogados nem ele somos contrários a ele fornecer qualquer informação”, afirmou Mejìa.

De acordo com o advogado, Bispo aparentava uma melhora de seu quadro psiquiátrico, e teria saído da fase de surtos delirantes.

“Ele expressou que deseja trabalhar e disse estar melhorando”.

Bispo pediu para ser transferido para um presídio em Montes Claros, mas o advogado o aconselhou a permanecer em Campo Grande, onde está tendo tratamento psiquiátrico adequado e sua segurança está preservada.

Guilherme Amado – Época

Opinião dos leitores

  1. BG!
    Ou vc botou um esquerdista de plantão pra mexer no blog, ou vc mexe e tá de rabo preso, das duas uma.
    Ninguém pode mais dar uma CHAPULETADA nesses bandidos do congresso que vc não publica!
    Tá com medo BG??
    Tenha medo não, o sr ta no controle

    1. Adélio esteve no congresso fabricando álibi, esqueceu?
      Cala te a boca vc não sabe o que está escrevendo.
      Va arrumar uma lavagem de roubas que é melhor.
      Lula tá preso babaca.
      E quer ficar lá.
      Kkkkkkk

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Polícia

Adélio Bispo é absolvido de facada em Bolsonaro por ter doença mental e ficará internado por tempo indeterminado

Investigador do caso Adélio acredita que esfaqueador sofre de distúrbio mental Foto: Ricardo Moraes / Agência O Globo

O juiz federal Bruno Savino, da 3ª vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), absolveu Adélio Bispo de Oliveira, de ter dado uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante ato de campanha em Juiz de Fora, em setembro de 2018. A absolvição foi de modo impróprio, porque o agressor sofre de transtorno delirante persistente , segundo pareceres médicos da defesa de Adélio e de peritos escolhidos pela acusação, que o torna inimputável. Ou seja: não pode ser punido criminalmente.

Adelio Bispo seguirá internado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), que possui espaço para tratamento de sua doença, enquanto não for verificada a cessação de sua periculosidade. O exame será feito constatado por meio de perícia médica, num prazo de três anos. Isso significa que, caso Adélio não seja atestado com a doença no futuro, possa cumprir a pena prevista no Código Penal.

“A conduta do réu, embora típica e antijurídica, não pode ser punida por não ser juridicamente reprovável, já que o réu é acometido de doença mental que lhe suprimiu a capacidade de compreender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com este conhecimento”, escreveu Savino, na decisão.

Adéliio respondia pelo crime de “atentado pessoal por inconformismo político” com base no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Segundo a denúncia, o objetivo de Adélio Bispo de Oliveira era o de tirar Bolsonaro da disputa eleitoral. Caso não fosse considerado inimputável, sua pena poderia chegar a até 20 anos.

No último dia 27, a Justiça havia concluído que Adélio é portador de transtorno delirante persistente. A doença foi atestada por todos os médicos que avaliaram Adélio, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes. Não houve, dentro dos documentos anexados ao processo, nenhum parecer ou laudo que apontasse que o agressor não sofre de doença mental.

A única divergência estava relacionada à subcategoria dessa patologia. A própria psiquiatra escolhida pelos advogados de Jair Bolsonaro apresentou parecer com a conclusão de que ele sofre desse mesmo transtorno

Não houve recurso por parte do Ministério Público Federal (MPF), dos advogados do presidente Jair Bolsonaro e dos representantes de Adélio Bispo da decisão que considerou o agressor inimputável.

Adélio pediu para ser transferido

Em carta escrita de próprio punho, Adélio chegou a pedir a sua transferência para estabelecimento prisional em Montes Claros , sua cidade natal, mas o pedido foi negado em razão de segurança. O agressor disse que gostaria de ser transferido em virtude do presídio de Campo Grande “ter sido construído com características da arquiíeturo maçónica, além de o local estar impregnado de energia satânica”. Ele está preso em Campo Grande desde o dia 8 de setembro de 2018, quando foi transferido da unidade do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Juiz de Fora (MG).

“É ndiscutível que a sua transferência para o sistema prisional comum lhe acarretaria concreto risco de morte, valendo lembrar que o próprio acusado relatou, em audiência de custódia, ter sido ameaçado por agentes de forças de segurança, inclusive no Centro de Remanejamento Prisional de Juiz de Fora”, justificou Savino.

A ligação de Adélio Bispo com temas maçônicos foi repetida por diversas vezes em consultas feitas por psiquiatras que atestaram a doença mental no agressor. Ele afirmou que cometeu o atentado porque o então candidato Bolsonaro fazia parte de “uma conspiração maçônica para destruir o Brasil” e que pretende matá-lo ao sair da cadeia. Disse, ainda, que pretende fazer o mesmo com o ex-presidente Michel Temer (MDB). Segundo Adélio, Temer participaria da conspiração maçônica para conquistar as riquezas do Brasil.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Se ele comer um prato cheio de bosta,aí poderá passar um tempo lá.Interessante,ganhou diploma para tiro e é doido por tentar matar um presidente,vai entender a justiça brasileira?????????

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Polícia

VÍDEO – Deputada anuncia “bomba” em rede social: advogado de Adélio Bispo responde sobre “mandante” e que “emissoras de televisão” estão pagando defesa

Reprodução

Reprodução: Twitter/Carla Zambelli

Através do microblog Twitter, a deputada Federal pelo PSL-SP, expõe trecho de entrevista nesta terça-feira(11) em que pede que internautas “espalhem ao máximo”.  Na ocasião, a jornalista Roberta Lopes, do Direita Minas, entrevistou Zanone Júnior, advogado de Adélio Bispo, que responde pergunta de mandante de atentado contra Jair Bolsonaro. Ainda no vídeo, também fala de emissoras de televisão que estariam pagando a defesa.

Vídeo aqui no Twitter da deputada:

 

Opinião dos leitores

  1. Vai faltar cadeia, agora é o PP na linha de tiro. Mesmo Gilmar Mendes defendendo todos os bandidos, agora vem mais cadeia pra esses bandidos.

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Política

Juiz relata ameaça de morte de Adélio Bispo contra Temer e Bolsonaro assim que conseguir liberdade

Foto: Ricardo Moraes – 8.set.2018/Reuters

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), enviou para os responsáveis pela segurança presidencial relato em que Adélio Bispo de Oliveira afirma que pretender matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Michel Temer assim que conseguir liberdade.

Segundo o magistrado, Adélio disse a peritos que os dois fazem parte de uma conspiração para tomar o poder e riquezas do Brasil e entregá-las ao Fundo Monetário Internacional, à maçonaria e à máfia italiana.

Adélio tentou assassinar Bolsonaro com uma facada durante a campanha presidencial, em 6 de setembro do ano passado, na cidade de Juiz de Fora (MG).

A Folha teve acesso à decisão do juiz sobre o caso. Ele conclui que o réu tem transtorno mental e é inimputável —incapaz de entender o caráter de crime que cometeu e, por isso, de responder por seus atos.

Savino decidiu enviar a documentação para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para “medidas que entendesse pertinentes”, pois psicólogos e psicanalistas apontaram “alta periculosidade do réu”.

Adélio está preso desde setembro. Ele passou por avaliações de psiquiatras oficiais e indicados pela defesa e pela acusação.

De acordo com trechos da peça judicial, Adélio afirmou que Bolsonaro fazia parte de uma “conspiração da maçonaria para tomar o poder e entregar as riquezas do país ao FMI, aos maçons e à máfia italiana”.

O autor da facada disse ainda que, se eleito, o político mataria “os simpatizantes da esquerda, pobres, pretos, índios quilombolas e homossexuais para que as riquezas do Brasil ficassem apenas com os maçons” e citou uma entrevista em que Bolsonaro falava em “fuzilar petralhas” ou mandá-los para a Venezuela.

Para o juiz, as afirmações sobre matar Bolsonaro e Temer reforçam o diagnóstico de Adélio, demonstrando que ele pouco se importa com o fato de estar encarcerado e com eventuais consequências penais ou processuais de seus atos, o que faz parte de seu transtorno.

Savino diz em sua conclusão que os profissionais que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, “foram uníssonos em concluir ser o réu portador de Transtorno Delirante Persistente”.

Para tomar a decisão, o juiz traçou um perfil de Adélio, com base nas investigações e nos laudos médicos.

Dos pontos mais importantes, o magistrado destaca que a boa articulação do réu em depoimentos, em vez de afastar a possibilidade da doença, na verdade, confirma o diagnóstico, pelo “comportamento não extravagante ou estranho”.

Adélio era visto como “totalmente isolado”, não falava de seus amigos ou de familiares, de acordo com os trechos da peça judicial.

Ao todo, o autor da facada em Bolsonaro teve quase 40 empregos em cerca de 20 anos de carteira assinada, sendo que em vários lugares não chegou a trabalhar nem por mais de um mês.

Além de trocar muito de ocupação, o réu também se mudou diversas vezes de cidade, não criando vínculo por onde passou.

Ao longo do período de investigação da situação de Adélio, houve uma médica que apontou em laudo a possibilidade de que parte dos sintomas da doença fosse apenas uma simulação, o que foi refutado pelo juiz.

A profissional falava especificamente sobre as alucinações auditivas em que o autor da facada dizia ouvir a voz de de Deus, que lhe teria dado a missão de matar Bolsonaro e salvar o Brasil.

“Não se mostra crível que o réu tenha empreendido um complexo ardil que envolvesse a simulação de sintomas que correspondessem ao critério de diagnóstico para o Transtorno Delirante Persistente”, escreveu Savino.

Um dos pontos citados pelo juiz para a formação de sua convicção é o de que nada foi achado nas buscas policiais indicando ter havido algum planejamento por parte dos advogados para tais simulações.

O magistrado destacou outro ponto que, em sua visão, corrobora o diagnóstico de Adélio.

“Interessante notar que mesmo durante o planejamento do atentado, conduta que poderia ser interpretada como um indicativo de sua plena capacidade de cognição e autodeterminação, o réu demonstrou encontrar-se totalmente enfurnado em sua realidade delirante”.

Segundo a peça judicial, as imagens do celular do autor do atentado contra Bolsonaro comprovam a relação do réu com seus delírios. Ele tinha fotos que faziam referência, o tempo todo, à maçonaria.

“O réu entrelaça em sua certeza psicótica, a um só tempo, delírios místicos-religiosos, políticos-ideológicos, persecutórios e de referência para criar uma interpretação própria e totalmente distorcida da realidade”.

Savino fala em sua decisão que teve dificuldades em encontrar profissionais para atuar no incidente de insanidade, entre outros motivos porque alguns alegaram suspeição, por vínculo profissional ou filiação partidária.

Folha de São Paulo e UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Pelo visto Bolsonaro cometeu um pequeno equívoco: na verdade o "idiota útil" é Adélio Bispo. Resta saber quem são os seus mentores.

  2. Uma injeção letal resolveria o problema dos custos para manter esse psicopata vivo. Avaliando o seu depoimento observar-se que o mesmo não pode viver em sociedade, pois é uma ameaça constante. Tem ficar passar o resto da vida em um hospital psiquiátrico, onde os custos são elevados demais. LIXO TEM QUE SER DESCARTADO.

  3. Solta o coitadinho, vítima da sociedade para tomar banho de mar depois do quebra mar da praia de boa viagem em Recife. Ele merece tadinho! Injustiçado…

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Polícia

Adélio Bispo tem doença mental, diz laudo; documento de peritos fala que agressor de Bolsonaro não pode ser punido criminalmente pela tentativa de homicídio

Foto: Reprodução/GloboNews

Um laudo feito por peritos indicados pela Justiça Federal diz que o homem que tentou matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sofre de uma doença mental. Segundo o documento, Adélio Bispo de Oliveira, que confessou o ataque cometido em 6 de setembro de 2018, não pode ser punido criminalmente pelo fato. As informações foram obtidas pela TV Globo junto a pessoas com acesso à investigação.

A Justiça Federal já aceitou a denúncia contra Adélio por prática de atentado pessoal por inconformismo político e o tornou réu, mas ainda não julgou o caso. Ele está preso provisoriamente desde o dia do crime, tendo sido transferido para o presídio de segurança máxima de Campo Grande dois dias depois.

O laudo, entregue à Justiça no último mês, aponta que o agressor tem a doença chamada transtorno delirante permanente paranoia e, por isso, conforme o documento, foi considerado inimputável. Diz ainda que, em entrevistas com psicólogos e psiquiatras, Bispo afirmou que não cumpriu sua missão, e que saindo da cadeia iria matar o presidente.

O procurador da República Marcelo Medina informou ao G1 que a perícia médica pedida pela Justiça Federal resultou em dois laudos: um psiquiátrico e um psicológico, que divergem entre si. A data é de 15 de fevereiro. Há também divergências em relação ao laudo psiquiátrico particular apresentado pela defesa de Adélio no ano passado.

Segundo o MPF, há algumas divergências nas conclusões, mas não disse quais. “Sobre o teor dos laudos, nada posso informar. Divergem quanto a questões relevantes, não posso dizer quais e por que são relevantes, porque o processo de incidente de insanidade mental está em sigilo”, disse o Medina. No dia 22 de fevereiro, ele se manifestou no processo, solicitando esclarecimentos.

O laudo oficial deve subsidiar a análise pela Justiça de um procedimento para investigar a sanidade mental do acusado, apresentado pela defesa e que caminha junto com a ação penal na 3ª Vara Federal de Juiz de Fora.

A repórter Camila Bomfim apurou que são três as possibilidades de conclusão do caso: Adélio ser considerado imputável (nesse caso, responderá integralmente, enquadrado na Lei de Segurança Nacional ) , semi-imputável (redução da pena em caso de condenação) e inimputável (aplica-se medida de segurança).

Se o juiz entender que ele, de fato, não pode ser punido criminalmente, Adélio pode ser levado para um manicômio judicial e não para um presídio. Segundo fontes ligadas à investigação, ele deve cumprir a medida de segurança no manicômio judicial por tempo indeterminado e, de dois em dois anos, passará por novos exames psicológicos para avaliação da condição clínica.

Uma audiência com a presença dos peritos para esclarecimentos sobre a constatação da doença deve ser realizado, mas ainda não há informações sobre a data.

O advogado Zanone Manuel Junior informou que ainda não teve acesso ao laudo. A Justiça Federal afirma que a ação penal corre em sigilo e ainda não se manifestou.

Inquéritos

Após o atentado em Juiz de Fora, dois inquéritos foram abertos pela Polícia Federal. O primeiro, finalizado em 28 de setembro de 2018, conclui que Bispo agiu sozinho no momento do ataque. Neste ele foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. A denúncia do Ministério Público Federal foi aceita pela Justiça.

A Polícia Federal segue com as investigações. O segundo inquérito foi aberto para apurar possíveis conexões de Adélio, pessoas que podem ter ajudado o agressor a planejar o crime.

G1

Opinião dos leitores

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