Política

Secretário de Estado de Trump fala em ‘segundo mandato’ do presidente e tensão cresce nos EUA

Donald Trump, acompanhado de seu secretário de Justiça, Mike Pompeo, no Salão Oval Foto: ALEX EDELMAN / AFP

A vitória de Joe Biden foi confirmada segundo projeções há quatro dias e, até agora, não há sinais de que Donald Trump pretenda reconhecer sua derrota, deixando os Estados Unidos à beira de um impasse.

Nesta terça, em entrevista coletiva, o secretário de Estado, Mike Pompeo, se tornou a pessoa com mais alto cargo, além de Trump, a pôr em dúvida a vitória do democrata, afirmando que haverá um segundo mandato do republicano.

— Haverá uma transição tranquila para um segundo governo Trump — disse Pompeo em entrevista coletiva.

A tensão política cresceu na noite de segunda-feira, após o Departamento de Justiça autorizar inquéritos federais para apurar supostas fraudes eleitorais denunciadas pelo presidente, mesmo sem quaisquer provas de sua existência.

A decisão de William Barr, o secretário de Justiça, gerou repúdio dentro de seu próprio departamento. O diretor do braço responsável por crimes eleitorais, Richard Pulge, pediu demissão e, em um e-mail para colegas, afirmou que a conduta do secretário “revoga uma política de não interferência de 49 anos para investigações de fraudes eleitorais”, que são apuradas primeiro pelos tribunais estaduais.

Enquanto a alta cúpula republicana no Congresso apoia a cruzada jurídica do presidente, outros grupos dentro do partido começam a repudiar a conduta do presidente e de Barr. Quatro ex-secretários de Segurança Nacional dos governos de George W. Bush e Barack Obama assinaram um comunicado afirmando que as eleições foram justas e que as tentativas de Trump de questionar o resultado da eleição não devem impedir a transição.

Em outro comunicado, ex-funcionários do Departamento de Justiça, entre eles o ex-conselheiro de Segurança Nacional de George W. Bush, Ken Wainstein, lembraram que “os eleitores decidem a eleição, não o secretário de Justiça”.

“Não vimos absolutamente quaisquer evidências de nada que possa impedir a certificação dos resultados, que é algo que cabe aos estados, não ao governo federal”, afirmaram. “O povo americano falou claramente, e agora o país precisa se mover em direção a uma transição pacífica de poder.”

Nos próprios escritórios de advocacia que representam Trump, diz o New York Times, há preocupações sobre os riscos do comportamento do presidente. Em duas das maiores firmas do país, a Jones Day e a Porter, Wright, Morris & Arthur, houve reuniões internas sobre o assunto. Ao menos um advogado se demitiu em protesto.

Apoio republicano

Se nos anos 1970, conforme ficava claro que Watergate custaria o mandato de Richard Nixon, uma série de parlamentares e lideranças republicanas foram à Casa Branca afirmar que não apoiariam o presidente, desta vez o cenário é outro na alta cúpula republicana no Congresso. As principais figuras do partido não fazem quaisquer esforços públicos para convencer o presidente a admitir a derrota e espalham a desinformação.

Enquanto reconhecem como legais os resultados na Câmara e no Senado, onde os republicanos tiveram ganhos, questionam a vitória de Biden na disputa pela Presidência. O poderoso líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse nesta terça que o comportamento do presidente “não é motivo de alarme”:

— Não é incomum, não deveria ser alarmante — ele afirmou, em entrevista coletiva. — Em algum momento, nós saberemos, finalmente, quem foi certificado vencedor em cada um destes estados, o Colégio Eleitoral determinará o vencedor e esta pessoa tomará posse em 20 de janeiro. Não há razão para alarme.

Parte desta retórica deve-se a tentativas de manter a base mobilizada até as eleições especiais na Geórgia, que determinarão qual partido terá a maioria no Senado. Como nenhum candidato obteve mais da metade dos votos, haverá um novo pleito em 5 de janeiro.

Kelly Loeffler e David Perdue, os dois pleiteantes republicanos, vieram a público demandar a saída do secretário de Estado local, o republicano Brad Raffensperger, após ele defender a integridade da eleição. Biden lidera no estado sulista, um antigo reduto republicano, por uma margem pequena de votos — resultado de um esforço do Partido Democrata para registrar mais eleitores negros e diminuir a supressão de votos.

Raras vozes dissonantes dentro da sigla, como o senador Mitt Romney, afirmam que é necessário convencer Trump a recuar, visando a saúde da democracia americana, mas o presidente não dá quaisquer sinais de que pretende mudar de posição. Pelo contrário, a chefe da agência responsável por liberar as verbas para que a transição de governo possa começar oficialmente, Emily Murphy, ainda sequer o fez.

Processos judiciais

Trump já se declarava vencedor antes mesmo do resultado oficial ser anunciado, retórica que só endureceu após a confirmação da vitória de Biden. Ao se recusar a admitir a vitória do adversário, o presidente põe em xeque princípios básicos de uma democracia saudável, argumentou o comentarista político do site Vox, Ezra Klein. Para o jornalista, autor do livro “Por que estamos polarizados?”, Trump tem poucas chances de ter sucesso em seus avanços, mas isto não significa que eles não sejam perigosos.

“Milhões acreditarão em Trump, verão as eleições como roubadas”, ele disse. “É a construção de uma realidade alternativa confusa, em que a eleição foi roubada de Trump e republicanos fracos estão deixando os ladrões escaparem.”

Trump lança mão de uma série de processos judiciais, até o momento mal-sucedidos, tentando convencer tribunais a deslegitimar votos favoráveis a Biden nos estados-chave e pedir recontagens. Em paralelo, seus advogados fazem pressão no sistema Judiciário, onde o presidente realizou uma revolução conservadora nos últimos três anos e meio — nos EUA, juízes federais são nomeados pela Casa Branca.

Eles miram os votos pelo correio, que tiveram adesão maciça entre os democratas neste ano, diante das limitações impostas pela pandemia. Diante do recorde de 65 milhões de votos por esta modalidade, vários estados estenderam o limite para a entrega de votos postados dentro do prazo pré-estabelecido, evitando que atrasos nos correios impedissem sua aferição. São estes os votos que Trump falsamente diz serem “ilegais”.

As cédulas nestas condições, no entanto, seriam insuficientes para reverter a margem de Biden. Em 2016, Trump ganhou os estados de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin por um total de 80 mil votos somados. Neste ano, Biden já soma uma vantagem que ultrapassa 214 mil votos nestes estados. Nos outros três estados em que ainda não é possível projetar o vencedor, Biden lidera no Arizona e na Geórgia, e Trump apenas na Carolina do Norte.

2020 não é 2000

Haverá recontagem ao menos em Wisconsin e na Geórgia, onde a margem entre os candidatos é pequena. Grandes mudanças, no entanto, são improváveis: segundo a agência Associated Press, houve ao menos 31 recontagens estaduais desde 2000. Delas, apenas três mudaram o resultado da eleição, todas elas com margens inferiores a 300 votos. Em ambos os estados, a diferença entre os candidatos é superior a 10 mil votos. Na Pensilvânia, os republicanos demandam uma auditoria. Lá, a diferença entre os candidatos é superior a 45 mil votos.

A situação também é diferente da de 2000, quando a disputa acabou sendo decidida só em dezembro. Naquele ano, a vitória no Colégio Eleitoral do republicano George W. Bush ou do democrata Al Gore ficou dependendo do resultado apenas de um estado, a Flórida. Na época, a Suprema Corte determinou em 12 de dezembro a suspensão da recontagem no estado, onde Bush ganhou por apenas 500 votos, o que lhe garantiu a Presidência com 271 votos no Colégio Eleitoral, contra 266 de Gore. Agora, Biden já tem garantidos 279 votos no Colégio Eleitoral, nove a mais do que os necessários para a vitória.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Iludindo os Minions de lá…kkkkkkk
    Mas é bom pra gente sorrir…se entrega não Donald…se amarra na escada, chora, esperneia, grita…
    (Ah, e prepara os bolsos, são 900 milhões de dólares pra pagar em impostos atrasados)..
    ???????

    1. O jogo vai virar. A alegria dos comunas vai acabar kkk.
      Globo é globo, CNN, a Globo americana. Só sai globo e CNN.

  2. Bg coloque reportagem de canais que defendem a recontagem e as provas que eles indicam.
    Sugiro ser mais democrático,

    1. Colocar o quê? As fakenews que você recebe pelo Gabinete do Ódio? Se está curioso, e não confia na imprensa nacional, vá colher na fonte! Procure fontes de informação dos EUA!

  3. O Globo não tem isenção. Essa narrativa tenta induzir as pessoas a criticarem um direito legítimo do atual presidente. Por que não apurar? Por que o medo? Por que o medo da transparência?

  4. Hô Galegão invocado, Hô homão corajoso, Hô Galegão brabo.
    Donald Trump presidente.

  5. Quando os democratas contestaram o resultado das eleições em 2000, não houve essa confusão toda. Se a legislação permite a recontagem dos votos, qual é o problema?

  6. BG, se possível, coloque um reportagem que mostre o lado favorável ao posicionamento de Trump. Há vários
    relatos e denúncias de fraudes, inclusive com mortos votando. Sabemos que a Globo é pró-Biden.

    1. Por isso que seu nome é Manoel kkkkkk burro demais…. Deve ser português

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Judiciário

“Harmonia também é tensão entre os poderes, porque cada um tem que cumprir suas competências constitucionais”, diz ministro do STF, Alexandre de Moraes

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Harmonia também é tensão entre os poderes, porque cada um tem que cumprir suas competências constitucionais”, disse hoje o ministro Alexandre de Moraes, sobre as disputas do Supremo com o Legislativo e o Executivo.

Segundo ele, “quando o Judiciário chega ao mesmo patamar dos outros poderes, alguns não aceitam e querem entender que harmonia é apatia”. Mas “harmonia também é tensão”, disse.

Na opinião de Moraes, o papel do Judiciário é garantir que os direitos das minorias sejam respeitados diante da vontade das maiorias.

“Por isso a comparação com a panela de pressão: a posição contramajoritária tira a pressão, afasta a possibilidade de explosão”, disse Moraes.

O ministro falou em “webinar” organizado pelo site Jota. Participaram do evento, além de Alexandre de Moraes, os professores Diego Werneck e Joaquim Falcão, da FGV.

O Antagonista, com Jota

Opinião dos leitores

  1. Tomara que os membros do STF que ainda pode se confiar que suas posições possa se sobrepor ao que tentar impor uma ditadura da toga, que o bom senso prevaleça.

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Política

“DEIXA O CARA GOVERNAR!”: Mourão acredita que a escalada das tensões entre os três Poderes não terá consequências concretas:“É retórica inflamada”

Foto: Sergio Lima/Bloomberg

Nas últimas décadas, segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, o país foi governado pela esquerda e pela centro esquerda. Agora é a vez da direita e de alguns da direita extremada. “Isso é a alternância democrática. Deixa esse pacote passar. Se provar que funciona ele será eleito em 2022 e, se não funcionar, ele irá para o lixo da história”, disse o vice presidente em entrevista ao Valor. “Deixa o cara governar!”, completou.

Mourão acredita que a escalada das tensões entre os três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – na semana passada, não terá consequências concretas. “É retórica inflamada”, resumiu ele, seja do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, seja do próprio presidente Jair Bolsonaro. A nota oficial em que o general  da reserva, Heleno, em resposta à uma decisão de Celso de Mello, ministro do STF, fala em “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional” foi um “desabafo” que já passou, assegurou Mourão. Bolsonaro “se irrita”. Esta é, disse o vice, “uma característica pessoal do presidente” (que, na quinta-feira, avisou que não vai cumprir “decisões absurdas” da Suprema Corte).

“A gente procura conversar com ele para ele não se irritar porque quem te irrita te domina. Ele compreende, mas tem hora que ele faz os desabafos dele”, conta Mourão.

Antes de receber o Valor no gabinete da Vice-Presidência, anexo ao Palácio do Planalto, Mourão havia passado uma hora conversando com Bolsonaro “na sala dele” no Planalto.

“Ele está mais calmo?” perguntou o repórter. “Ele está calmo hoje. É sexta-feira. Sextou!”, respondeu o vice-presidente.

A entrevista ocorreu na sexta feira e ontem, diante das manifestações da sociedade, Mourão foi consultado e enviou ao Valor a seguinte nota: “Enquanto as atribuições dos Poderes estiverem sendo respeitadas, as decisões das autoridades acatadas e a disciplina das Forças Armadas mantida, como vem acontecendo, não há qualquer ameaça ao Estado de Direito Democrático no Brasil. É preciso respeitar a liberdade de expressão, opinião e pensamento no país e, muito particularmente, não usar a defesa da Democracia para suprimir direitos e causar instabilidade.”

No comando do Conselho da Amazônia desde o fim de janeiro, Mourão tem o compromisso de reduzir ao mínimo possível as queimadas no segundo semestre deste ano, frente à explosão do dos incêndios no ano passado. Ao mesmo tempo ele tenta reconstruir as relações com países europeus que deixaram de financiar o Fundo Amazônia.

AQUI, os principais trechos da entrevista.

Valor

Opinião dos leitores

  1. A frase mais irônica do ano, "deixa o cara governar"! Incrível, Mourão ainda consegue ser mais falso que o Capetão: não vê a hora deste cair para assumir a tão sonhada cadeira.

  2. Bolsonaro tem sido vitima constante dessa esquerdalha maldita que não se conforma que perdeu no voto e, agora, quer a todo custo derrubar o governo pra voltar a saquear o pais, fora ptralhas …

  3. Se é assim, manda o presidente parar de inflamar e começar a governar. Todos os presidentes tiveram as suas dificuldades de governar, não há nada de especial no Jair para ele querer ter tratamento diferente ou se comportar em direção ao golpe. Se parar de plantar vento, para de colher tempestade.

  4. O problema é o nosso Presidente parece que não está muito interessado em governar não , mas sim em inflamar seus seguidores fanáticos e promover discórdia e ódio.

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Economia

Petróleo volta a cair com escalada da tensão entre EUA e China, que fala em nova Guerra Fria

Foto: Rich Press / Bloomberg via Getty Images

O preço internacional do petróleo voltou a cair com a escalada na guerra de palavras entre os Estados Unidos e a China, aumentando as incertezas sobre as perspectivas de recuperação global da demanda.

O mercado futuro de petróleo em Nova York começa a semana com queda de 1,2% após já ter caído 2% na sexta-feira. O barril do tipo West Texas Intermediate (WTI) para entrega em julho caiu para US$ 32.86 na manhã desta segunda-feira em Cingapura.

O Brent, referência para a produção no Brasil, começou a segunda com queda de 1,5%, com o barril para julho cotado a US$ 34,60 no mercado futuro europeu.

O mercado de petróleo reage ao aumento da tensão retórica entre os dois país. A China alertou que alguns nos EUA estão empurrando os dois países na direção de uma nova Guerra Fria (a tensão entre EUA e União Soviética que perdurou por décadas após a Segunda Guerra Mundial).

As declarações alimentam preocupações de que uma deterioração das relações entre as duas maiores potências econômicas do planeta poderia complicar a recuperação do mercado de petróleo de uma derrocada sem precedentes na demanda por combustíveis provocada pela pandemia de coronavírus.

Na semana passada, Pequim abandonou sua tradição de décadas de estabelecer uma meta anual para o crescimento econômico devido à incerteza provocada pelo coronavírus. A decisão foi anunciada no Congresso Nacional do Povo.

Entretanto, há sinais de que o mercado de petróleo está se posicionando na direção de uma recuperação. Produtores de petróleo não convencional (shale gas) reduziram o número de plataformas em atividade ao nível mais baixo desde 2009, cortando ainda mais a produção.

Isso acontece ao mesmo tempo em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) empreendem vêm cortando a produção diária em cerca de dez mil barris diários em um esforço para reduzir o excesso de oferta e favorecer a recuperação dos preços.

O petróleo, que chegou a ser cotado a preços negativos nos EUA pela primeira vez na história, já subiu 75% este mês na medida em que China e Índia começam a relaxar restrições de isolamento, e os estoques americanos começam a se reduzir.

Entretanto, a recuperação da commodity é prevista como longa e incerta, com o risco de uma segunda onda de infecções prejudicar essa trajetória.

No principal mercado mundial, os EUA, nem a gasolina mais barata em quase duas décadas animou os americanos a tirar o carro da garagem e pegar a estrada no feriado nacional do Memorial Day, nesta segunda-feira.

— O aumento das tensões entre EUA e China vão continuar a contaminar o cenário — avalia Stephen Innes, estrategista-chefe de mercado da AxiCorp Ltd. However, para quem o impacto geral da atual situação será limitado se não houver o que chamou “retaliação combativa” de Pequim contra os EUA.

No domingo, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse que os EUA devem desistir da sua “ideia fixa” de mudar a China. A declaração foi dada durante sua entrevista anual à margem das reuniões do Congresso Nacional do Povo. Ele também advertiu os EUA a não cruzar a “linha vermelha” em Taiwan, cuja independência da China Pequim não reconhece.

Roberto Castello Branco: ‘Estamos preparando a Petrobras para viver com petróleo abaixo de US$ 25’

Assembleias de acionistas anuais das grandes petroleiras do mundo nos Estados Unidos e na Europa esta semana devem dar uma visão mais clara sobre quão fortemente as companhia do setor foram atingidas pela pandemia.

Enquanto isso, a Rússia, um dos maiores produtores mundiais, deu prazo até o dia 15 de junho para seu governo apresentar um plano de suporte à indústria petrolífera do país. No Brasil, o governo voltou a admitir mudanças nas regras de leilões de petróleo, unificando regimes, para torná-los mais atraentes.

O Globo

 

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Política

Rodrigo Maia: “Criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir”

Foto: Reprodução/Twitter

Sem citar o nome de Jair Bolsonaro nem o episódio do vídeo compartilhado pelo WhatsApp, Rodrigo Maia também foi ao Twitter defender a “ordem constitucional”.

“Criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir.”

O presidente da Câmara completou:

“Só a democracia é capaz de absorver sem violência as diferenças da sociedade e unir a Nação pelo diálogo. Acima de tudo e de todos está o respeito às instituições democráticas.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Quando esse rapazinho quer fazer as pixotadas dele, a última coisa que se lembra é que a democracia existe.

  2. É isso aí!!
    BOTAFOGO TA SE PELANDO DE MEDO DO POVO.
    Institucional, é um safado desses eleito na rabeira, com meia dúzia de votos querer mandar no Brasil.
    Se elegeu presidente da Câmarados deputados, as custas de safadezas, o Centrão que o diga.
    Peça pra cagar e saia desonesto, manipulador.
    Vai contando, o dia da sua derrota se aproxima bandido.

  3. Conselheiro do Human Rights diz que Bolsonaro confessou crime de responsabilidade.
    Advogado criminalista e conselheiro do Human Rights, Augusto de Arruda Botelho, afirmou que Jair Bolsonaro assumiu “que encaminhou o vídeo convocando para uma manifestação que tem como uma das pautas o fechamento do Congresso”. "Ele mandou e assumiu que fez isso. Gravíssimo”, disse o Conselheiro.
    Vão voltar atrás, dizer que não foi bem isso que quis dizer e pedir desculpas?

    1. Vc viu a postagem? Claro que não pois foi feita num grupo de ZAP para público seletíssimo. Mas, pelo que já foi divulgado, o presidente apenas repassou o vídeo (que não foi de sua autoria nem falava em "fechar" Congresso) NESSE GRUPO, sem qualquer comentário dele próprio. E, pelo que foi dito, o vídeo conclama para uma manifestação EM APOIO ao presidente. Crie vergonha e deixe de espalhar mentiras por aí. Vá se preocupar com o RN, que está sendo devastado por sua governadora petista.

  4. Esses cafajestes e desqualificados do congresso além das emendas impositivas e das emendas de bancada, querem mais R$ 30 bilhões do orçamento, ou seja, deixar o Poder Executivo sem dinheiro, querem o caos, bando de parasitas que não se conformam com o corte da mamata de dinheiro público.
    FODA-SE Botafogo, Batoré e o amigo do amigo do meu pai. Dia 15 eu vou

    1. Se vc tivesse um pingo de vergonha na cara, diria em que se baseia para chamar o presidente de bandido. Ele sofreu alguma condenação judicial nesse sentido? Ele ALGUM DIA já foi ao menos investigado por algum hipotético envolvimento em corrupção? Já foi delatado por alguém? Crie vergonha e aprenda a respeitar as pessoas, rapaz.

  5. BG
    O que precisa é essa cambada de vagabundos deixarem de serem safados e desempenharem suas funções com DECÊNCIA e HONESTIDADE o que não vem ocorrendo, praticam CHANTAGEM o tempo todo, são uns CANALHAS que não deveriam estarem onde estão. O povo precisa destronar esses CRETINOS do poder pelo voto. Esse ano já seria um bom começo da assepsia dessa "classe" de MELIANTES.

    1. Questão muito fácil de resolver!!! E só o senhor Heleno dar nome aos bois. Aí a população cobra explicação desses parlamentares.

  6. Bolsonaro convoca um ato que defende o fechamento do Congresso Nacional e do STF, conclamando os militares para esse propósito. A partir de hoje, só existem dois tipos de brasileiros: aqueles que repudiam a ditadura e aqueles que apoiam. Quem se calar, é conivente.

  7. O “machão” já correu. Diz que apoio ao ato do dia 15 é “ilação”.
    A turma da extrema-direita é mais que previsível: muito mais agitação que ação. O senhor Jair Bolsonaro desmentiu – sem desmentir – que está convocando sua matilha para o ato contra o Congresso.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    MMMMiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

    1. Chama os outros de gado, mas não passa de um jumentinho amestrado do pinguço trambiqueiro de nove dedos…..Ainda termina a frase com um monte de "kkkkk", daí se vê o nível das cabritas do barbudo presidiário.

  8. *OS ISENTÕES* que são contra as manifestações democráticas e ordeiras marcadas para o dia 15/03/2020:
    FHC;
    Ciro Gomes;
    Dilma;
    Doria;
    Rodrigo Maia;
    Alcolumbre;
    Líderes do Centrão;
    Haddad;
    Líderes da esquerda;
    Folha de São Paulo;

    Eles TEMEM o grito democrático do povo nas ruas, eles não querem nada a favor do governo, muito menos do povo brasileiro, estão de olho na manutenção do poder e nas reeleições.

  9. Parabéns Fernando pelo comentário sensato, qualquer ensaio oriundo dos poderes ou sociedade (povo), se não for bajulativo ao "stf" ou ao "congresso " (no diminutivo mesmo, pois é imoral de forma correta), seus cabeças asseclas ficam logo ofendidos , pois temem o que poderá acontecer. Sabe aquele velho ditado, que "quem tem rabo de palha tem medo de fogo". Imagine o deles que é ensopado com gasolina. Tá na hora de alguém aparecer, falar e mostrar … chega!!!!

  10. As autoridades precisam "dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional"!
    Isso é um fato incontestável.
    O respeito mútuo entre os Poderes é pilar do Estado de Direito.
    Essa é outra nobre verdade sem qualquer dúvida ou embaraço.
    E o fato é que Bolsonaro institucionalizou o ataque à liberdade de expressão.
    Com ele na Presidência, passou a ser uma política de Estado a violação à liberdade de expressão, o ataque aos direitos fundamentais e as ameaças contra a Democracia em completo e total desrespeito a Constituição Federal que jurou honrar e defender”.
    Ainda querem passar o pano e seguir fingindo que isso é normal e sempre aconteceu?

    1. E quanto a união de senado e congresso contra o país? Contra leis anticorrupção, contra prisão em 2ª instância, desidratando reformas, utilizando-se de todas as manobras para desestabilizar o governo??? É o que?
      Povo nas ruas dia 15/03, #euapoiobolsonaro

  11. Declaração inútil, bafo de boca, nota covarde, Bolsonaro tá morrendo de medo de uma declaração dessa. País de covardes, se tivesse 10% da coragem de Ciro/Cid essa nota era bem diferente

    1. Na verdade o cara fazer 30 anos de política ao lado do maior ladrão do mundo tem que ter coragem mesmo.
      Foi o que esses irmãos DESTEMPERADOS FIZERAM.
      O que essa babaca licenciado, tinha na cabeça ao enfrentar polícia com uma retroescavadeira??
      Saiu barato pra ele.
      Se o policial fosse bom de dedo, estaria hoje esse senador, preguiçoso e politiqueiro, sete palnos abaixo da superfície terra.
      Deveria ele está em Brasília, e não fazendo baderna.
      Deixe os polícias reivindicar aumentos de salário, o que é que tem???
      Aqui, no Rn já vimos esse filme, e com apoio de Fátima Bezerra.
      Lembram???

  12. É difícil, mas esse país só vai se for na força. INTERVENÇÃO JÁ!!!! FECHA TUDO. IMAGINA O QUE VAMOS LUCRAR?????? Não precisamos ter medo de quem é honesto e quer fazer o bem.

  13. Se o presidente não contar com o apoio popular pra governar, nesse sistema brasileiro engessado, onde o congresso e STF não deixam o governo implementar a ações em favor de seu povo, irá fracassar. Democraticamente, Bolsonaro só tem que recorrer ao povo, se esse o apoiar. Está legitimado, não tem o que discutir. O stf e congresso não escutam os reclames da nação, na maioria são eleitos de forma fraudulenta, usando dinheiro sujo de corrupção, portanto não sentem obrigado a atender as nescessidades da população, portanto só com a participação dos patriotas nas ruas, terão que ouvir. Os corruptos e maus patriotas que ousem impedir.

  14. Pq o medo? Todas as manifestações dos apoiadores de Bolsonaro foram pacíficas e ordeiras! Só que o povo vai cansando de tanta cara de pau desse Congresso…

  15. Torço por um Brasil que ja foi melhor, mais a seguir as LOUCURAS do DESVAIRADO TOCANDO FOGO NO PAIS, BOLSONERO AGINDO…SALVE-SE QUEM PUDER…XO SATANAS, XO SATANAS…COM ESSA MERDA QUE ESTA AI NAO DÁ

    1. O povo é quem decide, não os corruptos e conxavos de perpetuação de poder. O poder emana do povo

    2. Identificado um defensor de LULADRAO e um possível beneficiário de algum esquema envolvendo o grupo de PTralhas que governaram o país nós últimos 16 anos.

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Diversos

Jornalistas e funcionários são liberados de prédio da CMN após negociação com manifestantes

Representantes do Sindicato dos Jornalistas negociaram a saída de cerca de oito profissionais da área e alguns funcionários da Câmara Municipal.

Eles estavam sem poder sair da área interna do prédio, impedidos por cerca de 30 manifestantes, que exigiam a divulgação de imagens durante o protesto.

A saída dos profissionais foi pacífica, sem qualquer registro de ânimos acirrados.

Opinião dos leitores

  1. Enquanto baderna for resolvida por intermédio de negociação o Brasil não segue em frente . Veremos

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Diversos

Avião é escoltado por caças britânicos após suposta ameaça

Dois homens foram presos hoje (24) depois que caças da Força Aérea Britânica escoltaram um avião de passageiros que havia partido do Paquistão com o destino ao Reino Unido.

Assim que a aeronave pousou, policiais embarcaram no voo PK709 da Pakistan International Airlines (PIA), que deveria pousar em Manchester, mas foi desviado para o Aeroporto de Stansted, em Londres.

Os dois homens, de 30 e 41 anos, são suspeitos de colocar a aeronave em risco, segundo a Polícia de Essex.

Um porta-voz da companhia aérea paquistanesa afirmou que todos os passageiros a bordo deixaram a aeronave em segurança.

O avião saiu de Lahore, capital da província de Punjab, no Nordeste do Paquistão, às 9h35 horário local (1h35 de Brasília). A aeronave deveria chegar em Manchester às 10h (14h de Brasília).

A PIA informou que havia 308 passageiros a bordo, além de 14 tripulantes, incluindo os pilotos, de nacionalidades paquistanesas e britânicas.

O correspondente de Defesa da BBC, Jonathan Beale, disse que houve indícios de uma ameaça durante o voo, com uso de algum tipo de arma ou bomba – embora a suspeita ainda não tenha sido confirmada pelas autoridades.

Um passageiro afirmou à BBC que o piloto teria comunicado aos ocupantes do voo que as ameaças eram reais. O Aeroporto de Stansted disse que o comandante da aeronave também alertou as autoridades sobre o incidente, mas não explicou o episódio em detalhes. Um porta-voz do aeroporto afirmou que os passageiros foram retirados da aeronave logo após o pouso.

“Eles serão encaminhados a um local no aeroporto onde a polícia colherá depoimentos”, disse o porta-voz. “Em algum momento, a polícia e a companhia aérea vão cuidar do transporte dos passageiros a Manchester.”

Mashhood Tajwar, porta-voz da Pakistan International Airlines (PIA), informou que o incidente foi seguido por uma comunicação ao controle de tráfego aéreo.

Segundo Tajwar, de 20 a 30 minutos antes do pouso, a informação recebida pelo controle de tráfego aéreo em Manchester indicava que havia algum tipo de “ameaça à segurança”. “No entanto, ainda não temos certeza do real motivo da comunicação”, acrescentou.

“Houve certamente um incidente significativo, no entanto, o fato de os caças terem escoltado o avião não é atípico”, disse à BBC Philip Baum, consultor da Aviation Security International.

“Essa decisão normalmente é tomada quando há uma suspeita de bomba, quando há um sequestro, quando um código do transponder é digitado incorretamente ou se a aeronave não consegue se comunicar com a torre de controle”, acrescentou Baum. “Porém, às vezes, o resultado não passa de um passageiro indisciplinado a bordo.”

“O que é interessante neste caso é que a aeronave estava a dez minutos do pouso – segundo os relatos iniciais – quando foi desviada para o Stansted. Essa mudança não é comum e pode ser evidência de que algo sério tenha acontecido.”

Da Agência Brasil

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