Judiciário

Pecado Capital: MPF pede condenação do ex-deputado Gilson Moura por desvio de recursos

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer favorável à condenação do ex-deputado estadual Francisco Gilson de Moura, por improbidade administrativa, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Acusado de desviar recursos públicos do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem/RN), ele foi absolvido pela 4ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte (JF/RN), e o MPF, em 1ª instância, recorreu da sentença.

Em 2008, o Ipem/RN promoveu uma licitação destinada à realização de reformas estruturais no seu edifício-sede, com verba do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que resultou na contratação da L&D Prestadora de Serviço Ltda.. A investigação, realizada por meio da chamada “Operação Pecado Capital”, apontou ter havido fraude no processo, causando um prejuízo de cerca de 140 mil reais aos cofres públicos, em valores históricos, em decorrência de superfaturamento estimado em 180% e pagamento por obras imprestáveis, extremamente precárias, perigosas e insalubres. O então deputado estadual Gilson Moura é apontado pelo MPF como autor intelectual da fraude e principal beneficiário dos recursos desviados.

Na ação de improbidade, o MPF relatou que o esquema teve participação dos servidores do Ipem/RN Rychardson de Macedo Bernardo (diretor-geral do órgão), Aécio Aluízio Fernandes (coordenador financeiro), Adriano Flávio Cardoso Nogueira (diretor administrativo e membro da Comissão Permanente de Licitação – CPL), Daniel Vale Bezerra (chefe da assessoria jurídica), Maria do Socorro Freitas (coordenadora operacional interina e presidente da CPL) e Rosângela Frassinete Ramalho (servidora pública efetiva e membro da CPL), bem como dos particulares Lamark Bezerra de Araújo e Deusete Fernandes de Araújo (sócios administradores da L&D Prestadora de Serviço Ltda.) e Carlos Macílio Simão da Silva (contador da empresa).

Embora vários dos envolvidos na empreitada criminosa tenham afirmado, em delações premiadas, que os recursos desviados destinavam-se, em sua maior parte, a Gilson Moura, a JF/RN absolveu o ex-deputado. “Não há, neste processo, nada que possa ligar o demandado Francisco Gilson de Moura com a fraude à licitação objeto desta Ação de Improbidade, além de suposições não demonstradas por evidências”, diz a sentença.

No parecer apresentado ao TRF5 – que julgará o recurso –, o MPF ressaltou que diversas provas indicam que Gilson Moura liderava a organização criminosa, atuando por meio de Rychardson Bernardo, que agia conforme as ordens do então deputado estadual, responsável por sua indicação política ao cargo de diretor-geral do Ipem/RN. O esquema de desvio de recursos públicos que eles operavam não se restringiu às verbas que deveriam ter sido empregadas na reforma da sede do Ipem/RN. Extratos bancários anexados ao processo demonstram que Gilson Moura recebeu diversos pagamentos feitos por Rychardson Bernardo, destinando parte desse dinheiro a sua campanha eleitoral na disputa do cargo de prefeito de Parnamirim (RN), em 2008.

Outras ações – Esta não é a única ação proposta pelo MPF contra Gilson Moura por irregularidades relacionadas à gestão do Ipem/RN. Ele responde a outros processos – inclusive no âmbito criminal – decorrentes da Operação Pecado Capital, e chegou a ser condenado a 30 anos de prisão, em um deles, em 2017.

N.º do processo: 0802871-23.2014.4.05.8400

Fonte: Ascom/PRR5

Opinião dos leitores

  1. “Matéria” totalmente sem sentido. Esse tipo de “notícia” é desnecessária. Existem milhares de informações úteis que poderiam ser passadas à sociedade, mas aparentemente existe um foco de cunho pessoal na grande parte de suas postagens. Lamentável.

  2. Meu xará, parabéns pelo seu comentário. Infelizmente o quê vc escreveu, é a pura verdade. João Macena.

  3. Esse processo tem mais de 7 anos fora os outros 7 que passaram investigando, sem contar que ainda cabem outros recursos. Acho que já perdeu o sentido. Independente do resultado todos perderam, só a impunidade ganhou.

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Política

Luiz Almir sugere que segundo suplente de Gilson Moura entre na Justiça para assumir mandato na Assembleia

O vereador Luiz Almir (PV), não poupou críticas a decisão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em não convocar o segundo suplente de Gilson Moura (PROS) para assumir mandato na Casa. O pevista disse hoje (14), em entrevista ao Jornal da Cidade, na 94 FM, que se fosse assumir, já que ele é o primeiro suplente, iria acionar a Justiça.

“Antes de receber o comunicado da Assembleia Legislativa para assumir a vaga, eu já tinha informado que não teria interesse. Mas acho que é um direito do segundo suplente de assumir a vaga. Estão (Assembleia) empurrando com a barriga porque Gilson Moura é do PROS, partido do presidente da Assembleia, Ricardo Mota. Eles sabem que quando o suplente assumir vai exonerar os cargos de Gilson. Mas acho que a Assembleia tem que usar do bom senso, acho que o presidente tem que lembrar que o partido dele é presidir a Casa e tem que ter 24 deputados. Se eu quisesse o cargo já teria acionado a Justiça”, disparou

Luiz Almir acredita que o segundo suplente, Antonio Petronilo (PMDB), irá “brigar” pelo direito de assumir o mandato e já estaria preparando uma ação. O vereador lembrou o retorno do deputado Dibson Nasser (PSDB) à Assembleia, após quase dois anos que resultou na saída do deputado José Adécio (DEM) do cargo.

“Dibson assumiu e já foi exonerando os 33 cargos de Adécio na Assembleia. A mesma Justiça que afastou Dibson mandou ele voltar. Por que agora é diferente? Se eu quisesse o cargo eu ia entrar na Justiça e pedir o meu direito”, reforçou.

Luiz Almir, assumiu no ano passado, o mandato de vereador da Câmara de Natal, mas alegou problemas de saúde para desistir da vaga de deputado, além de dizer que não gosta de ser “suplente”.

“Estou com problemas de saúde. Minha família também precisa de mim. Gilson Moura foi afastado mas não tenho interesse na vaga, eu até tive muitas decepções com ele na Assembleia, mas isso é passado. Pra ele não pensar que eu queria o cargo dele, antes de me chamarem eu já avisei que não queria, também nunca gostei de ser suplente, nunca ganhei pendurado em ninguém, quem me elege é o povo”, justificou.

Luiz Almir voltou a afirmar que só entraria na disputa este ano, caso fosse candidato ao Governo. “Se fosse pra disputar o Governo, ai tudo bem, até porque não tenho medo de enfrentar nem Henrique, nem Robinson”, disse ele.

Decisão da Assembleia

Na semana passada, a Assembleia Legislativa emitiu à imprensa um comunicado explicando porque não deu posse ao suplente de Gilson Moura (PROS), afastado por determinação judicial em razão das acusações de seu envolvimento nos desvios de recursos do Ipem.

Segundo a nota, há três possibilidades para a convocação de suplente: abertura de vaga; afastamento do deputado para assumir outras funções e caso de licença com período superior a 120 dias. Como a Justiça determinou o afastamento de Gilson sem ordenar que outro seja empossado em seu lugar, a Assembleia não deu posse a Antonio Petrolino (PMDB).

– O afastamento determinado pela Justiça Federal, Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, foi integralmente cumprido pela Assembleia Legislativa nos termos determinados pela Constituição Federal e pelo seu Regimento Interno;

– A decisão da Justiça Federal também estabelece que o afastamento permanece enquanto durar a instrução processual;

– A Assembleia Legislativa informa que, de acordo com o artigo 46 do Regimento Interno, a convocação de suplentes ocorre nas seguintes hipóteses:

a) abertura de vaga (só há vaga em caso de renúncia, falecimento ou perda de mandato segundo o artigo 24 do Regimento Interno) ;

b) quando o deputado assume outro cargo, por exemplo, Secretário de Estado;

c) Em caso de licença por mais de 120 dias;

Como no caso em questão, não se trata de nenhuma dessas hipóteses nem existe determinação judicial neste sentido , não há convocação de suplente, conforme dispõe o Regimento Interno.

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Judiciário

Gilson Moura será ou não candidato à reeleição, após decisão da Justiça Federal?

O deputado estadual Gilson Moura (PROS) ainda na tarde desta sexta (27), confirmou a imprensa potiguar que era candidato à reeleição e aguardava “apenas” a decisão da Justiça Eleitoral para a renovação do mandato. O parlamentar declarou ainda que estava confiante e que o seu nome estava na lista para ser homologado na convenção do partido – que está acontecendo hoje.

“A expectativa é a melhor possível. Aguardamos apenas que a Justiça cumpra essa fase para disputar o voto”, declarou Gilson Moura.

O que o parlamentar não contava é com a decisão da Justiça Federal  que concedeu quatro liminares determinando o afastamento de Gilson Moura do cargo de deputado estadual, além de indisponibilidade de bens do parlamentar e de outros seis envolvidos no esquema desbaratado pela Operação Pecado Capital, até o limite de R$ 300.750,30. (leia matéria completa no blog)

A medida foi tomada em quatro das 11 novas ações de improbidade administrativa apresentadas pelo Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) contra o político e outras 15 pessoas.

E agora? Será que Gilson Moura ainda está confiante?

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Diversos

Gilson Moura diz que fechamento do aeroporto apaga parte da história de Parnamirim

O deputado Gilson Moura (PROS) criticou o fechamento do aeroporto Augusto Severo. O parlamentar fez um apelo na sessão hoje (3) aos colegas deputados e à classe política de Parnamirim para que a decisão possa ser revertida. “O que vai acontecer não é somente o fechamento de um terminal, trocar o velho pelo novo, mas é o fim de uma era, estamos apagando um dos capítulos mais bonitos da história de Parnamirim, que agora está sendo descartado, como coisa velha”, disse.

Gilson Moura questionou como ficará a situação de taxistas, comerciantes e trabalhadores das lojas. “O que vamos fazer com o velho aeroporto e com as pessoas que nele trabalhavam e tiravam o seu sustento”?, indagou. O deputado lembrou a reforma pela qual passou o aeroporto de Parnamirim, que custou R$ 16,4 milhões e contemplou novas salas de embarque e desembarque, instalação de novo sistema de ar-condicionado, novos elevadores e escadas rolantes, 12 novos balcões de check-in, entre outras melhorias.

Com a transferência das operações comerciais para o novo aeroporto, o Augusto Severo será entregue à Força Aérea Brasileira (FAB). “Todo mundo sabe que é grande a importância desse aeroporto para Parnamirim e agora é preciso haver uma compensação para essa perda que a cidade teve, pois é sua história que deixa de existir”, disse.

ALRN

Opinião dos leitores

  1. Apesar de não gostar do DEPUTADO GILSON MOURA ele ta de PARABENS pela iniciativa, pois NENHUM POLITICO DE PARNAMIRIM saiu em defesa do aeroporto Augusto Severo, das centenas de empregos e dos impostos por ele gerado, muito estranho este fato não?? Começaram ENGANANDO toda população dizendo que o novo aeroporto seria de CARGAS, um HUB, onde receberia aviões cargueiros do mundo inteiro, uma ZPE ao lado, etc. Agora li em outro blog que o DEPUTADO HENRIQUE ALVES quer discutir com a população de Parnamirim o que vai fazer no lugar do Augusto Severo, eh muita cara de pau dele, o maior INCENTIVADOR do aeroporto de São Gonçalo, chegando ate a fazer o papel ridículo de PORTA VOZ do grupo INFRAMERICA. So lembrando quem começou com este aeroporto foi GARIBALDI ALVES FILHO, e a força politica de HENRIQUE ALVES concluiu. Gente este ano TEM ELEIÇAO. Viva a família ALVES!!!

  2. PINÓQUIO
    Apesar do Deputado Gilson Moura não ser um exemplo de candura e nem um modelo de político comprometido com o interesse público, sua manifestação é válida e verdadeira. Pois o discurso inicial para a construção do Aeroporto de São Gonçalo era de este seria utilizado para Terminal de Cargas, ficando o Augusto Severo, que acabara de receber reformas em sua estrutura, com voos domésticos.
    QUEM MENTIU?

  3. Muito interessante o que se tem de lido e ouvido de pessoas de todos os segmentos da nossa sociedade, Políticos, empresários, empregados das mais diversas empresas envolvidas, taxistas, enfim, por que não dizer todo mundo: AI QUE SAUDADE DO AUGUSTO SEVERO?, COMO FIZERAM ISSO?, UMA PÁGINA DA HISTÓRIO DO RGN., 68 ANOS DE SERVIÇO PRESTADO, CLASSIFICADO ENTRE UM DOS 10 MELHORES AEROPORTO DO BRASIL. Afinal ninguém sabia e por que construíram outro? SEM PALAVRAS.

  4. Por que ele não reclamou quando o aeroporto novo estava nas primeiras estruturas? Agora é tarde. Nem pra reclamar serve.

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Política

Gilson Moura não será candidato à reeleição

Réu no processo da Operação Pecado Capital, o deputado estadual Gilson Moura, do PROS, não deverá ser candidato à reeleição. Visivelmente abalado com a onda de fatos novos envolvendo o seu processo, o parlamentar confidenciou aos mais próximos que sairá da vida pública.

Gilson é acusado de participar de esquema de corrupção no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte, no governo Wilma de Faria (PSB). Pesam contra ele acusações de formação de quadrilha, desvio de dinheiro público, entre outros crimes.

A situação de Gilson é complicada. Ele estuda lançar um parente para concorrer à Assembleia Legislativa.

Opinião dos leitores

  1. Graças a Deus!!! Pelo menos um já conseguimos eliminar da vida pública, espero que pelo menos esta promessa ele cumpra!!

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Diversos

Com benefício da Delação Premiada, Rychardson coloca Gilson Moura e Lauro Maia na Pecado Capital

Conforme “cantado” pelo Blog tem “mais de ano”, Rychardson de Macedo Bernardo, ex-diretor do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do RN, condenado a uma pena de 44 anos, 6 meses e 14 dias de prisão, na Operação Pecado Capital, deflagrada em setembro de 2011, após o escândalo de desvio de dinheiro público no órgão que dirigia, acabou sendo beneficiado pela Delação Premiada, e teve a sua pena reduzida significativamente para 5 anos, 10 meses e 6 dias de reclusão, em regime semiaberto, devido a promessa e cumprimento de informações de envolvidos nas investigações, e firmado na ocasião com o Ministério Público Federal. A sentença foi definida nessa quarta-feira (12) pelo juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara.

A delação ainda beneficiou o advogado Rychardson de Macedo na diminuição da multa imposta na condenação, com valor de R$ 1.161.525,00, que passou para R$ 774.350,00, referente à redução de 2/3. Vale lembrar que a colaboração com a Justiça comprometeu nomes importantes no Estado, como  o deputado Gilson Moura (PROS) e os advogados Lauro Maia e Fernando Caldas.

Opinião dos leitores

  1. Justiça generosa, essa. A pena do sujeito cai de 44 para 5 anos, e a multa quase pela metade. Ainda dizem que o crime não compensa…O Brasil não é um país sério, mesmo.

  2. Como funciona esse semiaberto???? Ano passado, no dia do Show de Nando Reis… o Rychardson estava acompanhado em um show do Luizinho "Nobre" em um bar em Pirangi !!! Assim é bom demais…

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Jornalismo

Polícia Federal investiga ligação de Gilson Moura com Rychardson Macedo

Isaac Lira narra na Tribuna do Norte de hoje que o que se comenta há muito tempo, a ligação do Deputado Gilson Moura com Rychardson Macedo  começa a ser investigado pela Polícia Federal.

O BG conversou ontem com pessoas envolvidas no processo, e em off teve a confirmação que a situação da família Macedo em todo esse processo está muito complicada, segundo essa mesma fonte são muitas as evidencias que Rychardson se excedeu em todos momentos a frente do IPEM. Segue reportagem da Tribuna:

A Polícia Federal investiga a relação de um deputado estadual com a suposta quadrilha que atuou no Instituto de Pesos e Medidas do RN e na Ativa. A informação foi obtida pela TRIBUNA DO NORTE nos autos do processo que apura o crime de lavagem de dinheiro por parte de Rychardson de Macedo Bernardo e mais oito pessoas. Na última semana, o Ministério Público Federal requisitou o envio de três processos de quebras de sigilo, bancário e telefônico, para a PF para que se investigue repasses dos acusados para o parlamentar. Como a investigação corre em segredo, não é citado o nome do deputado.

Os processos 0007312-85.2011, 0007304-11.2011 e 0007305.2011, todos protegidos pelo segredo de Justiça, serão remetidos para a Polícia Federal, segundo pedido formulado pelos procuradores federais Rodrigo Telles e Ronaldo Pinheiro no último dia cinco de setembro. Segundo texto presente no processo, os dados “se referem a quantias pagas pela quadrilha a um deputado estadual”. Fontes em off confirmaram ontem à reportagem da TRIBUNA DO NORTE que o inquérito já foi instaurado tanto na Polícia Federal quanto na Procuradoria Regional da República. Como se trata de suposto crime praticado por deputado estadual, há a prerrogativa de foro privilegiado e o caso só pode ter seguimento no Tribunal Regional Federal, em Recife.

Além de pedir a remessa da cópia integral dos processos que contém as quebras de sigilo dos acusados da Operação Pecado Capital, o Ministério Público Federal requisitou também o envio dos “diálogos do acusado Rychardson de Macedo Bernardo sobre o tema e operação bancária de pagamento de quantia referente à aquisição de um veículo”. Os procuradores não explicitam, na solicitação feita ao juiz da 2ª Vara Federal, Walter Nunes, o que haveria de suspeito na aquisição do veículo, mas afirmam que a intenção do pedido é apurar “o envolvimento de deputado estadual com os acusados”

Fontes da TRIBUNA DO NORTE relataram que o automóvel foi financiado pelo parlamentar junto à Platinum Veículos, empresa acusada de ter sido palco de lavagem de dinheiro desviado do Ipem/RN. A operação financeira relativa a esse veículo foi de cerca de R$ 30 mil, disse uma fonte que teve acesso aos autos.

Além disso, o MPF dispõe de mensagens trocadas entre os acusados Rhandson de Macedo Bernardo, irmão de Rychardson, e Acácio Forte acerca da relação econômica alvo de investigação por parte da Polícia Federal. Rhandson e Acácio foram sócios na constituição da Platinum Veículos. A mensagem foi interceptada e registrada no processo de quebra de sigilo telefônico com o número 1339. Não há informações sobre a data em que o diálogo ocorreu.

A reportagem falou com os advogados de defesa dos réus sobre o assunto. O advogado de Acácio Forte, Fábio Cunha Alves, preferiu não comentar as mensagens trocadas entre o seu cliente e Rhandson de Macedo. Já o advogado Arsênio Pimentel, que defende Rhandson e Rychardson, disse que não se pode taxar a transação comercial como irregular. “Se tiver havido alguma coisa foi uma simples operação financeira. Mas como houve a operação as pessoas tendem a colocar tudo sob suspeita”, falou Arsênio.

Questionado sobre o teor da mensagem e da suposta operação bancária citada em petição, o procurador Rodrigo Telles falou que o assunto será abordado durante o interrogatório dos réus da Operação Pecado Capital, marcado para começar hoje. Telles explicou que não tem como investigar qualquer fato relativo à atuação de deputados estaduais, por conta do foro privilegiado. “Investigações deste tipo são realizadas junto ao Tribunal Regional Federal através da Procuradoria Regional da República”, disse. Os interrogatórios dos réus serão iniciados hoje à tarde, com a possibilidade de continuação amanhã, caso não haja tempo para interrogar os nove réus.

Movimentação bancária foi foco dos interrogatórios

Nos interrogatórios de ontem, a movimentação bancária de Rychardson de Macedo Bernardo e das empresas de sua família foram mais uma vez o foco. Gerentes de bancos e pessoas que conviveram de perto com as atividades comerciais das empresas Platinum Veículos e Supermercado É show, ambas acusadas de serem palco da lavagem de dinheiro obtido por desvios no Ipem/RN. A movimentação bancária das empresas, como também a de Rychardson e Rhandson, segundo o procurador Rodrigo Telles, foram alvo de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O Coaf foi avisado pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco, bancos que abrigavam contas das empresas da família de Rychardson, acerca de “movimentações financeiras incompatíveis”. Segundo o procurador, que leu partes do relatório, o Coaf recebeu a informação de que havia indícios de utilização de recursos de origem duvidosa. Os réus e a defesa, por sua vez, sustentam que a movimentação nas contas era relativa ao faturamento das empresas. O advogado Arsênio Pimentel disse que as provas apontam para a regularidade da movimentação.

Os interrogatórios continuam hoje com mais testemunhas e o depoimento dos nove réus do processo. Será a primeira vez que pessoas acusadas de fazerem parte da quadrilha irão falar publicamente sobre o assunto, sem o intermédio de advogados. Rychardson de Macedo, por exemplo, ainda não se pronunciou sobre as denúncias.

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Política

Gilson Moura: “Todos os secretários e cargos comissionados da prefeitura de Parnamirim deverão morar e votar na cidade”

O candidato a prefeito de Parnamirim deputado estadual Gilson Moura registrou em cartório o compromisso público com a cidade de que, quando eleito, todos os Secretários e demais cargos comissionados da Prefeitura deverão morar e votar no município. “Esse é um compromisso meu com a população de Parnamirim, um compromisso meu com a cidade de Parnamirim. Estão querendo amedrontar a população, dizendo que eu vou trazer para Parnamirim toda uma equipe de Natal. Eu não vou fazer isso. Eu quero administrar Parnamirim com a população dessa cidade ao meu lado”, disse Gilson Moura, durante ato público realizado na tarde de hoje, na Praça da Paz de Deus, no centro da cidade.

Gilson Moura esteve no 1º Tabelionato de Notas de Parnamirim acompanhado do vice-prefeito Epifânio Bezerra, do vereador Sérgio Andrade e lideranças, e registrou o documento que deverá ser protocolado na Justiça Eleitoral como complemento das propostas de governo.

Opinião dos leitores

  1. Mais uma estratégia desesperada do candidato do PV/DE SOUZA para tentar enganar os eleitores de Parnamirim. É furada e imagina-se inconstitucional tal medida. Veremos.

  2. Rapaz pra uma pessoa que mora em praticamente em Natal, trazer pessoas de onde ele mora é fácil, diferente de Mauricio Marques que mora na cohabinal em PARNAMIRIM.

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Política

João Maia confirma apoio a Gilson Moura em Parnamirim

O presidente do diretório estadual do PR, o deputado João Maia, confirmou pelo twitter o apoio a candidatura de Gilson Moura (PV) no pleito municipal de Parnamirim. O vice da chapa é, então, Epifânio Bezerra (PR).

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Jornalismo

Gilson Moura admite indicações suas para o IPEM e trata o ex-sócio advogado como "senhor Rychardson Bernardo"

O Deputado Gilson Moura concedeu entrevista ao Repórter Allan Darlyson do Diário de Natal. Chama a atenção quando o deputado trata o ex-sócio no escritório de advocacia que ambos faziam parte, amigo e indicado político como “senhor Rychardson Bernardo”. O BG reproduz a entrevista:

Citado nas interceptações telefônicas do Ministério Público (MP) entre os envolvidos no escândalo de corrupção desvendado pela Operação Pecado Capital, o deputado estadual Gilson Moura (PV) declarou, em entrevista exclusiva ao Diário de Natal, que desconhece qualquer esquema montado no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem) para desviar recursos públicos. No entanto, ele admitiu ter indicado o advogado Rychardson Macedo Bernardo, preso acusado de comandar o esquema, para presidir o instituto, em 2007, durante a gestão da ex-governadora Wilma de Faria (PSB). Gilson disse que vai torcer para que o amigo prove sua inocência. O pevista negou qualquer envolvimento nos negócios de Rychardson, que são usados, de acordo com o MP, para lavar dinheiro desviado do Ipem, apesar de admitir ter recebido doação de Bernardo para sua campanha eleitoral. Embora também admita que indicou mais de 50 funcionários para o Ipem, naquele período, o deputado negou que existissem comissionados fantasmas indicados por ele. O pevista disse também desconhecer a nomeação de seus familiares que estiveram lotados no órgão durante o período que Rychardson era presidente.

O que o senhor tem a dizer sobre a citação do seu nome entre os envolvidos no esquema de corrupção desvendado pela Operação Pecado Capital?

Em primeiro lugar, eu respeito o trabalho institucional do Ministério Público. A citação do meu nome se deu pelo fato de eu ter indicado, na época, o advogado Rychardson Bernardo, que trabalhou comigo, para o Ipem (Instituto de Pesos e Medidas). Quando trabalhou comigo, ele sempre demonstrou muito profissionalismo, tanto é que foi o nome lembrado e indicado para a então governadora Wilma de Faria (PSB), que analisou o currículo e fez a nomeação dele para o cargo.

De acordo com o Ministério Público (MP), dois parentes do senhor tinham cargos fantasmas no Ipem. Como funcionavam essas indicações?

Eu desconheço. Desconheço inclusive que tinham pessoas da minha família com cargos fantasmas. Eu desconheço isso.

Nas interceptações telefônicas feitas pelo Ministério Público, envolvidos no esquema dizem que o senhor possuíamais de 50 cargos no Ipem. Todos eram cargos fantasmas?

Eu tinha minhas indicações, como outras pessoas também tinham suas indicações lá no órgão. Pelo que eu sei, todos os funcionários indicados por mim trabalhavam e eram indicados justamente para trabalhar, para dar expediente normal, lá no órgão.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Quem não te conhece q te compre…andava d ônibus e ainda pedia tickets emprestado pq não tinha $$$ nem p isso…hj o carro mais fraquinho é uma land hover…deputado, ninguém passa de "pobre" p rico como o sr passou assim tão rápido não…estamos d olho…

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Jornalismo

É mais fácil encontrar os fantasmas do Ipem do que Gilson Moura

Nunca antes nesta taba um sumiço foi tão discutido quanto o do deputado Gilson Moura, que tem acumulado um histórico nada exemplar a quem se diz porta-voz do povo.

Todo mundo lembra – e se não lembra vamos rememorar – que ao fim do ano passado ele renunciou ao cargo em favor do suplente Sargento Siqueira. Gilson alegou “motivos pessoais”, mas era do conhecimento de todos que a intenção era alterar o foro de investigação da Operação Impacto, da qual Siqueira é réu.

A Assembleia Legislativa até chegou a dar posse ao suplente de deputado, mas o Tribunal de Justiça o destituiu. Siqueira foi impedido e as investigações da Impacto não sofreram alterações.

De lá para cá, Gilson vinha se comportando normalmente, ou melhor, não se tinha notícia de peripécia que ele viesse articulando. Até segunda-feira passada.

Padrinho político do ex-diretor do Ipem, Rychardson de Macedo, encarcerado sob acusação de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, Gilson Moura sumiu.

O mais curioso é que os envolvidos diretamente nas acusações estão mais acessíveis do que o próprio deputado, que não está sendo acusado de nada, embora seja inegável que queiramos saber o que ele tem a falar sobre o assunto.

Gilson pode ter 53 motivos para se escafeder. De acordo com uma interceptação telefônica, esse seria o número de apadrinhados que ele encastelou no Ipem, cujos fantasmas estão mais paupáveis que o próprio deputado.

No Twitter, estão extraindo até a última gota de humor com o sumiço do deputado. A hashtag #aparecegilsonmora chegou a entrar no Trend Maps Brasil. Mas Gilson que é bom nada.

Advogado e conhecedor das causas que supostamente empreendeu, Rychardson tem a oportunidade de fazer o padrinho provar do veneno. Se por um lado Gilson renunciou para beneficiar Siqueira, Rychardson pode, se couber, envolvê-lo nas denúncias. Aí o foro privilegiado é geral, e o advogado do povo confirmará que não é exemplo a ser seguido.

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Jornalismo

Após ser exonerado do IPEM, ex-presidente voltou para o gabinete do Dep. Gilson Moura

Está no Portal Nominuto.com

Depois de ser exonerado do Ipem-RN (Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte), no final de fevereiro de 2010, o advogado e ex-diretor do órgão, Rychardson de Macedo Bernardo, voltou a ocupar o cargo de assessor parlamentar do deputado estadual Gilson Moura (PV) na Assembleia Legislativa (AL).

De acordo com a assessoria de imprensa da AL, Rychardson desempenhou a função em duas oportunidades. Em fevereiro e março de 2007, ele teria recebido, em valores brutos, R$ 11.096,40 (R$ 8.648,42 líquidos). Ele assumiu novamente o mesmo cargo em 20 de julho de 2010, tendo permanecido até 11 de dezembro do mesmo ano. No período, recebeu um total bruto de R$ 29.355,51 (incluído o 13º salário) e, em valores líquidos, R$ 23.320,36.

Os números não batem com a Declaração de Imposto de Renda de Rychardson, constante na petição da Operação “Pecado Capital”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Polícia Militar (PM). De acordo com os dados enviados pela Assembleia Legislativa à Receita Federal, o acusado recebeu R$ 33.871,75 daquela Casa Legislativa em 2010.

Desse valor, Rychardson doou R$ 30.194 para a campanha do deputado federal Paulo Wagner e R$ 5,6 mil para a campanha de Gilson Moura, ambos do Partido Verde. Os dados constam na Prestação de Contas Eleitorais de 2010, na página na internet do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Foto: Reprodução
Extrato do TSE com doações de Rychardson a Gilson Moura.

 

Na verdade, ele fez quatro doações para Gilson Moura, mas todas no mesmo dia (03/09/2010). Duas foram de R$ 2.500 e as outras duas foram de R$ 300. Já para Paulo Wagner, Rychardson fez uma doação única, no dia 1º de agosto de 2010, no valor de R$ 30.194.

TRE autorizou quebra de sigilo fiscal de Rychardson

(mais…)

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