Saúde

NECESSIDADE DA VACINA: ‘Estamos em uma corrida contra o tempo’, diz virologista sobre novas mutações do coronavírus

Foto: Reprodução/CNN Brasil

Enquanto a maioria da população não for vacinada, o novo coronavírus encontra um terreno fértil para fazer mutações no organismo humano, como a variante descoberta no Reino Unido e que já está no Brasil. O alerta é do virologista e chefe do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Edison Durigon, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (4).

Segundo o especialista, pode haver até mesmo um momento em que a mutação escape do efeito do imunizante.

“Essas mutações são pontuais, mas, se ocorrerem no sítio onde os anticorpos produzidos pela vacina se ligam, podemos ter um escape vacinal. É uma hipótese mais rara, mas pode acontecer. Quanto mais rápido vacinarmos, maiores as chances de conter cepas novas, diminuir o número de mutações, fora o número de mortalidade”, afirmou Durigon à CNN.

“Existe uma preocupação de, conforme aumente os números de mutações, ter uma cepa que fuja aos diagnósticos. Por enquanto não precisamos nos preocupar muito, mas temos que ficar em alerta e torcer para que a vacina venha logo. Estamos em uma corrida contra o tempo”, complementou.

Segundo o virologista, a vacina tem papel fundamental na luta contra o vírus, por criar uma “barreira imunológica”.

“Quanto mais tempo a população estiver sem vacina, mais chance de ele se multiplicar em diferentes hospedeiros e criar novas mutações. A vacina vai criar uma barreira imunológica; esse vírus vai infectar menos e a taxa de mutação será bem menor. Sem a vacina, estamos deixando o vírus seguir o caminho dele, o que é muito perigoso”, disse o especialista.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. O que as Otoridades praticam no Brasil com respeito ao Covid-19 i um Crime e um Verdadeiro genocídio. Enquanto a Inglaterra aplica simultâneamente duas vacinas e NÃO quer PERDER nenhuma VIDA, aqui no Brasil com mais de DUZENTOS mil Mortos só se Pensa em IMPOSTOS

  2. Nada contra ou a favor da opinião de quem quer que seja, só acho que se esconder atrás do anonimato, é, no mínimo, uma falta de personalidade.

  3. Realmente muito compreensível a luta desses maravilhosos profissionais da ciência . Eles lutam contra a tal GRIPZINHA que DA LUA batizou . Ainda bem que temos gestores competentes como o DÓRIA em São Paulo , que enfrenta a ira e o negacionismo de TONHO . Obrigado governador DÓRIA , continue com esse trabalho maravilhoso . Enquanto isso o ministro estrategista em logística , não tem vacina , deixa vencer milhares de testes , não tem data para vacinação e ainda aceita uma ruma de remédio que is EUA ?? iam jogar no lixo . TONHO está completamente perdido. acho até que está enfrentando problemas domésticos . A charmosa primeira dama está com aparência triste e cabisbaixa . No mais vamos aguardar infelizmente a chegada da marca TONHO 200 Mil . Triste e trágico mas infelizmente real e concreto .

  4. E o famigerado PR quer saber de nada além de se exibir para meia dúzia de tontos bovinos?

    1. Se depender do BOZO, a VACINA só chegará entre maio/junho . GOVERNO sem planejamento associado com maldade e sem vontade de aceitar a vacina.

    2. Interessante é q o Reino Unido q primeiro começou a vacinar e onde provavelmente mais pessoas foram vacinadas foi onde mais aumentou o número de casos e de mortes, acho q essa vacina falhou

    3. Manoel você está com alto nível de inteligência,está parecendo Bolsonaro

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Saúde

CORONAVÍRUS: ‘Mutações são comuns de acontecerem’, tranquiliza pesquisadora, que acredita que vacina desenvolvida será universal

Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A pesquisadora do Laboratório Nacional de Computação Científica, Ana Tereza Ribeiro Vasconcelos, faz parte da equipe de especialistas que sequenciaram 180 genomas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em amostras no estado do Rio de Janeiro. Em entrevista à CNN, Ana Tereza afirma que a mutação é “normal” de acontecer.

“Nós sequenciamos 180 genomas no estado do Rio no período de abril a meados de novembro. Essa nova linhagem é característica de cinco mutações, o que é normal”, disse. “Um vírus que está entrando no ser humano há apenas 12 meses sofre essas mutações, e essas mutações são comuns de acontecerem.”

Assista VÍDEO AQUI.

Segundo a pesquisadora, ao que tudo indica até o momento, essas mutações parecem não interferir na transmissibilidade do vírus nem tampouco nas vacinas que estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo.

“A taxa de mutação do vírus da influenza, por exemplo, é muito mais alta que a taxa do coronavírus até o momento. Então, acredito que não vamos ter que mudar, que a vacina que está sendo desenvolvida ela provavelmente será universal e para todos os países”, explicou.

CNN Brasil

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Saúde

Nova linhagem com mutação do vírus da Covid-19 é descoberta no Rio

Movimentação intensa no Saara, no Centro do Rio, no último fim de semana antes do Natal para compras de fim de ano Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo 21-12-2020

Cientistas descobriram no estado do Rio de Janeiro uma nova linhagem do coronavírus. Ela derivou da B.1.1.28, a linhagem que já estava em circulação no Brasil desde o início do ano. O estudo não indica que a nova cepa seja mais transmissível ou agressiva, apenas relata sua descoberta. Como para as demais linhagens do Sars-CoV-2, tampouco há indícios de que esta possa reduzir a eficácia das vacinas que começam a chegar no mundo, frisam os pesquisadores.

Ela foi identificada por meio de sequenciamento genético. Amostras de 180 genomas do Sars-CoV-2 em circulação no estado do Rio de Janeiro foram sequenciadas pelo Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, sob coordenação de Ana Tereza Vasconcelos.

Dos 180 genomas, 38 tinham mutações que indicam se tratar de uma nova linhagem, explica Vasconcelos. Sessenta por cento dos genomas são do município do Rio de Janeiro.

A análise dos dados foi realizada em conjunto com o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ entre outras instituições. O trabalho é parte da Rede Coronaômica, do MCTI, e da Rede Fluminense de Ômicas, apoiada pela Faperj. O trabalho foi publicado no site do LNCC e submetido ao medRxiv.

O Globo

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Saúde

Mutação pode ter tornado o novo coronavírus mais vulnerável às vacinas, aponta estudo

Imagem de microscópico mostra o novo coronavírus, responsável pela doença chamada Covid-19 — Foto: NIAID-RML/AP

A mesma mutação genética que tornou o novo coronavírus mais infeccioso também pode fazer que ele se torne mais vulnerável às vacinas, aponta trabalho de pesquisadores norte-americanos. O grupo liderado pelo cientista Drew Weissman, da Universidade de Pensilvânia, apontou em um estudo publicado na sexta-feira (24) que a chave deste processo está na mutação nomeada D614G.

Esta mutação específica aumentou o número de espinhos, ou “spikes” do coronavírus Sars-Cov-2. As estruturas são formadas pela proteína S. Estes espinhos permitem ao vírus se conectar às células das mucosas e infectá-las, para começar a sua duplicação.

Os cientistas ressaltam, no entanto, que essa mutação não será um problema para as ao menos cinco vacinas para o Sars-Cov-2 em estágio final de teste. Isso porque é justamente para combater este espinho que elas estão sendo desenvolvidas.

As vacinas são preparadas para induzir a formação de anticorpos neutralizantes que atacam a proteína S. Com mais espinhos, vai haver mais espaço para os antígenos da vacina atuarem na defesa e para poder, assim, neutralizar a ação do vírus, afirmam os pesquisadores em um artigo que ainda não foi revisado por pares (pré-print) e que foi publicado na plataforma MedRXiv.

Metodologia: ‘falso vírus’

Para entender como uma possível vacina responderia a esta mutação, os cientistas usaram ratos, macacos e humanos. Primeiro aplicaram em alguns dos indivíduos um soro com anticorpos. Depois, colocaram no corpo deles um vírus modificado para conter apenas a proteína S do Sars-Cov-2, o que não expôs nem as cobaias nem os voluntários a riscos da Covid.

Eles perceberam que, nos indivíduos que receberam o soro, a mutação D614G teve mais dificuldade de acoplar o vírus na célula que seria invadida. Isso indica, segundo o estudo, que a linhagem do novo coronavírus que se tornou dominante deve ser mais suscetível a bloqueio dos anticorpos induzido pelas vacinas atualmente em desenvolvimento.

Vacina de Oxford

Uma das candidatas a imunização da Covid, a vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford usa a chamada tecnologia vetor-adenovírus, que, como o nome sugere, usa um adenovírus como vetor para levar o coronavírus modificado para dentro de uma célula humana.

Esse adenovírus é geneticamente modificado para impedir sua replicação e, assim, que ele infecte uma célula humana. Adenovírus costumam causar resfriados.

No lugar dos genes removidos é inserida uma sequência de DNA com o código da proteína S do coronavírus Sars-Cov-2. Essa sequência faz o corpo humano entender, equivocadamente, que está infectado, o que gera a resposta imunológica.

Os cientistas de Oxford já tinham vetores adenovírus em estoque. Eles trabalham há anos com essa tecnologia para produzir vacinas. O que tiveram de fazer foi adaptá-la para o Sars-Cov-2 e adicionar a sua proteína spike para gerar a resposta imunológica desejada.

G1

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Saúde

Estudo: mutação do coronavírus é mais contagiosa, mas não agrava doença

Foto: Callaghan O’Hare/Reuters

Um estudo global encontrou fortes evidências de que uma nova forma do coronavírus se espalhou da Europa para os Estados Unidos. A nova mutação aumenta a probabilidade de o vírus infectar as pessoas, mas não parece torná-las mais doentes do que as variações anteriores, informou uma equipe internacional de pesquisadores nesta quinta-feira.

“Agora é a forma dominante de infectar pessoas”, disse à CNN Erica Ollmann Saphire, do Instituto de Imunologia La Jolla e do Consórcio de Imunoterapia Coronavírus, que trabalhou no estudo.

“Este é agora o vírus.”

O estudo, publicado na revista Cell, baseia-se em alguns trabalhos anteriores que a equipe fez, lançada em um servidor de pré-impressão no início do ano. Informações compartilhadas sobre sequências genéticas indicaram que uma certa versão mutante do vírus estava assumindo o controle.

Agora, a equipe não apenas verificou mais seqüências genéticas, mas também realizou experimentos envolvendo pessoas, animais e células em pratos de laboratório que mostram que a versão mutada é mais comum e mais infecciosa que outras versões.

“Sabemos que o novo vírus se adequa melhor. Não parece à primeira vista como se fosse pior”, disse Saphire.

A mutação afeta a proteína spike – a estrutura que o vírus usa para entrar nas células que infecta. Agora, os pesquisadores estão verificando se isso afeta a possibilidde de que o vírus seja controlado por uma vacina. As vacinas atuais sendo testadas visam principalmente a proteína spike, mas foram feitas usando cepas mais antigas do vírus.

O estudo, publicado na revista Cell, confirma trabalhos anteriores sugerindo que a mutação havia tornado a nova variante do vírus mais comum. Os pesquisadores chamam a nova mutação de G614 e mostram que ela quase substituiu completamente a primeira versão a se espalhar na Europa e nos EUA, uma chamada D614.

Sem efeitos na sobrevida dos pacientes

“Nossos dados de rastreamento global mostram que a variante G614 em Spike se espalhou mais rapidamente que o D614”, escreveram a bióloga teórica Bette Korber, do Laboratório Nacional Los Alamos e colegas. “Nós interpretamos isso como significando que o vírus provavelmente será mais infeccioso”, acrescentaram. “Curiosamente, não encontramos evidências do impacto do G614 na gravidade da doença”.

Isso pode ser uma boa notícia, disse Lawrence Young, professor de oncologia médica da Universidade de Warwick, no Reino Unido, que não participou do estudo.

“O trabalho atual sugere que, embora a variante G614 possa ser mais infecciosa, não é mais patogênica. Há uma esperança de que, à medida que a infecção por SARS-CoV-2 se espalhe, o vírus se torne menos patogênico”, disse ele em comunicado.

A equipe testou amostras de pacientes da Europa e dos EUA e sequenciou os genomas. Eles compararam essas seqüências do genoma com o que foi compartilhado publicamente. A comparação dessas sequências os ajudou a desenhar um mapa da propagação das duas formas.

“Até 1º de março de 2020, a variante G614 era rara fora da Europa, mas no final de março aumentou em frequência em todo o mundo”, escreveram eles.

Mesmo quando o formulário D614 causou epidemias generalizadas, em lugares como o País de Gales e Nottingham na Inglaterra e no estado de Washington, o G614 assumiu o controle assim que apareceu, eles descobriram.

“O aumento na frequência do G614 geralmente continua bem depois que os pedidos de estadia em casa estão em vigor e após o período de incubação de duas semanas subsequente”, acrescentaram. Existem algumas exceções, incluindo a área de Santa Clara, Califórnia, e a Islândia, onde a forma D614 mais antiga nunca foi substituída pela variante G mais recente.

Três a nove vezes mais infeccioso

A nova versão parece se multiplicar mais rapidamente no trato respiratório superior – nariz, seios paranasais e garganta – o que explicaria por que ela passa mais facilmente, disseram os pesquisadores.

Porém, testes em 1.000 pacientes hospitalizados com coronavírus na Grã-Bretanha mostraram que os infectados com a nova versão não se saíram pior do que aqueles que pegaram a cepa original.

David Montefiore, da Universidade Duke e colegas, testaram o vírus no laboratório. “Conseguimos testar se a forma G do vírus era mais infecciosa que a forma D”, disse à CNN Montefiore, diretor do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas contra a Aids.

“Todos os resultados concordaram que a forma G era três a nove vezes mais infecciosa que a forma D”, acrescentou. “Agora tínhamos evidências experimentais que apoiavam, em parte, o que Bette estava vendo em sua análise das sequências em todo o mundo – a forma G tinha uma vantagem de condicionamento físico em termos de infectividade”.

Os testes de laboratório do vírus em ação confirmaram o que os mapas genéticos haviam mostrado.

“Essas descobertas sugerem que a forma mais nova do vírus pode ser transmitida mais rapidamente do que a forma original. Independentemente de essa conclusão ser ou não confirmada, ela destaca o valor do que já eram boas idéias: usar máscaras e manter o distanciamento social “, disse Korber em comunicado.

Outras mutações costumam acompanhar a mutação G614, mas não está claro qual efeito elas têm. “A primeira seqüência que detectamos que carregava todas as quatro mutações foi amostrada na Itália em 20 de fevereiro”, eles escreveram. “Em poucos dias, esse haplótipo foi amostrado em muitos países da Europa”.

A mutação G614 pode ser neutralizada pelo soro convalescente – o produto sanguíneo retirado de pessoas que se recuperaram de uma infecção por coronavírus, disse Saphire. Sua equipe testou sangue doado por seis sobreviventes de coronavírus em San Diego.

“Observamos se a variedade de anticorpos no sangue das pessoas era tão eficaz na neutralização do novo vírus quanto no antigo vírus. Era, de fato, um pouco melhor”, disse ela.

‘Foi um alívio’

Os pesquisadores temiam que, se a nova mutação fizesse o vírus crescer mais rapidamente e em níveis mais altos, seria necessário mais esforço do sistema imunológico para neutralizá-lo. “Não era o caso”, disse Saphire.

É necessário mais trabalho, é claro, para solidificar as descobertas e ver o que as mudanças significam para a epidemia e para os pacientes, disseram os pesquisadores.

“Existem possíveis consequências para as vacinas. Estamos investigando ativamente essas possíveis consequências”, disse Montefiore.

E, é claro, eles estão de olho em outras mutações. “Podemos ter se esquivado de uma bala com essa mutação em particular”, disse Saphire. “No entanto, isso não quer dizer que outra mutação não possa vir em cima dessa”, acrescentou.

“Caberia a nós permanecer vigilantes”.

CNN Brasil

 

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