Saúde

Prevent Senior fecha acordo com Ministério Público para vetar uso do ‘kit Covid’

Foto: Daniel Teixeira / Estadão Conteúdo

A Prevent Senior assinou nesta sexta-feira, 22, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público de São Paulo em que se compromete a vetar o uso off-label do ‘kit-covid’ e a realização de pesquisas internas com remédios ineficazes contra o novo coronavírus.

A operadora de saúde é acusada de administrar medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e invermectina sem o consentimento dos pacientes e de esconder ocorrências de mortes.

O advogado Aristides Zacarelli Neto, que representa os irmãos Fernando e Eduardo Parrillo, donos da empresa, se reuniu nesta tarde com o promotor de Justiça Arthur Pinto Filho, responsável pela investigação na esfera cível, para selar o acordo. Eles sentaram à mesa exatamente uma semana após o MP oferecer o TAC.

Zacarelli disse que o TAC ‘não produz prova e muito menos admite culpa’. De acordo com o advogado, o objetivo da assinatura foi ‘aproximar e dar mais voz aos colaboradores e beneficiários’. “A empresa é sólida e sairá ainda mais forte deste momento”, afirmou.

O termo livra a operadora de uma eventual ação civil pública pela conduta na pandemia. A multa em caso de cumprimento varia de acordo com a cláusula entre R$ 10 mil e R$ 100 mil por ocorrência.

“É inacreditável que ainda hoje no Brasil se discuta a eficácia do kit-covid. O TAC é um avanço muito grande para mostrar que esses medicamentos não são mais aceitos na medicina moderna”, defendeu o promotor Arthur Pinto Filho após a assinatura do acordo.

ENTENDA OS PRINCIPAIS PONTOS DO ACORDO:

– Proibição ao uso do kit-covid;

– Proibição a tratamentos experimentais sem autorização prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

– Instituição da figura de um ‘ombudsman’ contratado e pago pela Prevent Senior, desde que tenha o nome aprovado pelo MP, para fiscalizar internamente os procedimentos da operadora, inclusive recolhendo sugestões e críticas dos segurados;

– Veiculação de avisos em jornais de grande circulação para esclarecer que não fez nenhuma pesquisa que tenha atestado a eficácia do kit-covid;

– Veto a alterações no código de diagnóstico dos pacientes em documentos internos e preenchimento de declarações de óbito com ‘informações verdadeiras, o mais detalhadamente possível, sem omissões e sem alterações a posteriori’;

– Disponibilização dos prontuários aos pacientes e familiares de vítimas.

A criação de um conselho gestor, nos moldes dos conselhos municipais de saúde, para orientar os dirigentes dos hospitais da rede foi o único ponto proposto inicialmente pelo MP que ficou fora da versão final. O colegiado também ficaria responsável por fiscalizar as cláusulas do acordo e por fazer a ponte entre segurados, médicos e a Prevent Senior.

“Nós achamos melhor pensar com mais calma esse modelo”, disse Pinto Filho após ouvir os argumentos da Prevent Senior. A operadora apresentou ressalvas sobre a possibilidade de ‘instrumentalização’ do conselho em um momento em que já está exposta diante da opinião pública. “Eu acho a questão do conselho gestor fundamental, mas não houve um consenso”, acrescentou. Ainda poderá haver um aditivo ao termo assinado hoje para a instituição do conselho.

Em outra frente, o Ministério Público de São Paulo estuda a cobrança de uma multa por danos morais coletivos pela administração do kit-covid e da pesquisa que teria sido feita pela operadora. Uma reunião com representantes do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho está prevista nos próximos 15 dias para discutir critérios para um pedido conjunto indenização

“Eu acho muito importante que se estabeleça um dano moral coletivo que repare o dano causado à sociedade”, disse o promotor. Se a Prevent Senior não aceitar o valor cobrado, uma ação civil será enviada à Justiça. A empresa já sinalizou que está disposta a negociar o pagamento, o que não impede que familiares de vítimas ajuízem ações particulares. O TAC inclui uma cláusula que proíbe a operadora de ‘obstaculizar ou negar acesso ao prontuário médico pelo paciente, seu representante legal ou familiares’, também para facilitar a avaliação sobre a possibilidade de judicialização por aqueles que perderam familiares.

A Prevent Senior também é investigada por uma força-tarefa de oito promotores paulistas na esfera criminal. Eles apuram se houve dolo da operadora e se há, de fato, uma relação entre a administração do ‘kit-covid’ e as nove mortes no estudo interno denunciado por médicos à CPI da Covid.

Agência Estado

Opinião dos leitores

  1. Resta saber se o MP vai se responsabilizar se aumentarem as mortes pela falta de tratamento.

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Saúde

Paciente da Prevent: ‘Cuidado paliativo era para eliminar paciente’

Foto: Pedro França / Agência Senado

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o advogado Tadeu Frederico de Andrade, paciente da operadora de saúde Prevent Senior, afirmou que a tentativa de impor os tratamentos de cuidados paliativos era uma prática para tentar eliminar pacientes de alto custo. Andrade foi infectado com a Covid-19 no fim do ano passado e buscou tratamento em uma unidade da Prevent, em São Paulo. Segundo ele, ficou 120 dias internado, tendo sido intubado duas vezes.

“Minha família lutou contra essa poderosa corporação chamada Prevent Senior. Eles lutaram para que eu não viesse a óbito. Eles, minha família, não aceitaram a imposição dos chamados cuidados paliativos, que era a prática utilizada pela Prevent Senior para eliminar pacientes de alto custo”, afirmou. Ao R7, a Prevent disse “considerar tal afirmação absurda”.

Durante a internação, o advogado ficou cerca de 30 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse período, uma médica da operadora ligou para uma das filhas do paciente comunicando que ele passaria a ter os cuidados paliativos. “Ou seja, eu sairia da UTI, iria para um chamado leito híbrido e lá teria, segundo as palavras da Dra. Daniella, maior dignidade e conforto, e meu óbito ocorreria em poucos dias. Seria ministrada em mim uma bomba de morfina e todos os meus equipamentos de sobrevivência na UTI seriam desligados. Inclusive, se eu tivesse alguma parada cardíaca, teria recomendação pra não haver reanimação”, relatou.

Os cuidados paliativos são indicados para pacientes crônicos que vivem os seus últimos dias, com o intuito de dar mais conforto. A família do advogado não concordou e chegou a se reunir com a médica. Ainda assim, no mesmo dia, a médica que o atendia inseriu no seu prontuário o início dos tratamentos paliativos sem autorização da família, segundo o depoimento.

“Recomenda que se desligue, não se faça mais hemodiálise, não se ministrem mais antibióticos, enfim, também não faça a manobra de ressuscitação e que administre a bomba de morfina. E, ao final, ela diz o seguinte, nesse prontuário que já está nas mãos da CPI: ‘Em contato com a filha Mayra, a mesma entendeu e concorda’. Isso é mentira, minha família não concordou”, contou Tadeu.

Além disso, segundo ele, quando tentaram convencer a sua família a autorizar o tratamento paliativo, usaram o prontuário de outra pessoa, de uma senhora de 75 anos. “Tentaram convencer a minha família de que, pelo prontuário na mão, eu tinha marcapasso, que eu tinha sérias comorbidades arteriais e que, enfim, eu tinha uma idade muito avançada. Só que esse prontuário não era meu, era de uma senhora de 75 anos. Eu não tenho marcapasso, a única coisa que eu tenho hoje é pressão alta, sempre tive pressão alta”, afirmou.

Em nota, a empresa refutou a afirmação de que iniciou o tratamento paliativo ao paciente sem autorização da família. “Já tornado público via imprensa, o prontuário do paciente é taxativo: uma médica sugeriu, dada a piora do paciente, a adoção de cuidados paliativos. Conversou com uma de suas filhas por volta de meio-dia do dia 30 de janeiro. No entanto, ele não foi iniciado, por discordância da família, diferentemente do que o sr. Tadeu afirmou à CPI. Frise-se: a médica fez uma sugestão, não determinação. O paciente recebeu e continua recebendo todo o suporte necessário para superar a doença e sequelas”, pontuou.

Kit Covid

O paciente relatou que, quando estava com Covid-19, fez uma teleconsulta pela operadora de saúde e um motoboy lhe entregou um ”kit Covid” — conjunto de medicamentos ineficazes para o tratamento precoce da doença. Após cinco dias de medicação, seu estado de saúde piorou e ele foi internado já com uma pneumonia bacteriana.

“Fiz diversas hemodiálises, traqueostomia, tive arritmia cardíaca e diversas outras intercorrências. No entanto, hoje estou aqui vivo e com saúde. Acho que sou um sobrevivente, graças a Deus, graças a vários profissionais da saúde que estão na linha de frente — são profissionais heroicos — e, principalmente, graças à minha família”, afirmou.

R7

Opinião dos leitores

  1. Felizmente esse senhor sobreviveu, infelizmente contando uma história difícil de acreditar, pois, para que haja a implantação de cuidados paliativos, inicialmente precisa do contato e consentimento da família, mais só isso não basta, isto tem que estar expresso em autorização fornecida pelos familiares, o que parece não ocorreu, tendo o mesmo permanecido em UTI, depois, bastante estranho que o mesmo elogie efusivamente a equipe que o tratou, afinal, houve mudança de hospital, plano de saúde, profissionais? São perguntas que não falam.

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Política

CPI da Pandemia ouve presidente da ANS nesta quarta-feira

Foto: Agência Senado

A Prevent Senior, operadora de saúde acusada de obrigar médicos a prescrever o chamado kit Covid para seus pacientes, volta nesta quarta-feira aos holofotes da CPI da Pandemia com o depoimento do diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Rebello Filho.

Os senadores querem saber que providências a Agência Nacional de Saúde Suplementar adotou para “coibir e responsabilizar” as supostas irregularidades praticadas pelo plano ao longo da pandemia da Covid-19.

A comissão já reuniu evidências de “inúmeras e gravíssimas” irregularidades cometidas Prevent Senior contra segurados, familiares de pacientes e médicos. Na semana passada, a CPI ouviu a advogada Bruna Morato, representante de 12 médicos que trabalham ou trabalharam na rede. Há duas semanas, o diretor-executivo da operadora foi ao Senado e negou irregularidades.

Na última sexta-feira a ANS divulgou comunicado para informar que abriu dois processos para investigar as denúncias contra o plano.

Radar / Veja

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Política

CPI: Advogada de médicos que denunciaram a Prevent Senior diz que demissões ocorreram após recusa de entrega de ‘kit Covid’

Foto: Divulgação/Agência Senado

Com requerimento de convocação apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), Bruna Morato, advogada dos médicos que trabalham ou trabalharam na Prevent Senior e que denunciaram a operadora de saúde à CPI da Pandemia, presta depoimento nesta terça-feira, 28. Os funcionários elaboraram um dossiê entregue à comissão com diversas denúncias sobre o tratamento da empresa aos pacientes com Covid-19, inclusive com a alteração de prontuários.

O depoimento

Ao iniciar seu depoimento, Bruna Morato relatou que ela e seus clientes têm sofrido “ataques infundados” da Prevent Senior e afirmou que os fatos denunciados pelos médicos a deixaram “aterrorizada”. “Falta de autonomia médica, ocultação e manipulação de dados, falta de transparência em relação aos pacientes e falta de respeito em relação à vida das pessoas”, afirmou.

Segundo a advogada, os primeiros relatos que chegaram a ela eram sobre a falta de equipamentos de proteção individuais dentro dos hospitais. Ainda em março, de acordo com a depoente, o problema passou a ser a obrigatoriedade de usar um conjunto de medicamentos.

“Esse kit era composto por oito itens. O plantonista dizia ao paciente: ‘Preciso te dar. Porque se eu não der, posso ser demitido’”, afirmou. Segundo ela, os médicos recomendavam aos pacientes para tomar “só as vitaminas e proteínas” e não tomar os outros medicamentos, pela falta de eficácia e por serem “muito perigosos”.

A advogada confirmou que tentou um acordo com a Prevent Senior, que não seria financeiro, diante das ameaças que os seus clientes estavam sofrendo. Ela afirmou que seus clientes pediram que a empresa tomasse três atitudes.

Os pedidos eram que a Prevent Senior assumisse publicamente que o estudo sobre “tratamento precoce” foi inconclusivo, além de assumir o protocolo institucional da empresa, deixando claro que os profissionais não tinham autonomia. Os médicos também exigiam que a empresa fizesse um documento se responsabilizando a arcar com custos de possíveis processos vindos de famílias das vítimas.

De acordo com a depoente, a ideologia da empresa sempre foi “lealdade e obediência” e os médicos nunca tiveram autonomia. “Os médicos eram, sim, orientados à prescrição do kit. Esse kit vinha em um pacote fechado e lacrado. Não existia autonomia com relação até a retirada de itens desse kit”, afirmou.

Segundo ela, a receita para os pacientes já vinha pronta e com manual de instruções. Bruna Morato afirmou que, durante a segunda onda, não existia a permissão de fazer determinados exames. “Se prescrevia hidroxicloroquina sem a realização de eletrocardiograma. Existia a dispensação de ivermectina, e o médico não tinha autonomia para retirar esse item”, revelou.

“Os pacientes que utilizavam esses kits eram pacientes que já tinham muitas vezes comorbidades associadas. Então, o conjunto de medicamentos, apesar de ser ineficaz, para aquela população ele se tornava potencialmente letal”, afirmou a advogada.

A depoente negou declaração do diretor da Prevent, Pedro Batista, de que os médicos tinham autonomia. “Nunca deu [autonomia]. Tanto não dava que esses médicos eram sujeitos a cursos e aulas promovidos pelo Instituto Prevent Senior”, revelou.

“A Prevent tem uma política de coerção. Todos os clientes que resistiam eles foram demitidos da operadora. Existiam aqueles que já tinham sido demitidos e achavam a situação repugnante. Outros que ainda estavam na operadora, eles ainda lutavam pelo bem estar do paciente. Quando eles me procuraram, eles pediram para não ser identificados, porque eles sabiam que se fossem identificados seriam demitidos”, ressaltou. “A Prevent Senior costuma fazer demissões em massa toda vez que algum médico ou circunstância desagrada a instituição”, completou.

Segundo a depoente, no início da pandemia o diretor da Prevent, Pedro Batista Júnior, tentou se aproximar do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que havia criticado a empresa após várias mortes por Covid-19 no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo.

Sem êxito na aproximação com Mandetta, a Prevent teria fechado uma “aliança” com um grupo de médicos que assessoravam o governo federal, “totalmente alinhados com o Ministério da Economia”. Esse grupo de médicos seria o chamado “gabinete paralelo”.

“Existia um interesse do Ministério da Economia para que o país não parasse. Existia um plano para que as pessoas pudessem sair às ruas sem medo”, denunciou Bruna, que ressaltou nunca ter ouvido o nome do ministro Paulo Guedes nas conversas. Segundo ela, eles tinham que conceder esperança para as pessoas saírem as ruas: “Essa esperança tinha um nome: hidroxicloroquina”, revelou.

Entenda o caso

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Olha o que diz o depoimento dela:

    ” Segundo ela, os médicos recomendavam aos pacientes para tomar “só as vitaminas e proteínas” e não tomar os outros medicamentos, pela falta de eficácia e por serem “muito perigosos”.

    Se os médicos estavam recomendando só vitaminas e proteínas, e não o kit completo, e alguns pacientes morreram, quem são os culpados então?

    Quem passou o kit completo, ou quem se negou a usá-lo?

  2. Vcs da esquerda são um bando de idiotas, o que tem a haver a relação de uma empresa privada com os seus funcionários, se isso de fato ocorreu, o que não acredito, e um caso de polícia e a PREVENT SENIOR, crime foi ter importado de Cuba, inúmeros profissionais que nem médicos eram, vcs lembram.

  3. E o que o governo federal tem a ver com métodos médicos de uma empresa privada ? Quer dizer q se o São Lucas, ou prometer ou qq hospital de natal tivesse seus métodos médicos divulgados em uma CPI e fossem errados a culpa seria do presidente e do governo federal ??? Q loucura essa narrativa !!! E amanhã? Quando o Luciano hang for lá, qual é a razão dele ser convocado ??? O q ele fez na pandemia ? Recebeu dinheiro federal, administra algum hospital federal ?? Q loucura !! E ainda vão falar da mãe dele na cara dele ! Não duvido q aqueles corruptos, bandidos façam isso ! Vão dizer q ele matou a.mae dele na cara ! E esperar ele ficar puto, p dizerem: agora vc vai ser investigado, quebra de sigilo!! Isso é muito pior (junto com o inquérito das fake news) que ditadura ! E censura !

  4. Em nome da economia, vamos dar remédio forte sem eficácia pra galera ficar tranquila e sair às ruas. Tem que ser todo mundo preso.

  5. Se o que ela descreveu não for GENOCÍDIO nada mais é. Um genocídio por dinheiro! quanto vale a vida humana no brasil!?

    1. Pergunte a fatão grelo duro.
      Ela foi quem comprou respiradores fantasmas e quebrados.
      Fechou hospitais e leitos de uti.
      Botou a polícia em cima do trabalhador, fechou o comércio, toque de recolher, sacos de lixo a peso de ouro, ambulâncias alugada etc etc etc…
      Então minha querida, a pessoa certa é a grelo duro pra te responder tá?

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Geral

Atestado de óbito de mãe de Luciano Hang foi fraudado na Prevent Senior, diz dossiê

Foto: Luciano Hang/Instagram

O dossiê elaborado por 15 médicos contra a Prevent Senior entregue à CPI afirma que a declaração de óbito da mãe de Luciano Hang, Regina Hang, “foi fraudada”.

O documento afirma que ela foi internada em 31 de dezembro e morreu em 3 de fevereiro, com falência múltipla dos órgãos.

“Disfunção de múltiplos órgãos, choque distributivo refratário, insuficiência renal crônica agudizada, pneumonia bacteriana, síndrome metabólica, acidente vascular isquêmico prévio.”

No prontuário, segundo os médicos, havia informação sobre o início de sintomas de Covid em 23 de dezembro.

VEJA MAIS –VÍDEO – (CPI): Diretor da Prevent nega ocultação de óbitos e diz que dois funcionários já desligados “invadiram o sistema” e “adulteraram a planilha”

A adoção de tratamento precoce, com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina teria começado antes da entrada na Prevent Senior. Na internação, de acordo com informações dos médicos, ela teria recebido ivermectina e tratamentos experimentais.

Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, em 5 de fevereiro, Luciano Hang relatou que a mãe estava assintomática e com “quase 95% do pulmão tomado” quando foi levada ao hospital.

“Eu me questiono: será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?”, diz o empresário no vídeo.

A fala, segundo o dossiê, não condiz com o prontuário.

“Como outros tantos casos de óbitos na rede Prevent Senior decorrentes da covid-19 que não foram devidamente informadas às autoridades, a declaração de óbito da sra. Regina Hang foi fraudada ao omitir o real motivo do falecimento.”

O vídeo foi reproduzido há pouco durante a sessão desta quarta-feira da CPI da Covid, durante o depoimento do diretor-executivo da Precisa, Pedro Batista Júnior. Ele se recusou a comentar o caso.

“Eu não respondo a nenhuma informação sem autorização dos meus pacientes. E eu não responderei seja qualquer um dos pacientes que seja exposto [pela CPI].”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. A CPI expor o prontuário dessa senhora so demonstra a falta de ética e respeito daqueles cabra safados! Com certeza Luciano Hang vai denunciar a gazela saltitante e pedir reparação por danos morais. Lamentável.

  2. Os crimes cometidos durante a pandemia foram muitos. Resta saber se alguém vai pagar por eles.

  3. Agora quero saber quem vai investigar e cobrar dos estados e munícipios , que foi colocado nos laudos COVID- 19 e depois de ter enterrado seus ente queridos sem ter o direito nem de se despedir ,descobriu-se que não era COVID-19 , e agora JOSE????????

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Polícia

Não houve teste em massa de remédio ineficaz, diz diretor da Prevent Senior em CPI

Respondendo ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Pedro Júnior negou que a Prevent Senior tenha realizado testes em massa com medicamentos ineficazes.

Segundo ele, foi realizado um teste observacional do ato médico.

“Não foram feitos testes. Não houve testagem. Não há necessidade de autorização para estudo. Nós só observamos o ato médico.”

Pedro Júnior afirmou ainda que os pacientes chegavam à Prevent Senior em busca destes medicamentos do chamado ‘kit Covid’, que é comprovadamente ineficaz para o tratamento da Covid-19.

“Não há crime em operadora fornecer a medicação conforme a prescrição do médico”, disse.

Pedro Júnior diz que ex-funcionários divulgaram dados adulterados sobre pacientes

Em sua fala inicial, o diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Júnior, afirmou que ex-funcionários da operadora divulgaram dados adulterados sobre pacientes com Covid-19.

Ao comentar as denúncias sobre a operadora de saúde ter omitido mortes por Covid-19 em relatórios internos, Pedro Júnior relatou que o “noticiário tirou de contexto um documento”. “Muitos óbitos aconteceram depois do dia da conclusão daquele relatório”, disse.

Os profissionais que teriam alterado o documento foram demitidos da Prevent Senior em junho de 2020, segundo o diretor-executivo.

“Médicos desligados da Prevent em junho de 2020 manipularam relatórios. Médicos invadiram o sistema, acessaram essa planilha e adulteraram a planilha. Resgataram mensagens de março e também editaram as imagens. A ANS instaurou um procedimento pra apurar e detectar a ineficiência”, disse.

Segundo ele, os dados foram manipulados “para atacar e ferir a imagem da Prevent Senior”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. E o q será q esta acontecendo nos EUA onde hoje em dia já voltou ao nível mais de 2000 mortes por dia ! E a vacinação? Não resolveu? Se vc toma vacina, pode pegar, transmitir, complicar e morrer.. p que passaporte de imunização?

    1. Se você for negacionista vai contrair com mais facilidade e congestiona o sistema de saúde, só isso.

    1. Cuidado com essa sua posição de bruços esquerdoide, o negão da internet pode te pegar.

    2. Esse Thomaz fica de bruços e exatamente por isso, não vai virar nunca.

  2. Mais mentiras da mídia militante. Os remédios não são “comprovadamente ineficazes” contra o SARS-COV-2. Na verdade, não há estudos conclusivos confirmando sua eficácia. Coisa muito diferente. E essa nem devia ser a questão. Os médicos têm liberdade para receitar o que acharem devido e as pessoas têm o direito de recorrer a qualquer coisa que pensem poder ajudar. Oração, rezadeira, macumba, simpatia, chá, qualquer coisa. É direito das pessoas. Quem quiser ficar em casa, esperando a morte chegar, também pode. Simples assim.

    1. Pra uma pessoa que vive dizendo que as vacinas (que foram testadas e aprovadas por DIVERSOS órgãos de saúde do mundo inteiro) não protegem nem evitam a covid, vc é bastante crédulo ou imbecil mesmo em acreditar que cloroquina e ivermectina por não haver “comprovada ineficácia”, ajudaria contra a covid! É muito coerência de sua parte viu! KKKKKK.

    2. Desde que haja vacina disponível. A busca por alternativas não ortodoxas se originou do atraso do governo federal em comprar as vacinas, o que só ocorreu após Dória dar o primeiro passo.

    3. Bicho de chifres, a pessoa pode ir atrás do que quiser, mas o médico só pode prescrever o que for cientificamente comprovado. Medicina é ciência e não pajelança. Dá uma serrada.

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Política

CPI: Depoimento de diretor da Prevent Senior é adiado para próxima quarta

Após a ausência de Pedro Benedito Batista Junior, diretor-executivo da Prevent Senior e depoente desta quinta-feira (16) na CPI da Pandemia, os senadores resolveram remarcar a oitiva do médico para a próxima quarta-feira (22).

Com isso, a previsão é da CPI receber na próxima semana o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na terça-feira (21), e Pedro Batista no dia seguinte.

Em nota enviada à comissão, a operadora de saúde justificou a ausência dizendo que o e-mail de intimação para que o médico fosse ao Senado prestar esclarecimentos sobre o chamado “tratamento precoce” chegou no fim da tarde de quarta-feira (15), e que, portanto, não houve tempo hábil para viabilizar seu comparecimento.

Segundo a defesa do médico, ele deve comparecer à CPI se receber outra notificação com maior tempo tanto para chegar à Brasília – o executivo encontra-se em São Paulo – como para a análise dos autos que embasaram a convocação.

Mesmo assim, os senadores pediram para que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), avaliasse pedir autorização para realizar uma condução coercitiva caso Batista não compareça ao Senado na próxima semana.

A decisão foi tomada na reunião desta quinta, que aconteceu sem depoentes, mas com debates sobre os rumos das investigações da comissão e sobre as denúncias envolvendo a operadora de saúde.

Também foi aprovado um requerimento de pedido de informações ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que estaria investigando denúncias sobre médicos da Prevent Senior terem sido forçados a receitar medicamos do “tratamento precoce” contra a Covid.

Os fármacos não têm eficácia nos cuidados da doença.

Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o caso da Prevent Senior é “um dos mais graves” que serão abordados na comissão.

O senador também comentou sobre as expectativas para o relatório final das investigações, que é prometido para as últimas semanas de setembro.

“Essa é a CPI das CPIs. Ela tratou de vidas, virou uma espécie de santuário de defesa da vida, do enfrentamento ao negacionismo, à irresponsabilidade de tratamento precoce com medicamentos ineficazes”, disse Calheiros.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. CPI patética, dominada por notórios corruptos, que desrespeitam depoentes e seus direitos. Sigilos quebrados ilegalmente, narrativas mentirosas, ataques à reputação de pessoas idôneas, mera politicagem. Para não falar do desperdício de tempo e dinheiro público.

  2. Descobriram que essa Prevent Senior fraudou as pesquisas para dar a entender que a cloroquina funcionava. Pense num povo nojento!

    1. Ricardo pelo amor de deus não generalize, pra mim é milhares de brasileiros o senador Renan Calheiros com toda certeza nos representa. Obrigado e um forte abraço.

    2. O cara dizer que Renan Calheiros representa ele kkkkk e brincadeira, não sabe nem quem é, pode ter certeza, e só porque esta ajudando o Luladão kkkkk. cada uma, sera que quem defende sabe quem foi Mônica Veloso, sabe nada kkkk

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