Religião

VÍDEO: Padre que se define como “cristão radical” critica o “mundo pagão” e a ideologia de gênero

Um vídeo de um padre que se classifica como “cristão radical” tem viralizado nas redes sociais nas últimas horas, com repercussão de frases como “Ou você é de Deus ou do diabo. Não tem como está do lado ou do outro”;  e “Ou você está do lado da igreja, ou do lado do inferno”.

No vídeo, o padre Antônio Furtado, da comunidade Shalom em Fortaleza, critica o “cristianismo fraco, do evangelho de açúcar, de pessoas que não querem compromisso com Deus”. Entre temas, condenou a ideologia de gênero e cita o “mundo maligno” e o “mundo pagão”.

Até a publicação deste post, o Blog não tem a informação de onde foi gravado o vídeo.

Opinião dos leitores

  1. Tenho um colega de trabalho chamado Francisco que é filho de um pastor de uma igreja protestante, e que vive fora de casa e em outra cidade porque o pai não aceita ele por ser homossexual. A mãe, por sua vez, vem de quinze em quinze dias visitar o filho. Francisco por sua vez, sofre com isso e deixa claro isso no seu dia de trabalho que “não tem uma família, mas alguém que o gerou, e que não percebe como filho e, portanto, chegou a expulsá-lo de casa”. Isso causa tristeza profunda na sua relação com o pai. Mas é feliz, livre no seu relacionamento com seu companheiro. Dissera ainda que “é nessa relação com seu companheiro que encontra motivo para lutar pela vida e enfrentar o preconceito existente em sua família e na sociedade”.

  2. Negar a existência dos homossexuais ou lésbicas enquanto seres humanos não é ser radical, mas é ser um exterminador do princípio da vida, é ser um genocida, é negar a presença de Deus na vida desses seres humanos. Afinal, essa negação em discurso como formador de opinião e de sociedade pode incitar aos que estão em discussão um pensamento de ser um ser inaceitável, um rejeito, um espinho, uma ferida incurável, um câncer, uma desgraça, um inútil, uma praga, um tropeço, um determinado a morrer e, assim sendo , levar essas pessoas ao suicídio.

    Destarte, Eu, Laudecy Ferreira deixo aqui minha opinião sobre a realidade de vida com as situações de vidas em questão: Na condição de mãe de três filhos, professora de milhares de alunos(as) durante minha trajetória docente em escolas, universidades por esse Brasil a fora, ter trabalhado em centros de formações social a exemplo de Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP), cidadã e cristã expresso o meu pensamento prático de que ninguém deve ter o direito de matar seus filhos(as), afinal , a vida é concedida por Deus e por isso devemos preservá-la e amá-la. Quando nasce um filho ou uma filha pelo amor, não está determinado que ele terá atração por homens ou mulheres na sua vida adulta. Isso acontece com o tempo e, assim como os heterossexuais escolhem pessoas de sexo oposto para viver e se sentirem bem, os homossexuais e/ou lésbicas devem ter suas orientações sexuais. Afinal, a vida a dois é algo muito pessoal, íntimo e ninguém deve fazer escolhas por ninguém, essa orientação sexual é de cada um, é pessoal, é única. Afinal, este amor expressa o que diz o pensamento: “O amor não age pela razão, não age pelo coração. O amor age por uma força superior, que o homem não sabe explicar. E que não é capaz de entender, por que escolheu alguém para amar. Assim é o verdadeiro amor” (CARVALHO, 2014).
    Enquanto ser humano é natural que necessitamos de amor, atenção, diálogo, cuidado e compreensão para nos sentirmos gente, seres capazes de viver bem. Por isso devemos refletir como anda nossa prática no que diz respeito a aceitar o outro, a tolerar o outro, a perceber o outro como ser humano ou criatura que nasceu de Deus por meio do plano da criação. Assim sendo, cabe fazer essa reflexão: “Se elogiar, educa a emoção e autoestima e ainda encoraja e ensina a lutar pela vida, então, que tipo de educação emocional, autoestima, encorajamento e ensinamento para a vida estão tendo os que são homossexuais e lésbicas no enfrentamento da discriminação, preconceito e desamor?” (Profª. Laudecy Ferreira)
    Portanto, não é a orientação sexual que dirá o tipo de personalidade e /ou caráter do ser humano, nem tão pouco se é esta orientação sexual que o fará apto ou não a viver em sociedade. Mas, suas ações. É por nossas ações que sabemos se estamos sendo seres aptos à vida social. Pense nisso sempre. Se sou feliz, se amo a vida, preciso também proporcionar a vida e a felicidade para os outros independentemente de suas orientações sexuais. Que tipo de ações eu estou praticando por um mundo mais humano, fraterno, sustentável e justo?

    Um grande abraço fraterno!
    Por Profa. Laudecy Ferreira

  3. No discurso de Padre Antônio Furtado, esse tipo de relacionamento de Francisco é inaceitável. Jesus Cristo por sua vez não faz esse tipo de discriminação, mas acolhe o pecador. Assim sendo, diante do que diz o referido padre, é vergonhoso, imoral, desaprovado, inaceitável ser lésbica, ser homossexual. O desafio do discurso do padre está aí quando pode ser perguntado: Os homossexuais, lésbicas são seres humanos? Têm o direito de viver? Seus pais devem acolhe-los ou mata-los, ou ignorá-los, ou expulsar de casa/ do convívio pelo fato de serem homossexuais ou lésbicas? Por que não aceitar um filho homossexual ou lésbica? Com que justificativa os pais de filhos (as) homossexuais e lésbicas devem ignorá-los como filhos(as)? É justo ou exemplável os pais de homossexuais e lésbicas desprezá-los, expulsar de casa, deixar faltar o amor familiar, o acompanhamento de suas vidas? Se você que é pai/mãe ignora, despreza, rejeita seu filho que é homossexual ou lésbica, quanto mais a sociedade que ainda não compreendeu o sentido da vida, o que dirá/ fará? Padre Antônio Furtado, o senhor tem algum familiar que é homossexual ou lésbica, se sim, como trata-os?
    Ninguém tem o direito de negar a vida do ser humano pelo fato de ser homossexual ou lésbica, assim como, não deve ser o ser humano vindo do diabo e não de Deus. Esse discurso é falível, é insubstancial, é inseguro, porque prega o discurso de ódio, de desamor, de injustiça, de discriminação, de preconceito, de negação da existência humana. E, isso não nos cabe excitar, fazer, realizar. Não foi esse o amor ensinado por Jesus Cristo e nem tão pouco pelo seu Pai, Deus. Qual é o pai que por ter um filho(a) homossexual ou lésbica pega um microfone e diz diante do público que seu/ seu filho(a) nasceu por autorização do diabo? Se ele fizer isto estará incitando o ódio, a discórdia, o desamor, a violência, a injustiça, o preconceito, a discriminação, a construção do inferno e a destruição em sua própria família. E essa não é a prática de vida que Deus nos ensinou e ensina. Ou você teria essa mesma postura com seu /sua filho(a) homossexual ou lésbica?

    1. O vídeo do Padre Antônio Furtado não está completo. Falta a parte onde ele trata da orientação sexual.
      Prezado Sr. Bruno Giovanni, por gentileza, postar o vídeo na íntegra para que a resposta do comentário tenha nexo.
      Atenciosamente

  4. Se gostarem, aproveite a vida na terra amados irmãos, porque morreu acabou. Se vcs estão pensando que vão encontrar pai, mãe, irmãos, primos, amigos no além, podem tirar o cavalo da chuva, pois morreu acabou, game over. Procura viver uma vida decente e ética no decorrer da vida e se tornar uma pessoa melhor, não p ganhar o reino do céus, pois isso é uma fantasia criada pela cabeça do homem, mas para criar um mundo melhor para as gerações que virão.

  5. A sociedade brasileira precisa de mais padres tradicionais como esse, fui educado em um colégio em que o padre que também era o diretor andava com uma palmatória no bolso da batina e era uma das ou a pessoa mais respeitada no município, bons tempos…

  6. Ser de Deus realmente é uma loucura para o mundo, estamos no mundo mas não somos do mundo, Quando um Padre ou um leigo prega a verdade na palavra de Deus, ou seja baseado na Sagrada Escritura a maioria fica escandalizada, tá todo mundo acostumado com os Padres que são na maioria progressistas, esquerdista e da teologia satãnica da libertação, fazem e dizem heresias para os fiéis seguindo o modelo do anti papa Bergolio, é muita hipocrisia.

  7. Parabéns a este padre! Ele está certíssimo. Não se pode servir a DEUS e ao DIABO ao mesmo tempo. Quanto à ideologia de gênero, trata-se de uma das maiores fraudes do século XX. Não existe nada de "científico" na ideologia de gênero, só fraude, ideologia, um conceito fabricado por degenerados e amplamente refutado pela ciência. O ser humano não nasce com "gênero", nasce com sexo biológico masculino ou feminino. Essa ideologia maldita tem trazido uma enorme confusão na cabeça de crianças e adolescentes, e as pessoas submetidas a tratamento hormonal para fazer a transição para o sexo inverso ao biológico apresentam taxa de suicídio 20% maior do que as que não se submetem a essa violência.

  8. Não há salvação sem Cruz, sem sacrifício.

    “Jesus disse a todos: ‘Se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-Me’” (Lucas 9,23).

  9. O cristão radical tem a Bíblia como guia. Se se guia por tradições, é hipocrisia.
    Se está com Deus ou o diabo logo Purgatório é conto da carochinha…

  10. O que essa ideologia bosta acrescenta à sociedade, salvo mais mazelas? Quer ingressar na sacanagem, que faça só.

  11. Uma pena que esse "cristianismo fraco" tenha apoio do papa, ai a turma da bagunça vai pra galera. Agora, Tudo que as" minorias" desejam e tenham vontade de fazer, encontram apoio nas esquerdas prostituída e no papa, que já passou algumas dezenas de kilometros do 'pop.

  12. Se a esquerda tivesse ganhado, teríamos disciplina dessa ideologia da degeneração humana nas escolas.

  13. Não tenho total arrependimento de ter votado no Bozo, por ele ter cumprido a promessa de que não teríamos uma disciplina obrigatória de ideologia de gênero nas escolas.

  14. A ideologia de gênero é mais uma tentativa de impor à maior parte da sociedade uma obrigatória aceitação dos desregramentos de alguns indivíduos.

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Diversos

Motoristas argentinos terão de fazer curso sobre igualdade de gênero para ter habilitação

Foto: elluisx/Creative Commons

A Agência Nacional de Segurança Viária da Argentina (ANSV) determinou que quem quiser uma carteira de habilitação deverá fazer um curso sobre gênero e estudar temas como masculinidades, patriacardo, feminicídios e acesso de mulheres ao setor de transporte.

“As grandes mudanças socioculturais e tecnológicas produzidas através dos anos trouxeram consigo a necessidade de adaptar os conteúdos dos cursos de formação, como assim também do exame teórico, motivo pelo qual faz-se necessário a reformulação de tais conteúdos, a fim de garantir a inserção na via pública de condutores idôneos e responsáveis, com conhecimentos atualizados em relação às novas tecnologias automotivas e principais regras para uma condução segura e eficiente”, diz a resolução publicada no Diário Oficial da Argentina.

“Com a convicção de que o recurso cultural é um aspecto de vital influência no que se refere à incorporação de normas de gênero relativamente cristalizadas, faz-se necessário incorporar no curso obrigatório para a concessão da Carteira Nacional de Habilitação um módulo que contemple a temática em questão, promovendo valores de igualdade e deslegitimando a violência contra as mulheres na condução de veículos na via pública, na segurança veicular e em tudo o que for relacionado com a matéria”, diz o texto.

A nova exigência visa a igualdade entre homens e mulheres por meio do estudo de conteúdos como gênero, papeis e estereótipos, identidade de gênero, violência de gênero, além de tipos e modalidades dessa violência.

Os motoristas terão de passar por um módulo que vai abordar tópicos como “Masculinidades: patriarcado e heteronormatividade; Mitos sobre a violência; Feminicídios, Transfeminicídios; e Crimes de Ódio”.

Também terão de estudar sobre “Recursos, ferramentas e formas de abordagem contra a violência na condução de veículos e no transporte; Acesso e participação de mulheres; e diversidades no setor de transporte”, por exemplo. Esses conteúdos serão incluídos no curso de condução durante março.

Sinais de trânsito com linguagem sem gênero

Para completar, o Ministério do Transporte difundiu um “Manual Especial” para readaptar as placas e as sinalizações de trânsito com perspectiva de gênero, promovendo a chamada “linguagem inclusiva” na qual os gêneros masculino e feminino ficam neutros, perdendo a terminação “o” e “a”, alteradas para “e”.

“O documento promove, entre outras coisas, o uso da linguagem inclusiva, reconhecendo e visibilizando as mulheres e a diversidade, coletivos até agora invisibilizados no setor do transporte, fruto dos estereótipos e das limitações culturais vinculadas com competências supostamente masculinas”, acrescenta o Diário Oficial.

Quem for reprovado, poderá refazer o curso 30 dias depois até, no máximo, três vezes ao ano.

G1, com RFI

Opinião dos leitores

  1. Esses IMBECIS agora estão dizendo que a matemática é racista, e que 2 + 2 não é igual a 4. O mundo vai ser destruído por esses canalhas.

  2. Ahhhu comunistas do inferno, até hoje quero saber como tem ser humano que apoia essa classe, será mentes doentias? Mas ninguém pode com os poderes de Deus.

  3. Argentina a caminho de se tornar a nova Venezuela a passos largos.
    O povo começa a ter uma ideia real do que fizeram elegendo essa dupla.
    Mas cada povo tem o governo que merece.
    A ideologia querendo acabar com o que a ciência prova desde sempre, só existem 02 tipos de cromossomos, XX e XY. O resto é devaneio sexual. Para isso eles ignoram a ciência, mas querem prova científica para uso da medicação de diminui os efeitos da covid.

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Educação

Presidente do STF, Luiz Fux, retira da pauta ação do PSOL que quer impor ideologia de gênero às escolas

Ministro Luiz Fux, presidente do STF.| Foto: STF

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou da pauta de julgamento do dia 11 de novembro a ação do PSOL que pretende impor a ideologia de gênero às escolas. Impetrada pelo PSOL, a ADI 5.668 quer, entre outras coisas, banheiros comuns, uso do nome social, aprovação do namoro entre menores de idade do mesmo sexo, aulas sobre teorias de gênero, etc. A decisão ocorreu depois que Fux recebeu deputados da Frente Parlamentar Católica, da Frente Parlamentar Evangélica e representantes da Anajure, amicus curiae no processo. Leia aqui a íntegra da petição inicial do PSOL.

A ação direta de inconstitucionalidade foi ajuizada pelo partido em 2017, após várias tentativas de incluir menções às palavras “gênero”, “identidade de gênero” e “orientação sexual” tanto no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005), que foi aprovado pelo Congresso Nacional em 2014, quanto em planos de educação estaduais e municipais, que foram discutidos em 2015. O PSOL também reclama da ausência do tema na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017. Em sua reunião com Fux, os deputados afirmaram que o assunto já havia sido amplamente discutido pelo Congresso nessas votações e, portanto, não teria sentido um novo debate do tema fora do Poder Legislativo. O adiamento, porém, não impede que a ação seja julgada no futuro pelo tribunal.

A ideologia de gênero – assim chamada por não ter comprovação científica – defende que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, o seu gênero ao longo da vida.

Com Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. O PSol não engana ninguem. Vota nele quem é cego pela ideologia de destruição da família. Não sei se você gostaria que sua filha dividisse um banheiro publico com um marmanjo que cismou que é mulher.

  2. Até que enfim uma atitude acertada do STF, chega de decisões absurdas que só trazem prejuízo, pior ainda quando o alvo são crianças.

  3. É por esta e mais outras que estes patidozinhos com esta besteira de ideologia de merda estão se desmanchando a cada dia que passa, se preocupar com um assunto deste que para maioria da população tanto faz se o cara quer ser baitola homem, viado, sapatão……….. e tanto nome que chega a abusar, sinceramente é uma falta de ter o que fazer, cada um faz o que quer, com tanto assunto serio para se discutir no pais ai vem um assunto desse que não leva a nada.

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Saúde

Estudo identifica 102 genes associados ao autismo em maior pesquisa do gênero

Foto: Pixabay

Em um novo estudo — considerado por especialistas o maior sobre sequenciamento genético do transtorno do espectro do autismo (TEA) — foram identificados 102 genes associados ao risco de desenvolver a condição. Com base nesta descoberta, cientistas acreditam que novos remédios para tratar o autismo serão desenvolvidos. Os resultados do trabalho foram publicados na prestigiosa revista “Cell”.

— Quanto mais entendemos as causas, mais entenderemos a biologia do autismo. Cada gene nos dá novos insights sobre essa biologia. Como os medicamentos funcionam em vias biológicas específicas, futuros tratamentos para o autismo se basearão nessa descoberta genética — explica Joseph D. Buxbaum, diretor do Centro de Pesquisa e Tratamento para Autismo Seaver, do sistema de saúde Monte Sinai, em Nova York.

Para este estudo, uma equipe de pesquisadores de mais de 50 instituições de diversas partes do mundo coletou e analisou mais de 35 mil amostras genéticas, incluindo quase 12 mil de pessoas diagnosticadas com TEA. Este foi o maior corte de sequenciamento de autismo realizado até hoje. Eles identificaram 102 mutações genéticas que afetam o desenvolvimento ou a função cerebral, e em que ambos os tipos de interrupções podem resultar no autismo. A dimensão da amostra deste estudo permitiu à equipe de pesquisa aumentar o número de genes associados ao TEA de 65 — identificados em 2015 — para 102 atualmente.

— Este é um estudo de referência, tanto pelo tamanho quanto pelo grande esforço internacional de colaboração. Com esses genes identificados, podemos começar a entender as mudanças cerebrais subjacentes ao TEA e a considerar novas abordagens de tratamento — disse Buxbaum, que também é professor de psiquiatria, neurociência e genética e ciências genômicas na Escola de Medicina Icahn do Monte Sinai.

Os pesquisadores também descobriram que as duas principais classes de células nervosas — os neurônios excitatórios (que possibilitam que um sinal elétrico seja transmitido pela célula) e os neurônios inibitórios (que impedem o sinal de seguir em frente) — podem ser afetadas no autismo.

— Através de nossas análises genéticas, descobrimos que não é apenas uma classe principal de células que são afetadas no autismo, mas sim que muitas interrupções no desenvolvimento do cérebro e na função neuronal podem levar ao transtorno. É extremamente importante que famílias de crianças com e sem o transtorno participem em estudos genéticos, porque as descobertas genéticas são o principal meio de entender os fundamentos do autismo em nível molecular, celular e sistêmico — disse Buxbaum.

O acadêmico frisa ainda que agora há ferramentas poderosas e específicas que ajudarão os cientistas a entender esses fundamentos, e que novos medicamentos serão desenvolvidos no futuro baseados em uma nova compreensão das bases moleculares do autismo.

O Globo

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Diversos

Terapias para pessoas trans não trocarem de gênero dobram risco de suicídio, aponta novo estudo

Novo estudo sobre pessoas transgênero mostra que “terapias de conversão” estão associadas a taxas dramaticamente altas de tentativas de suicídio. A pesquisa, publicada no periódico científico JAMA Psychiatry, é a primeira em larga escala sobre o tópico.

Os resultados da análise confirmam o que associações profissionais já declararam: “métodos de conversão” prejudicam a saúde mental de pessoas trans.

Jack Turban, pesquisador do Hospital Geral de Massachusetts, perguntou a mais de 27 mil adultos transgênero dos Estados Unidos se eles haviam experimentado “terapias de conversão”. Ele também fez questões sobre a saúde mental dos participantes. Cerca de 14% relataram que foram obrigados a passar por essas terapias uma ou mais vezes, o que representa quase 20% das pessoas que conversaram com um profissional de saúde mental, como psicólogos, sobre sua identidade de gênero.

O estudo mostrou que as pessoas que experimentaram os “métodos de conversão” apresentaram 2,3 mais vezes de tentarem suicídio. Se as terapias ocorreram antes dos 10 anos de idade, as tentativas de suicídio foram quatro vezes maiores. Os resultados foram os mesmos quando as terapias foram oferecidas por psicólogos ou figuras religiosas.

A pesquisa também demonstrou que os adultos trans que passaram por estes métodos sofreram psicologicamente 56% a mais antes de responder as perguntas do estudo. Eles também apresentaram 49% mais tentativas de suicídio no ano anterior.

A análise não prova diretamente que as “terapias de conversão” causaram as tentativas de suicídio. No entanto, os especialistas do estudo defendem que esses métodos só causam mais danos a saúde mental das pessoas trans.

O pesquisador Turban ainda apontou que “terapias para conversão de gays”, ou seja, que tentam mudar a sexualidade de gays ou lésbicas, também são prejudiciais, podendo levar a tentativas de suicídio ou danos na saúde mental.

Galileu

 

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