Diversos

Canadá aposta na imigração para impulsionar recuperação econômica

Toronto. Foto: Pixabay/Pixabay

Depois de sofrer o seu maior déficit orçamentário desde a Segunda Guerra Mundial no ano de 2020, o Canadá agora aposta no fluxo de estrangeiros para sair da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Entre as propostas, o governo pretende aumentar de forma significativa o número de novos residentes nos próximo três anos, além de conceder mais vistos permanentes para novos residentes, em especial aqueles que já estejam no país de forma temporária.

“A história nos ensinou que quando crescemos nossos níveis de imigração, crescemos a nossa economia junto”, disse Marco Mendicino, ministro de Imigração canadense.

No entanto, o plano de melhora da economia pode enfrentar alguns problemas para ser concretizado. Especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal afirmam que pessoas que chegam a um país durante uma crise econômica costumam ter mais problemas para conseguir se estabelecer e arrumar um emprego. Além disso, analistas destacam as restrições da fronteira canadense como grande empecilho para a execução do projeto.

Embora não seja novidade, essa é vista como a estratégia mais agressiva dentre os países que adotam políticas semelhantes. Nos Estados Unidos, o governo do ex-presidente Donald Trump suspendeu a maioria dos vistos alegando riscos de que os americanos pudessem perder seus empregos para os novos moradores. Já o atual presidente, Joe Biden, propôs logo em seus primeiros dias de governo uma reforma migratória que pode dar a plena cidadania para até 10 milhões de pessoas.

O governo do Reino Unido, que adotou uma postura mais restritiva após a concretização do Brexit, afirmou que suas novas regras podem restringir a entrada de novos imigrantes no país. Ao mesmo tempo, a Austrália optou por uma postura bastante rígida em suas fronteiras, o que provavelmente teve grande contribuição para a queda no número de novos migrantes.

De acordo com dados oficiais, o número de imigrantes no Canadá apresentou uma queda de quase 50% em 2020. Para lidar com o problema, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, espera aumentar o número de residentes permanentes, visto que, em termos econômicos, o país é um dos mais dependentes de imigrantes do mundo.

Uma das primeiras medidas postas em prática foi olhar para dentro. Por conta das restrições das fronteiras ainda em vigor devido à pandemia, o Canadá começou a recorrer àqueles que já estão dentro de seu território. Mais de 40.000 pessoas já foram convidadas a se inscrever no sistema do governo, quase o dobro do número de convites emitidos durante o ano de 2020.

A Austrália, outro país muito dependente do fluxo migratório para seu crescimento econômico, resolveu adotar outra estratégia. Antes da pandemia, o governo australiano agiu diretamente no teto geral do número de imigrantes. Com uma revisão anual, cenários estão sendo analisados para atrair pessoas mais qualificadas e ligadas a negócios. Já nos Estados Unidos, o excesso de imigrantes que tentam entrar de maneira ilegal através da fronteira com o México está pressionando o governo Biden a repensar sua nova política de migração.

O Canadá está entre as economias desenvolvidas que mais necessitam do processo de imigração para crescer. Antes da pandemia, cerca de 80% do crescimento populacional canadense dependia dos imigrantes.

Veja

Opinião dos leitores

  1. “Cicadão”. Você conhece o Canadá?? Se não, não diga tanta asneira. Vice no primeiro mundo é muito melhor do que viver neste País, onde voce não tem nenhuma previsão de nada. Só imposto e corrupção

  2. Só doidos e/ou frustrados financianceiramente/profissionalmentes vão pra um país gelado desse

    Ser tratado como gente de 5a categoria e viver de subempregos

    Nam… lixo

    1. Lugar maravilhoso (tirando o inverno intenso),
      Aconselho para qualquer Brasileiro que tenha boa índole e disposição para trabalhar .

  3. só dou uma dica: não contratem empresa de imigração. É só jogar dinheiro no lixo, quem quiser ir faça tudo por conta própria.

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Diversos

Trump assina decreto que suspende imigração nos Estados Unidos durante a pandemia de Covid-19

Foto: Agência Reuters

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou nessa quarta-feira (22) decreto que suspende temporariamente a imigração para o país durante a pandemia do novo coronavírus.

“Isso garantirá que norte-americanos desempregados sejam os primeiros na fila para empregos conforme nossa economia abrir”, afirmou Trump na entrevista diária sobre o coronavírus.

Ele disse que assinou o decreto pouco antes da entrevista.

Isolamento

O presidente norte-americano afirmou que o país está começando uma reabertura segura dos negócios, mesmo que algumas autoridades de saúde tenham alertado que afrouxar as medidas de isolamento muito rapidamente poderia desencadear uma nova onda de casos de covid-19.

Um tuíte de Trump, no início da manhã, demonstrou apoio aos governadores de vários estados do Sul, que estão flexibilizando as diretrizes de distanciamento social, que fecharam negócios e confinaram os moradores em suas casas.

“Os estados estão voltando com segurança. Nosso país está começando a abrir para negócios novamente. Cuidados especiais são e sempre serão dados aos nossos amados idosos (exceto eu!)”, escreveu Trump, de 73 anos.

Um desses Estados é a Georgia, que deu sinal verde para a reabertura de academias, salões de beleza, boliches e estúdios de tatuagem a partir de amanhã (24), seguidos de cinemas e restaurantes na próxima semana.

Pesquisa de opinião realizada pela Reuters/Ipsos mostrou que a maioria dos norte-americanos acredita que as ordens de confinamento devem permanecer em vigor até que as autoridades de saúde pública determinem ser seguro suspendê-las, apesar dos danos à economia.

Balanço

As mortes por coronavírus nos Estados Unidos superaram ontem 47 mil, depois de subir em número quase recorde para um único dia na terça, segundo contagem da Reuters.

Um modelo da Universidade de Washington, frequentemente citado pela Casa Branca, projetou um total de quase 66 mil mortes por coronavírus nos EUA até 4 de agosto, uma revisão para cima de sua estimativa anterior, de 60 mil Nas previsões atuais, as mortes no país podem chegar a 50 mil no fim desta semana.

O estado de Nova York, epicentro do surto nos EUA, registrou 474 novas mortes nessa quarta-feira, o menor aumento desde 1º de abril. Alguns estados próximos, como Pensilvânia e New Jersey, tiveram número recorde de mortes em um dia na terça-feira.

Agência Brasil,com Reuters

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Política

Trump ataca Irã, China, Venezuela, ONGs, imigração e socialismo em discurso na ONU

Foto: Don Emmert/AFP

O presidente Donald Trump fez uma defesa do patriotismo e do direito de cada país lutar pelos próprios interesses ao fazer seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (24). Ele também fez críticas ao Irã, à Chna e a ONGs que defendem migrantes

“O futuro não será dos globalistas. Será dos patriotas”, disse. “Se você quer liberdade, tenha orgulho de seu país. Se quer democracia, defenda sua soberania. Se quer paz, ame sua nação.”

Trump também criticou a imigração e disse que a vinda de estrangeiros ilegais “mina a prosperidade do país” e acusou as ONGs que ajudam migrantes ilegais: “Suas políticas são cruéis e más, e ajudam a minar os direitos humanos”.

Ele prometeu combater as redes de tráfico internacional, e se dirigiu às pessoas que querem imigrar de forma ilegal. “Não pague coiotes. Não se coloque em perigo. Se você chegar até aqui, será rapidamente enviado de volta para casa. Enquanto eu for presidente, vamos reforças nossas fronteiras.”

O presidente acusou outros países, especialmente a China, de se beneficiarem das regras do comércio global de modo a prejudicar a economia dos EUA e, especialmente, sua classe média. “A Organização Mundial do Comércio precisa de mudanças drásticas”, disse.

“Durante anos, estes abusos [no comércio internacional] foram tolerados, ignorados, ou mesmo estimulados”, denunciou Trump, questionando novamente a globalização.

Segundo ele, o “globalismo” levou os líderes mundiais a ignorarem seus próprios interesses nacionais. “Mas, no que diz respeito aos Estados Unidos, esses dias acabaram”, frisou.

Trump destacou os baixos números de desemprego e a queda da pobreza nos EUA durante seu governo, e que negros e hispânicos também se beneficiaram.

Ainda ao falar da China, citou a situação em Hong Kong, onde manifestantes protestam contra medidas do governo central, em Pequim. “A forma como a China lidará com essa situação dirá muito sobre seu papel no mundo no futuro.”

Houve ainda ataques ao Irã, chamado de país sanguinário e principal financiador do terrorismo. “Todas as nações têm o dever de agir. Nenhum governo responsável deveria subsidiar o desejo de sangue do Irã.”

A Venezuela também foi citada. O ditador Nicolás Maduro foi chamado de “marionete cubana, protegido por seguranças cubanos”.

O presidente atacou o socialismo e disse que esse modelo jamais terá espaço nos EUA. “A Venezuela nos lembra de que o socialismo e o comunismo não se tratam de justiça, não versam sobre igualdade, nem sobre a ajuda aos pobres (…) O socialismo e o comunismo tratam de uma única coisa: do poder da classe dirigente”, completou.

Apesar dos ataques a vários países, Trump disse que seu país, apesar de ter a maior força militar do mundo, prefere que seja melhor não utilizá-la, e que “busca parceiros, não adversários”.

Ao final do discurso, o presidente defendeu os direitos LGBT e disse que os EUA trabalham para que outros países descriminalizem a homossexualidade. Ele também defendeu a igualdade de pagamento entre homens e mulheres e a liberdade religiosa.

Trump não citou o Brasil em seu discurso. Ele falou logo após a participação do presidente Jair Bolsonaro. O líder brasileiro também fez críticas à ONGs e ao socialismo em sua participação.

Folha de São Paulo

 

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Jornalismo

Menor "barrada" na terra do Tio Sam

A Corte de Imigração dos Estados Unidos marcou para o dia 31 de janeiro uma audiência sobre o caso da estudante paulistana V.L.S., de 15 anos. Ela está detida em Miami desde 27 de novembro, quando foi proibida de entrar no país. A família ainda não sabe o motivo da detenção, nem quando V. será liberada, como o Estado revelou ontem. A garota tinha visto, passaporte e passagem de volta para o Brasil já comprada.

Após nove dias sem contato com a filha, a balconista Alexsandra Aparecida da Silva, de 36 anos, recebeu um telefonema dela ontem à tarde. “Ela está muito chateada. Como marcaram a audiência para o fim do mês, a gente acha que ela só poderá sair em fevereiro. Mas, se é para decidir que minha filha deve voltar, por que não fazem isso logo?”

Diplomatas brasileiros se comprometeram a visitar a garota hoje no abrigo para menores de idade para onde ela foi enviada, segundo o Ministério das Relações Exteriores. A corretora de imóveis Marli Volpenhein, de 41 anos, tia-avó de V. que vive em Miami, também pretende tentar visitá-la hoje, já que é o aniversário de 16 anos da garota.

No setor de imigração do aeroporto, uma pessoa lhe disse que duas coisas podem ter pesado na hora de V. ser barrada: a falta de uma autorização assinada pelos pais da menina e escrita em inglês para que ela viajasse sozinha – o documento estava em português – e a ausência de um papel que concedesse a guarda provisória da adolescente a Marli.

A família garante que enviou ao Consulado do Brasil em Miami a autorização, com tradução juramentada, em 28 de novembro. Já o documento que concede a guarda temporária foi entregue aos diplomatas brasileiros em 5 de dezembro. O Itamaraty informou que está trabalhando para chegar a uma solução rápida para o caso.

Fim do sonho. A notícia da marcação da audiência para o fim de janeiro foi recebida com tristeza por V., segundo sua mãe. “Eles estragaram um sonho que minha filha tinha, que era conhecer os Estados Unidos e visitar os parques da Disney. Ela perdeu a vontade de ficar lá. Ela me disse: ‘Mãe, não quero mais conhecer nada aqui. Só quero voltar para casa”, disse Alexsandra.

V. ganhou a viagem para os Estados Unidos da tia e pretendia ficar lá até 26 de maio. As autoridades americanas dizem que não podem dar explicações sobre o caso para não invadir a privacidade de V.

Fonte: Estadão

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