Diversos

Terra perdeu gelo em velocidade recorde desde a década de 1990

(Foto: Ian Joughin)

Uma nova pesquisa, publicada nesta segunda-feira (25) na revista The Cryosphere, mostra que a Terra perdeu 28 trilhões de toneladas de gelo entre 1994 e 2017 — o equivalente a uma camada de gelo de 100 metros de espessura cobrindo todo o Reino Unido.

A equipe, liderada por cientistas da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriu que a taxa de perda de gelo no planeta aumentou significativamente nas últimas três décadas, passando de 0,8 trilhão de toneladas por ano na década de 1990 para 1,3 trilhão de toneladas em 2017. Ao longo de 23 anos, a taxa de perda de gelo aumentou em 65%, em razão principalmente do aumento acentuado nas perdas dos mantos de gelo polares na Antártida e na Groenlândia.

O derretimento do gelo em todo o mundo eleva o nível do mar, aumentando o risco de inundações em comunidades costeiras e ameaçando destruir os habitats naturais de animais selvagens. “Os mantos de gelo estão agora seguindo os piores cenários de aquecimento climático estabelecidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática. O aumento do nível do mar nesta escala terá impactos muito sérios nas comunidades costeiras neste século”, afirma Thomas Slater, principal autor do estudo, em nota.

O aumento da perda de gelo foi desencadeado pelo aquecimento da atmosfera e dos oceanos, que aumentaram 0,26 °C e 0,12 °C por década desde 1980, respectivamente. A pesquisa avaliou 215 mil geleiras de montanhas espalhadas ao redor do planeta, os mantos de gelo polares na Groenlândia e na Antártida, além das plataformas de gelo flutuando ao redor do território antártico e nos oceanos Ártico e Meridional.

Isobel Lawrence, pesquisadora do Centro de Observação e Modelagem Polar de Leeds, explica que a perda de gelo do mar não contribui diretamente para o aumento do nível do mar, mas tem uma influência indireta. “Uma das principais funções do gelo do mar Ártico é para refletir a radiação solar de volta ao espaço, o que ajuda a manter a temperatura do Ártico.”

Segundo a especialista, à medida que o gelo marinho encolhe, mais energia solar é absorvida pelos oceanos e pela atmosfera, fazendo com que o Ártico aqueça mais rápido do que em qualquer outro lugar do planeta. “Isso não apenas está acelerando o derretimento do gelo marinho, mas também exacerbando o derretimento das geleiras e mantos de gelo, que fazem com que o nível do mar suba”, justifica.

Metade de todas as perdas foram devido ao gelo em terra — incluindo 6,1 trilhões de toneladas de geleiras de montanha, 3,8 trilhões de toneladas da camada de gelo da Groenlândia e 2,5 trilhões de toneladas da camada de gelo da Antártida. Essas perdas elevaram o nível global do mar em 35 milímetros.

“Além de contribuir para o aumento do nível médio do mar global, as geleiras das montanhas também são essenciais como recurso de água doce para as comunidades locais”, diz Inès Otosaka, coautora do relatório e pesquisadora do Centro para Observação Polar e Modelagem de Leeds. “O recuo das geleiras ao redor do mundo é, portanto, de importância crucial em escala local e global.”

Galileu

Opinião dos leitores

  1. A gestão Bolsonaro já entrou pra história como inimiga do meio ambiente. Vejam os dados e notícias diárias sobre o desmonte do Ibama e outras instituições.
    Péssimo gestor público, péssimo exemplo.
    MOURÃO 2021 JÁ!

  2. Acho que esse derretimento tb deve ser culpa do Bolsonaro .Podem espernear que o véi é macho ???

    1. E não mais das 250 mil mortes e do aumento da gasolina ⛽️ é vero .

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Acidente

Balanço da PRF sobre acidentes de trânsito no RN vê queda de 51% das mortes na década

Foto: PRF/Divulgação

Em levantamento divulgado nesta terça-feira(22), a Polícia Rodoviária Federal informa que registrou este ano 347 acidentes graves, 89 mortes e 1.264 feridos nas rodovias federais no Rio Grande do Norte. Os dados contabilizam o período de 1º de janeiro a 30 de novembro, o que representa uma queda de 51% no número de mortes em acidentes de trânsito em rodovias federais no RN na década – em 2011, foram 183 óbitos.

A PRF também destaca que dos acidentes registrados entre 2017 e 2019, foram 347 mortos, sendo 70% homens. O levantamento indica que 26% das mortes ocorreram na BR-304, que liga Natal a Mossoró – as duas maiores cidades do estado. Os dados também mostram que 28% das mortes ocorreram provavelmente devido à realização de ultrapassagens indevidas e que, em 13% das mortes registradas, um dos condutores havia ingerido bebida alcoólica. Os rodoviários ainda destacam que 42% das mortes ocorreram entre 17h e 22h. Entre os tipos de acidente neste período, 98 mortes foram causadas por colisão frontal de veículos.

Com acréscimo de informações do G1-RN

Opinião dos leitores

  1. Isso é passado. Com a política necrofila do Bozo esses números irão disparar novamente.

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Diversos

Por que é que a década de 20 só começa em 2021?

Foto: (Image Source/Getty Images)

A ideia de contar o tempo a partir do nascimento de Jesus é mais recente do que parece. Só começou 5 séculos após a crucificação. Se você voltasse no tempo para 400 d.C, por exemplo, e perguntasse para algum cidadão do Império Romano em que ano vocês estão, ele responderia: “ano 116”.

Nessa época, o cristianismo já era a religião oficial de Roma. A Igreja, porém, usava outro marco para estabelecer a contagem do tempo: o início do mandato de Diocleciano, imperador romano que, pelo calendário de hoje, governou entre 284 d.C. e 305 d.C.

Não era por amor a Diocleciano que a Igreja usava o início de seu reinado como marco zero. Muito pelo contrário. Diocleciano foi um grande perseguidor de cristãos. Depois que a religião se tornou oficial, em 380 d.C., a época de Diocleciano passou a ser chamada de “Era dos Mártires” – por conta dos cristãos que tinham morrido nas mãos do imperador. O início da Era dos Mártires, então, passou a marcar a contagem do tempo.

O marco era o início do governo de cada imperador; por essa contagem, Cristo nasceu no ano 14, o 14º do reinado de Tibério.

Antes disso, o marco era o início do governo de cada imperador; por essa contagem, Cristo nasceu no ano 14, o 14º do reinado de Tibério. Outra forma de contar o tempo era a partir da fundação de Roma, segundo a qual Jesus nasceu no ano 753, o ano do centésimo quinquagésimo terceiro aniversário da cidade. Essa data de fundação, 753 a.C., é lendária – não se sabe quando Roma surgiu, pelo menos não com essa precisão toda, mas essa é outra história.

O que importa aqui, de qualquer forma, é que o ano do nascimento de Jesus simplesmente não era usado pela Igreja.

Isso só começou a mudar no século 6, pelas mãos de um monge chamado Dionísio, o Exíguo (“exíguo” no sentido de “humilde”). Dionísio não era exatamente um homem humilde: era considerado o maior intelectual da cede da Igreja, em Roma. Por conta disso, o papa João I (470 d.C.–526 d.C.) encomendou a Dionísio um recálculo dos calendários, para determinar em qual dia de abril a Páscoa deveria ser celebrada nos anos seguintes (não havia um consenso sobre qual seria o dia exato para cada ano, como há hoje).

Dionísio, então, aproveitou para fazer uma mudança mais profunda. Além de calcular, de acordo com seus critérios, em quais dias a Páscoa deveria cair, ele fez um adendo: estipulou que aquele ano, o 241 da Era dos Mártires era, na verdade, o anno ab incarnatione Domini 525. Ou seja: o 525º ano após a “encarnação” do Senhor (“Domini”) em forma de ser humano. Com o passar dos séculos, essa forma de contar o tempo se universalizou – não que tenha sido da noite para o dia; Portugal só adotou o sistema no ano de 1400. A Rússia, em 1700.

A Igreja Ortodoxa seguiu usando outra contagem, uma derivação do calendário judaico cujo marco zero é a “origem do mundo”. Por esse sistema, Jesus teria nascido em 5500 a.M. (de anno Mundi).

Os próprios judeus, que escreveram o Velho Testamento, chegaram a outra conclusão. De acordo com sua interpretação dos textos sagrados, estamos hoje no ano 5780 – e a data que Dionísio estipulou para o nascimento de Cristo equivale ao ano 3760 do calendário deles.

Na Europa Ocidental, o uso da Era dos Mártires não foi substituído imediatamente pelo sistema de Dionísio. Com o esfacelamento do continente em diversos reinos, o normal voltou a ser usar a data de posse dos soberanos locais como marco zero.

O conceito de Dionísio só se popularizou mesmo na Europa a partir do século 8, por cortesia de Carlos Magno (742 d.C. – 814 d.C.) – além de conquistar boa parte do continente, ele apoiou os religiosos que defendiam a ideia de centralizar a contagem do tempo no nascimento de Jesus. E aí a ideia foi pegando, até se universalizar.

Muito bonito, a não ser por um detalhe: está tudo errado. Ninguém sabe quando Jesus nasceu.

O Novo Testamento não diz nada sobre. O que há são menções a personagens históricos cujas datas são conhecidas por outras fontes. O Evangelho de Lucas, por exemplo, diz que João Batista começou a pregar no ano 15 do reinado de Tibério. O de Mateus, diz que Jesus nasceu no tempo de Herodes, o Grande, rei judeu vassalo de Roma, e que morreu, sabe-se hoje, no ano 4 a.C. Lucas, por outro lado, diz que Jesus nasceu quando Quirino, um político romano, comandava a Síria. Seu governo, porém, começou apenas no ano 6 d.C.

Dada tamanha imprecisão dos evangelhos, simplesmente não dá para especificar a data do nascimento de Jesus – até o papa Bento 16 assumiu a existência desse problema, em 2012. Dionísio, porém, decidiu cravar o ano 14 do reinado de Tibério como “ano zero”.

Opa: Zero? Não… O número zero ainda não era usado na Europa – só viria bem depois, do Oriente. Não que os europeus não soubessem o que “zero” significa, mas as contagens, nos algarismos romanos da época, sempre começavam a partir do número I (um).

O que vem depois do ano 1 a.C., então, não é o ano 0 a.C. É o ano 1 a.C. Um erro grosseiro, já que bebês não nascem com um ano de idade. Mas é assim que ficou. Com esse pecado original na contagem, a segunda década da Era Cristã começou só no ano 11 d.C., sendo que o último ano da primeira década foi o ano 10 a.C. E o problema segue. O terceiro milênio só começou em 2001, não em 2000. E a década de 20 do século 21 só começa em 2021, não em 2020.

Mas, quer saber? Isso não tem importância. Só não houve um ano zero por uma gafe matemática, digamos assim. Se você sempre entendeu que os anos 20 de 100 anos atrás – o das dançarinas de cancã, da Semana de 22 e do crash da bolsa de NY – começou em 1920, não tem nada demais em considerar que os novos anos 20 começaram agora. Aproveite.

Super Interessante

 

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Esporte

Camisas de Corinthians e Vasco entram em lista de uniformes mais bonitos da década

Fotos: Divulgação

Com a virada de 2019 para 2020, listas dos melhores da década em diversas áreas foram elaboradas. No futebol, os gols mais bonitos e principais jogadores do período 2010/2019 foram temas de debate. E quais foram as camisas mais bonitas dos anos 10 do século XXI? O site especializado “Classic Football Shirts” encarou o desafio de montar o top 20 dos uniformes dos últimos dez anos. E dois clubes brasileiros conquistaram um lugar na lista dos melhores.

O Corinthians ficou na oitava colocação, com o terceiro uniforme lançado em outubro de 2018 em homenagem a Ayrton Senna. A camisa preta com detalhes em dourado era uma referência às cores do carro da Lotus, pela qual o piloto brasileiro conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1, em 1985. O uniforme apresentava o autógrafo de Senna no lugar destinado ao patrocinador principal e 41 listras douradas, em referência a cada uma das vitórias do piloto na F-1.

O Vasco também foi agraciado com a presença na lista, na 14ª colocação, com o modelo preto de 2015. O uniforme, lançado para marcar o centenário do futebol vascaíno, tem gola pólo negra e a barra das mangas em branco. E detalhes em azul e branco na gola interna, em uma homenagem aos 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro.

Camisa da Nigéria foi eleita a mais bonita da década por site especializado — Foto: Reprodução

Quem lidera a relação é a camisa titular da Nigéria preparada para a Copa do Mundo de 2018. Com um design ousado, o uniforme é composto por vários símbolos em V em verde e branco. E os mesmos detalhes nas mangas, mas em preto e branco.

A relação das 20 camisas mais belas da década (segundo o classicfootballshirts.com)

1 – Nigéria 2018/19
2 – França 2011/12 (branca)
3 – Internazionale 2010/11 (branca)
4 – Itália 2019/20 (terceiro uniforme)
5 – Real Madrid 2014/15 (terceiro uniforme)
6 – Juventus 2017/18
7 – Roma 2019/20 (terceiro uniforme)
8 – Corinthians 2018/19 (terceiro uniforme)
9 – Internazionale 2014/15
10 – Lyon 2010/11
11 – Lazio 2014/15
12 – Celtic 2012/13
13 – AIK Estocolmo 2017/18
14 – Vasco 2015/16
15 – Arsenal 2019/20
16 – Athletic Bilbao 2011/12
17 – Holanda – 2014/15
18 – Japão 2016/17
19 – Rayo Vallecano 2015/16
20 – PSG 2018/19

Memória E.C Globo Esporte

 

Opinião dos leitores

  1. A camisa mais bonita do futebol mundial, é a do Cruzeiro de Belo Horizonte disparada, o resto e colcha de retalhos.

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Diversos

Financial Times elege Moro como uma das 50 personalidades da década

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sergio Moro foi escolhido pela Financial Times como uma das 50 personalidades que marcaram a década.

A revista diz que Moro, o único brasileiro da lista, “liderou uma investigação anticorrupção que abalou as estruturas políticas da América Latina”.

E completou:

“No último ano, Moro se tornou ministro da Justiça no governo de extrema-direita do presidente Jair Bolsonaro — um movimento que causou dúvidas sobre sua independência como juiz, mas que poderá prepará-lo para uma corrida para a presidência.”

Globo e O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esses petistas vagabundos, e comedores de propunas, estão liquidados, porém, ainda não se covenceram, que, o Brasil mudou, agora tem que trabalhar a bouquinha acabou,

  2. Inclusive a nação o convoca para o sacrifício, nada mais justo. Um dia acreditei que este homem seria nove dedos, está provado que todos votaram errado, certo? Não, votaram certo os que se loclupetaram em seus governos, errado votaram os honestos.

  3. Arthur imbecil, onde vc leu que ele é ou deseja ser candidato. Ademais hoje ele não é mais juiz, inclusive possui o direito sagrado de mudar de opinião, o que seria salutar se mudasse. O seu presidente era o homem que iria mudar a cara do Brasil, veja só, virou ladrão da melhor estirpe, vive como rico, os filhos idem. O que vc deseja? Mais de Palocci, ou de outros amigos arrependidos? E veja, eu voltei nele 02 vezes, confesso, de otário.

  4. "Não, Jamais. Jamais [entraria para a política]. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política. Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe esse risco."
    Sérgio Moro, 06 de nov. de 2016.

    1. Amigo, o Brasil precisou dele como juíz, precisou como ministro (o congresso impede ele de realizar o seu trabalho na plenitude) e precisa de Moro como Presidente da República, logo existe um clamor nas ruas " Moro 2022".

  5. Moro merece todos os reconhecimentos do mundo, pelo seu trabalho anticorrupção.
    Também ficará marcado na história pelos homens que representam o povo a todo tempo tentam acabar com o seu trabalho, legislando contra uma sociedade que não aguenta tanta corrupção.

  6. Esse é o cara, o Brasil é um outro país depois de Sérgio Moro, agora os petralhas são cheios de mínimi.

  7. Se um juizeco de meia tigela desses e escolhido como tal. O nosso Brasil está fudido mesmo . Aí de nós. Pobre Brasil

    1. Moro um Juizeco… imagine o que dizer da petralhada que afundou o Brasil

  8. Merece ser o primeiro, do elenco. M dos maiores brasileiros de todos os tempos. Grande Sérgio Moro.

  9. O homem é foda! Sem retoques. Quem gostava da bandalheira e falcatrua, com certeza, meterá o cacete!

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