Segurança

Novo vazamento expõe mais de 100 milhões de contas de celular do Brasil

Vivo e Claro não detectaram invasão, mas abriram investigação interna Sebatião Moreira/EFE/VEJA

O Brasil está sob ataque constante de hackers. Dias depois revelar o maior vazamento de dados pessoais já registrado no país, que incluiu 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos, a a empresa de cibersegurança PSafe informou nesta quarta-feira, 10, que mais de 100 milhões de contas de celular de brasileiros foram encontradas na dark web. As informações são do site NeoFeed e foram confirmadas por VEJA junto à PSafe.

A empresa com base no Brasil e nos EUA montou um laboratório, o dfndr lab, que vem descobrindo vazamento de proporções gigantescas, evidenciando a vulnerabilidade das empresas e órgãos governamentais. As 102.828.814 de contas de celular vazados na dark web incluem informações sensíveis como tempo de duração das ligações, número de celular, e outros dados pessoais como endereço e telefone.

O carioca Marco DeMello, CEO e fundador da PSafe, disse que ainda hoje enviará um detalhado documento com a investigação realizada para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), vinculada ao Governo Federal. Dentre as vítimas, estão o presidente Jair Bolsonaro e também os apresentadores globais William Bonner e Fátima Bernardes. No caso de Bolsonaro, há detalhes como valor da conta, volume de minutos gastos por dia, o número do celular, filiação, data de nascimento e CPF.

Os relatórios apontam para vazamento de dados das contas de duas operadoras de telefonia não identificadas. Os dados são vendidos na dark web, a parte mais sinistra da deep web, na qual os domínios são voltados para práticas criminosas como tráfico de drogas, exploração infantil, serviços de assassinos de aluguel, pedofilia e os mais diversos crimes virtuais.

A Psafe conseguiu contato com o cibercriminoso, que não é o mesmo dos vazamentos de CPF e CNPJ. Ele alegou ter extraído os dados dos sistemas da Vivo (57, 2 milhões de registros) e da Claro (45, 6 milhões), mas não foi possível descobrir a identidade do hacker, justamente pelo fato de a conversa ter ocorrido na zona de difícil rastreamento.

Tanto a Vivo quanto a Claro disseram não ter identificado nenhum tipo de vazamento, mas dizem cumprir rígidos controles de acesso a dados e que investigações internas serão abertas. Marco De Mello informou que hacker é estrangeiro, vive fora do Brasil, e está vendendo cada registro por 1 dólar, por meio da criptomoeda bitcoin. A PSafe informou que enviará uma nota oficial sobre o assunto ainda nesta quarta-feira.

No fim de janeiro, a PSafe revelou que detectou a divulgação indevida de 40 milhões de CNPJs de empresas nacionais, além de 222 milhões de CPFs – maior que toda a população brasileira, pois incluía documentos de pessoas mortas –, e outras informações valiosas. Na ocasião, a A Psafe também conseguiu contato com o cibercriminoso responsável, que alegou ter extraído os dados do sistema da Serasa Experian.

O Serasa diz ter realizado uma investigação interna e nega ser a origem do vazamento. “Apesar das investigações detalhadas conduzidas até o momento, não há evidências de que nossos sistemas tenham sido comprometidos”, informou em nota. O caso, tratado como gravíssimo pelo presidente do Superior Tribunal Federal, Luiz Fux, vem sendo investigado pela ANPD.

Veja

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Política

Briga nas redes expõe racha no MBL

Vereador Fernando Holiday (Patriota) | Divulgação

Um dos grupos que liderou os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) rachou por causa das eleições para a presidência da Câmara dos Deputados. Algumas lideranças do grupo que já se colocaram favoráveis ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro resolveram apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), enquanto outros, como o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, declararam apoio à candidatura de Marcel van Hattem (NOVO-RS).

O racha ficou público após algumas críticas feitas pelo grupo ao deputado do Novo. Na última terça-feira, em entrevista à “Rádio Jovem Pan”, Marcel van Hattem afirmou que “impeachment sem crime de responsabilidade é tumulto na democracia” em resposta à pressão pela abertura de um processo de impeachment contra o presidente em razão de sua atuação durante a crise do coronavírus.A declaração foi ironizada por integrantes do MBL, que lembraram a semelhança entre a frase do deputado do Novo e a usada pelos parlamentares do PT durante o processo de impeachment de Dilma, em 2016 (“impeachment sem crime de responsabilidade é golpe”). Após as críticas, van Hattem afirmou estar sendo alvo de uma campanha de destruição de reputação.Um dos coordenadores do movimento, Renan Santos, afirmou que as críticas eram parte de uma discordância política.”Destruição de reputação é o que o bolsonarismo fez conosco por anos e aturamos sozinhos. Ninguém nos defendeu. Quando atacaram Marcel no ano passado, nos solidarizamos. Defendemos ele. Quando a esquerda fez ilações canalhas contra ele num programa de TV, defendemos. Aquilo ali é destruição de reputação. Chamá-lo de “Van Rato” como o bolsonarismo faz, também”, afirmou no Twitter.

Outra liderança do grupo e ex-candidato a Prefeito de São Paulo, o deputado estadual Arthur do Val “Mamãe Falei” também foi à rede social criticar a postura de Van Hattem.

“Marcel Van Hattem, ninguém está “assassinando sua reputação”. O fato é que o muro é um lugar instável. Humilde conselho de quem gosta de você: escolha seu lado. Logo”.

Enquanto a discussão cresceu nas redes, o vereador Fernando Holiday também se posicionou, mas em defesa da candidatura de van Hattem à Presidência da Câmara. O deputado do Novo tem poucas chances de vencer, mas lançou seu nome como uma alternativa aos dois principais postulantes ao cargo, Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Rodrigo Maia, e Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro.

“A melhor alternativa é Marcel Van Hattem, não significa aderir ao Bolsonarismo, mas ter a consciência de que qualquer candidatura do centrão representa tudo o que sempre combatemos. Repito: se eu fosse deputado federal meu voto seria Marcel” postou.

O vereador também compartilhou outras publicações em defesa do deputado federal do Novo. Em uma delas, Thomaz Henrique Barbosa, vereador eleito em São José dos Campos pelo NOVO, afirmou que “o inimigo do bolsonarismo não é a intolerância, mas o diálogo, não é o ataque, mas a construção de pontes. Não é a destruição de reputações, mas a crítica assertiva e ponderada, como é feita pelo NOVO”.

Sonar – O Globo

Opinião dos leitores

  1. MBL deveria se chamar PSOLKids… eles estão cada vez mais fechados nessa bolha deles, e a bolha tá diminuindo

  2. Holiday será o presidente em 2027, após o segundo mandato do mito…#borafernando…!!!!!!!!!! A esquerdalha pira!!!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Diversos

Vazamento sem precedentes expõe CPF de quase todos os brasileiros; saiba riscos

Foto: Pond5

Um vazamento sem precedentes pode ter exposto dados de mais de 220 millhões de pessoas, de acordo com o dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe. O lote de informações contém CPF, nome completo e data de nascimento de quase todos os brasileiros — na lista roubada há, inclusive, dados sensíveis de grandes autoridades do país. Segundo o dfndr lab, o roubo de dados foi detectado na manhã desta terça-feira (19), mas ainda não se sabe a origem do ataque.

De acordo com o laboratório, cibercriminosos também tiveram acesso a informações detalhadas sobre mais de 104 milhões de veículos e dados sigilosos de 40 milhões de empresas. Essas informações podem ser comercializadas de forma ilegal na dark web para que hackers possam utilizá-las em ataques direcionados.

O diretor da dfndr lab, Emilio Simoni, afirma que é comum que criminosos usem esses dados em outros métodos de ataque. “Uma vez que o cibercriminoso tenha o CPF e outros dados reais da pessoa, seria fácil se passar por um serviço legítimo e utilizar engenharia social para obter dados mais críticos da vítima, que poderiam ser utilizados para pedir empréstimos, senha de banco e contratações de serviços, por exemplo”, alerta Simoni.

Entre as 40 milhões de empresas atingidas, foram vazados o número de cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ), razão social, nome fantasia e data de fundação.

Os dados capturados de veículos também são preocupantes. O lote de informações roubadas contam com detalhes de mais 140 milhões de veículos que vão desde números de chassi até dados precisos como município de registro, placa do automóvel, modelo, ano de fabricação, cilindradas e o tipo de combustível utilizado.

Esse tipo de informação é muito valiosa nas mãos de criminosos virtuais, que podem usar os dados como iscas para golpes mais sofisticados. Até o momento, entretanto, não há informações sobre como esses dados foram obtidos e de onde exatamente partiu o ataque.

Globo, via Techtudo

Opinião dos leitores

  1. Isso é uma vergonha , até qdo vamos ter nossos dados expostos? Não estamos seguros , sempre vai aparecer algum esperto p tentar se dar bem .

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Diversos

Prefeitura expõe projeto de engorda de Ponta Negra em audiência pública

Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (18), o titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov),Tomaz Neto, participou de audiência pública na Câmara Municipal para debater as obras de enrocamento e engorda da praia de Ponta Negra, representando a Prefeitura do Natal.

Proposta pela vereadora Ana Paula (PL), a reunião contou com a participação de moradores e comerciantes da Vila de Ponta Negra, Idema, Semsur, Semurb, Aeronáutica e líderes comunitários do bairro de Ponta Negra. Na audiência, o secretário informou sobre a proposta da engorda e sua importância para a vida útil daquela região. “Fizemos vários estudos ao longo dos anos e descobrimos que a melhor alternativa para a praia é a engorda, que dará uma maior segurança para todos e nos dará uma faixa de praia de mais 30 metros, possibilitando os esportes náuticos e protegendo a nossa praia de futuras erosões”, explicou Tomaz Neto.

A obra da engorda, que será feita logo depois dos serviços de enrocamento restante (e que deverão iniciar até o mês de dezembro), iniciarão em 2020. “Estamos em contato com os técnicos do Idema para a liberação dos serviços (2 km de enrocamento). Depois disso, iremos passar para a etapa da engorda, no próximo ano. Todo esse processo engloba R$ 56 milhões de reais, numa parceria entre o Governo Federal e a gestão municipal”, ressaltou o secretário de Obras.

Opinião dos leitores

  1. Aqui em Natal tudo é o contrário, fazem as obras no período de alta estação.
    A orla urbana de Natal é uma vergonha para os potiguares – a mais feia do Nordeste, quiçá do BRASIL.
    Sujeira e ………

    1. Homi… se eles pelo menos colocassem a areia, ja ajudava na economia da obra. Mas nem nisso ajudam. So colocam dificuldades pra serem do contra.

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