Esporte

Olimpíada de Tóquio acontecerá mesmo sob estado de emergência, diz COI

Foto: REUTERS/Issei Kato/Direitos Reservados

A Olimpíada de Tóquio acontecerá mesmo que a cidade esteja sob estado de emergência por causa da covid-19, disse uma autoridade olímpica de alto escalão nesta sexta-feira (21), sublinhando os desafios enfrentados pelos organizadores dos Jogos afetados pela pandemia.

Faltando só nove semanas para o início dos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional (COI) procurou acalmar os temores do Japão de que o evento represente um fardo ao sistema médico já pressionado pela pandemia ao final de um encontro virtual de três dias para debater os preparativos.

Como incentivo à Olimpíada, que foi adiada em um ano devido à pandemia de Covid-19, foi anunciado que o presidente francês, Emmanuel Macron, cujo país sediará os Jogos de 2024, planeja comparecer à cerimônia de abertura de Tóquio.

O evento esportivo global enfrenta uma oposição crescente do público japonês. Uma pesquisa da Reuters divulgada nesta sexta-feira mostrou que quase 70% dos entrevistados quer um cancelamento ou um novo adiamento.

Indagado se a Olimpíada acontecerá mesmo que Tóquio esteja sob estado de emergência, o vice-presidente do COI, John Coates, que supervisiona os preparativos, respondeu: “Certamente que sim”.

Ele acrescentou que “todos os planos que temos à disposição para garantir a segurança e a proteção dos atletas e do povo do Japão se baseiam nas piores circunstâncias possíveis”.

Coates, que concedeu entrevista coletiva ao final da reunião, disse que mais de 80% dos ocupantes da Vila Olímpica serão vacinados antes de 23 de julho, quando a Olimpíada começa.

Ele ainda disse que pessoal médico adicional será parte das delegações olímpicas estrangeiras para apoiar as operações médicas e a implantação das contramedidas de covid-19 nos Jogos.

O Japão só vacinou 4,1% de sua população, de acordo com um monitor global da Reuters, a taxa mais lenta entre os maiores e mais ricos países do mundo, e só cerca de metade de seu corpo médico já completou as inoculações.

Contrastando com algumas outras nações do G7 que estão começando a abandonar as medidas de lockdown antipandemia, a maior parte do Japão continua submetida a restrições de emergência em meio a uma quarta onda de infecções.

Coates disse esperar que a aceitação pública dos Jogos aumente à medida que mais pessoas se vacinem.

“Mas se não aumentar, nossa posição é que só temos que seguir com nosso trabalho. Nosso trabalho é fazer com que os Jogos sejam seguros para todos os participantes e todo o povo do Japão”.

Agência Brasil, com Reuters

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Educação

Federais reclamam de “falta de verba” e informam que manterão aula remota em 2021 mesmo com Covid controlada

Com verba reduzida, coleta de lixo é prejudicada na UFRJ Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Por falta de verbas, as aulas das universidades federais continuarão remotas em 2021 mesmo que os índices de contaminação caiam. Além disso, há o risco de que o problema persista para 2022.

“Se forem mantidos os valores atuais, as atividades presenciais serão totalmente inviabilizadas (em 2022), uma vez que, diante dos protocolos de biossegurança, serão necessárias novas despesas com materiais de consumo e pessoal”, diz a nota da Universidade Federal Viçosa (UFV), que prossegue: “Além disso, teremos aumento expressivo das despesas com assistência estudantil, em função do crescimento da vulnerabilidade socioeconômica de nossos estudantes, com o correspondente aumento de despesas com os Restaurantes Universitários e bolsas, energia elétrica e prestação de serviços diversos”.

O orçamento das universidades federais cai progressivamente desde 2014 e chegou, neste ano, a níveis críticos. De acordo com o Painel do Orçamento Federal, estão livres em 2021 R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes.

Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás (com os valores atualizados pelo IPCA). No entanto, naquela época, eram 574 mil alunos e 51 instituições na rede.

Além dos R$ 2,5 bilhões livres, o orçamento das federais também prevê R$ 1,8 bi que podem ou não ser desbloqueados ao longo do ano. Algumas instituições afirmam que, mesmo com a liberação de todo recurso que hoje está bloqueado, não há orçamento suficiente para o retorno.

“A UFPR pode chegar até o fim do ano considerando os cortes no orçamento de 18% caso haja o desbloqueio dos recursos, mas em uma situação muito crítica e sem ensino presencial. Com o bloqueio, a UFPR não conseguirá manter-se funcionando até o fim do ano”, afirma a federal do Paraná, em nota ao GLOBO, que desenvolve uma das vacinas brasileiras contra a Covid-19.

Além da Universidade Federal do Paraná (UFPR), instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) também não conseguirão garantir a volta às aulas com o orçamento aprovado, mesmo se ele for todo desbloqueado.

Reação aos cortes

Para as aulas presenciais serem viabilizadas ainda em 2021, as universidades alegam que o orçamento ainda precisa receber uma suplementação de pelo menos R$ 1 bi.

No entanto, de acordo com o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ, Eduardo Raupp, o Ministério da Economia já avisou que não haverá verba suplementar, nem mesmo para o combate da Covid-19.

— A pasta disse que o MEC deveria ter incluído esses valores no orçamento porque a pandemia não é mais uma novidade — diz Raupp.

Associações discentes como a União Nacional de Estudantes (UNE) e Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG) já se articulam para atos em repúdio aos cortes na educação. Os graduandos discutem uma data com dos diretórios estudantis e os mestrandos e doutorandos do país marcaram para o dia 29 um ato nacional.

— O sentimento dos estudantes é que já deu, ninguém aguenta mais e precisa reagir. Não dá mais para continuar assim. Há uma urgência porque podemos viver efetivamente um apagão na universidade brasileira — afirma Flávia Calé, presidente da ANPG.

Em 2019, o Brasil viveu uma enorme mobilização nas ruas. Agora, a pandemia freia atos presenciais. O Diretório Central Estudantil (DCE) organizou uma manifestação para esta quinta, na frente do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), mas pediu, na convocação, uso de máscara e distanciamento social. Pelas redes, eles arrecadam para a compra de EPIs a serem distribuídos no ato.

— Foi um espanto, e por isso houve uma mobilização muito espontânea. Os alunos só falam disso porque há muito medo do que pode acontecer — diz Juliana Paiva, diretora-executiva do DCE.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Bando de vagabundos.
    Voltem ao trabalho e reinvidiquem o que acha justo. Ninguém mais acredita nessa estória de cortes. O povo não é burro.

  2. Aqui em casa e em vários lugares do mundo cada um retira o seu lixo.
    Pq tem tanto lixo e sujeira nas universidades.?
    Sujem menos, produzam menos lixo.

    1. Os professores universidades federais só voltam à sala de aula com lulaladrao no poder

  3. É incrível o número de “professores” que detestam dar aulas. Nem sempre são originários de onde está situada a instituição para a qual foi aprovado. Parte significativa é militante do PT PCdoB, PSol etc. Não formam alunos para o Brasil, mas para um país imaginário, ou seja, fora da realidade. Alguns cursos das áreas sociais e até mesmos das ciências aplicadas não vêm seu egressos inseridos no mercado de trabalho. A continuar deste jeito certamente o MEC vai perceber e tomar alguma providência. São cursos que custam dinheiro da sociedade e não dão qualquer retorno. É dinheiro jogado fora.

  4. Enquanto os professores com o salário no bolso tido mês, estão passeando e curtindo suas belas casas de praias e campo, b fazendo farra!

  5. Estão procurando uma DESCULPA…, não querem é voltar às aulas, preferem continuar recebendo sem frequentar o trabalho, até agora não fizeram qualquer esforço para retornar às aulas presenciais.
    Muitos professores são lotados no interior e está muito cômodo não terem que se deslocar para o interior para trabalhar.
    Enquanto puderem as DESCULPAS servirão para não retornarem as aulas.

  6. Não querem de jeito nenhum? Deixa sem aula. Infelizmente prejudica quem não tem nada a ver com a vagabundagem.

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Política

Bolsonaro recupera parte da popularidade mesmo com CPI, mostra pesquisa Atlas

Foto: Pablo Jacob/Ag O Globo

Pesquisa nacional da Consultoria Atlas divulgada nesta segunda-feira mostra que, mesmo em meio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o presidente Jair Bolsonaro recupera parte da popularidade perdida nos meses anteriores.

No levantamento feito entre os dias 6 e 9 de maio, o percentual dos que avaliam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom subiu de 25% para 31% na comparação com março. Na contramão disso, o grupo de quem o avalia como ruim ou péssimo recuou de 57% para 53%. Outros 15% classificam como regular.

O Atlas também pergunta aos entrevistados se aprovam ou desaprovam o desempenho do presidente, questão sem o oferecimento da alternativa intermediária equivalente ao regular. A aprovação avançou de 35% para 40% desde março. A desaprovação caiu de 60% para 57%.

Nesta rodada, o Atlas colheu 3.828 respostas de eleitores em todo o país por meio de um questionário online aplicado via convites randomizados. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Valor

Opinião dos leitores

  1. A CPI nem começou a investigar ainda. Os blogs e influencers bolsonaristas vão tentar diminuir a importância da CPI e bla bla bla. O povo brasileiro está pagando com a vida pelos erros gestores e do próprio presidente que certamente não ficarão impunes. Eu creio! Quem for podre que se tore!

  2. Com tantos nomes na disputa pela presidência, eu nao acredito que o brasileiro ainda vai escolher esse burroooooooo e genocida do Bozo de novo de presidente …. ah Brasil 🇧🇷 véi sem jeito

    1. Kkkkkkkk chora neném, 2026 não demora! Kkkkkkk… vai roubar enquanto a mamata não volta!

  3. Bolsonaro não está recuperando a popularidade “mesmo com CPI”, ele está recuperando “por conta da CPI”… todo mundo já entendeu que essa “CPI da Cloroquina” comandada por corruptos tem o único objetivo de derrubar o presidente. Além de não derrubar, vai reeleger o “MITO”… KKKKKKKKKKK

  4. Essa CPI para ser justa, tem que chegar na miudezas dos governadores e prefeitos, razão maior para não dar em nada.

  5. Eu estou dizendo antes de acontecer, Bolsonaro ganha no primeiro turno e o nordeste vai dar uma surra de votos em lula, anotem

    1. Se for uma surra do tamanho da que os conservadores de Natal prometeram na eleição pra prefeito…kkkkkkkkkkkkkk
      Somando Cel Hélio e o delegado (44.579, somados) perderam para o Senador Jean (49.494)…
      Eita cambada de “patriotas” ruim de voto…kkkkkk

  6. Uma pergunta: que instituto de pesquisa não vende resultados de pesquisas, a mais de um ano das eleições e favorável ao contratante? nesse país de Impunidades em que corruptos sentenciados, após serem flagrados, tem processos anulado. Só um idiota pra acreditar nessas pesquisas.

  7. O povo brasileiro parece que está compreendendo o que está se passando. O presidente Bolsonaro faz mesmo jus ao apelido de “mito”. Bombardeado diuturnamente por todos os lados, ainda consegue manter e até melhorar sua popularidade. É incrível!

  8. o desespero da turma que apoia o ladrão é grande , por que todo mundo sabe que a melhor pesquisa é a da urna , e todos vêem pelas movimentações que o percentual positivo do presidente é maior que o que as pesquisas dizem , não esqueçam que a maioria das pesquisas diziam que Bolsinaro não seria eleito , e teve uma que noticiou que nem pra o sengundo turno ele ia , pois se preparem daqui pra frente essa turma vai soltar mentiras e fake News em banda de lata.

  9. Cadê os esquerdopatas de plantão, todos jumentos, comendo capim, pra dizer algo sobre a pesquisa?

  10. O sonho do blog: fazer com que o miliciano chegue “vivo” nas eleições de 2022…

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Política

Bolsonaro lidera a eleição em SP, mas 49,4% desaprovam o seu governo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro lidera a eleição presidencial para 2022 no estado de São Paulo, segundo o levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 28 de abril e 1º de maio de 2021. Segundo a pesquisa, 32% dos eleitores paulistas votariam em Bolsonaro se a disputa fosse hoje e 23,7% no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na sequência aparecem o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Sergio Moro (6,7%), o governador de São Paulo, João Doria, do PSDB (6,3%); o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, do PDT (6,1%), o apresentador Luciano Huck (5,2%), e o empresário João Amoêdo, do Novo (4,1%) — todos estão empatados dentro da margem de erro. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), testado pela primeira vez na disputa presidencial pelo instituto, aparece com 0,6%. Não souberam opinar ou não responderam 3,8%. Já os que disseram que pretendem votar em branco, nulo ou em nenhum candidato somam 11,5%.

Bolsonaro tem maior votação entre os homens (39,3%) e os que cursaram até o ensino médio (35%) — já o seu menor percentual está entre os jovens de 16 a 24 anos (19,7%). Lula registra as maiores preferências entre os jovens (30,5%) e os que concluíram apenas o ensino fundamental (28,3%) — o seu pior desempenho ocorre entre os que têm curso superior (20,5%).

Avaliação

A pesquisa também mediu a avaliação do governo Bolsonaro no estado: 33,8% consideram a gestão do presidente como ótima ou boa; 18,7% a veem como regular e 42,1% a consideram ruim ou péssima — 1,3% não opinaram.

Quando a pergunta é se aprovam ou desaprovam a gestão, há uma divisão entre os paulistas: 45,6% aprovam e 49,4% desaprovam — 4,9% não responderam

A pesquisa fez entrevistas pessoais telefônicas (sem o uso de robôs) com 1.602 eleitores de 92 municípios.

Maquiavel – Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu não voto mais nele, mas vai ganhar de novo. Entre ele e lula eu não voto em ngm. O povo não tem opção, votar em ladrão do Lula jamais!

    1. Vai aparecer a terceira VIA, menos BOZO E LULA. Já basta de tanta barracões.

  2. Todas essas pesquisas são tendenciosas, o certo é a pesquisa das ruas, essa não deixa dúvidas e a do dia 01 de maio foi uma delas, agora bota os outros candidatos na rua para saber como será.

  3. Este Paraná pesquisa não é confiável.Lá para o Paraná sim,em Sao Paulo é a folha e aqui a consult.Em todo o caso,esta eleição está longe de ter um favorito.Se tiver debate o Bozo e o barbudo vão derrapar.Sou mais Mandetta.Muita água vai rolar. ..

  4. Se não saísse uma pesquisa hoje, não manteriam a farsa das pesquisas.
    A pesquisa de sábado, 01/05/2021, com a maior manifestação já registrada na vida política do Brasil, em favor do Brasil, do trabalho, do bem e da democracia não vale de nada!
    Aquilo não era povo, apenas robô! Quem estava na rua não tem representatividade, não vota, talvez, por isso, não admitem o voto ser auditado.
    Essas pesquisas pagas e manipuladas alimentam a vida fora da realidade da esquerda que tenta enganar os menos avisados.
    Em conta simples, se multiplicar a quantidade de robôs que estavam nas manifestações, por sua representatividade, é uma conta de multiplicar por 4 e aparecem os votos dos cidadãos que clamam por ordem, democracia, contra a corrupção, contra o autoritarismo, que querem progresso, vida social, produtividade e ordem.
    Bem diferente daqueles que discursam em um sentido e praticam o sentido oposto.

  5. Mais pesquisa desnecessária e fora de época. Querem “pesquisa” mais confiável do que a calorosa acolhida do povo ao presidente Boldonaro por onde ela passa e do que as grandes e reiteradas manifestações populares em sua defesa, como essa do 1° de maio? Por que não aceitam a realidade?

    1. Não acredito que um ladrão condenado e carrasco de todo brasileiro ainda vote nesse pilantra!

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Saúde

Segunda dose da vacina contra Covid-19 deve ser tomada mesmo fora do prazo, diz nota técnica do Ministério da Saúde

Foto: Divulgação/Prefeitura de Itanhaém

Uma nova nota técnica, divulgada nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde, orienta a população a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório.

Atualmente, duas vacinas estão disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI): Sinovac/Butantan, que deve ser administrada em um intervalo de quatro semanas, e AstraZeneca/Fiocruz, com intervalo de 12 semanas.

“Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, diz a pasta, em nota.

O ministério também diz que é “improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal”. No entanto, ressalta que os atrasos devem ser evitados “uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose”

‘Dificuldade’ no fornecimento para 2ª dose da CoronaVac

Na segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que há “dificuldade” no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac, imunizante da Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

“O que tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose”, declarou Queiroga, em uma sessão no Senado que discutia medidas de combate à Covid-19.

Em março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a segunda dose fossem utilizadas imediatamente como primeira dose.

G1

Opinião dos leitores

  1. Louco quem acreditar em uma história dessas, e atentem para o termo “improvável” ou seja nem sabem do que estão falando, essa nota será desfeita qd começar a morrer mais gente, e dessa vez pessoas que já estejam “imunizadas” apenas com mais de 28 dias, digo de novo, apenas uma pessoa louca para acreditar nessa conversa.

  2. E o jeito né? Se não há doses para todos e ainda estão incluindo mais e mais “categorias” a cada dia, tem que dar um jeitinho brasileiro para dar a vacina fora do prazo né?!

    1. Com certeza, é esse o motivo. E os idosos que se lasquem.
      #ForaFatãoGopi

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Saúde

Covid: Mulher foi reinfectada por nova variante no AM mesmo com anticorpos

Foto: Pixabay

Artigo científico produzido por pesquisadores aponta que o primeiro caso de reinfecção de covid-19 na região Norte contaminou uma mulher que apresentava anticorpos detectáveis em teste feito dias antes de ser reinfectada.

A mulher de 29 anos foi reinfectada pela nova variante com origem no Amazonas descoberta recentemente por pesquisadores. Os cientistas pedem “estudos urgentes” para aprofundar o entendimento da nova variante, já que ela poderia escapar da resposta imune em caso de uma primeira infecção por outra cepa do Sars-CoV-2.

Ao UOL o cientista responsável pela coordenação dos estudos, Felipe Naveca, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia, afirmou que o caso gera preocupação.

“Era uma pessoa sem imunocomponente, que se infectou por B.1. em março e agora pela nova variante P.1. e apresentava anticorpos detectáveis em teste rápido dias antes de ter se reinfectado. Não sabemos ainda se isso representa que a nova variante escapa mesmo da resposta imune, até por ser o primeiro caso, mas mostra que novos estudos precisam ser feitos”, afirma.

Na prática, segundo ele, o resultado aponta que existe possibilidade de que uma pessoa que se infectou com a doença e adquiriu resposta imune não esteja livre de ser contaminado.

“Pode ser isso, mas não dá para ter certeza só com esse caso. E também não se sabe se não foi por conta do tempo da primeira para a segunda exposição”, diz.

“Estudos urgentes”

No artigo publicado hoje, os cientistas relatam o caso: “No dia 19 de dezembro, a paciente relatou ter participado de uma comemoração de fim de ano com outras dez pessoas após o teste rápido de IgG positivo Um dos participantes da reunião foi RT-PCR confirmado para SARS-CoV-2 infecção em 24 de dezembro, e o paciente apresentou o segundo episódio sintomático de covid-19 em 27 de dezembro, com febre, tosse, dor de garganta, diarreia, anosmia, ageusia, cefaléia, coriza e oximetria de pulso em repouso de 97%”.

Diante do resultado, os cientistas defendem uma investigação imediata da nova variante.

“Estudos urgentes são necessários para determinar se a reinfecção com linhagens emergentes que abrigam a mutação é um fenômeno generalizado ou está limitado a alguns casos esporádicos. Também será crucial entender até que ponto a reinfecção contribui para a transmissão direta do SARS-CoV-2 em populações previamente expostas e o número crescente de casos de SARS-CoV-2 observados no Amazonas e outros estados brasileiros durante dezembro de 2020 – janeiro 2021”, afirma.

O caso

A paciente estudada havia sido diagnosticada primeiramente em 24 de março de 2020 com covid-19 e obteve o segundo resultado positivo para Sars-CoV-2 após nove meses. A coleta foi feita no dia 30 de dezembro por meio de um teste RT-PCR.

A variante que contaminou a mulher é a mesma que foi identificada no Japão por pesquisadores que analisaram amostras de pessoas que estiveram no Amazonas.

Manaus vive uma nova calamidade por uma segunda onda de casos e hospitalizações com números maiores e crescimento mais acelerado que na primeira fase. Uma das suspeitas é que a nova variante estaria impulsionando o número de casos.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Também fui. Fiz um teste sorológico em outubro pelo laboratório Laís e foi detectado anticorpos. Na época, maio/2020 tive todos os sintomas: Febre, cansaso, dor de cabeça forte, tosse, garganta, falts de ar, paladar, olfato, conjuntivite, moleza corporal, desinteria, sensação de taque cardíaco, sensibilidade ao som e a luz…
    Agora em 31/12/2020 tive contato com o vírus pq fui acompanhar uma irmã no hospital do coração na ala para covid. Pássaro a noite naquele ambiente. No dia 06/02/21 comecei a sentir os mesmos sintomas: primeiro a garganta, tosse seca, falta de ar, dor de cabeça, moleza corporal. Febre. Fui ao médico/UPA , relatei o possível caso de reinfecção pra fazer o exame do nariz mas não obtive sucesso. Tô recuperando mas tenho certeza w fui reinfectado!

  2. Kkkkkkkkkkkkkkkkk e tome pânico, desinformação e manipulação. Acordem! Vacina chegou e dentro de pouco tempo tudo estará bem!

    1. Qual a diferença de um presidente honesto pra um ladrão.
      Sabe dizer??

    2. Quem é o presidente honesto?, é o Bozo? O ladrão de rachadinha, que até a mulher recebe dinheiro do Queiroz? Que tem os filhos sendo processados por formação de quadrilha?. Queria nem rir. Kkkkkkkkkkkkk

    3. Depende qual a sua definição de ladrão. Você é daqueles que replica o bordão: bandido bom é bandido morto?
      Então o 01 não deveria estar entre nós.
      Outra, comparar o atual governo com o do PT, é porque estamos lascados mesmo.

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Economia

BRASILEIRO VAI ÀS COMPRAS: Comércio no país sobe pelo 6º mês seguido e vendas estão 8% acima do pré-pandemia

COMPRAS - Shopping em Brasília: máscaras e protocolos de segurança fazem parte da nova realidade Evaristo Sa/AFP

As vendas no varejo registraram o sexto mês consecutivo de alta, demonstrando a recuperação do setor. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 10, o comércio avançou 0,9% em outubro, crescimento maior do que o registrado em setembro, de 0,6%. Mesmo com a redução das parcelas do auxílio emergencial, de 600 reais para 300 reais, as vendas no mês não desaceleraram. Vale lembrar que outubro conta com uma data comercial importante, o Dia das Crianças.

Com mais esse resultado positivo, o nível de vendas no varejo está 8,0% superior a fevereiro, nível pré-pandemia. Em relação a outubro de 2019, o comércio cresceu 8,3%, alcançando a quinta taxa positiva consecutiva e a maior para um mês de outubro desde 2012 (9,2%). “Depois de quedas muito expressivas em março e abril, o varejo vinha em trajetória de crescimento, porém em ritmo de desaceleração – maio (12,2%), junho (8,7%), julho (4,7%), agosto (3,1%) e setembro (0,6%). Esse resultado de outubro mostra um repique para cima, que precisamos ter cuidado para avaliar como uma retomada da aceleração. No mínimo, mostra um fôlego da economia num patamar que já estava alto”, analisa o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Entre as oito atividades pesquisadas, sete tiveram taxas positivas na comparação com setembro: Tecidos, vestuário e calçados (6,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,9%), Combustíveis e lubrificantes (1,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%). Apenas o setor de Móveis e eletrodomésticos (-1,1%) recuou.

Recuperação das vendas

A retomada das vendas, que estão em um patamar acima do nível pré-pandemia, tem contornos bem peculiares sobre os hábitos de consumo do brasileiro durante o período da crise do coronavírus. O crescimento de venda nas categorias é bem desigual. Móveis e eletrodomésticos, por exemplo, estão 19% acima do nível de fevereiro, o que é explicado pelas pessoas passarem mais tempo dentro de casa e também da recomposição da renda com programas de auxílio. Hipermercados e alimentos, no entanto, cresceram a uma margem menor, de 6,1%. Enquanto isso, combustíveis registram queda de 4,7% se comparado com o nível pré-pandemia.

“Hiper e supermercados e Artigos farmacêuticos não tiveram suas lojas fechadas. Além disso, os mercados, logo no início da pandemia, absorveram parte das vendas de atividades que pararam. Já as atividades de Material de construção e Móveis e eletrodomésticos tiveram o impacto do componente renda, com o auxílio emergencial, que propiciou às famílias realizarem pequenas reformas e substituírem itens para a casa”, afirma o gerente da pesquisa.

Veja

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Diversos

HISTÓRICO MUITO RUIM, SOMADO ATÉ COM “INCREMENTO”: Fraudes acontecem no Brasil mesmo sem situação de emergência, diz CGU

Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil

O ministro da Controladoria- geral da União, Wagner de Campos Rosário, disse nesta terça-feira (14) que as fraudes já acontecem no Brasil mesmo sem a situação de emergência. Somente nesse período de pandemia do novo coronavírus, o órgão já identificou quase 300 mil servidores públicos de todos os entes recebendo indevidamente recursos do auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo federal.

Ao participar da Comissão Mista do Congresso que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à covid-19. Rosário explicou que a busca da base de dados de folha de pagamento de servidores públicos locais foi feita com ajuda de estados e municípios, já que o governo federal só tem acesso à folha dos servidores do Executivo federal.

“As fraudes já acontecem no Brasil mesmo sem a situação de emergência. O nosso histórico em situações de emergência também é muito ruim, como os desabamentos, que são anuais, aquelas tragédias que acontecem em Petrópolis, em Teresópolis, e a nossa experiência de fiscalização lá. Quando há situação de calamidade, ela sempre demonstra uma continuidade das fraudes e às vezes um incremento. E era isso o que, infelizmente, já se previa para este momento de pandemia”, avaliou

Com relação as fraudes no auxílio emergencial, o ministro da CGU lembrou que o pagamento da primeira parcela foi o mais complicado. “Nós tínhamos, entre a data da aprovação do PL no Congresso e o primeiro pagamento, sete dias somente. Não existia tempo hábil para cruzamento de informações. Então, acho que esse foi o mais problemático, mas, a partir do segundo pagamento, nós já barramos muitos pagamentos através do cruzamento de informações”.

Sobre o pagamento do benefício à servidores públicos, Wagner Rosário destacou que muitos deles tiveram o CPFs cadastrados sem saber, por fraudadores. Foram identificados ainda casos de alguns militares, de 19 anos, que eram beneficiários de algum programa, estavam no CadÚnico e passaram a receber quase que imediatamente, sem realizar o cadastro. “Tudo isso está sendo levantado, e aqueles que tentaram fraudar serão responsabilizados, com certeza, não só administrativamente como penalmente, em alguns casos, se tiverem cometido algum crime”, garantiu o ministro .

Contratos

Segundo Wagner Rosário, desde o início da pandemia do novo coronavírus, o órgão conseguiu revogar R$ 2 bilhões por meio de um trabalho prévio de análise de risco das contratações diretas feitas pelo Ministério da Saúde. Ao participar da Comissão Mista do Congresso que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à covid-19, Rosário disse que foram analisados R$ 6,4 bilhões de reais o montante revogado foi motivado pela “identificação de fragilidades na licitação, que poderiam trazer problemas futuros para o governo federal”.

O ministro lembrou que R$ 506 bilhões da União serão aplicados nas mais diferentes frentes para auxiliar estados e municípios e a população em geral com medidas econômico-sociais voltadas para o combate à pandemia. Ainda para combater fraudes ele explicou que a CGU ofereceu aos gestores uma média de preços praticados no momento da pandemia.

“Hoje o valor, o preço praticado, principalmente em EPIs, respiradores, nesses materiais e equipamentos que são solicitados, são buscados pelo mundo inteiro. O mundo inteiro busca o mesmo tipo de material, e, obviamente, vem aumentando muito a demanda, sobe o preço desses equipamentos, desses materiais”, ressaltou.

Segundo a CGU, o governo federal já distribuiu cerca de R$ 10 bilhões para estados e municípios como apoio à pandemia. A aplicação desses recursos pode ser acompanhada por meio da página da CGU na Internet. “Levantamos dados relativos a cerca de 280 entes federados, estados e municípios: levantamento de preços, quantidades de aquisições. Trata-se de uma busca, um trabalho bem braçal de busca em diários oficiais e em portais da transparência desses municípios, desses estados. Nós verificamos que, dentre esses 280, estão todos os estados da federação, todas as capitais – os municípios que são capitais de estados – e todos os Municípios com mais de 500 mil habitantes; todos esses estão nesse universo de 280 entes federados cujos dados nós levantamos”, disse Wagner Rosário.

Agência Brasil

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Saúde

Recuperados da Covid-19 mantêm cuidados mesmo após infecção

Foto: © Reuters / Ueslei Marcelino /Direitos Reservados

O Brasil têm, de acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de recuperados da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para alguns, o fato de já ter tido a doença é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou e inclusive ficou maior.

Segundo especialistas, não há evidências científicas de que quem contraiu a covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações.

“Eu estou bem mais medroso, mais receoso. Se eu lavava minha mão antes, agora lavo duas vezes mais. Higienizo as coisas que trago da rua. O cuidado aumentou depois que passei pela doença e sei como é”, conta o farmacêutico Marcus Túlio Batista, 27 anos. Ele começou a sentir os sintomas no dia 14 de junho. Teve dor de garganta, perda de olfato e paladar, indisposição e dores no corpo.

“Quando você pega, vê que a doença vai além do físico. Eu acho que talvez o emocional seja até muito mais abalado”, diz e complementa: “Eu moro sozinho em Brasília. Minha família é de outro estado. Isso me causou bastante impacto porque além do isolamento, você tem medo de como vai evoluir, não sabe como o seu corpo vai lidar com isso. Eu fiquei bastante ansioso”, conta.

Na casa da artista plástica e produtora cultural Leticia Tandeta, 59 anos, no Rio de Janeiro, quase todos foram infectados em meados de maio. Ela, o marido, o filho e o irmão. “Ficamos praticamente todos doentes ao mesmo tempo. A sorte foi que todos tivemos sintomas brandos, ninguém teve falta de ar ou uma febre absurdamente alta”, diz. A única que não adoeceu foi a mãe de Leticia, que tem 93 anos. A família tomou o cuidado de isolá-la e de separar tudo que era usado por ela.

“Hoje é estranho porque não sabemos se estamos imunizados ou não”, diz Leticia. “Os médicos dizem que provavelmente temos algum tipo de imunização, talvez de um mês, dois meses, três”. Por causa das incertezas, ela diz que a família continua tomando cuidados como sair de casa o mínimo possível, apenas quando necessário, usando sempre máscara. Já ter contraído a doença, no entanto, traz um certo tipo de relaxamento: “Não é que a gente relaxe nos cuidados, mas há um certo relaxamento interno sim”.

De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, mesmo quem já teve a doença deve continuar tomando cuidado. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, de acordo com Weissmann, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. “Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela puser a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso é importante estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%”, orienta.

Síndrome da Fadiga Crônica

Em março, a psicóloga Joanna Franco, 37 anos, teve dores no corpo, tosse seca, dor de cabeça, febre alta, dificuldade de respirar, perda de olfato e paladar, diarreia e vômito. Na época que recebeu o diagnóstico clínico de covid-19, o Brasil começava a adotar medidas de isolamento social. Morando sozinha em Niterói, ela cumpriu todas as regras de quarentena e de isolamento social. Os sintomas passaram. Para garantir que não transmitiria o vírus para ninguém, ela ainda permaneceu em isolamento por cerca de 40 dias. Foi então que percebeu que não estava totalmente recuperada, estava muito cansada. “Vinha um cansaço, parecendo que eu tinha subido ladeiras, uma sensação de que isso nunca ia acabar, que não ia sair de mim. Fiquei bem prostrada”.

Quase três meses depois, ela diz que se sente melhor, que está conseguindo retomar uma rotina de exercícios físicos, que antes eram impossíveis. Depois de passar pelo que passou, ela redobrou todos os cuidados que já vinha tendo. “Depois de ter passado, não quero vivenciar isso de novo e não quero que outras pessoas vivenciem”, diz.

O cansaço que Joanna sentiu após se recuperar da doença pode ter sido a chamada Síndrome da Fadiga Crônica, que tem sido relatada por pessoas que foram contaminadas pela covid-19, segundo o neurologista, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel de Freitas. O principal sintoma é o cansaço, mas pode haver alteração na pressão, na frequência cardíaca e insônia. “O que predomina é a fadiga, o cansaço. A pessoa não consegue trabalhar, não consegue voltar à atividade”, afirma.

A síndrome não é exclusiva do novo coronavírus, mas ocorre também por causa de outros vírus. Ela pode durar até cerca de um ano, é mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos e que tiveram covid-19 pelo menos de forma moderada. Mas, de acordo com Freitas, ainda há muitas dúvidas pelo fato de ser uma doença recente. Para o tratamento, geralmente é recomendada psicoterapia, atividades físicas, antivirais e antidepressivos.

“Essa síndrome traz uma angústia muito grande para as pessoas porque fadiga não é um sintoma mensurável. Não se consegue mensurar por exame. Muitas vezes é mal compreendido”.

Gabriel diz que a pandemia pode ser mais complexa do que se pensa e defende que todos os cuidados possíveis sejam adotados. “Parece que não é estar recuperado e ponto final. Talvez essas pessoas tenham mais sintomas. A Síndrome da Fadiga Crônica pode ser apenas um deles. Acho que a gente não tem essa informação. É possível que existam complicações a médio e a longo prazo. O que alguns autores colocam é que as medidas de isolamento social são importantes não só para evitar a morte. A gente tem que levar em consideração e colocar nessa equação as complicações a médio e longo prazos”.

Medo e ansiedade

Além de lidar com os sintomas da covid-19 e com as consequências da doença, muitas pessoas estão lidando com sintomas de ansiedade, de acordo com a psicóloga da equipe de coordenação de saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marta Montenegro. “A covid-19 é uma doença muito nova, recente, um vírus cujas informações foram se construindo nesse processo de pandemia. Os próprios profissionais de saúde estavam tentando entender as formas de cuidado e isso deixa as pessoas muito inseguras. O ser humano se sente mais seguro se tiver previsibilidade do que vai acontecer. Essa incerteza sobre formas de contaminação, se pode ou não se contaminar de novo, deixa as pessoas vulneráveis”, explica.

De acordo com a psicóloga, buscar informações confiáveis ajuda a lidar melhor com a pandemia. “Buscar informação válida, de fontes confiáveis. Isso alivia sintomas emocionais. Às vezes, as pessoas estão em casa recebendo informações que nem sempre são as melhores e acabam ficando muito confusas. Depois de três meses, acham que só estão protegidas dessa forma. Isso acaba gerando um medo de sair de casa. No outro extremo, há pessoas saindo como se não tivessem o vírus, em um processo de negação por dificuldade de lidar com a situação. São dois extremos. Existe o vírus. É necessário manter medidas de biossegurança, mas isso não pode paralisar as pessoas”, acrescenta.

Agência Brasil

 

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Esporte

Flamengo decide manter treinos no Rio mesmo após Prefeitura reiterar veto

Foto: Divulgação

O Flamengo decidiu manter os treinos do elenco profissional, nesta quinta-feira e ao longo dos próximos dias, no Ninho do Urubu. A definição se deu mesmo depois de o clube se reunir com o comitê científico da Prefeitura do Rio na véspera, por videoconferência, e ouvir novamente a recomendação de não voltar às atividades em um momento de crescimento dos casos de coronavírus.

O encontro virtual teve o médico do clube, Márcio Tannure, como responsável por dar os argumentos técnicos do rubro-negro. Ele não convenceu os secretário de saúde da Prefeitura e do Estado, Beatriz Busch e Fernando Ferry, respectivamente, que receberam a recomendação de infectologistas e virologistas do comitê científico contrária aos treinamentos no CT.

Mesmo assim, a diretoria rubro-negra deu respaldo jurídico para o futebol seguir com a programação, e os atletas seguirão a prática normal, seguindo os protocolos estabelecidos pelos clubes e a Federação de Futebol do Rio.

Desde segunda-feira, quando o elenco principal do Flamengo se apresentou para exames e avaliações, os jogadores e a comissão técnica têm usado a estrutura do Ninho para os treinos físicos e no campo. Nesta quarta, os atletas, divididos em grupos pouco numerosos, foram orientados pela equipe de Jorge Jesus, e o mesmo está previsto para acontecer ao longo da semana. Nas primeiras atividades, os equipamentos de academia foram deslocados para o campo, onde os auxiliares do mister lideraram os atletas, enquanto o comandante observava mais distante.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Só lembrando que o Flamengo é dos cariocas, nós Nordestinos torcemos para os time do.Nordeste.

    1. Nós vírgula!!
      Sou nordestino e torço pro meu Mengão.
      Não tem no mundo quem empate.
      Viu??
      Falei português?
      Entendeu?
      Ou quer que desenhe??
      Tô com saudades dos títulos, esse ano era de cabo a rabo, não tinha pra ninguém!!!
      Vc, fique torcendo pra time de várzea, quarta ou quinta divisão, é um direito seu.
      Kkkkkkkkkk
      Viva o RJ.
      Viva o RN.
      Viva o Brasil!!
      Kkkkkkkkkk

    2. Juliano, não existe Futebol no RN. O clubismo potiguar é só uma discussão de boutique.

    3. É eu que já assisti a reprise de Menao x Tiver no Peru umas 16 vezes? Ô virada abençoada da mulesta.

  2. Irresponsáveis! Inclusive estou, ainda hoje, cancelando o meu título de sócio torcedor, enquanto essa carniça estiver na presidência do clube. Quem tiver o mínimo de bom senso faça o mesmo.

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Saúde

55% dos brasileiros estão acima do peso, mesmo com mais hábitos saudáveis

Foto: Ilustrativa

Por Dr. Leandro Figueredo

Dia 11 de Outubro é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data busca conscientizar sobre a importância da alimentação adequada e da prática de atividades físicas. Um estilo de vida sedentário, refeições com poucos vegetais e frutas e o excesso de alimentos com fritura e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias.

A OCDE divulgou esta semana um relatório que mostra que o Brasil está acima da média de 36 países quando o assunto é a redução de vida em decorrência do sobrepeso. Ele aparece como o quinto país onde a obesidade mais afeta a qualidade de vida. Aqui, a obesidade reduz a expectativa de vida da população em pouco mais de 3 anos.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que mais da metade da população brasileira está acima do peso. De acordo com Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, 55,7% dos entrevistados estão com excesso de peso. Um aumento de 30,8% desde 2006, quando o Ministério começou a realizar a pesquisa. Naquele ano, 42,6% dos brasileiros estavam acima do peso.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Entretanto, os fatores que causam a doença podem ser múltiplos: nutrição, fisiologia, genética e questões psiquiátricas e psicológicas, comportamentais e ambientais.

Essa condição física é um fator de risco para outras muitas doenças, favorecendo hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas vasculares variados, osteoartrite, apneia do sono, problemas respiratórios, diabete Melittus tipo 2 e até mesmo o câncer.

A repetição de refeições com pouca variedade nutricional é um dos principais fatores para o excesso de peso na população atual, que foi detectado, principalmente, entre pessoas com 55 e 64 anos com menos escolaridade.

Se as pessoas puderem reduzir sua ingestão de calorias em 20%, segundo a OCDE, mais de 1 milhão de doenças crônicas relacionadas à obesidade seriam evitadas por ano. Em especial, os problemas cardíacos.

*Dr. Leandro Figueredo é médico Nutrólogo do HSANP, hospital na zona norte de São Paulo.

Sobre o HSANP

Investimento de um grupo de médicos e gestores especializados na área de saúde com mais de 20 anos de experiência, o HSANP é referência na Zona Norte da Grande São Paulo. Seu objetivo é servir à população, com atendimento qualificado, alta tecnologia, calor humano e corpo clínico especializado.

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Diversos

A beleza está mesmo nos olhos de quem vê, diz estudo

(Syolacan/Getty Images)

Em algum momento da vida, todo mundo já se deparou diante de algo tão belo que parece tocar lá no âmago do ser. Aquele tipo de coisa que, de tão bonita, mexe com a gente de maneiras difíceis de explicar. Neurocientistas acabam de confirmar que essa sensação pode ser detectada no cérebro, e possui uma relação íntima com a auto-imagem de cada pessoa.

Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos desenvolveram um estudo em que submeteram 16 voluntários a exames de ressonância magnética funcional (fMRI) — uma técnica que analisa a atividade neural. A equipe investigou especificamente como o cérebro das pessoas reagia quando elas eram expostas a obras de arte, construções arquitetônicas e paisagens. As regiões cerebrais envolvidas no processamento daquelas imagens tinham comportamento bastante variado, sem qualquer padrão aparente.

Mas o foco da pesquisa era outro. O interesse real dos cientistas era analisar uma área bem peculiar da mente: a chamada “rede de modo padrão” (DMN, na sigla em inglês). É um sistema grande, que engloba várias regiões cerebrais e desempenha um papel fundamental no nosso senso de identidade. Essa rede fica a todo vapor sempre que estamos introspectivos, exercitando a autorreflexão, trazendo à tona memórias do passado ou traçando planos para o futuro. Também atua bastante nos momentos mais inspirados, em que a imaginação e a criatividade estão aguçadas.

Segundo o novo estudo, publicado este mês no periódico PNAS, a rede também se “acende” toda vez que somos confrontados com algo que tenha apelo estético para nós. Ou seja: a mesma região do cérebro processa informações sobre o que achamos belo e sobre quem nós somos. Isso tem implicações profundas não só para a neurociência, mas também para a psicologia. E trouxe novos aprendizados sobre a DMN.

Os pesquisadores descobriram que essa rede apresentava um comportamento muito parecido em todos os participantes quando eles tinham uma experiência visual emocionante. Não importava o tema, se era um belo quadro, um edifício de arquitetura arrojada ou uma paisagem de tirar o fôlego — os padrões de atividade cerebral continuavam bem similares. Por isso, os autores acreditam que a DMN poderia conter um “código universal” do apelo estético.

“Ainda não sabemos se a DMN de fato computa essa representação, mas ela claramente tem acesso a informações abstratas sobre se achamos uma experiência esteticamente atraente ou não”, disse em comunicado Edward Vessel, do Instituto Max Planck, na Alemanha.

Agora, a equipe pretende criar experimentos para investigar se o padrão também vale para outros estímulos, como música e poesia. Aquela frase “a beleza está nos olhos de quem vê” nunca pareceu tão certa.

Super Interessante

 

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Diversos

Mesmo sem cumprir decisão judicial e acumulando dívidas, empresa que adquiriu Multdia tenta reverter falência

Foto: Reprodução

Longe do auge que protagonizou no início dos anos 2000, a indústria Multdia agoniza em meio a batalhas judiciais, e mesmo com a decretação da falência em decisão do último dia 19 de julho, e sem cumprir com as obrigações legais como o pagamento de funcionários, quitação de impostos, dívidas acumuladas com os fornecedores e descumprindo acordos com a Justiça do Trabalho, a defesa do grupo João de Barro que administra a companhia desde 2015, entrou com agravo de instrumento direcionado ao presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador João Rebouças para efeito suspensivo da decisão de falência, que mostrou que nos últimos quatro anos a empresa não fez nada para reverter.

O Justiça Potiguar teve acesso à peça judicial em que o pedido da defesa sugere alguns argumentos para que a falência seja revertida. Segundo o pedido, o prazo do recurso se encerraria somente na próxima terça-feira, 3 de setembro. A peça levanta o histórico de ações judiciais que tramitavam desde 2015 com as negociações judiciais que envolviam a empresa e seus credores. Confira aqui texto na íntegra.

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