Economia

CONTROLE DE HORÁRIO: Governo federal vai implantar ponto eletrônico para 410 mil servidores

Foto: Divulgação

Os servidores públicos federais de todo o Brasil serão obrigados a bater o ponto por meio eletrônico. A exigência vai atingir 410 mil funcionários de um total de 580 mil servidores do Executivo que estão efetivamente trabalhando no governo federal. O processo de implantação do controle de frequência eletrônico para todos os servidores deve durar 12 meses e vai pôr fim em definitivo ao controle do ponto que é feito ainda em papel em boa parte dos órgãos do Executivo – em muitos casos, de forma precária.

Ficarão de fora do controle de frequência os 146 mil professores das universidades públicas federais, que já eram dispensados de bater ponto, de acordo com norma anterior que não foi alterada. Funcionários em cargos de chefia, com função comissionada (DAS) de número 4 a 6, ocupados por funcionários do alto escalão do governo, como secretários, também não estarão sujeitos ao ponto.

“Hoje, o controle da jornada dos funcionários é precário. O governo não consegue fiscalizar o cumprimento das horas obrigatórias de trabalho com eficiência. Há três tipos de jornada: cinco, seis e oito horas diárias dependendo da atividade. O governo avalia que, com o novo modelo, será mais fácil identificar as infrações e apurar as responsabilidades”, diz o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart.

O uso do ponto eletrônico é uma cobrança do Tribunal de Conta da União (TCU) para universidades federais e hospitais universitários, para substituir o ponto manual, considerado falho e ultrapassado. “Essa área ficou parada no tempo. Temos de avançar para o ambiente digital”, diz Lenhart. “Vai ficar mais difícil burlar.” Se o servidor não justificar uma eventual ausência, o dia será cortado no salário, assim como ocorre na iniciativa privada.

O controle poderá ser feito por computador, pela digital ou até mesmo por meio de um aplicativo instalado no celular. O controle começa nesta segunda-feira para os servidores da Advocacia-Geral da União, Agência Nacional do Cinema (Ancine) e Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Alternativas
Para Lenhart, o sistema dá flexibilidade para uso de uma série de alternativas de controle. Essa é uma vantagem para uma estrutura complexa como a do governo federal, que conta com servidores em diferentes atividades, muitos deles fazendo serviço em campo e sem comparecer na sua unidade de trabalho, como os fiscais.

O chefe do servidor terá de homologar as marcações. Mas o secretário avalia que o número de servidores nas áreas de recursos humanos vai cair “tremendamente” com o modelo eletrônico. As informações do ponto serão transferidas automaticamente para a folha de pagamentos do governo federal.

O Serpro, a empresa de processamento de dados do governo, criou o Sistema de Registro de Frequência (Sisref) para ser usado por todos os órgãos da administração direta, autarquias e fundações a um custo único de R$ 80 mil por mês para todos os servidores do Executivo.

Os órgãos que já usam controle eletrônico, contratado por empresas da iniciativa privada, após o vencimento do contrato, terão de migrar o ponto para o sistema do governo federal.

Os próximos órgãos a usarem o sistema serão a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Ministério da Economia e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Aplicativo

O sistema de controle eletrônico da jornada de trabalho dos servidores públicos federais vai dar a opção do uso do ponto pelo aplicativo do celular, com a marcação geográfica. O georreferenciamento permitirá identificar se o servidor marcou a hora de chegada e saída no seu local de trabalho. Essa é uma alternativa de controle de ponto que já é utilizada pelas empresas da iniciativa privada.

Alguns servidores vão ter marcação direta nos computadores, outros poderão fazer por leitura digital. Com o controle eletrônico, o governo vai montar o banco de horas dos servidores públicos, modelo adotado na iniciativa privada.

As horas além da jornada poderão ser compensadas com folgas. Mas a jornada maior terá de ser autorizada pela chefia, e não por vontade própria do funcionário. Hoje, esse tipo de negociação ocorre de maneira informal. O governo não paga horas extras.

Para o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, o registro do ponto eletrônico é uma garantia também para o trabalhador. “É uma segurança também tanto para o servidor quanto para a administração”, diz.

Para ele, chegou a hora da transformação do governo para o ambiente digital. “É uma área em que precisamos nos reinventar se quisermos atender às demandas da sociedade”, avalia.

O governo também está preparando um plano de reestruturação de carreiras, que ainda não está pronto. As mudanças, de acordo com o secretário, vão mudar a qualidade dos serviços prestados à população. O plano pode incluir uma redução dos salários dos novos servidores para equipará-los aos da iniciativa privada. A ideia é elevar a distância entre salários de entrada e de fim de carreira dos servidores, diminuindo os salários do inicio de carreira.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Se colocar ponto eletrônico no legislativo será um problema enorme com a falta de espaço, falta de bureau, falta de cadeira para seus funcionários e cargos comissionados. Mas como o legislativo é o único poder cuja independência vale na teoria e na prática, vai ficar tudo como está, numa boa, sem controle, as mil maravilhas, no máximo tem uma folha de ponto para ser assinada no dia que der vontade. Deixa os deveres e obrigações para o judiciário e executivo.
    Falei alguma mentira?

  2. Acho que Irany confundiu o serviço público federal, altamente qualificado e eficiente, com o estadual… cheio de falhas e cujos principais "larápios" eram justamente os que estavam no topo da cadeia: médicos e enfermeiros que iam assinar ponto no Walfredo e depois iam pras clínicas ganhar o dinheiro das consultas particulares e dos planos, só pra dar um exemplo… a maioria deles, inclusive, é apoiadora de Bozo e foi resistente à implantação do ponto eletrônico nos hospitais, diga-se de passagem.

  3. A pelegada vai à loucura, não são acostumados a trabalhar e produzir, pode esperar que vai faltar espaço na maioria das repartições públicas, quiçá não apareçam vagas!!! Dá-lhe meu presidente, vamos produzir delegada… kkkkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Vereadores aprovam projetos para o meio ambiente e em homenagem ao administrador

Na sessão ordinária desta quinta-feira (16), a Câmara Municipal de Natal aprovou em segunda discussão o Projeto de Lei n° 106/2011 de autoria do vereador Maurício Gurgel (PHS) e Raniere Barbosa (PRB), além do Projeto de Lei nº 067/2012, proposição do vereador Ney Lopes Júnior (DEM).

O projeto dos vereadores Maurício Gurgel e Raniere Barbosa institui normas e procedimentos para reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico. “A instituição dessas normas tem um objetivo real e concreto. O destino correto desses resíduos irá refletir na preocupação das políticas de nossa cidade com o meio ambiente”, ressaltou o vereador Raniere Barbosa (PR).

Já o projeto do vereador Ney Lopes Jr., dispõe da criação do Dia Municipal do Administrador, a ser comemorado todos os anos no dia 09 de setembro. Os projetos seguem agora para sanção do Executivo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

CMN aprova projeto para destino final do lixo tecnológico

Na manhã desta terça-feira (14) a Câmara Municipal de Natal aprovou três Projetos de Lei .Em primeira discussão, foi aprovado o Projeto de Lei Nº. 106/2011 que institui normas e procedimentos para reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico, de autoria dos vereadores Mauricio Gurgel (PHS) e Raniere Barbosa (PR).

O projeto visa gerir, fundamentar e criar políticas públicas para a cidade de Natal destinadas às medidas tomadas com relação aos resíduos tecnológicos, como computadores, aparelhos de televisão, assim como demais equipamentos fora de uso.

“Esse projeto tem uma consistência objetiva. Incluir Natal, como uma cidade em compromisso com a evolução tecnológica que está acontecendo. Criar as políticas que irão gerir essa demanda de lixo tecnológico é estar atualizado e em compromisso com o futuro”, afirma  Raniere Barbosa (PR).

Também foi aprovado na sessão, o Projeto de Lei Nº. 141/2011, criado pela vereadora Sargento Regina (PDT), que dispõe sobre o Programa Teatro Cultura e Arte nos Bairros Carentes da Cidade de Natal. O projeto já havia sido aprovado em primeira discussão na última semana pela CMN. O programa objetiva levar apresentações e atividades culturais às comunidades carentes da cidade.

Ainda seguindo a Ordem do Dia, a CMN aprovou a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Livro e da Leitura, de acordo com o Projeto de Lei Nº. 05/2012. A proposição, do vereador Ney Lopes Jr. (DEM) se dá pela importância da leitura na formação intelectual do cidadão.

“A frente irá debater a necessidade de o município ter políticas que venham a incentivar a leitura, estimulando o prazer dessa atividade. É necessário fomentar essa discussão, não apenas nas escolas, mas em todos os segmentos sociais”, esclarece o vereador democrata.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Quadrilha arromba caixa eletrônico do BB na Urbana

Um grupo de seis a oito homens invadiu a sede da Urbana, no bairro das Quintas, e arrombou um caixa eletrônico do Banco do Brasil. O bando chegou armado de pistola, rendeu os seguranças do prédio e arrombou a máquina com maçaricos.

Era cerca de 2h deste sábado (24) quando a quadrilha chegou à Urbana. De acordo com informações dos vigilantes, não houve agressões por parte dos assaltantes. Eles estavam todos armados e utilizavam de rádios para manter a comunicação.

Depois de retirar o dinheiro do caixa, os homens fugiram de carro com destino desconhecido. O Itep se dirigiu ao local para realizar perícia, e ainda não foi estimada a quantia levada pelo bando.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *