Jornalismo

Justiça desbloqueia contas-correntes de todos os investigados na Sinal Fechado

Todos os 15 investigados na operação Sinal Fechado que tiveram os bens sequestrados conseguiram, na tarde desta sexta-feira (25), o desbloqueio de suas contas-correntes. A decisão foi da juíza Emanuella Cristina Pereira Fagundes, da 6ª Vara Criminal, que foi a mesma que determinou os sequestro dos bens e a prisão dos supostos envolvidos em esquema de corrupção no Detran.

O ex-governador Iberê Ferreira de Souza acionou a Justiça tentando o desbloqueio da conta corrente sobre o argumento de que ele precisava receber osa salários provenientes da aposentadoria. Argumentando que os salários são institutos insuscetíveis de penhora, a juíza determinou não só que Iberê tenha acesso à conta, como todos os outros investigados também terão acessos às próprias contas correntes onde são depositados os salários.

Por outro lado, a juíza informou que as demais aplicações financeiras e contas poupanças de todos os investigados que tiveram bens sequestrados continuarão bloqueadas.

Tribuna do Norte

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Jornalismo

Wilma se diz vítima de "má fé"

A ex-governadora Wilma de Faria emitiu nota para negar o envolvimento em fraudes durante a sua gestão no Detran. Segundo ela, é tudo “má fé”. Wilma ainda afirmou que não quer acreditar “que a má fé se tornou prestação político da parte de uma instituição que tem o dever de bem acusar os culpados”.

AO POVO DO RIO GRANDE DO NORTE
MAIS UMA VEZ, SEMPRE DE MÁ FÉ, O MEU NOME É ENVOLVIDO EM NOTICIÁRIO ESCANDALOSO COMO SE PARA JULGAR A HONRA DE ALGUÉM BASTASSE APENAS SUBSTITUIR A VERDADE PELA PIROTECNIA JURÍDICA.
TODA A OPINIÃO PÚBLICA SE RECORDA QUE, ANTES MESMO DA MINHA POSSE PARA O PRIMEIRO GOVERNO, FUI VÍTIMA DE DENÚNCIA ESCABROSA DE POSSUIR UMA CONTA MILIONÁRIA NA SUÍÇA. DENÚNCIA ESTA QUE DESMORALIZEI PERANTE A JUSTIÇA E O POVO.
AO LONGO DOS MEUS DOIS GOVERNOS FUI, VÁRIAS VEZES, ACUSADA INJUSTAMENTE DA PRÁTICA DE CONVIVER COM ILICITUDES, SEM SEQUER SER RÉ EM QUALQUER AÇÃO JUDICIAL QUE APURE CRIMES DE CORRUPÇÃO.
HÁ NOVE MESES OS FATOS ANUNCIADOS NA CHAMADA OPERAÇÃO “SINAL FECHADO” SÃO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL QUE, NÃO INCLUIU MEU NOME NA RELAÇÃO DOS ACUSADOS E NÃO PEDIU QUALQUER MEDIDA CONTRA MIM.
A MÁ FÉ SE CARACTERIZOU QUANDO INDAGADO PELA IMPRENSA DURANTE ENTREVISTA COLETIVA, SOBRE AS ACUSAÇÕES OBJETIVAS CONTRA MIM, UM REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO LIMITOU-SE, DE FORMA PRECÁRIA, A DIZER QUE NÃO HÁ PROVAS CONTRA A MINHA PESSOA.
SOU RÉ, SIM, DE UMA MÁ FÉ QUE INSISTE EM TRANSFORMAR EM VERDADE DESEJOS, FRUSTRAÇÕES E MEDOS POLÍTICOS INCONFESSÁVEIS.
NA ELABORAÇÃO DA MENSAGEM CRIANDO A LEI DE N. 7290, EM DEZEMBRO DE 2009, QUE INSTITUIU O SERVIÇO DE INSPEÇÃO VEICULAR NO RIO GRANDE DO NORTE, OS RITOS LEGAIS FORAM, RIGOSROSAMENTE, OBSERVADOS E CUMPRIDOS.
O GABINETE CIVIL DO GOVERNO SUBMETEU A MENSAGEM AOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO DO ESTADO, PARA, SÓ ENTÃO, ENCAMINHAR AO PODER LEGISLATIVO, ONDE A LEI FOI APROVADA, EM SESSÃO PÚBLICA.
A INSPEÇÃO VEICULAR, PREVISTA NA LEGISLAÇÃO FEDERAL, FOI TAMBÉM COBRADA PELO PRÓPRIO MINISTÉRIO PÚBLICO, PREOCUPADO COM O CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL.
A LEI QUE SANCIONEI NUNCA FOI QUESTIONADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO OU PELO PODER JUDICIÁRIO.
O ENVOLVIMENTO DO MEU NOME É UM ATO DE ABSOLUTA MÁ FÉ. NÃO SOU RÉ E AS 189 LAUDAS DA PETIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO MOSTRAM QUE NÃO SOU. NÃO HÁ NA PEÇA ACUSATÓRIA NENHUMA DENÚNCIA QUE EXIJA DE MIM PELO MENOS UMA EXPLICAÇÃO.
NÃO QUERO ACREDITAR QUE A INSISTÊNCIA DA MÁ FÉ TENHA SE TRANSFORMADO EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POLÍTICO DA PARTE DE UMA INSTITUIÇÃO QUE TEM O DEVER DE BEM ACUSAR OS CULPADOS, MAS TAMBÉM DE BEM DEFENDER A VERDADE, PARA NÃO PRÉ-JULGAR INOCENTES, EXPONDO À SANHA DA OPINIÃO PÚBLICA, INTENCIONALMENTE CONFUNDIDA.
DESAFIO QUE PROVEM QUALQUER ENVOLVIMENTO DA MINHA PESSOA NAS DENÚNCIAS DE RECEBIMENTO DE PROPINAS OU DE CONIVÊNCIA COM LOBISTAS.
SEMPRE ESTIVE E CONTINUO À DISPOSIÇÃO DO POVO E DA JUSTIÇA PARA PRESTAR TODOS OS ESCLARECIMENTOS QUE A SOCIEDADE JULGAR NECESSÁRIO.
NADA TEMO. NEM AS MAIS SÓRDIDAS AMEAÇAS. PARTAM DE ONDE PARTIREM. A MINHA HONRA NÃO CONSEGUIRÃO FERIR.
WILMA MARIA DE FARIA

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Jornalismo

Detran cancela nova licitação e políticos visitam presos

A Operação “Sinal Fechado” ainda repercute nos quatros cantos da capital. Hoje, mais desdobramentos do caso, sendo o mais recente a prisão do investigado por investir R$ 2 milhões para o Consórcio Inspar.

Além disso, o Detran suspendeu uma licitação contra a qual foi combinada nova fraude pelo mesmo grupo que está encarcerado.

De novo, o velho esquema, que manchou a reputação do ex-governador Iberê Ferreira de Souza, mesmo que ele saia inocente. Para se ter ideia, da dimensão do problema, dois dos advogados do ex-governador estão presos no Comando Geral da PM.

Hoje foi dia de visitas aos onze presos no QG. Os deputados federais Felipe Maia e Rogério Marinho se solidarizaram com o suplente de senador João Faustino, que aguarda pedido de habeas corpus.

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Jornalismo

Advogado de João Faustino diz ser ilógico recebimento de proprina e critica Gilmar da Montana

O advogado do suplente de senador João Faustino, André Castro, afirmou ao blog que são descabidas as acusações de Gilmar da Montana, de que Faustino receberia 10% da participação da empresa de George Olímpio, investigado por fraudes ao Detran.

Castro argumenta que, se Gilmar da Montana é apontado como um dos principais investidores, é ilógico que 10% de tudo vá para Faustino, “que provará sua inocência”, comentou Castro. Segundo ele, Faustino cumprirá o que a lei determinar.

Faustino está preso desde ontem no Comando Geral da Polícia Militar, no Tirol, junto com outras nove pessoas. Hoje cedo, o habeas corpus impetrado pela defesa precisou ser redistribuído porque a desembargadora Maria Zeneide Bezerra alegou suspeição. Herval Sampaio julgará o caso.

 

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Jornalismo

Empresário detido na operação Sinal Fechado passa mal no QG da polícia e é socorrido pelo Samu

O empresário Gilmar da Montana, um dos presos que foram detidos na Operação Sinal Fechado hoje, passou mal no quartel do comando da Polícia Militar. Por volta das 20:00 o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi chamado ao QG da Polícia Militar para prestar antendimento a ele por problemas de pressão arterial.

Após os primeiros socorros o empresário foi levado para o Hospital do Coração, onde se encontra nesse exato momento passando por um bateria de exames

Opinião dos leitores

  1. Bruno! to vendo uma materia aqui no jornal do SBT manha que AL vai receber 42 navios de cruzeiro durante o verão! são 150mil turistas deixando 20milhões !!!

    aí te pergunto e o RN ? o que nosso governo fez pro turismo ?

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Polícia

Empresas combinaram fraude para licitação do Detran que ocorrerá amanhã

As empresas O. G. Empreendimentos, de George Olímpio, e a Planet Business, de Flávio Ganem Rillo e Nilton José de Meira, ambas investigadas por fraudes ao Detran/RN, se uniram para burlar licitação que ocorrerá amanhã na autarquia estadual e cujo objeto de certame é o serviço de registro de contrato de veículo, que vinha sendo feito pela Planet, contratada em regime emergencial.

A afirmação é do promotor de Defesa do Patrimônio Público, Eudo Rodrigues, que espera que a administração do Detran cancele a licitação, “porque o MP recomendará a suspensão”, antecipou Rodrigues em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (24)

A descoberta de mais uma fraude foi feita hoje, durante busca e apreensão no escritório de George Olímpio. “Duas empresas que supostamente seriam concorrentes fizeram acerto financeiro. Naturalmente, as propostas evidenciam que há uma fraude em curso na licitação que ocorrerá amanhã”, afirmou o promotor de Justiça.

Criada após o insucesso dos registros em cartório, a Central de Registro de Contratos do Detran/RN firmou convênio em regime emergencial a Planet Business, empresa paranaense e que operou no Estado emprestando seu CNPJ a George Olímpio, evitando o recolhimento de Imposto Sobre Serviços (ISS).

As taxas cobradas chegavam a mais de R$ 800,00. Atualmente, elas foram fixadas em R$ 112,00. Para o MP, isso configura a permanência da fraude: “O esquema todo foi descoberto, mas continua vigorando”, frisou Eudo Rodrigues.

Fonte: Nominuto

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Política

Iberê e Wilma receberiam 15% na participação de empresa; João Faustino, 10%, diz empresário

Foto Dinarte Assunção

“Gilmar da Montana”, investigado da Operação Sinal Fechado, disse  ao Ministério Público Estadual que os ex-governador Iberê Ferreira de Souza foi beneficiado com recebimento de propina de R$ 1 milhão e promessa de 15% dos lucros da G. O. Empreendimentos, empresa de George Olímpio.

Segundo o MP, a mesmíssima cota foi prometida, há três anos, à ex-governadora Wilma de Faria. Outros 10% teriam sido empenhados em favor de João Faustino.

João e Lauro recebiam, conforme o depoimento do empresário, uma espécie de mensalão de R$ 10 mil mensais. Era para que o grupo mantivesse os contratos com o Governo do Estado principalmente.

Tudo pago por George Olímpio, cujo patrimônio de R$ 81 mil, em 2008, foi a R$ 989 mil em 2009; R$ 4 milhões em 2010 e quase R$ 11 milhões este ano.

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Jornalismo

PSDB emite nota sobre a operação Sinal Fechado

Sobre os fatos envolvendo a chamada operação “Sinal Fechado”, o PSDB-RN torna público que:

1)       Não conhece nenhum fato desabonador da conduta do ex-deputado federal João Faustino e deseja que ele possa, ao final das investigações, provar-se inocente das acusações que lhe são imputadas;

 

2)       Solidariza-se com a família do ex-deputado, reafirmando o apreço pessoal e a disposição de apoiá-la neste momento difícil;

 

3)       Confia na lisura e no discernimento das instituições envolvidas na apuração dos fatos, esperando que tudo seja esclarecido e que os responsáveis por quaisquer desvios éticos sejam punidos na forma da lei.

 

 

Rogério Marinho

                                                                                                                                                                                             Presidente do PSDB-RN

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Jornalismo

Ex-deputado e suplente de Senador João Faustino tem prisão domiciliar negada

O ex-deputado federal e atual suplente do senador José Agripino, João Faustino, teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. O presidente de honra do PSDB, sob alegação de sofrer problemas cardíacos, solicitou que a Justiça determinasse sua saída do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde está preso desde a manhã desta quinta-feira (24).

João Faustino é apontado pelo Ministério Público como um dos participantes do suposto esquema de corrupção que promoveu fraudes dentro do Detran do Rio Grande do Norte. O ex-deputado teve o mandado de prisão e sequestro dos bens solicitado pelo MP e expedido pela juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª Vara Criminal da comarca de Natal. Ela também negou o pedido de prisão domiciliar impetrado pela defesa de João Faustino.

Tribuna do Norte

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Jornalismo

Quem é quem na Operação Sinal Fechado

Os principais personagens da mais nova página com ingredientes policiais e políticos do Rio Grande do Norte, tendo como tema central a malversação de recursos públicos, são os seguintes, de acordo com a petição do Ministério Público:

GEORGE ANDERSON OLÍMPIO DA SILVEIRA – Empresário, advogado e notório lobista. De acordo com o MP, seria o líder da quadrilha criminosa que tomou de assalto o Detran-RN, contando com a participação dos hoje ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira na execução das fraudes. Também teria participado do esquema o então diretor-geral do Detran, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra.

De acordo com o MP, George Olímpio iniciou a atuação criminoso por intermédio do IRTDJP/RN, presidido por sua tia, Marluce Olímpio, que celebrou convênio com o Detran em 2008. Em 2010, obteve a concessão do serviço de inspeção veicular ambiental no RN.

George teria articulado e elaborado, juntamente com outros membros da organização, o projeto de lei e o decreto que instituíram a inspeção veicular no RN e o pagamento de vantagem indevida (propina) e promessa de pagamento a agentes públicos e obtido a contratação emergencial fraudulente da empresa Planet Business Ltda para a terceirização dos serviços do CRC/Detran/RN. “Em todas as fraudes houve o pagamento de propina a agentes públicos, existindo provas de que teria pago propina ao ex-governador IBERÊ FERREIRA, ao advogado Marcus Vinícius Furtado da Cunha, ex-procurador-geral do Detran, ao suplente de senador João Faustino Ferreira Neto e a Lauro Maia, advogado e filho da ex-governadora Wilma de Faria, também implicado na Operação Hígia.

 

IBERÊ FERREIRA – Vice-governador do RN entre janeiro de 2007 e abril de 2010, governou o Estado de maio a dezembro do ano passado. O Ministério Público o classifica de “possível eminência parda” por trás de George Olímpio.  Há provas de que teria recebido pelo menos R$ 1 milhão do esquema, além de ter sido agraciado com cotas de participação nos futuros lucros do Consórcio Inspar.

Iberê teria contribuído decisivamente para a contratação irregular do Consórcio Inspar e para a contratação fraudulenta da Planet Business. Ele presidiu a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico que aprovou a minuta de contrato da Planet sem que sequer existisse o órgão para o qual esta empresa prestaria o serviço. O Ministério Público assegura que foi Iberê quem assinou o contrato de terceirização de serviço do CRC/Detran/RN e o termo de concessão do serviço de inspeção veicular ambiental.

 

JOÃO FAUSTINO NETO – Suplente de senador de José Agripino, servidor público e ex-deputado federal. Concorreu em 1986 às eleições para governador do RN e em 1996 para prefeito de Natal, sendo derrotado em ambas. Segundo o Ministério Público, Faustino também atua como lobista. Há provas – aponta a petição do MP, de que já se envolveu em negociatas com George Olímpio, Marcus Procópio (seu genro) no caso do registro de contratos de financiamento de veículos em cartório.

Ainda acerca da participação do suplente de senador, o MP acusa: “Há provas de que teria recebido promessa de vantagem indevida através de cotas de participação nos futuros lucros do Consórcio Inspar, tanto pela sua atuação no governo passado, em que contribuiu para a contratação irregular do consórcio, como pelas suas gestões para manter a contratação do mesmo consórcio no governo atual. Há evidências de que recebia pagamento mensal de George Olímpio em torno de R$ 10 mil”.

 

LAURO MAIA – Advogado e filho da ex-governadora Wilma de Faria. Figurinha carimbada na política e no noticiário policial desde que foi preso e apontado como principal operador da Operação Hígia, que envolvia desvio de dinheiro empregado em contratos de terceirização com a Secretaria de Saúde Pública do Estado. No caso da Operação Sinal Fechado, aponta o MP: “Há prova de que teria recebido promessa de vantagem indevida através de cotas de participação nos futuros lucros do Consórcio Inspar bem como receberia propina no valor mensal de R$ 10 mil de George Olímpio. Há evidências de teria contribuído, decisivamente, para a celebração do convênio irregular entre o IRTDPJ/RN e o Detran-RN, aproveitando-se da peculiaridade de ser filho da então governadora do Estado do RN”.

Ainda segundo o MP, há evidências de que a atuação de Lauro na organização criminosa teria sido a de intermediar os interesses da quadrilha junto a membros do Governo e à própria governadora Wilma de Faria.

O Ministério Público afirma que foi Lauro Maia quem recebeu de George Olímpio a minuta do projeto de lei que resultou na Lei Estadual n. 9270/09 e que foi encaminhada à Asembleia Legislativa do RN após alterações feitas pelos membros da quadrilha. O MP lembra que Lauro já foi preso em flagrante por ter cometido delito semelhante e por isso responde a processo na Justiça Federal.

 

MARCUS VINÍCIUS FURTADO DA CUNHA – Advogado e ex-procurador-geral do Detran. Contra ele, segundo o MP, há provas de ter recebido R$ 100 mil em propina de George Olímpio em razão do convênio irregular com o IRTDPJ/RN, além de receber propina mensalmente em torno de R$ 10 mil como retribuição pela atuação em defesa da organização no âmbito do Detran. Teria recebido promessa de vantagem indevida para colaborar com a fraude que resultou na contratação do Consórcio INSPAR.

 

CARLOS THEODORICO DE CARVALHO BEZERRA – Ex-diretor-geral do Detran. Contra ele, o MP afirma ter provas de que contribuiu decisivamente para as fraudes cometidas pela organização liderada por George Olímpio. Diretor-geral do Detran, Theodorico  foi quem celebrou o convênio com o IRTDJP/RN, sabendo-o indevido. Contratou também o Consórcio INSPAR permitindo que a quadrilha elaborasse o próprio edital de licitação, além dos anexos e até a minuta de contrato administrativo e também a minuta da decisão da Comissão Permanente de Licitação às impugnações das empresas potencialmente concorrentes do Consórcio INSPAR. Atuou conjuntamente com o procurador-geral do Detran, Marcus Vinícius Furtado Cunha. Carlos Theodorico também contratou a Planet Business. Sobre isso, o Ministério Público afirma que há fortes indícios de que ele, Carlos Theodorico tinha conhecimento de que este contrato “pertencia” a George Olímpio. Foi Theodorico quem enviou a Marcus Vinícius Saldanha Procópio, genro de João Faustino, a minuta do contrato viciado.

 

MARCUS VINÍCIUS SALDANHA PROCÓPIO – Genro de João Faustino, é apontado como lobista. O MP assegura que há provas de que foi contratado por George Olímpio para colaborar com as fraudes, recebendo para isso R$ 5 mil mensais. Teve forte papel na intermediação entre os agentes públicos aos quais foi paga propina e oferecida promessa de vantagem indevida no caso do Consórcio INSPAR.

Ainda segundo o MPRN, Marcus Procópio atua com George Olímpio e João Faustino desde o contrato de registro de financiamentos de veículos até a contratação de Eduardo de Oliveira Patrício, amigo, ex-cunhado e colaborador de George Olímpio na fraude da inspeção veicular. Procópio é citado em ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial como quem teria recebido dinheiro de George Olímpio para ajudar na fraude do consórcio INSPAR, “muito provavelmente se valendo de sua influência junto aos então membros do Governo local”.  O MP também apresentou provas de que Marcus Procópio teria participado de negociata na Paraíba, fazendo doação irregular de campanha para garantir a contratação futura da organização para a concessão do serviço de inspeção veicular naquele Estado.

 

JOSÉ GILMAR DE CARVALHO LOPES (GILMAR DA MONTANA) – Empresário e, segundo o MPRN, sócio oculto do Consórcio INSPAR. Sócio majoritário das empresas Montana Construções e Montana Habitacional  e Construções. “Há provas de que teria anuído ao pagamento de propina por parte de George Olímpio a agentes públicos, bem como ao oferecimento de promessa de vantagem indevida a agentes públicos, para manter a sua participação no negócio”, assinala o MPRN na petição que desencadeou a Operação Sinal Fechado.

Ainda segundo o Ministério Público, há evidências de que Gilmar da Montana adiantou dinheiro para George Olímpio pagar propinas e que ele mesmo ofereceu vantagem indevida em troca da manutenção do contrato com o Consórcio INSPAR. “Há provas de que é sócio oculto do Consórcio INSPAR, tendo construído as bases dos centros de inspeção veicular, através da MONTHAB para depois alugá-las ao referido consórcio, obtendo, além disso, participação nos lucros. Há provas de que teria participado de negociata na Paraíba, fazendo doação irregular de campanha para garantir a contratação futura da organização criminosa”, completa a petição do Ministério Público Estadual do RN.

 

WILMA DE FARIA – A respeito da participação da então governadora, o Ministério Público do RN destaca que foi ela quem enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa que resultou na Lei Estadual n. 9270/09, elaborado com a participação ativa de membros da organização criminosa em questão, tendo sido concebido para atender aos interesses da quadrilha, inclusive quanto à absoluta ausência de repasse de recursos ausnferidos em razão da inspeção para o Estado do RN. “A própria mensagem que a mesma elaborou, remetendo este projeto de lei para a AL/RNB, foi disponibilizada a George Olímpio, tendo este remetido a outros membros da quadrilha. O seu filho Lauro Maia, como visto, teria recebido propina de George Olímpio para defender os interesses da organização perante a administração pública estadual, cuja gestora máxima era a sua própria mãe”, completa a petição do MP.

 

 

 

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Jornalismo

Vejam na íntegra a petição do MP na operação Sinal Fechado

O MP divulgou a petição com detalhes sobre a operação Sinal Fechado, deflagrada na manhã desta quinta-feira. O documento traz os nomes dos envolvidos e informações da investigação realizada pelo MP.

Confira a íntegra da petição

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Jornalismo

Confira lista de todos os presos na operação Sinal Fechado

O Ministério Público divulgou no final da manhã desta quinta-feira (24) a lista com os nomes dos 14 presos na operação Sinal Fechado. Dos 14, três foram detidos preventivamente. Os demais cumprem prisão temporária.

Os mandados de prisões preventivas são para: George Anderson Olímpio da Silveira, Marcus Vinícius Furtado da Cunha e Alcides Fernandes Barbosa.

As prisões temporárias são para: João Faustino Ferreira Neto, Carlos Alberto Zafred Marcelino, Nilton José Meira, Flávio Ganen Rillo, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, José Gilmar de Carvalho Lopes, Edson Cézar Cavalcante Silva, Marco Aurélio Doninelli Fernandes, Caio Biagio Zuliani, Fabiano Lindemberg Santos Romeiro e Marcus Vinícius Saldanha Procópio.

Todos os 14 mandados de prisão foram expedidos pela juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª vara Criminal de Natal. Além desses mandados de prisão, a magistrada assinou outros 25 de busca e apreensão.

Tribuna do Norte / Fred Carvalho

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Denúncia

Sinal Fechado: Consórcio Inspar teria pago cerca de R$ 35 milhões em propinas a políticos e empresários

O Consórcio Inspar teria pago cerca de R$ 35 milhões em propinas a políticos e empresários para poder atuar na inspeção veicular no Rio Grande do Norte nos próximos 20 anos – o que renderia um montade de aproximandamente R$ 1 bilhão nesse período. Os R$ 35 milhões são exatamente o mesmo valor em bens que o Ministério Público requereu que fosse sequestrado dos envolvidos no suposto esquema fraudulento.

De acordo com a petição do MP, o montade a ser sequestrado servirão para reparar “os danos às vítimas lesadas, que, como já referido, foram os milhares de cidadãos potiguares que pagaram taxas indevidas em razão do convênio com o IRTDPJ/RN, e o erário estadual, em razão dos contratos viciados com a PLANET BUSINESS LTDA e com o cONSÓRCIO inspar”.

Esse suposto esquema fraudulento resultou na operação Sinal Fechado, deflagrada na manhã desta quinta-feira (24).

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. É lamentavél que a população Natalense tenha que passar pôr essa vergonha!
    Foram prêsos? Daqui a pouco serão soltos! E continuará a fazer tudo novamente!As nossas leis não permitirá que os acusados fiquem enjaulados pôr muito tempo!

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Jornalismo

Sinal Fechado: vejam como funcionava o esquema e quem está envolvido

No dia de hoje (24), após nove meses de investigações acerca do contrato da inspeção veicular ambiental no Rio Grande do Norte, o Ministério Público Estadual desencadeou a Operação “Sinal Fechado”, dando cumprimento a 14 mandados de prisão e 25 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo de Direito da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN, que também determinou o sequestro de bens de diversos investigados.

A operação contou com o apoio dos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, e a colaboração da Polícia Militar do RN, com diligências simultâneas nas cidades de Natal/RN, Parnamirim/RN, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS, mobilizando 40 Promotores de Justiça e mais de 250 policiais, que cumpriram as ordens judiciais.

A investigação, conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal, com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RN), descortinou uma organização criminosa que atuou no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/RN), com ramificações em outros Estados da Federação, no período de 2008 a 2010.

O objeto inicial da apuração foi o contrato da inspeção veicular ambiental no RN. Descobriu-se que, de fato, a quadrilha fraudou desde o processo de elaboração da lei, em meados de 2009, até o processo licitatório, em 2010, chegando ao ponto de determinar o modelo de prestação do serviço – por meio de concessão -, o que permitiria a obtenção de elevados lucros com o contrato, em detrimento do erário e dos cidadãos potiguares.

A fraude à licitação foi tamanha que a organização chegou a elaborar o próprio edital de licitação, direcionando-o para o Consórcio INSPAR, além de elaborar os seus anexos e as respostas às impugnações de empresas concorrentes a este edital, garantido, assim, a vitória do referido consórcio. Com a fraude referente a inspeção veicular, a quadrilha teria um faturamento bruto no montante de R$ 1 bilhão, no prazo da concessão (vinte anos).

Revelou-se que, em verdade, o esquema criminoso instalado no DETRAN/RN envolveu outras fraudes, como a celebração viciada de convênio com o Instituto de Registradores de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do RN – IRTDPJ/RN em meados de maio de 2008, e, em seguida, em meados de dezembro de 2010, a contratação emergencial fraudulenta da empresa PLANET BUSINESS LTDA, para o registro dos contratos de financiamento de veículos no Estado do RN.

A investigação identificou, ainda, que o líder da referida quadrilha é GEORGE ANDERSON OLÍMPIO DA SILVEIRA, contando com a participação dos ex-Governadores WILMA MARIA DE FARIA e IBERÊ PAIVA FERREIRA DE SOUZA nestas fraudes, bem como do então Diretor-Geral do DETRAN/RN, CARLOS THEODORICO DE CARVALHO BEZERRA.

Descortinou-se, noutro quadrante, que a organização criminosa comandada por GEORGE OLÍMPIO (empresário, advogado e “lobista”) teria feito pagamento de vantagem indevida (propina) às pessoas de IBERÊ PAIVA FERREIRA DE SOUZA (ex-Governador do RN), JOÃO FAUSTINO FERREIRA NETO (ex-Deputado Federal e Suplente de Senador da República), LAURO MAIA (advogado e filho da ex-Governador WILMA MARIA DE FARIA) e MARCUS VINICIUS FURTADO DA CUNHA, Procurador-Geral do DETRAN/RN à época dos fatos.

As provas produzidas na investigação revelaram, conforme retratado na petição de busca e apreensão, a participação das pessoas de ALCIDES FERNANDES BARBOSA (“lobista” paulista), CARLOS ALBERTO ZAFRED MARCELINO (empresário paulista, sócio da NEEL BRASIL TECNOLOGIA LTDA), MARCO AURÉLIO DONINELLI FERNANDES (empresário gaúcho), JOSÉ GILMAR DE CARVALHO LOPES (GILMAR DA MONTANA, empresário potiguar sócio da MONTANA CONSTRUÇÕES), EDSON CÉZAR CAVALCANTE SILVA (empresário potiguar, sócio da INSPETRANS), EDUARDO DE OLIVEIRA PATRÍCIO (empresário potiguar), CAIO BIAGIO ZULIANI (advogado e sócio de GEORGE OLÍMPIO), JAILSON HERIKSON COSTA DA SILVA (engenheiro e sócio de GEORGE OLÍMPIO), FABIANO LINDEMBERG SANTOS ROMEIRO (contador e operador financeiro da organização criminosa), MARCUS VINICIUS SALDANHA PROCÓPIO (empresário potiguar), JEAN QUEIROZ DE BRITO (empresário potiguar), NILTON JOSÉ DE MEIRA (empresário paranaense), FLÁVIO Ganem Rillo (empresário paranaense), LUIZ ANTÔNIO TAVOLARO (advogado paulista, atual Procurador-Geral do Município de São José do Rio Preto/SP), MARLUCE OLÍMPIO FREIRE (tia de GEORGE OLÍMPIO, Presidente do IRTDPJ/RN) e LUIZ CLÁUDIO MORAIS CORREIA VIANA (sócio de GEORGE OLÍMPIO), nas fraudes em questão, entre outros.

A organização criminosa em comento, conforme apurado, fez investidas em diversos Estados da Federação, havendo provas e/ou indícios de que houve oferecimento de vantagem indevida a agentes públicos, ou de que, simplesmente, se obteve contratações com vícios semelhantes em Estados como, por exemplo, Paraíba, Minas Gerais e Alagoas.

O Ministério Público requereu o sequestro de bens no montante de R$ 35 milhões, valor estimado da fraude relativa ao registro de contratos de financiamento de veículos.

Após o cumprimento das mencionadas ordens judiciais, o Ministério Público analisará os documentos apreendidos e, em tempo hábil, oferecerá denúncia acerca dos fatos delituosos investigados.

* Fonte: MP/RN.

Opinião dos leitores

  1. Acompanhemos o desenlace de
    comportamentos que refletem tão somente o vício de um antigo costume: “poucos
    com MUITO, e muitos SEM NADA ou QUASE NADA”…

  2. Vai acabar em pizza, Wilma de Faria e Iberê na próxima eleição estarão de cara lavada e serão seres puros de ordem convicta aos interesses do POVO, e assim novo país é governado.

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Jornalismo

João Faustino: "Eu não passo em sinal fechado, só passo em sinal aberto"

O Amigo Fred Carvalho da Tribuna faz excelente cobertura e o BG reproduz:

O suplente de senador João Faustino ironizou o fato de ter sido preso na manhã desta quinta-feira (24) na operação Sinal Fechado. “Eu não sei que operação Sinal Fechado é essa. Eu não passo em sinal fechado, só passo em sinal aberto”, disse, após passar por exame de corpo de delito no Itep.

O ex-deputado federal falou à imprensa na saída do Itep. Leia a íntegra do que disse João Faustino:

“O Rio Grande do Norte me conhece, sabe que eu sou um homem de bem e tenho uma história de honradez. Eu estou sendo vítima de um grande equívoco, e não sei ainda traduzir a sua dimensão. Mas confio na justiça e entendo que no momento oportuno haverá uma decisão que haverá de elucidar todo esse processo, que eu não sei exatamente a origem, nem o meio, nem o fim.

Houve um mandado de prisão temporária para que se fizesse averiguações. Eu estou entrando agora com um habeas corpus pedindo exatamente a suspensão dessa medida. Tem um outro detalhe que é o problema do meu estado de saúde, pois eu sou um cidadão da terceira idade, tenho 70 anos, tenho cardiopatia grave, fui submetido a várias cirurgias… Tudo isso é levado em consideração no momento em que se concede um habeas corpus.

Eu devo ir agora para o quartel da Polícia Militar. Espero que assim seja. Tô sendo muito bem tratado, diga-se de passagem, e eu quero elogiar aqui a conduta da Polícia Militar, em termo de preparo, de eficiência. Eu não tenho tido nenhum tipo de constrangimento na condução desse processo, e espero saber o ‘por quê’, que eu não sei até hoje. É surpresa total. Eu espero ter a razão dessa providência adotada pela justiça.

A decisão do juiz não se discute. A decisão do juiz se discute na instância posterior, é a apelação que se vem a fazer. E é isso que eu estou providenciando a partir de agora.

Eu não sei que operação Sinal Fechado é essa. Eu não passo em sinal fechado, só passo em sinal aberto”.

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