Finanças

Saque em lojas, parcelamento de compras; Banco Central projeta usar PIX até para compra de imóvel e carro

No primeiro dia, houve mais de 3 milhões de cadastros no Pix Foto: Arquivo

Na esteira do sucesso do primeiro dia do cadastramento do Pix, o Banco Central já desenvolve outras funcionalidades para o novo meio de pagamentos, que devem ser lançadas a partir de 2021. Entre elas estão o saque em estabelecimentos comerciais, o débito automático e o parcelamento de compras.

O prazo de cadastramento das chamadas chaves Pix – a identificação dos usuários no serviço – começou nesta segunda-feira, quando foram registradas 3,5 milhões de chaves. Mais de 600 instituições, entre bancos e fintechs, estão aptas a fazer o cadastro.

A alta busca levou muitos aplicativos de bancos a ficarem fora do ar. Nesta terça-feira, não foram registradas instabilidades.

As novas funcionalidades do Pix fazem parte da chamada “agenda evolutiva” do Banco Central, que tem projetos para os próximos anos e já começa em 2021.

Quais as novidades do Pix

Saque Pix

O saque em estabelecimentos comerciais via Pix deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2021. A expectativa do Banco Central é que essa funcionalidade auxilie os dois lados da transação: o consumidor, que não precisará mais de um caixa eletrônico para sacar dinheiro em espécie, e o comerciante, que vai diminuir os gastos com o manejo do dinheiro.

O saque deve funcionar da seguinte maneira: O consumidor chega ao caixa de um supermercado e diz que quer sacar R$ 100 com o Pix. O caixa, então, escolhe a opção na maquininha do cartão, que exibe um QR Code.

O consumidor abre o aplicativo do celular, escolhe a opção Pix e escaneia o código, fazendo o pagamento de R$ 100 para o mercado. Depois dessa confirmação, o atendente recolhe o dinheiro em espécie do caixa e dá para o consumidor.

Facilitação da compra de ativos

O Banco Central também está desenvolvendo uma ferramenta para facilitar a compra de ativos, como imóveis e carros. A ideia é acelerar o processo, integrando o sistema da transferência da posse com a ordem do pagamento.

Pagamento por aproximação

O Banco Central incluiu o pagamento por aproximação na agenda evolutiva do Pix. Ainda não há detalhes de como será feito, mas a tecnologia de aproximação envolve o NFC (Near Field Communication), que conecta dois dispositivos se estiverem um próximo do outro.

Alguns cartões de crédito já operam dessa forma, muitas vezes sem a necessidade de digitar a senha para valores mais baixos.

Parcelamento de compras

Essa funcionalidade não vai entrar junto com o lançamento do programa em novembro, mas está sendo desenvolvida pelo Banco Central, ainda sem data para a estreia.

Transferências internacionais

O Banco Central já teve conversas preliminares sobre como integrar o Pix com outros sistemas parecidos no exterior. No entanto, o processo ainda está no começo e pode demorar para ser concretizado.

Débito automático

A funcionalidade do débito automático também está em estudo pelo Banco Central, mas ainda sem data para ser colocada no mercado.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

SE LIGA: Especialista orienta qual é a chave Pix mais segura contra golpes

Foto: Freepik

Clientes de diversas instituições financeiras podem registrar sua chave do Pix, novo sistema de pagamentos eletrônico, a partir da última segunda-feira (5). Segundo dados do Banco Central, só no primeiro dia, mais de um milhão de chaves foram cadastradas em 677 bancos, fintechs e cooperativas.

A chave consiste em um “apelido” dos dados bancários, que pode ser o CPF, o número do celular, um endereço de e-mail ou até mesmo uma combinação numérica escolhida pelo usuário. Dessa forma, a partir de 16 de novembro, não será mais necessário o nome do banco, agência e conta para fazer uma transação.

O registro das chaves é feito exclusivamente pelo aplicativo das instituições financeiras em que a pessoa tem conta. No entanto, como muitas pessoas ainda não estão familiarizadas com o assunto, golpistas usam essa falta de informação para roubar dados pessoais com links falsos.

“Não necessariamente o objetivo do cibercriminoso será fraudar o Pix do usuário – até porque não sabemos até que ponto isso será possível –, mas sim conseguir informações pessoais da vítima”, afirma o diretor da área de Risco Cibernético da consultoria de riscos Kroll, Walmir Freitas.

O especialista alerta que o compartilhamento de dados pessoais para concluir uma transação bancária pode oferecer riscos e fornecer material para um futuro golpe.

“A partir de uma única informação, os golpistas podem conseguir diversas outras, por meio de uma base de dados que é obtida por meio de aliciamento de pessoas que trabalham em instituições financeiras”, diz Freitas.

Os criminosos conseguem elaborar golpes mais sofisticados a partir de dados coletados de uma vítima. Para evitar esse tipo de situação, a orientação do especialista é criar a própria chave Pix, ao invés de usar o CPF ou o número de celular. “Quanto mais complexa for a chave, melhor.”

Durante a fase de pré-cadastro do Pix, a Kaspersky, empresa da área de segurança digital, identificou links enviado por e-mails que simulavam o contato de um banco com a intenção de enganar as pessoas.

Segundo relatório publicado pela empresa, os brasileiros estão entre os principais alvos de crimes digitais que têm como objetivo o roubo de dados, o chamado phishing. Cerca de um a cada oito usuários de internet no país (13%) acessaram, de abril a junho deste ano, ao menos um link malicioso.

R7

Opinião dos leitores

  1. Vai ser complicado para uma parcela da população criar uma chave com o apelido…
    A gadolandia vai ter dificuldades com os apelidos. São poucas opções.

    1. A tua chave tem 8 dígitos, mas todo mundo conhece, fácil, fácil. É LULADRÃO, não é mesmo????

    2. O cara é tão esperto que nem entendeu direito o que é o pix.

      Vou tentar te explicar, o pix não precisa de apelido nenhum… nem de cadastramento de chave, ele é basicamente o mesmo que um TED, só que mais barato e mais rápido.

      E, pra quem quer uma facilidade a mais, basta cadastrar um apelido no BC e em vez de passar o banco, número da conta, agencia, tipo de conta pra fazer um pix, basta passar o apelido. Ou seja, o apelido é só pra facilitar, mas não é obrigatório.

    3. George, pelo que eu sei, tem que cadastrar uma chave no banco que você possui conta. A chave pode ser CPF, e-mail, número de telefone, apelido, etc. Ou seja, precisa fazer o cadastro das chaves no banco sim.

    4. A minha vai ser o nome do cabaré que tua trabalha aquela cadela

    5. Opa, mas pode acreditar, o cadastramento da chave é opcional e mesmo sem cadastrá-la você pode receber ou enviar "um pix".

      A chave é apenas para facilitar a transferência, para vc não precisar passar os seus dados bancários para quem fará o pix.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Começa nesta segunda o registro de chaves digitais do Pix; enviar ou receber recursos em instituições financeiras 24 horas por dia

Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil

Novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), previsto para começar a funcionar em novembro, o Pix entrará oficialmente em teste nesta segunda-feira (5). A partir de hoje, os clientes poderão registrar as chaves digitais de endereçamento para enviar ou receber recursos em 644 instituições financeiras.

Segundo o BC, as chaves são o “método fácil e ágil” de identificação do recebedor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência.

Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro, vinculando a uma conta específica uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ. As informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do Pix.

Anteriormente previsto para iniciar em 3 de novembro, o registro das Chaves Pix foi antecipado para que os clientes e as instituições tenham mais tempo para se familiarizar com o novo sistema. Estarão disponíveis antecipadamente todas as funcionalidades para a gestão das chaves, como registro, exclusão, alteração, reivindicação de posse e portabilidade. As regras específicas constam de regulamento publicado pelo BC em agosto.

Neste período antecipado, a participação das instituições financeiras e de pagamentos no registro das chaves ocorre de forma facultativa. O único pré-requisito exigido é a conclusão bem-sucedida da etapa de homologação.

Operação

O Pix funcionará 24 horas por dia e reduzirá para 10 segundos o tempo de liquidação de pagamentos entre estabelecimentos com conta em bancos e instituições diferentes. As transações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada.

A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de crédito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte.

No caso de empresas, a plataforma traz vantagens em relação ao pagamento por cartão de débito. Isso porque o consumidor pagante não precisará ter conta em banco, como ocorre com os cartões. Bastará abastecer a carteira digital do Pix para enviar e receber dinheiro.

Cronograma

5 de outubro: Início do processo de registro de chaves de endereçamento

3 de novembro: Início da operação restrita do Pix

16 de novembro: Lançamento do Pix para toda a população

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Clientes podem fazer cadastro no Pix a partir de segunda-feira; novo sistema será gratuito para pessoas físicas

Foto: © Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A partir de segunda-feira (5) será possível se cadastrar para usar o Pix, novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas, gratuito para pessoas físicas. Os usuários poderão cadastrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária que vão permitir o uso do novo sistema de forma mais rápida e direta. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.

Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número de celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o beneficiário do pagamento e realize a transação. No caso de não ter uma chave, o usuário precisará repassar os dados bancários ao outro envolvido na transação.

Imediato

As transações feitas pelo sistema serão compensadas instantaneamente. Apenas nos casos em que houve suspeita de fraude os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem verificados.

O código EVP vai permitir a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmera de celular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variáveis, sendo criados para cada venda.

Os valores que poderão ser transacionados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regulamentação do Banco Central, de 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito.

Os limites vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço. Porém, o Pix vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

Início do funcionamento

O sistema vai entrar em operação, em uma fase experimental, a partir do dia 3 de novembro. Nessa etapa, vai funcionar apenas para um número reduzido de clientes e em um horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que determinaram como serão escolhidos os usuários nessa fase experimental.

O sistema será aberto para toda a população a partir de 16 de novembro.

Receitas dos bancos

Apesar do novo sistema substituir em parte as transferências por DOC e TED, a Federação Brasileira de Bancos não espera queda nas receitas das instituições financeiras. A avaliação dos bancos é que grande parte (60%) das contas de pessoas físicas já têm isenções tarifárias. Além disso, há um gasto significativo em logística para garantir a distribuição de dinheiro nas agências e caixas eletrônicos, que podem ser reduzidos caso haja uma boa adesão à nova plataforma.

A estimativa da entidade é que os bancos gastem R$ 10 bilhões por ano apenas com a logística de locomoção do dinheiro, que tem que ser levado de avião para algumas localidades. Esse montante não leva em consideração os valores pagos com medidas de segurança.

Os bancos esperam aumentar o número de pessoas com conta bancária a partir desse novo serviço.

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Banco Central proíbe bancos de cobrar pessoa física pelo PIX; exceção é no caso de recebimento de dinheiro pela venda de algum produto ou serviço

Foto: Reprodução/TV Globo

O Banco Central do Brasil publicou nesta sexta-feira (2), no Diário Oficial, uma resolução que determina as possibilidades de bancos e financeiras cobrarem de seus clientes pelo uso do PIX. De acordo com o texto, as instituições financeiras não poderão cobrar tarifas pelo serviço das pessoas físicas, incluindo empresários individuais.

A isenção é válida para pagamentos feitos, tanto em transferência e compra, como para dinheiro recebido com a finalidade de transferência. A exceção são os recursos recebidos com a finalidade de compra – isto é, a pessoa física ou empresário individual que efetuar uma venda de produto ou serviço e receber o dinheiro via PIX, poderá ter que pagar tarifa dessa operação.

As instituições financeiras também poderão cobrar tarifa das pessoas jurídicas, tanto pelo envio quanto pelo recebimento de dinheiro por meio do PIX, assim como pela prestação de serviços acessórios relacionados ao envio ou recebimento de recursos.

Qualquer cliente também poderá ter que pagar tarifa se, podendo fazer a transação por meio eletrônico (site ou aplicativo), preferir fazê-la presencialmente ou pelo telefone.

A resolução também autoriza a cobrança de tarifa de cliente pela prestação do serviço de iniciação de transação de pagamento. Esse tipo de serviço operacionaliza os pagamentos, usando uma conta que o usuário tenha em uma instituição financeira ou de pagamentos (semelhante ao serviço oferecido pelas maquininhas de cartão). É vedado cobrar essa tarifa do cliente pagador se a instituição que prestar o serviço for a mesma onde o pagador tem conta.

Tarifas claras

O BC determinou ainda que o valor da tarifa cobrada deverá ser informado no comprovante do envio e do recebimento de recursos por meio do PIX, e do serviço de iniciação de transação de pagamento.

Os valores também deverão ser informados nos extratos das contas, assim como nos extratos anuais consolidados de tarifas. Deverão estar também disponíveis em tabelas de tarifas no site e nos demais canais eletrônicos das instituições financeiras.

G1

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

LEITURA FUNDAMENTAL. Cadastro, ‘chave’, pagamento: perguntas e respostas sobre sistema de transferência PIX

Foto: Reprodução

O que é?

O PIX é um novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo Banco Central para facilitar as transações financeiras. Não é um aplicativo nem banco, e funciona com as contas que o cliente já tem em alguma instituição financeira.

A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. A quantia cai instantaneamente.

Para que serve?

O PIX servirá para transferências de dinheiro, seja entre pessoas físicas ou jurídicas, e para fazer e receber pagamentos.

No caso dos pagamentos, será possível realizar compras e pagar ao lojista imediatamente pelo celular, via aplicativo da instituição bancária do consumidor, sem precisar de dinheiro, cartão de crédito ou boleto. Os órgãos governamentais também vão aderir ao PIX, para que os cidadãos possam pagar contas e tributos de forma instantânea.

Como se cadastrar?

O cadastramento começa em 5 de outubro, mas vários bancos já estão fazendo o pré-cadastro, que deve ser realizado pelo site ou aplicativo da própria instituição bancária.

O que é a Chave PIX?

É a ‘identificação’ do usuário no sistema. A chave pode ser:

um e-mail;

número do CPF;

número de telefone ou;

um código de números e letras aleatório chamado EVP.

Cada conta pode ter até cinco chaves diferentes destinadas a ela. O inverso também é possível: clientes podem ativar o PIX para diferentes contas de bancos que possua, mas é necessário usar diferentes chaves para cada conta.

Posso usar uma mesma chave para vários bancos?

A pessoa física pode ter chaves em mais de uma instituição bancária, mas só pode ter uma modalidade por instituição. Se cadastrar o CPF em um determinado banco, por exemplo, ele só pode ser usado como chave naquele banco.

O cliente que tiver conta em mais de um banco deverá cadastrar uma chave PIX para cada um deles. Por exemplo: no banco A, o cliente cadastra o CPF; no banco B, cadastra o número de celular, e assim por diante.

Qual a diferença entre o PIX, o DOC e a TED?

Para os clientes, a principal diferença entre eles é que o novo sistema permite realizar as operações a qualquer dia e horário.

No geral, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) permite a movimentação de valores entre contas bancárias, sem limite de valor, com o crédito na conta de destino sendo realizado no mesmo dia, desde que feito até as 17h.

Já o Documento de Ordem de Crédito (DOC) permite a transferência de, no máximo, R$ 4.999,99, com a compensação do crédito na conta de destino sendo efetivada no dia útil seguinte, ou em até dois dias úteis quando realizado aos finais de semana e/ou feriados.

O PIX também será gratuito para as pessoas físicas, e vai precisar da inserção de menos dados para ser realizado.

Como fazer uma transferência, compra ou pagamento usando o PIX?

O uso poderá ser feito das seguintes formas:

Pela “chave de endereçamento” – e-mail, números de CPF ou CNPJ, número de celular ou código de números e letras aleatório chamado EVP;

Por um link gerado pelo celular ou;

Por leitura de QR Code.

O pagador poderá fazer a operação inserindo a chave do recebedor, usando um link gerado pelo celular ou fazendo a leitura de QR Code. No comércio, por exemplo, o vendedor poderá gerar um QR Code, que o comprador vai ‘ler’ e pagar diretamente.

Por enquanto, os pagamentos dependem de internet para serem realizados. Está prevista para 2021 uma forma de pagamento offline. Futuramente também será implementado também o “saque PIX”, em que o recebedor poderá fazer saques em redes varejistas.

É preciso ser cliente de um banco?

O PIX estará disponível para quem tem conta em banco, mas instituições financeiras e fintechs também poderão ofertar a modalidade aos seus clientes. Para usar o serviço, bastará ter uma conta corrente, conta poupança ou uma carteira digital com cadastro no PIX. A opção estará dentro do aplicativo bancário e no internet banking do cliente.

Todos os bancos vão operar o PIX?

Segundo o Banco Central, a oferta do PIX será obrigatória para um total de 34 instituições financeiras e de pagamentos com mais de 500 mil clientes ativos, considerando conta corrente, conta de poupança ou uma conta de pagamento pré-paga.

Quando começa a funcionar o sistema?

O PIX começa a operar no dia 16 de novembro, de acordo com o Banco Central. Antes, contudo, haverá uma rodada de cadastramento de clientes e uma abertura controlada para aparar arestas. O cadastramento das Chaves PIX começa em 5 de outubro.

Em 3 de novembro, começa uma fase de testes, em que alguns usuários serão selecionados pelos bancos e financeiras para iniciar as operações, que serão liberadas em horários restritos.

Haverá limite de valor para as operações?

O Banco Central não determinou limite máximo de valores para fazer um PIX, mas autorizou as instituições financeiras a estabelecerem limites máximos para transferências, visando diminuir o risco de fraudes, golpes, lavagem de dinheiro e até o financiamento do terrorismo.

Quanto vai custar uma operação pelo PIX?

Para as pessoas físicas, as transações serão gratuitas. Para pessoas jurídicas, no entanto, haverá cobrança de taxa para transferências, mas o Banco Central ainda não informou os valores.

Já para as instituições financeiras haverá um custo, que será “muito baixo”, segundo o BC, pela utilização do serviço. A cada 10 transações pelo PIX, por exemplo, R$ 0,01 será cobrado a cargo de recuperação de custos operacionais.

Será possível agendar pagamentos e transferências?

Assim como contas tradicionais, o PIX terá recursos de agendamento de pagamentos e enviará comprovantes para quem paga e quem recebe pelo sistema. As transações feitas pelo PIX devem aparecer no extrato da conta.

O sistema é seguro?

Como a tecnologia é instantânea, o Banco Central afirma que o PIX requer segurança redobrada para não ser suscetível a fraudes.

Além de contar com o sistema de segurança da própria entidade, em setembro o Banco Central revisou uma regra sobre restituição de valores transferidos por suspeita de fraude. Se houver algum comprovação de crime, será possível fazer reembolso sem autorização da pessoa que recebeu o depósito.

Além disso, Carlos Eduardo Brandt, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, afirma que se for identificado um indício de fraude, o banco terá um tempo adicional de 30 minutos durante o dia e 60 minutos à noite para fazer uma verificação complementar e confirmar se a transação é verdadeira.

Fiz uma transferência ou pagamento errado. Posso cancelar?

Como o serviço é instantâneo, o usuário deve ter atenção aos detalhes. Valores enviados por engano não podem ser estornados automaticamente. Há uma funcionalidade de devolução total ou parcial prevista, mas a negociação só pode ser aberta pelo recebedor.

G1

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

OLHA QUE ESTÁ PREVISTO PARA OPERAR EM NOVEMBRO: Golpistas usam cadastro no PIX para roubar dados de consumidores

Foto: Ilustrativa

Previsto para começar a operar em novembro, o Pix, sistema criado pelo Banco Central que vai permitir transações quase instantâneas, já vem sendo usado por golpistas contra os consumidores.

Para se preparar para o início das operações, as instituições financeiras já estão convidando seus clientes a cadastrarem suas “chaves” no sistema – dados que servirão de identificação para as transações, e que podem ser o CPF, número de celular, e-mail ou outra informação.

Mas criminosos estão se aproveitando desse movimento para obter informações sigilosas e senhas, enganando os consumidores ao fazê-los se cadastrarem em um site falso.

Em muitos casos, a mensagem, traz um link para supostamente fazer o pré-cadastro no Pix, mas leva a um site falso.

A regra é desconfiar sempre. O Brasil está entre os cinco países com mais vítimas de phishing – golpe em que o criminoso engana a vítima para conseguir dados pessoais, como senhas de banco. Só de abril a junho, 13% dos usuários de internet no país acessaram pelo menos um link que direcionava para um site criminoso.

Segundo Fabio Assolini, analista de segurança da fabricante de antivírus Kaspersky, foram identificados mais de 30 milhões de ataques do tipo só no Brasil em 2019.

“O e-mail falso é barato. E não requer muito conhecimento técnico, portanto o fraudador consegue enviar milhões de e-mails, mesmo que duas ou três pessoas caiam no golpe, isso já é lucrativo para eles”, diz Assolini.

O chefe de Estrutura de Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Brandt, recomenda aos consumidores fazer o cadastro pelo aplicativo do banco de que já é cliente, ou pela página do próprio banco na internet, em ambiente logado. “Ali estarão as informações, todo o processo, de uma forma segura, em um ambiente totalmente seguro”, diz.

“Lá em novembro, quando de fato nós lançarmos o PIX, aí sim ele vai poder fazer transferências, mas sempre logado dentro do internet banking ou o próprio aplicativo da instituição financeira”, completa Caio Fernandes, chefe de Infraestrtura do BC.

“A dica é: não saia clicando sem antes verificar se o e-mail realmente foi enviado pelo seu banco”, ressalta o analista Assolini.

G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Opções de pagamento no Brasil: saiba o que muda com a chegada do PIX e do WhatsApp Pay

Foto: Pexels

O Banco Central autorizou, nesta sexta-feira (31), a retomada dos testes com o WhatsApp Pay, interrompidos em junho. Com isso, ganha mais força uma mudança significativa nas opções de pagamento no Brasil.

Consumidores brasileiros terão em breve novas possibilidades de efetuar pagamentos de compras e serviços bem como transferências de dinheiro, além dos tradicionais métodos à vista, cartão de crédito e débito, boleto, TED, DOC, etc. O WhatsApp Pay e o PIX são exemplos de iniciativas que devem facilitar operações financeiras corriqueiras e até ajudar na retomada do comércio no pós-pandemia. Contudo, ambos de se tratam de soluções distintas e ainda não estão disponíveis.

Com o WhatsApp Pay, usuários pessoa física e jurídica do WhatsApp, inicialmente, poderão fazer pagamentos e transferências pelo próprio aplicativo de mensagem. Basta ter um cartão de crédito ou débito associado à conta. A funcionalidade, que terá parceria da Cielo (CIEL3), foi suspensa em junho e recebeu nesta sexta-feira, 31, autorização do Banco Central para voltar a ser testada. Mark Zuckerberg pretende disponibilizar a solução tecnológica também no Instagram, Messenger e no próprio Facebook.

Já o PIX, gestado pelo BC e com estreia nacional prevista para 16 de novembro, consiste, na verdade, em um nova modalidade de pagamento e transferência instantâneos. Ele pode ser visto como concorrente, por exemplo, de dinheiro em espécie, cartões, boletos, TED, DOC, entre outros.

Ou seja, ao enviar uma quantia para um amigo, você pode mandar por meio de um PIX em vez de um DOC. Assim como pode comprar um celular em uma loja física ou na internet, usando o PIX como método de pagamento, em vez de um cartão de crédito ou boleto.

A vantagem dele é a velocidade da operação, que levará até 10 segundos, e a disponibilidade em qualquer dia e horário da semana. Bem diferente de TED, que pode levar dias para ser efetuado, já que o processamento respeita o horário bancário.

O PIX deverá ser obrigatoriamente incorporado por instituições com mais de 500 mil contas – são 34 no País, segundo o BC -, que deverão disponibilizar a modalidade em suas plataformas, por exemplo, nos aplicativos de bancos e fintechs. O BC informou que já recebeu 980 pedidos de cadastro. O próprio WhatsApp Pay já revelou interesse em disponibilizar o PIX em sua base.

Mas, afinal, o que essas novidades tecnológicas trazem para os consumidores?

Transferência e pagamento – WhatsApp Pay

No caso de pessoas físicas, assim como se envia uma foto ou vídeo no WhatsApp, com o WhatsApp Pay, será permitido o envio de até R$ 1 mil por transação para outros contatos no aplicativo. Contudo, há uma limitação de 20 transações por dia, e teto máximo de R$ 5 mil por mês, sem cobrança de taxas. Essa movimentação será efetuada através de um de cartão de débito, cadastrado no app de mensagens. Porém, só estará disponível na operação inicial os cartões do Nubank, Banco do Brasil ou Sicredi, com bandeira Visa ou Mastercard.

No caso de pessoas jurídicas, as empresas que utilizam o WhatsApp Business (versão corporativa do aplicativo) não terão limites de transações e valores, mas terão que pagar uma taxa fixa de processamento de 3,99% para receber os pagamentos de clientes, por meio de cartão de débito e crédito. O processamento da operação será feito pela Cielo. Desse modo, o comerciante receberá o valor da venda em um dia, no caso de débito, e em dois dias, no caso de crédito.

Transferência e pagamento – PIX

Por se tratar de uma modalidade de pagamento, o PIX dispensa a necessidade de cartões ou dinheiro em espécie, por exemplo. As operações de pagamento ou transferências serão ilimitadas e instantâneas entre duas contas – corrente, poupança ou de pagamento -, de pessoas físicas ou jurídicas. Ou seja, o usuário envia o dinheiro ou faz o pagamento de sua conta para a de outra pessoa ou empresa.

Para isto, será necessário informar apenas uma destas informações: CPF ou CNPJ, número do celular, e-mail ou um EVP, que é um código numérico para quem não quiser ser identificado. Outra opção são links ou QR Codes estáticos e dinâmicos, que poderão ser lidos por um smartphone.

Lembrando que não haverá um aplicativo PIX. As instituições deverão disponibilizar essa opção de pagamento e transferência em suas plataformas. Segundo o BC, o custo da operação será de R$ 0,01 para cada dez transações. O serviço terá opções gratuitas, mas ainda não se sabe se as instituições financeiras envolvidas poderão embutir tarifas, assim como bancos cobram por suas TEDs, por exemplo.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *