Política

Manifestantes contra impeachment querem participação social para enfrentar crise

A maioria dos entrevistados durante o protesto do dia 31 de março, na Praça da Sé, em São Paulo, é favorável à maior participação social como forma de solucionar a atual crise política brasileira. Pesquisa feita por especialistas ligados à Universidade de São Paulo (USP) e à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 77% dos manifestantes concordam com o fortalecimento de organizações comunitárias, como ONGs e movimentos sociais, para enfrentar a crise.

Quase 89% dos entrevistados também disseram concordar total ou parcialmente com a hipótese de que as principais decisões políticas devem ser tomadas pelos próprios cidadãos, por meio de consultas populares, como os plebiscitos. Pouco menos de 10% dos que responderam à questão discordaram da proposta.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor da USP Pablo Ortellado, um dos coordenadores da pesquisa, disse que o intuito das entrevistas era verificar se em momentos de crise os brasileiros se sentem mais atraídos pela ampliação da participação social, como forma de resgatar a legitimidade, ou por soluções extrapolíticas, como a entrega do poder a juízes ou militares. A pesquisa dá sequência a outras duas, feitas em abril e em agosto de 2015, com manifestantes favoráveis ao impeachment.

“Estamos medindo como os manifestantes dos dois campos reagem à conjuntura. Os que querem o impeachment tem uma resposta dúbia, concordando, em maior ou menor grau, com as duas soluções”, disse Ortellado, referindo-se aos resultados obtidos em 16 de agosto de 2015. Na ocasião, quase 28% dos entrevistados responderam ser favoráveis a entregar o poder para alguém que não fosse um político tradicional – mesmo percentual dos que defenderam o fortalecimento de organizações como ONGs e movimentos sociais.

Ainda entre os que defendem o impeachment, uma boa solução para a crise política seria entregar o poder para um político honesto (87% concordam total ou parcialmente). A proposição de que o poder fosse exercido por um juiz honesto (sem menção a nomes específicos) obteve 63,7% de concordância total ou parcial. Em agosto, 76% dos entrevistados concordavam que as decisões políticas importantes fossem tomadas com base na consulta popular.

“Já na manifestação do último dia 31, contrária ao impeachment, as soluções de aprofundamento democrático sobressaíram de maneira notável. Nossa hipótese é que isso se deve ao fato de as pessoas contrárias ao impeachment sentirem menos a crise de legitimidade política do atual governo e terem maior confiança nos políticos”, acrescentou Ortellado.

As respostas obtidas no dia 31 revelam que, embora contrários ao impeachment, metade dos presentes (50,8%) ao ato organizado pelo movimento Frente Brasil Popular está pouco satisfeita com o governo Dilma. Dez por cento dos entrevistados disse não estar nada satisfeito, enquanto 37,2% responderam estar muito satisfeitos.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Por que a TV GLOBO, Guardião da Moral e dos bons costumes não divulga?

    A nova leva de documentos intitulada Panama Papers trouxe, por exemplo, a comprovação de que a TV Globo negociou aportes milionários com offshores para obter contratos de direitos de transmissão de jogos, entre 2004 e 2019.

    Todos os dados da Mossack Fonseca e suas offshores, reunidos na investigação Panama Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), estão nas mãos de jornalistas do Uol, do Estado de S. Paulo e da RedeTV!. Mas nenhuma informação sobre documentos da TV Globo foi publicada, até agora, pelos veículos brasileiros.

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Política

Protestos de rua pró-impeachment anunciam novos atos; presidente da CUT diz que vai às ruas contra processo

Em meio ao clima de comemoração pela decisão do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de acatar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, 2, coordenadores dos movimentos que organizaram os protestos de rua já falam em organizar novos atos, desta vez para pressionar parlamentares a votarem favoravelmente. Para ser instaurado o processo de impedimento são necessários 2/3 dos votos dos membros da Casa.

“O acolhimento do impeachmente fortalece a ideia de nova grande manifestação pública, junto com os outros grupos. Ainda não sabemos se faremos em 2015 ou em 2016”, disse o empresário Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.

VEJA MAIS: Presidente da CUT diz que vai às ruas CONTRA impeachment

Logo após a divulgação da notícia do acolhimento do pedido, os grupos anunciaram chamamentos públicos para que seus simpatizantes fossem às ruas em ao menos sete cidades.

O empresário Renan Santos, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre disse que a ideia agora é pressionar os deputados, tanto no Congresso quanto nas suas respectivas bases. “Ficamos muito tempo assistindo esse jogo de empurra entre Cunha e o governo. Agora o jogo será nosso”, disse.

A porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democrátricos, Carla Zambelli, disse que oo grupo cogita realizar atos em aeroportos para pressionar os parlamentares. “Agora é batalhar para conseguir os dois terços”, disse.

Isto É, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. não só as pedaladas fiscais como tambem tentar mentir dizendo que tem que ser feito este arranjo na camara e no senado para cobrir um rombo que eles fizeram e querem tapar o sol com uma peneira, ai vem um bando de safados como PMDB,PT,PROS ,PC do B e vem outros partidos safados misturados juntos com outros e aprovam este desmando deste governo safados e mentiroso para tapar um rombo de mas de R$120000,00 milhoes de reais .

  2. Mandem prender esses corruptos. inclusive os que fazem comentários aqui no blog, quem defende ladrão é porque é da mesma panela.

  3. Eu imagino se esse processo vingar. Pq se as justificativas apresentadas são suficientes pra afastar do cargo a presidente da republica também são suficientes pra afastar governadores e prefeitos de todo o país. Na minha opinião todos eles deveriam ser afastados, está mais que claro que todos tem rabo prezo!

    1. O Petista é a prova de que Deus limitou a inteligencia, mas esqueceu de limitar a burrice…

    2. Eleitor Tucano é a prova q nao basta quebrar o país tres vezes, desemprego nos 13%, apagão, salário mínimo congelado, educação federal sucateada, inflação no 12,5%…..é querer mais!
      Qual adjetivo para tal pessoa?

  4. Vou repetir:
    Esqueceram de avisar ao pessoal do PT que o cidadão que for ELEITO DEMOCRATICAMENTE não recebe cheque em branco para fazer o que quer e desejar com os recursos públicos, muito menos que ELEITO FICA ACIMA das leis vigentes no país.
    Corrupção é crime;
    Pedala fiscal é crime;
    Desvio de recursos públicos é crime;
    Populismo ilimitado sem preocupação com os cofres públicos é irresponsabilidade e leva a pedalada fiscal que é crime;
    Desemprego é incompetência administrativa gerada pela falta de capacidade com a economia;
    Rombo fiscal de R$ 110 BILHÕES vai levar o país a recessão profunda;
    A SEDE EM SE MANTER NO PODER NÃO PODE SER MAIOR QUE O FUTURO DE UMA NAÇÃO.
    Nem mesmo a pátria petista que tenta se apoderar do Brasil

    1. As "pedaladas" são uma questão puramente tecnica e não crime. Se forem, então todos os governadores e prefeitos devem ser afastados junto com Dilma!

    2. O PSDB está a 20 no poder em SP. Nenhum comentário da sede de poder dos tucanos?
      Retirar dinheiro do fundo da previdência dos funcionários do RN para pagar folha é o q?
      Hipócrita.

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Diversos

Desembargador vai responder procedimento disciplinar no caso da Padaria Mercatto

Corajosamente antecipado pelo Blog há 10 dias, o Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em sessão administrativa extraordinária realizada nesta terça-feira (18), decidiu pela instalação de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do desembargador Dilermando Motta, no interior da padaria Mercatto em 29 de dezembro. O incidente resultou na abertura de investigação preliminar aberta pelo presidente do TJ potiguar, desembargador Aderson Silvino, em 7 de janeiro. Durante a sessão, os 13 magistrados de segunda instância presentes a sessão, incluindo o presidente que é relator do processo, votaram unanimamente pela abertura do procedimento, que é regido pela Resolução 135/2011 do Conselho Nacional de Justiça.

A Corte decidiu desta forma, acompanhando o entendimento do relator em favor da instauração do PAD. O presidente do TJRN baseou-se no artigo 35, inciso 8º, da lei 35/1979, que prevê a apuração de comportamento repreensível e inadequado de magistrados em público, e também no Código de Ética dos Magistrados.

De acordo com o relator, a postura pública do desembargador Dilermando Mota será apreciada no decorrer do Procedimento Administrativo Disciplinar para se saber se a conduta em ambiente privado condiz ou não com suas funções de magistrado e se realçam uma postura pública de não honorabilidade. “O suposto abuso de autoridade cometido pelo juiz do segundo grau deve ser melhor analisado. O investigado não nega que a discussão tenha ocorrido, mas nega que tenha sido da maneira que foi divulgado pela imprensa”, coloca Aderson Silvino.

O desembargador Amaury Moura Sobrinho, decano da Corte, destacou ser preciso dar continuidade ao procedimento em virtude do que consta no Código de Ética dos Magistrados, que fala da necessidade de investigação de qualquer mera ciência de irregularidade. “Logo é preciso verificar e aprofundar a investigação de provas e analisar a suposta prática desonrosa do desembargador”, frisou Amaury. E colega, desembargador Saraiva Sobrinho afirmou a necessidade de se conduzir o processo com imparcialidade e tranquilidade, e julgar a procedência das acusações.

Defesa

O advogado de defesa do desembargador Dilermando, Gleydson Oliveira, disse em sustentação oral que o desembargador reconhece que houve animosidade no interior da padaria Mercatto. “Porém é preciso provas. Não houve oitiva das supostas vítimas; elas não foram ouvidas. Nem mesmo reclamaram à justiça pelo fato ocorrido”, esclarece o advogado.

Gleydson disse ainda que Dilermando não estava no exercício da profissão no momento em que proferiu palavras de baixo calão e que estava “sob pressão do constrangimento”. “O caso diz respeito à órbita privada”, completa.

Com informações do TJRN

Opinião dos leitores

  1. Não,meu caro caio.Só se roubar que é aposentado com proventos integrais.No caso "em tela" o meretíssimo receberá uma repreenção de mentirinha,é claro.

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Diversos

FOTO(Fim da polêmica): Luta mista do Shooto é ação contra violência doméstica do Disque Denúncia

1509955_10152455588104606_1579360670_nO combate entre Emerson Falcão e Juliana Velasquez não vai acontecer. Todo o projeto do combate misto  de MMA não passava de uma campanha formulada por Dedé Pederneiras juntamente com o Disque Denúncia.

Por meio das redes sociais, Dedé divulgou um banner revelando a ação, e completou com a seguinte declaração:

“Vocês sabiam que a cada 90 minutos uma mulher morre vitima de agressão masculina? Não? Nem eu, até decidir fazer essa campanha”, disse Dedé em sua conta no twitter.

As opiniões ficaram divididas nas mídias após a revelação de Dedé. Uns apoiaram a ação do líder da Nova União, outros disseram que foi mal planejado, e alguns até afirmam que Dedé, após a má repercussão do caso, decidiu apagar o incêndio forjando a campanha.

Gracie Mag

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Política

Procuradoria-Geral Eleitoral envia novo parecer contra a criação do PSD

Complica a situação do PSD, mais um parecer contra do PGE contra a criação do Partido, segue reportagem da Agência Brasil

Cureau aceitou assinaturas que foram incluídas durante o trâmite do processo no TSE, mas descartou apoiamentos que não foram conferidos devidamente pelos tribunais regionais eleitorais. Isso fez com que o MP desconsiderasse todas as assinaturas colhidas no Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, Roraima e na Paraíba.

Em alguns estados, a procuradora aceitou apenas parte das assinaturas, de acordo com a legislação em vigor. Isso ocorreu no Acre (802 assinaturas aceitas e 293 descartadas), em Minas Gerais (41.023 aceitas e 44.371 descartadas), no Paraná (29.964 aceitas e 16.149 descartadas), no Piauí (4.788 aceitas e 857 descartadas), no Rio de Janeiro (32.171 aceitas e 17.073 descartadas), em Santa Catarina (35.051 aceitas e 5.813 descartadas) e no Tocantins (14.190 aceitas e 2.009 descartadas).

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Jornalismo

20 Mil pessoas contra o Kit Gay e a PLC 22

20 mil pessoas ontem em frente ao Congresso Nacional

Por Reinaldo Azevedo:

Cerca de 20 mil pessoas, segundo a PM, participaram da Marcha Pela Família, em frente ao Congresso Nacional, convocada pelo pastor Silas Malafaia. Trata-se de um protesto contra a aprovação do PLC 122, conhecido por Lei Contra a Homofobia. Não se sabe ainda que forma a relatora, Marta Suplicy (PT-SP), dará ao texto na Casa. Na forma como chegou, trata-se de um repto contra a liberdade religiosa e contra a liberdade de expressão. Sob o pretexto de proteger os homossexuais, direitos fundamentais estariam sendo agredidos.

O evento reuniu políticos de vários partidos, inclusive do PT. Estavam no caminhão de som, entre outros, os deputados Anthony Garotinho (PR-RJ), Ronaldo Fonseca (PR-DF), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e João Campos (PSDB-GO) e os senadores Marcelo Crivella (PR-RJ) e Walter Pinheiro (PT-BA). Um grupo de militantes homossexuais tentou mobilizar uma marcha oposta, que reuniu poucas pessoas. A polícia evitou o confronto.

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Opinião dos leitores

  1. Cara!!! Não vamos marginalizar uma manifestações com objeções; não vamos falar pelos outros; ser critico deve ser também ouvir e falar. *respeitando pois é um direito que coibimos aos outros, e demoramos muito para ter esse de nos expressar; contra homofobia!!! Viva a liberdade de expressão não ilúdica.

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