Diversos

Mourão discorda do termo “ditadura” para período e minimiza AI-5: ‘Passam a ideia que todo dia alguém era cassado, e não foi assim’

Foto: Bruno Batista / VPR

O vice-presidente da República, Antônio Hamilton Mourão, minimizou em entrevista ao site Huffpost Brasil o Ato Institucional número 5 (AI-5), considerado pelos historiadores como a medida mais dura da ditadura militar, na qual se constituiu de uma espécie de carta branca para o governo punir como bem entendesse os opositores políticos. Mourão afirmou que é preciso ver quantas vezes o ato, que permitiu fechar o Congresso e cassar parlamentares, foi efetivamente usado.

— O Ato Institucional número 5 surgiu fruto de uma situação que se vivia aqui no País no final dos anos 60. Foi o grande instrumento autoritário que os presidentes militares tiveram à mão. É importante que depois se pesquise quantas vezes ele foi utilizado efetivamente durante os 10 anos que ele vigorou. Porque muitas vezes se passa a ideia que todo dia alguém era cassado, alguém era afastado. E não funcionou dessa forma. É importante ainda que a História venha à luz de forma correta — afirmou Mourão.

Nesta sexta-feira, o AI-5 completa 51 anos. O Ato foi baixado pelo governo do general Arthur da Costa e Silva, em 1968, que ficou conhecido como o “o ano que não acabou”. Uma das medidas previstas pelo Ato Institucional aumentava os poderes do presidente da República, que passava a ter autonomia para decretar, sem intermédio do Judiciário, o fechamento do Congresso Nacional e intervir nos estados e municípios. Era permitida também a cassação de mandatos parlamentares e a suspensão dos direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos.

Questionado se sabia dizer então quantas vezes foi usado, disse desconhecer e citou ele próprio o fato de o ato ter sido usado para fechar o Congresso em dezembro de 1968, quando foi editado, e em 1977 com a criação da figura de senador biônico.

— Nem eu sei. Mas não foi a quantidade que se diz. Por exemplo, o fechamento do Congresso acho que houve duas vezes. Foi logo que ele foi implementado, no final de 68, início de 69, e em 77, quando o presidente [Ernesto] Geisel colocou aquele famoso Pacote de Abril, que colocou a figura do senador biônico. Foram as duas vezes que o Congresso foi fechado com o uso do AI-5 — afirmou o vice-presidente.

Mourão afirmou que o AI-5 foi um “instrumento de exceção”, mas na mesma entrevista refutou o termo “ditadura” para se referir ao período de regime militar.

—Vamos colocar a coisa da seguinte forma: em primeiro lugar eu discordo do termo “ditadura” para o período de presidentes militares. Para mim foi um período autoritário, com uma legislação de exceção, em que se teve que enfrentar uma guerrilha comunista e que terminou por levar que essa legislação vigorasse durante 10 anos – disse.

O vice-presidente disse que Eduardo Bolsonaro e Paulo Guedes “não foram felizes” ao citar o AI-5 e afirmou que hoje o Brasil vive uma “plenitude democrática”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Comparar a Revolução Democrática de 1964 com o Nazismo é muita canhalice.

  2. Críticar o Regime Militar brasileiro e aplaudir a ditadura sanguinária da China. É falta de coerência, burrice, cegueira ideológica ou o que?

  3. Sobre o regime militar, os jornalistas e as universidades criaram versões dos fatos e venderam o período como se aqui tivesse ocorrido situações que acontecem em Cuba e houve na Argentina.
    Passaram aos alunos que não se dão ao trabalho de ler versões distorcidas sobre o regime militar, como se os militares tivessem combatido contra pessoas inocentes e desarmadas.
    Não falaram aos alunos o que houve sequestro, assaltos, assassinatos, troca de tiros por parte daqueles que se vendiam como "salvadores da pátria" mas queriam apenas tomar o poder e implantar no Brasil um regime totalitário.
    Tanto que os mesmos que foram banidos e depois "perdoados", voltaram e passaram a ocupar cargos e funções públicas, atuando como antes, só que sem arma de fogo, visando tomar o poder e nele permanecer eternamente. A história se repete, só que hoje o povo sabe quem são, como agem e o que querem, só permanece o modus operandi de mentir, enrolar, dissimular para vender o que nunca irão fazer.

  4. deixo uma sugestão: peça a folha seca que faça uma pesquisa em pessoas com mais 50 anos e pergunte se ele se sentia segura durante o regime militar

    1. A população alemã apoiava Hitler. Muitos morreram por ele.

    2. Como também a população se sentia segura antes do golpe militar. A violência absurda teve início a partir de 1988

  5. Ah, como seria bom se não tivessem combatidos os comunistas com as mesmas armas que eles usavam, menos sequestros, assaltos a bancos e terrorismo(nem tanto, teve o caso rio centro e outros menos expressivo), hoje seríamos uma cuba mais arrasada ou mesmo uma Venezuela mais precoce. Era uma maravilha

    1. Ou talvez uma China, aliás esse era o medo do presidente americano John Kenedy.

    2. Essa petralhada sempre sonham com ditaduras assassinas, mau tse Tung e sua carnificina eram sonhos de consumo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

IBAMA alerta que desde o dia 1º de dezembro até 31 de maio ocorre o período de defeso da lagosta no RN

Foto: Divulgação/Ibama

O IBAMA alerta que desde o dia 1º de dezembro até 31 de maio ocorre o período de defeso da lagosta no rio Grande do Norte, e no restante do litoral brasileiro compreendido entre o Amapá e o Espírito Santo. Dia 07 se encerra o prazo para os envolvidos na comercialização da lagosta preencherem a Declaração de Estoque de Lagosta.

O formulário para a declaração pode ser obtido no setor de protocolo da Superintendência do Ibama no RN, situada na Avenida Almrante Alexandrino de Alencar, 1399, Tirol, Zona Leste de Natal. Após o preenchimento da declaração, deve-se protocolar no mesmo setor, acompanhada das notas fiscais que atestem a procedência da lagosta a ser comercializada durante o período do Defeso.

O Ibama informa ainda que a venda de lagostas durante o período de defeso não é proibida. Entretanto, o consumidor final também tem responsabilidades ao adquirir esse pescado. As regras são as seguintes:

· A cada compra exija sempre nota fiscal e cópia da declaração de estoque – especialmente se for viajar de avião. Esses documentos são a garantia de que o consumidor agiu legalmente, caso seja parado pela fiscalização.

· Bares e restaurantes que servem lagosta também devem apresentar ao cliente, quando solicitada, a declaração de estoque. Não se envergonhe de exigir o documento – é seu direito!

· Respeite os tamanhos mínimos: a lagosta da espécie “vermelha” deve ter cauda de pelo menos 13 cm. Para a lagosta “cabo-verde” o tamanho mínimo da cauda é de 11 cm.

· Não compre lagosta em pedaços ou filetada, pois é proibido. A lagosta deve estar sempre inteira ou pelo menos a cauda deve estar intacta.

Não comprar lagostas de vendedores ambulantes ou em praias, porque podem ter sido capturadas no período de defeso. Ao comprar em peixarias peça para ver a declaração de estoque, com o carimbo do Ibama.

· Se o documento não for apresentado, o consumidor deve recusar a compra.

Irregularidades devem ser denunciadas ao Ibama Rio Grande do Norte pelo telefone (84) 3342-0472, e para obter mais informações, orientações ou fazer qualquer denúncia sobre o defeso da lagosta, é necessário ligar para (84) 3342 0470 na DITEC/IBAMA/RN.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Cientistas estudam forma de “curar” o envelhecimento e encaram período como uma doença que pode ser tratada

A CIÊNCIA DA VIDA ETERNA (ILUSTRAÇÃO: PEDRO CORRÊA)

Um dos mitos da Grécia Antiga, que remonta a 700 a.C., conta a história de amor de Eos, a deusa do amanhecer, e Titono, irmão mais velho do rei de Troia. Eos se apaixonou por Titono e pediu a Zeus que concedesse a ele a imortalidade dos deuses. Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. Titono viveu por anos a fio, definhando, esquecido pela própria Eos, que o trancou em um quarto escuro até que, finalmente, ele se transformou em uma cigarra.

Alguns milênios depois, a longa busca da humanidade pela vida e juventude eternas ganha, pela primeira vez, contornos científicos. No Vale do Silício, pesquisadores têm tentado unir medicina e tecnologia para encontrar maneiras de nos fazer viver mais e mais jovens, encarando o envelhecimento como uma causa para as tantas doenças associadas a ele e, portanto, passível de tratamento ou mesmo cura.

“Depois de assegurar níveis sem precedentes de prosperidade, saúde e harmonia, e considerando nossa história pregressa com nossos valores atuais, as próximas metas da humanidade serão provavelmente a imortalidade, a felicidade e a divindade”, escreveu Yuval Harari em Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, best-seller publicado no Brasil em 2016 pela Companhia das Letras. “Reduzimos a mortalidade por inanição, a doença e a violência; objetivaremos agora superar a velhice e mesmo a morte”, sentencia o professor de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento foi criado em 1999 em Novato, na Baía de São Francisco, a poucos quilômetros do Vale do Silício. Com a missão de acabar com as doenças relacionadas à passagem do tempo, o Instituto Buck acredita que é possível as pessoas aproveitarem a vida aos 95 anos tanto quanto o faziam aos 25.

“Nesses anos de pesquisa, chegamos a duas conclusões: a primeira é de que podemos mudar o ritmo do envelhecimento em animais, modificando a genética e a alimentação”, diz o geneticista Gordon Lithgow, chefe de pesquisas no instituto. “A segunda é que o processo de envelhecimento é um gatilho — ou mesmo uma causa — para as doenças crônicas em idade avançada.” A grande hipótese, segundo Lithgow, é que a medicina talvez esteja olhando para as doenças crônicas associadas ao envelhecimento da forma errada — e, se conseguirmos reverter ou retardar o processo, talvez seja possível proteger o corpo dos danos causados por ele.

Além do Buck, laboratórios como o Calico e o Unity Biotechnology têm como objetivos explícitos “resolver a morte” e “combater os efeitos do envelhecimento” e são financiados pelos bilionários Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, Jeff Bezos, da Amazon, e Peter Thiel, do PayPal. Mas é a Fundação SENS, criada em 2009 pelo cientista da computação inglês Aubrey de Grey, entre outros nomes, que desperta as maiores polêmicas na comunidade científica.

Na visão de Aubrey de Grey, de 56 anos, o envelhecimento deve ser tratado como um fenômeno simples, e nosso corpo visto como uma máquina ou uma engenhoca que pode ser consertada. “O motivo de termos carros que ainda rodam após cem anos é o fato de eliminarmos os estragos antes mesmo de as portas caírem. O mesmo vale para o corpo humano”, afirma o britânico em entrevista à GALILEU.

Para desenvolver o modelo que chama de SENS, sigla para Strategies for Engineered Negligible Senescence (estratégias para engenharia de uma senescência negligenciável, em tradução livre), ele olhou para os principais processos que levam ao envelhecimento conhecidos hoje: perda e degeneração das células; acúmulo de células indesejáveis, como de gordura ou senescentes (velhas); mutações nos cromossomos e nas mitocôndrias; acúmulo de “lixo” dentro e fora das células, o que pode causar problemas em seu funcionamento; ligações cruzadas em proteínas fora da célula, que podem gerar perda de elasticidade no tecido em questão.

Para De Grey, basta tratar cada um desses itens e pronto: nossos problemas de saúde que surgem com a idade acabariam — quase tão simples quanto aplicar e remover um filtro do FaceApp, aplicativo que se tornou febre nas redes sociais nas últimas semanas, com um algoritmo que faz uma simulação fotográfica da aparência que poderemos ter quando mais velhos. “Não haveria limite, assim como não há limite para os carros funcionarem. Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc.”, diz.

Esse é um trecho da reportagem de capa da edição de agosto de 2019 da GALILEU, que já está nas bancas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trânsito

TRÂNSITO: Com interdição de trecho da BR-101 em Natal para protesto no período das 16h às 19h, PRF informa rotas alternativas

A Polícia Rodoviária Federal(PRF) reforça a informação que em razão da manifestação da tarde desta quarta-feira(15), a BR-101 será interditada no sentido Parnamirim/Natal, no período das 16h às 19h.

A PRF então informa que os condutores devem buscar vias alternativas: Via Costeira,Campus,Prudente de Morais e Jaguarari.O sentido Natal/Parnamirim não sofrerá restrição de trânsito

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Período de colações de grau coletiva na UFRN tem início nesta sexta-feira e segue até 15 de março

A realização das sessões coletivas de colação de grau dos concluintes do período letivo 2018.2 tem início nesta sexta-feira, 11, e segue até o dia 15 de março. O prazo está previsto no calendário acadêmico da Instituição, estabelecido na Resolução 063/2017 do Conselho de Administração (Consad).

Com formato recente, a colação de grau coletiva é um ato protocolar para conclusão dos cursos, no qual os alunos recebem o diploma de graduação no momento do evento. Contudo, seguem o protocolo com as normas da Universidade, embora com uma dinâmica diferenciada, haja vista que não há uma mesa de honra e os alunos entram em cortejo com os outros colegas da turma e seu respectivo padrinho ou madrinha, por exemplo. O novo modelo visa o uso racional dos recursos públicos, a padronização das cerimônias e a garantia de uma solenidade mais democrática.

Com informações da UFRN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Clima

Verão: previsão de temperaturas mais altas que o normal para período; Emparn fala em média de 32º em Natal, e até 36º no interior

O verão começa oficialmente no dia 21 de dezembro de 2018, às 19h23. Normalmente é a estação mais quente do ano, com temperaturas máximas atingindo em média 31º C a 32 ºC na capital, e ultrapassando 36º C no interior, em cidades com Pau dos Ferros, Mossoró, Caicó entre outras. As temperaturas mínimas que já não são tão mínimas em Natal, devido a vários fatores inseridos pelo homem, como impermeabilização do solo, verticalização da cidade, retirada da vegetação, e que tem transformado a Grande Natal em uma ilha de calor.

De acordo como meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, “a temperatura mínima apresentava nas décadas de 1970 e 1980 valores em torno de 22oC, hoje dificilmente observa-se valores menores do que 24oC. Com isso pode-se dizer que Natal está mais quente, não porque aumentou a temperatura máxima, mas sim porque a mínima está pelo menos 2oC acima do normal”.

E para o verão que está chegando, a tendência é que as temperaturas fiquem um pouco acima do normal, pois a estação se inicia sob os efeitos do Fenômeno El NiÑO (águas mais aquecidas no Oceano Pacífico Equatorial). Essa condição presente, causa a formação de uma massa de ar quente sobre a região Nordeste, diminuído a circulação dos ventos e impedindo a formação de chuvas. Outra condição que irá contribuir para uma sensação térmica de mais calor, é uma maior concentração de umidade ao longo da faixa litorânea do Nordeste, uma vez que as águas superficiais do Oceano Atlântico estão e devem permanecer mais aquecidas nos próximos meses, liberando mais umidade para atmosfera e como os ventos deverão estar mais fracos, essa umidade permanecerá sobre a região contribuindo para o aumento da sensação térmica.

No interior, quente por natureza do clima semiárido as condições não deverão apresentar mudanças significativas nas temperaturas máximas e mínimas, devendo ter um comportamento próximo da normalidade, muito quente durante o dia e condições mais amenas durante a noite.

Previsão Climática para os próximos meses

Nos meses que compõem o verão (dezembro, janeiro e fevereiro), ocorrem as chuvas da pré-estação chuvosa, que derivam da presença de sistemas meteorológicos transientes (frentes frias e vórtices ciclônicos de ar superior). Esses sistemas são de difícil previsibilidade e dificulta estabelecer um comportamento para a chuva nesse período, mas normalmente em Natal temos valores médios de 15,5mm para dezembro, o mês nem acabou e já choveu 66 milímetros; 35,6mm para janeiro e 90,0mm para fevereiro. No interior as chuvas médias para esse período os valores variam muito de acordo com a região, por influência do relevo. Normalmente os valores de chuva apresenta valores baixos em dezembro (variando de 10mm a 15mm), média já ultrapassada em muitos municípios potiguares neste dezembro de 2018.

Para janeiro os valores variam entre 20,0mm a 70mm, aumentando um pouco em fevereiro para valores médios variando entre 50mm a 110mm. Para a estação que se inicia agora, segundo Gilmar Bristot, é esperado que tenhamos ocorrência de chuvas próximo da normalidade, não descartando a ocorrência de veranicos (períodos superiores a 10 dias sem chuva), e ocorrência de chuvas intensas ocasionas por vórtices ciclônicos de ar superior, comuns de atuarem nessa época.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *