Jornalismo

Código Florestal: Dilma faz 12 vetos e 32 mudanças

A presidenta Dilma Rousseff decidiu vetar 12 itens do Código Florestal e fazer 32 modificações no texto aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de abril. O governo vai editar uma medida provisória (MP) para regulamentar os pontos que sofreram intervenção da presidenta. Os vetos e a MP serão publicados na edição de segunda-feira (28) do Diário Oficial da União.

“Foram 12 vetos e 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado, cinco correspondem a dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo”, resumiu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ao anunciar as decisões.

Entre os pontos vetados está o artigo que trata da consolidação de atividades rurais e da recuperação de  áreas de preservação permanente (APPs). O texto aprovado pelos deputados só exigia a recuperação da vegetação das áreas de preservação permanente (APPs) nas margens de rios de até 10 metros de largura. E não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas APPs nas margens de rios mais largos.

Os vetos estão sendo apresentados pelos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no Palácio do Planalto.

O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou de fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. Os vetos presidenciais podem ser derrubados pelo Congresso Nacional, desde que tenham o apoio da maioria absoluta das duas Casas – Senado e Câmara – em votação secreta.

Fonte: Agência Brasil

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Jornalismo

Juiz determina que Urbana e Prefeitura controlem o lixo no Pitimbu

O Juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública, Ibanez Monteiro da Silva, determinou que a Urbana e o município de Natal coíbam o depósito de lixo e material de construção em terreno público localizado entre as Ruas Serra dos Carajás e Rio Tamanduateí, no bairro Pitimbu, zona sul da cidade.

O Magistrado deferiu, parcialmente, pedido feito há um ano pelo Ministério Público Estadual, por intermédio da 41ª Promotoria de Justiça, e determinou também que a Companhia e o município de Natal ordene melhor o descarte irregular desses resíduos, bem como implantem um sistema adequado de fiscalização dos serviços de coleta e transporte de lixo de referida área, para impedir fraudes na remoção dos resíduos juntamente com areia implicando no excesso de remuneração aos prestadores de serviço.

O Juiz abriu prazo de 20 dias para que os demandados apresentem um plano de medidas necessárias a serem adotadas, estabelecendo um cronograma para implantação dessas ações.

No dia 27 de abril do ano passado, o Promotor de Justiça do Meio Ambiente, João Batista Machado Barbosa, ajuizou a Ação Civil Pública n° 0107903-79.2011.8.20.0001 pedindo efetiva fiscalização da Urbana na coleta de lixo no bairro Pitimbu.

Segundo denúncia da formação de lixões e pontos irregulares da coleta de lixo, e com a Urbana se limitando a contratar empresas para o serviço de limpeza da área, retirando o lixo depositado nos terrenos, o representante do Ministério Público optou pelo ajuizamento da ação. E alertou em juízo a retirada de grande quantidade de areia juntamente com os resíduos sólidos, aumentando o peso da carga direcionada para a Estação de Transbordo de Cidade Nova.

Confira aqui a Decisão.

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Jornalismo

Dinamarca terá 100% de energia renovável até 2050

Até 2050, 100% da energia produzida na Dinamarca deverá ser renovável. A meta, anunciada pelo governo do país, é não depender mais dos altos preços de combustíveis fósseis.  Os investimentos, ao longo dos próximos anos, serão voltados para parques eólicos, redes inteligentes, biogás e outras tecnologias.

Em um prazo mais curto, a meta também é ambiciosa: 35% da produção já será limpa até 2020, quando as emissões de gases de efeito estufa terão caído 34% em relação a 1990.

O exemplo de que é possível já vem de “casa”: a ilha dinamarquesa Samso, que abriga cerca de 4 mil pessoas, produz 100% da energia que consome com fontes renováveis. O que sobra é repassado à rede pública, vendido no mercado de carbono e exportado para a parte continental por meio de cabos submarinos – que antes levavam petróleo e gás para abastecer os habitantes do local.

A ilha tornou-se referência para estudiosos do assunto e exemplifica discussões sobre a viabilidade do uso de energias limpas no abastecimento de outros lugares do mundo.

* Com informações da Exame

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Economia

Mais de 60% das capitais brasileiras proíbem uso de sacolas plásticas em supermercados

Mais de 60% das capitais brasileiras – 17 das 27 capitais – aprovaram leis que proíbem ou que regulam o uso de sacolas plásticas em supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Em pelo menos três capitais – Manaus, Fortaleza e Curitiba – há projetos tramitando na Câmara Municipal sobre o assunto. Entretanto, aprovar a lei não significa colocá-la em prática. Em diversas cidades há ações na Justiça para suspender a aplicação da norma.

Em Recife, a Justiça considerou inconstitucional a lei que obriga o fornecimento, por parte dos comerciantes, de sacolas oxibiodegradáveis (que contém um aditivo que causa degradação mais rápida). O argumento é que o município não pode legislar sobre matéria de meio ambiente. Essa competência, segundo a Constituição, cabe à União, aos estados e ao Distrito Federal.

O município de Recife recorreu da decisão. Se o pedido de recurso for acatado pelo Tribunal de Justiça local, a matéria seguirá para decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Enquanto isso, a ação fica suspensa.

Na maior cidade do país, São Paulo, a Justiça também considerou a lei inconstitucional. Entretanto, foi assinado um acordo com a Associação Paulista de Supermercados para que, até 3 de abril, os estabelecimentos forneçam caixas de papelão gratuitamente ou sacolas biodegradáveis por R$ 0,19 e ecobagspor R$ 1,80. A partir de 4 de abril, os consumidores deverão transportar suas compras em sacolas próprias.

O ideal, segundo o presidente do Instituto Sócioambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense, é o uso racional das sacolas plásticas. Ele destacou que estudos mostram que sacolas plásticas têm melhor desempenho, inclusive no acondicionamento de lixo, do que outras embalagens.

“Num aterro sanitário 0,2% é sacola plástica, 65% são material orgânico. A saída é ter incineração, reciclagem energética. Dizer que as sacolas abarrotam os aterros sanitários é uma mentira deslavada”, disse. “É preciso ter sacolas resistentes e que seu uso envolva preservação ambiental e uso consciente”, completou.

Para a fundadora da Fundação Verde (Funverde), Ana Domingues, a solução é acabar com as sacolas plásticas e educar o consumidor a usar engradados ou sacolas retornáveis. Caixa de papelão, segundo ela, deve ser a última opção. “Já passou da hora de banir as sacolas. Não tem lógica usar um segundo pra fabricar um produto, usar por meia hora e demorar 500 anos para tirar do meio ambiente”, comentou.

Abandonar a sacola plástica tem sido a decisão de muitos consumidores, mesmo antes de leis regularem o assunto. A dona de casa Maria do Carmo Santos, por exemplo, diz que as sacolas retornáveis oferecem maior resistência, durabilidade e segurança para as suas compras. “Eu já abandonei o uso das sacolinhas de plástico há muito tempo. Elas poluem demais e sujam nossa casa. Eu até faço coleção dessas sacolas ecológicas que são lindas, práticas e duram muito mais do que as de plástico”, disse.

A dona de casa Graciana Maria de Jesus tem a mesma opinião. Para ela, as sacolas plásticas oferecidas no mercado não são de boa qualidade. “Essas sacolinhas de mercado não valem nada! Além de a gente passar raiva, porque rasgam com facilidade e nem para colocar no lixo servem. Comprei essa bolsa (ecobag) que dá para colocar mais produtos e para carregar é bem melhor”, disse.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Abandonar as sacolas plásticas sou perfeitamente de acordo, mais o consumidor pagar ao supermercado por ecobags ou qualquer outra coisa para trazer suas compras pra casa sou contra. Agora além do lucro que eles tem com os alimentos ainda vão embolsar uma grana considerável nas sacolas ecológicas. Imagine uma compra de mes. Quantas sacolas vou precisar? E quanto vou pagar pelas sacolas ?

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Jornalismo

Promotoria do Meio Ambiente proíbe shows no Beco da Lama

A Promotoria do Meio Ambiente, através da sua titular, Rossana Sudário, emitiu recomendação a SEMURB, proibindo a realização de shows no Beco da Lama, em especial os especiais de reggae que ocorriam nas sextas-feiras com bandas locais.

O descumprimento da decisão vai gerar uma multa diária de 10 mil reais para o realizador do evento.

A medida começa a valer a partir do dia 21 de fevereiro, depois do carnaval.

A decisão foi provocada por um abaixo assinado de moradores da região que reclamaram a Justiça em relação à altura do som.

Segundo a promotora do Meio Ambiente, a medida faz valer uma resolução do Conema, que regula a realização dos eventos realizados em espaços públicos.

A magistrada reconhece que aquele espaço é tradicionalmente um ambiente cultural, mas afirma que até esses eventos precisam se adequar as leis ambientais.

“O ideal é que esses e outros shows que aconteçam no local sejam realizados em espaços fechados e com isolamento acústico”, argumenta a promotora.

Pelo Twitter, o produtor cultural Marcelo Veni, que promove os shows de reggae, comunicou que vai recorrer da decisão.

Para Veni, “se não fossem o movimento dos bares e da programação musical que acontece semanalmente o Centro da Cidade já teria virado uma Cracolândia”.

O blog contactou a assessoria da Semurb que ficou de enviar nota se posicionando sobre o tema.

A execução do termo de ajustamento de conduta, assim como se a decisão da Promotoria de Meio Ambiente vai valer apenas para os shows de reggae ou para todos os eventos ocorridos no Beco da Lama, é regulamentada pelo órgão municipal.

Comentário do blog: A legislação ambiental é importante, mas deve levar em conta também os aspectos culturais da nossa cidade. Não é legitima a alegação de que reggae não faz parte da cultura regional, nordestina ou brasileira. No Beco da Lama, qualquer som que se toque tem apelo cultural. Aquele ambiente, pela sua importância para todas as artes, tem esse poder. Nessa e em qualquer decisão tomada sobre aquele espaço, esse aspecto tem que ser levado em conta. Seria “criminoso” proibir a realização de shows no Beco. Nossa cidade, que já é tão carente de referências culturais de boa qualidade, sairia no prejuízo.

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