Educação

Federais reclamam de “falta de verba” e informam que manterão aula remota em 2021 mesmo com Covid controlada

Com verba reduzida, coleta de lixo é prejudicada na UFRJ Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Por falta de verbas, as aulas das universidades federais continuarão remotas em 2021 mesmo que os índices de contaminação caiam. Além disso, há o risco de que o problema persista para 2022.

“Se forem mantidos os valores atuais, as atividades presenciais serão totalmente inviabilizadas (em 2022), uma vez que, diante dos protocolos de biossegurança, serão necessárias novas despesas com materiais de consumo e pessoal”, diz a nota da Universidade Federal Viçosa (UFV), que prossegue: “Além disso, teremos aumento expressivo das despesas com assistência estudantil, em função do crescimento da vulnerabilidade socioeconômica de nossos estudantes, com o correspondente aumento de despesas com os Restaurantes Universitários e bolsas, energia elétrica e prestação de serviços diversos”.

O orçamento das universidades federais cai progressivamente desde 2014 e chegou, neste ano, a níveis críticos. De acordo com o Painel do Orçamento Federal, estão livres em 2021 R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes.

Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás (com os valores atualizados pelo IPCA). No entanto, naquela época, eram 574 mil alunos e 51 instituições na rede.

Além dos R$ 2,5 bilhões livres, o orçamento das federais também prevê R$ 1,8 bi que podem ou não ser desbloqueados ao longo do ano. Algumas instituições afirmam que, mesmo com a liberação de todo recurso que hoje está bloqueado, não há orçamento suficiente para o retorno.

“A UFPR pode chegar até o fim do ano considerando os cortes no orçamento de 18% caso haja o desbloqueio dos recursos, mas em uma situação muito crítica e sem ensino presencial. Com o bloqueio, a UFPR não conseguirá manter-se funcionando até o fim do ano”, afirma a federal do Paraná, em nota ao GLOBO, que desenvolve uma das vacinas brasileiras contra a Covid-19.

Além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) também não conseguirão garantir a volta às aulas com o orçamento aprovado, mesmo se ele for todo desbloqueado.

Reação aos cortes

Para as aulas presenciais serem viabilizadas ainda em 2021, as universidades alegam que o orçamento ainda precisa receber uma suplementação de pelo menos R$ 1 bi.

No entanto, de acordo com o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ, Eduardo Raupp, o Ministério da Economia já avisou que não haverá verba suplementar, nem mesmo para o combate da Covid-19.

— A pasta disse que o MEC deveria ter incluído esses valores no orçamento porque a pandemia não é mais uma novidade — diz Raupp.

Associações discentes como a União Nacional de Estudantes (UNE) e Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG) já se articulam para atos em repúdio aos cortes na educação. Os graduandos discutem uma data com dos diretórios estudantis e os mestrandos e doutorandos do país marcaram para o dia 29 um ato nacional.

— O sentimento dos estudantes é que já deu, ninguém aguenta mais e precisa reagir. Não dá mais para continuar assim. Há uma urgência porque podemos viver efetivamente um apagão na universidade brasileira — afirma Flávia Calé, presidente da ANPG.

Em 2019, o Brasil viveu uma enorme mobilização nas ruas. Agora, a pandemia freia atos presenciais. O Diretório Central Estudantil (DCE) organizou uma manifestação para esta quinta, na frente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), mas pediu, na convocação, uso de máscara e distanciamento social. Pelas redes, eles arrecadam para a compra de EPIs a serem distribuídos no ato.

— Foi um espanto, e por isso houve uma mobilização muito espontânea. Os alunos só falam disso porque há muito medo do que pode acontecer — diz Juliana Paiva, diretora-executiva do DCE.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Bando de vagabundos.
    Voltem ao trabalho e reinvidiquem o que acha justo. Ninguém mais acredita nessa estória de cortes. O povo não é burro.

  2. Aqui em casa e em vários lugares do mundo cada um retira o seu lixo.
    Pq tem tanto lixo e sujeira nas universidades.?
    Sujem menos, produzam menos lixo.

    1. Os professores universidades federais só voltam à sala de aula com lulaladrao no poder

  3. É incrível o número de “professores” que detestam dar aulas. Nem sempre são originários de onde está situada a instituição para a qual foi aprovado. Parte significativa é militante do PT PCdoB, PSol etc. Não formam alunos para o Brasil, mas para um país imaginário, ou seja, fora da realidade. Alguns cursos das áreas sociais e até mesmos das ciências aplicadas não vêm seu egressos inseridos no mercado de trabalho. A continuar deste jeito certamente o MEC vai perceber e tomar alguma providência. São cursos que custam dinheiro da sociedade e não dão qualquer retorno. É dinheiro jogado fora.

  4. Enquanto os professores com o salário no bolso tido mês, estão passeando e curtindo suas belas casas de praias e campo, b fazendo farra!

  5. Estão procurando uma DESCULPA…, não querem é voltar às aulas, preferem continuar recebendo sem frequentar o trabalho, até agora não fizeram qualquer esforço para retornar às aulas presenciais.
    Muitos professores são lotados no interior e está muito cômodo não terem que se deslocar para o interior para trabalhar.
    Enquanto puderem as DESCULPAS servirão para não retornarem as aulas.

  6. Não querem de jeito nenhum? Deixa sem aula. Infelizmente prejudica quem não tem nada a ver com a vagabundagem.

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Diversos

MEDIDAS RESTRITIVAS X NECESSIDADE (VÍDEO): Feirantes tentam iniciar atividades na Zona Norte de Natal e reclamam de ação da guarda municipal

Desesperados pela falta de trabalho desde as medidas restritivas em decorrência da prevenção ao coronavírus, feirantes tentaram iniciar atividades nas imediações da estrada da Redinha nesta quinta-feira(26) e foram impedidos pela guarda municipal. No registro em vídeo que circula nas redes sociais, trabalhadores reclamam de excesso e da ação dos guardas.

A Guarda Municipal do Natal (GMN) deslocou viaturas durante a manhã desta quinta-feira (26) para atuar na suspensão de cinco feiras livres na capital. A ação apoiou a equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e atuou nas feiras do Planalto, Panorama, Cidade Praia, Nova Natal e a feirinha da Avenida das Alagoas.

“Durante o trabalho registramos apenas uma alteração na feira do Panorama(em destaque), sendo necessários a intervenção dos guardas municipais devido uma ameaça de feirantes aos fiscais da Semsur, porém tudo foi resolvido no local”, comentou o subcomandante de Segurança da GMN, Carlos Cruz.

As viaturas de patrulhamento ostensivo da GMN vão continuar o trabalho de fiscalização que ocorre durante as rondas preventivas sistemáticas em todas as regiões da cidade.

Veja abaixo:

Opinião dos leitores

  1. Pessoal quanto mais terror e caos na sociedade melhor! Isso é tudo o que a esquerda e os oportunistas querem. O povo no desespero por não poder trabalhar e ter alimento em casa e, a coisa vai se agravando até o desastre coletivo, com saques em supermercados, arrombamento de lojas, histeria etc. Desespero e caos social. Quem leu a carta de recomendações de Mariguela sabe bem do que estou falando.

  2. Tem que ter um bom senso, organizem as feiras, um distanciamento de 5metros de cada banca. Agora sempre foram desorganizados e sem higiene. É o momento de melhorarem o seu serviço.

  3. O governo brasileiro é muito bom pro cidadão, vc´s não tem do q reclamar…Um amigo servidor público me disse que estão pagando o salário integral pra vc´s ficarem de quarentena e vc´s ainda insistem em ir pra rua…Aqui tem só a ajuda de custo…Quem entende esses brazucas???? Péra, num é todo mundo que recebe isso não??? Nem todo mundo aí é considerado cidadão??? Como? Tem uns que são mais cidadãos que outros???? Público é de um jeito e privado é de outro??? Ôxe, varêi…

  4. Que HUMILHAÇÃO, o trabalhador sendo AGREDIDO por querer trabalhar. Essas pessoas não estão aí por que querem, estão por NECESSIDADE MAIOR.

  5. Vejam o que a CLT diz:

    "CLT. Art. 486 – No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal… que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável.""

    Fátima e Álvaro estão com os cofres bem cheinhos para pagar os milhões e milhões de indenizações devidas aos empresários e trabalhadores? Se não, é bom acabarem com a pantomima, porque o direito à indenização pelos atos deles é claro e será dado na justiça, mesmo que demore alguns anos.

  6. Se eu fosse o prefeito deixava fazer a quantidade de feiras e festas q quisessem, mas jogava nos peitos de cada um aquele documento me isentando de qualquer responsabilidade por contágios e mortes, fácil assim.

  7. Ridículo.

    Essas são pessoas humildes que precisam ganhar o seu pão. Os ditadores travestidos de prefeitos e governadores estão abusando de um poder que sequer possuem.

    Basta de histeria: o vírus é sério, mas não podemos condenar mães e pais de família que querem trabalhar à fome! Basta!

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Educação

Alunos de curso técnico na UNP reclamam de remanejamento de turma e indefinições próximo de início de aulas

Chegam novas reclamações ao Blog sobre remanejamento de turmas na Universidade Potiguar, que estaria provocando sérios transtornos aos alunos, por causa de novos horários e ainda indefinições.

Uma aluna do curso de técnico em Saúde Bucal, de identidade preservada, disse que a sua turma, composta por pelo menos 30 alunos, foi comunicada, uma semana antes do início das aulas, sobre uma mudança no curso. Em resumo: migrariam para outro horário – não definido. O detalhe, segundo a reclamante, é que nem os professores do curso tinham conhecimento da mudança.

Com 50% da carga horária do curso já foi cumprida, o “descaso”, com classifica, ganha contornos de drama: “temos estudantes que moram em outra cidade e acordam de 4h30 para chegarem em tempo das aulas”, disse, ainda alertando que uma outra parte trabalha durante a noite.

 

 

 

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Diversos

Usuários reclamam de instabilidade nos sinais da Claro e Tim na Grande Natal

Foto: Ilustrativa

Coincidentemente, após a queda de energia no início da madrugada desta quarta-feira(22), chegam ao Blog reclamações de instabilidade nos sinais de operadores de telefonia, especialmente, na Grande Natal.

Sinais da Claro e Tim, por exemplo, aparecem como as queixas mais frequentes.

Opinião dos leitores

  1. Aqui na praia de Barreta faz mais de dois meses que o sinal da TIM desapareceu, sumiu, e a Anatel omissa, não toma nenhuma providência. Afinal, para que serve a ANATEL?

    1. Esse Everton só pode ser um abestalhado. Alguém lembra a ele como era uma maravilha na época do celular estatal, antes da Telemar, quando vc pagava até pra receber chamada.

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Denúncia

FOTOS: Servidores reclamam de lixo acumulado em hospitais em Natal

  Fotos: cedidas

Servidores de hospitais na capital potiguar estão enviando diversas fotos de uma quantidade expressiva de lixo acumulado em unidades hospitalares.

No registro acima, o exemplo no Varela Santiago. Esta foi uma situação que se encontrava o hospital, mas que foi resolvida durante a manhã.

Em outros hospitais, como Walfredo Gurgel e Santa Catarina, segundo servidores, o cenário seria semelhante ao registrado anteriormente no Varela Santiago.

Opinião dos leitores

  1. BG, a gestão do atual prefeito lembra os últimos meses da ex-prefeita Micarla de Souza. Um caos! Lixo por toda a cidade, podas de árvores em canteiros, buracos em todas as ruas, inclusive os principais corredores. Estamos vivendo um verdadeiro abandono geral. Péssima gestão. Esse senhor não merece ser eleito nem pra síndico de prédio.

  2. Enquanto esse lixo de prefeito estiver no cargo, vai ser assim. Ele só pensa em fazer politicagem e a cidade vai se acabando.

  3. Enquanto esse lixo de prefeito estiver no cargo, vai ser assim. Ele só pensa em politicagem e a cidade vai se acabando.

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