Mundo

Explosão em mesquita deixa dezenas de mortos e feridos no Afeganistão

Foto: Javed Tanveer / AFP

Uma grande explosão deixou ao menos 32 mortos e 53 feridos nesta sexta-feira (15) em uma mesquita xiita na cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão, segundo autoridades e médicos locais.

Mas o número de vítimas deve aumentar. A explosão aconteceu durante a oração do meio-dia de sexta-feira, dia de descanso para os muçulmanos e momento em que muitas pessoas se reúnem para rezar.

Kandahar é a segunda maior cidade do Afeganistão e fica a cerca de 500 km a sudoeste da capital Cabul.

Qari Saeed Khosti, porta-voz do Ministério do Interior do governo do Talibã, falou em “pesadas baixas”, mas não informou o número de vítimas.

Um médico disse à agência de notícias France Presse que o hospital central de Kandahar recebeu 32 corpos e 53 pessoas feridas até o momento. O balanço anterior era de 16 mortos e 32 feridos.

A agência Reuters diz que ao menos 33 pessoas morreram e 73 ficaram feridas, segundo autoridades que dizem que o número de vítimas pode ser ainda maior.

Nenhum grupo terrorista assumiu a autoria da explosão até o momento.

Explosão em outra mesquita

O incidente ocorre sete dias após uma outra explosão deixar mais de 100 mortos e feridos em uma outra mesquita xiita, na cidade de Kunduz, no nordeste do país (veja no vídeo abaixo).

Na ocasião, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque suicida.

O Talibã e o Estado Islâmico são rivais no país, e ambos os grupos extremistas são sunitas.

Xiitas e sunitas

Os xiitas são minoria no Afeganistão e, apesar de sunitas e xiitas serem muçulmanos, eles têm teologias e rituais diferentes.

Os sunitas são considerados mais tradicionais e, para eles, Maomé é o maior profeta (e os outros líderes da religião são secundários).

Os xiitas seguem um genro do profeta Maomé e, para eles, só os descendentes desse genro podem ser líderes dos muçulmanos.

G1

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Mundo

Explosão em mesquita no Afeganistão mata 46 pessoas e fere outras 140

Foto: Reprodução/ afghanbairaq/ Instagram

Um ataque suicida a bomba atingiu uma mesquita na província de Kunduz, no nordeste do Afeganistão, nesta sexta-feira (8), e matou 46 pessoas e feriu outras 140, de acordo com a agência de notícias estatal afegã, Bakhtar.

Imagens mostraram corpos rodeados por destroços dentro da mesquita, que é usada por pessoas da comunidade muçulmana xiita minoritária.

“As informações iniciais indicam que mais de 100 pessoas ficaram feridas em uma explosão suicida dentro da mesquita”, disse uma missão das Nações Unidas no Afeganistão nas redes sociais.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. A explosão ocorreu após vários ataques, incluindo um em uma mesquita em Cabul, nas últimas semanas, alguns dos quais foram reivindicados por militantes muçulmanos sunitas do Estado Islâmico.

Uma autoridade do Talibã, falando sob condição de anonimato, disse que pelo menos 28 pessoas foram mortas e dezenas de outras ficaram feridas na explosão desta sexta-feira.

Os ataques reforçaram os desafios de segurança para o Talibã, que assumiu o controle do país em agosto e desde então realizou operações contra células do Estado Islâmico em Cabul.

“Esta tarde, uma explosão ocorreu em uma mesquita de nossos compatriotas xiitas […] Como resultado, vários de nossos compatriotas foram martirizados e feridos”, disse o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, no Twitter.

CNN Brasil

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Geral

Time de futebol feminino do Afeganistão encontra novo lar em Portugal após fuga do Talibã

Foto: © Reuters/Rodrigo Antunes/Direitos Reservados

Deixar o Afeganistão foi doloroso, disse Sarah, de 15 anos, mas agora que está segura em Portugal ela pretende perseguir o sonho de jogar futebol profissionalmente – e talvez conhecer seu ídolo, o atacante Cristiano Ronaldo.

Sarah foi uma das várias jogadoras da seleção feminina juvenil afegã que fugiram do país assustadas depois que o movimento islâmico radical Talibã tomou o poder em agosto.

Portugal concedeu asilo às jovens esportistas.

“Estou livre”, disse ela, sorrindo de orelha a orelha ao visitar a famosa Torre de Belém, junto ao Rio Tejo, com a mãe e as colegas de equipe. “Meu sonho é ser uma boa jogadora, como Ronaldo. E quero ser uma grande empresária aqui em Portugal”.

Ela espera voltar um dia ao Afeganistão, mas só se puder viver livremente.

Sua mãe, que pediu que a Reuters não usasse seu sobrenome, vivenciou em primeira mão a era anterior do governo do Talibã, entre 1996 e 2001, e está menos otimista com a possibilidade de uma volta para casa.

Líderes do Talibã prometem respeitar os direitos das mulheres, mas em seu primeiro governo elas não podiam trabalhar, e as meninas foram barradas nas escolas.

Uma autoridade de alto escalão do grupo disse depois da tomada de poder de 15 de agosto que as mulheres provavelmente não poderão praticar esportes por “não ser necessário” e porque seus corpos podem ser expostos.

“A razão de assumirmos esta missão [de retirar o time] foi permitir que elas possam aspirar e praticar o esporte que amam”, disse Farkhunda Muhtaj, técnica da seleção feminina afegã, que voou a Lisboa na quarta-feira (29) para surpreender o time juvenil.

Agência Brasil, com Reuters

 

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Geral

FOTO: Ex-ministro do Afeganistão vira entregador na Alemanha

Foto: Jens Schuleter / AFP

No Afeganistão, Sayed Sadaat, de 50 anos, era ministro do governo. Agora, na cidade de Leipzig, no leste da Alemanha, ele ganha a vida de bicicleta, entregando comida em domicílio.

A jornada é de seis horas, de segunda a sexta-feira; e de meio-dia às 22h nos finais de semana. Sayed usa um uniforme laranja, característico de sua empresa, e a mochila onde carrega os pedidos de seus clientes.

“Não tem por que ter vergonha. É um trabalho como outro qualquer. Se há emprego, é porque há uma determinada demanda e que alguém deve se encarregar de satisfazê-la”, diz ele.

Milhares de afegãos deixaram seu país recentemente, após retomada do Talibã, em voos das forças de coalizão que ocuparam o país durante 20 anos. Espera-se que mais deles devem chegar por conta própria em contingentes ainda maiores nos próximos meses e anos.

A barreira linguística

Há anos, os afegãos são o segundo maior grupo de migrantes na Alemanha, atrás dos sírios. Há cerca de 210 mil pedidos de asilo registrados desde 2015 no país europeu.

Sayed Sadaat chegou meses antes do colapso do governo de Cabul. Ele foi ministro de Comunicações do seu país natal entre 2016 e 2018. Ele diz que deixou o cargo porque estava farto da corrupção dentro do governo e encontrou trabalho como consultor no setor de telecomunicações.

Em 2020, a segurança começou a se deteriorar no país. “Então decidi ir embora”, diz ele.

Embora tenha nacionalidade afegã e britânica, optou por se instalar na Alemanha no final de 2020, pouco antes do Brexit.

Em sua opinião, a economia alemã, a maior da Europa, oferece-lhe mais oportunidades em seu setor. Sem saber alemão, no entanto, é difícil encontrar trabalho. A pandemia de Covid-19 e as medidas de confinamento não facilitaram o aprendizado.

Agora ele dedica quatro horas por dia ao estudo do idioma, antes de sair com a bicicleta para fazer entregas pela empresa Lieferando. Sadaat ganha 15 euros por hora (cerca de R$ 92), um salário modesto, mesmo que seja bem acima do salário mínimo na Alemanha (R$ 58 por hora). Ele afirma que o dinheiro é capaz de atender às suas necessidades.

Como cidadão britânico, Sadaat não pode solicitar o “status” de refugiado, nem os respectivos benefícios. O ex-ministro, que não quer falar sobre sua família no Afeganistão, diz que não se arrepende de sua decisão.

Por um período limitado

O posto de entregador “é por um período limitado, até que eu encontre outro emprego”, diz ele.

Sorrindo, ele diz que o emprego o ajudou a ficar em forma, pedalando cerca de 1.200 quilômetros por mês. Com a retirada das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, Sadaat acha que pode ser útil na Alemanha.

“Posso aconselhar o governo alemão e tentar fazer com que o povo afegão tire proveito disso, porque posso dar a eles uma imagem realista do terreno”, completa.

Por enquanto, porém, não tem contatos, então a prioridade é a entrega em domicílio.

G1, com AFP

Opinião dos leitores

  1. Se for ex ministro aqui nessa potência chamada de Brasil, tem uma fortuna nos paraísos fiscais! Pense num país pra ter político bandido! Num escapa um! Pqp!

  2. Completando o que Calígula disse, o sr. Lula tem aposentadoria pir ser ex-presidente, tem segurança, carro à disposição …….

    1. E qual é o ex Presidente ou ex Governador que não tem?

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Geral

FOTOS: Ataque terrorista deixa mortos no aeroporto de Cabul; crianças entre vítimas

Fotos: Wakil Kohsar/AFP

Ao menos duas explosões deixaram várias vítimas no aeroporto internacional de Cabul, capital do Afeganistão, nesta quinta-feira (26). A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) confirmou que foi um atentado terrorista e o Talibã condenou o ataque.

O Pentágono fala em “ataque complexo”, confirma pelo menos duas explosões e diz que há “várias vítimas”, sem dizer quantas nem se são mortos ou feridos. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgou a primeira contagem oficial de vítimas: 13 mortos e 15 feridos.

O aeroporto internacional Hamid Karzai é a única porta de saída do país para milhares de estrangeiros e afegãos que tentam, desesperados, embarcar nos voos de retirada organizados pelos países ocidentais.

“Podemos confirmar que a explosão no portão da Abadia foi o resultado de um ataque complexo que resultou em várias vítimas americanas e civis”, afirmou o porta-voz do Pentágono, John Kirby. “Podemos confirmar pelo menos uma outra explosão no hotel Baron ou próximo a ele, a uma curta distância do portão da Abadia”.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que “condena veementemente o horrível ataque terrorista fora do aeroporto de Cabul”. “Nossa prioridade continua sendo evacuar o máximo de pessoas para um local seguro o mais rápido possível”.

Duas fontes do governo americano disseram à agência de notícias Reuters que ao menos uma das explosões parece ter sido um ataque suicida causado por uma bomba.

Uma autoridade dos EUA disse à agência Associated Press que “definitivamente acredita” que o ataque foi executado pelo Estado Islâmico, grupo terrorista que é mais radical do que o Talibã e que criticou o acordo de paz responsável pela retirada estrangeira do Afeganistão.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que “o Emirado Islâmico condena veementemente o bombardeio de civis no aeroporto de Cabul, ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança”.

Risco ‘iminente’ de atentado

O presidente dos EUA, Joe Biden, foi informado sobre ataque durante uma reunião com autoridades de segurança sobre a situação no Afeganistão, segundo a Reuters.

Mais cedo, EUA, Reino Unido e Austrália alertaram para o risco de um atentado “iminente” no local e pediram a seus cidadãos que abandonassem imediatamente a área do aeroporto devido a uma ameaça terrorista.

“As informações obtidas ao longo da semana são cada vez mais sérias e fazem referência a uma ameaça iminente e grave”, afirmou mais cedo o secretário de Estado britânico das Forças Armadas, James Heappey. “É uma ameaça muito séria, muito iminente”.

Única porta de saída

O aeroporto internacional Hamid Karzai é a única porta de saída do país para estrangeiros e afegãos. Quase 90 mil pessoas já foram retiradas desde que o Talibã retomou o poder, em 15 de agosto, mas uma multidão ainda se aglomera dentro e ao redor do local, inclusive em valas (veja no vídeo abaixo).

Segundo o jornal “The New York Times”, ao menos 250 mil afegãos que trabalharam para os EUA ainda não foram retirados do país — e o atual ritmo de evacuação não é suficiente para retirar todo mundo até terça-feira (31).

A data limite foi estipulada pelo presidente americano, Joe Biden, no começo de julho, que recusou os pedidos de aliados para adiar a saída definitiva do Afeganistão. O Talibã disse, reiteradas vezes, que não aceitaria a prorrogação do prazo.

Ameaça do Estado Islâmico

Entre os motivos apontados por Biden para negar o pedido estava a “aguda” ameaça terrorista do braço regional do grupo terrorista Estado Islâmico, responsável por alguns dos ataques mais violentos no Afeganistão e no Paquistão nos últimos anos.

O grupo terrorista fez atentados em mesquitas, santuários, praças e até hospitais nos dois países, além de ataques contra muçulmanos de alas que considera hereges, como os xiitas.

“A cada dia, as operações suscitam um risco suplementar para nossas tropas”, disse o presidente americano, citando a probabilidade de um atentado do Estado Islâmico em Cabul. “O inimigo número 1 dos talibãs visa o aeroporto para atacar as forças americanas e aliadas, bem como civis inocentes”.

Embora o Estado Islâmico e o Talibã sejam sunitas radicais, os dois grupos extremistas são rivais.

O Estado Islâmico criticou o acordo de paz entre EUA e Talibã assinado em 2020, que estabeleceu as diretrizes para a retirada das tropas estrangeiras, e acusou os talibãs de abandonar a causa jihadista.

G1

Opinião dos leitores

  1. O terrorista estava sem máscara e não havia se vacinado ainda, inacreditável. As barbaridades do islamismo são assunto proibido na mídia.

  2. Um absurdo essas pessoas aglomerando e sem máscara, a pandemia não acabou! Dirá a âncora da CNN…

    1. Um absurdo o bolsinarista viver perseguido no Brasil , sendo que no Afeganistão não tem STF, não tem PT, nem Psol , da pra andar armado e Deus está acima de tudo! O iti vai prover o êxodo de seu rebanho à esta terra Santa

    2. Eles não tem Deus, eles tem Alá e Maomé, mas Jesus eles não conhecem

    3. Claro que conhecem Jesus, tá no Corão. É cada asneira que se lê…

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Geral

Airbnb oferece acomodação gratuita para 20 mil refugiados do Afeganistão

Foto: Charles Platiau / REUTERS

A plataforma de hospedagem online Airbnb se comprometeu a abrigar gratuitamente em todo o mundo 20 mil refugiados afegãos após a tomada de poder pelo Talibã. A iniciativa foi anunciada nesta terça-feira pelo CEO da empresa, Brian Chesky.

“O deslocamento e reassentamento de refugiados afegãos nos Estados Unidos e em outros lugares é uma das maiores crises humanitárias de nosso tempo. Sentimos a responsabilidade de dar um passo à frente. Espero que isso inspire outros líderes empresariais e que eles façam o mesmo. Não há tempo a perder”, escreveu no Twitter.

Chesky informou que a proprosta se tornou possível com a ajuda de ONGs, instituições parceiras e anfitriões.

“Embora estejamos pagando por essas estadias, não poderíamos fazer isso sem a generosidade de nossos anfitriões. Se você estiver disposto a hospedar uma família refugiada, me avise e eu irei colocá-lo em contato com as pessoas certas aqui para que isso aconteça”, explicou.

O Globo

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Política

AFEGANISTÃO – RETROCESSO E MEDO: Fotos de mulheres são cobertas após Talibã tomar poder

Foto: Reprodução/Twitter/Lotfullah Najafizada

Horas após o Talibã tomar o poder em Cabul, a capital do Afeganistão, algumas imagens de publicidade com fotos de mulheres começaram a ser retiradas das fachadas das lojas.

No domingo (15), fotógrafos da agência Kyodo fizeram imagens de painéis com fotos sendo retirados, aparentemente, por pessoas que não são membros do grupo insurgente. Em redes sociais foram publicadas imagens semelhantes, mas sem indicação do local ou da data.

O Talibã tomou Cabul e voltou ao poder no Afeganistão no domingo, 20 anos depois de terem sido destituídos por uma coalizão militar internacional. O presidente fugiu do país, e o palácio presidencial foi tomado pelos combatentes do grupo extremista.

Antes disso, o Talibã já tinha controlado quase todo o território.

A maioria (cerca de 80%) das pessoas do Afeganistão que tiveram que deixar suas casas por causa do avanço do Talibã é de mulheres e crianças, de acordo com a agência para refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Há medo que o Talibã volte a impor leis baseadas na interpretação que o grupo faz do islamismo, pela qual mulheres quase não têm direitos.

O grupo fundamentalista governou o país durante cinco anos, até 2001, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos tirou os extremistas do poder.

Nos anos que antecederam a invasão pela coalizão, as meninas não podiam estudar, as mulheres não podiam trabalhar e nem mesmo sair de casa se não estivessem acompanhadas de um parente.

O governo do Talibã também promovia apedrejamento de mulheres acusadas de adultério.

Além dessas regras relativas a mulheres, os talibãs também faziam execuções públicas e, como medida de punição, cortavam as mãos de quem eles diziam ser ladrões.

Nos 20 anos desde que o Talibã esteve fora do poder, houve avanços nos direitos das mulheres, ainda que a sociedade afegã seja conservadora em relação a essa pauta. As meninas entraram nas escolas, e há mulheres no Parlamento, no governo e em empresas.

O avanço nas áreas urbanas foi significativo, afirma Marianne O’Grady, vice-diretora da organização Care Internacional. Ela diz que mesmo com a volta do Talibã ao poder, a situação anterior a 2001 não vai se verificar: “Não é possível ‘deseducar’ milhões de pessoas, e se as mulheres agora estão atrás das paredes e não podem mais sair tanto, elas ainda podem dar aulas aos parentes e vizinhos e filhos, o que não acontecia há 25 anos”.

Mesmo assim, há relatos a respeito de uma sensação de perda de direitos entre algumas mulheres.

Ainda não há relatos de que as regras do Talibã para mulheres já voltaram a ser implementadas nas regiões que o grupo tomou desde maio deste ano. A agência Associated Press afirma que pessoas que fugiram dessas áreas contaram que alguns militantes tomaram casas e que botaram fogo em uma escola.

Algumas das famílias que foram a Cabul na semana passada, antes da invasão da capital, disseram que, nas regiões que os insurgentes já tinham dominado, no norte do país, já havia alguns episódios que podem ser indicativos do que acontecerá com as mulheres. Em uma cidade, militantes gritaram com mulheres que usavam “sandálias muito reveladoras”. Um professor disse que as mulheres foram proibidas de ir ao mercado sem um homem para acompanhá-las.

Talibã diz que vai proteger direitos das mulheres

O Talibã diz que quer uma transição de poder pacífica nos próximos dias, disse o porta-voz da organização, Suhail Shaheen.

Ele também afirmou que o grupo insurgente vai proteger os direitos de mulheres, assim como a liberdade para os profissionais de mídia e diplomatas.

Em uma entrevista à rede BBC, ele afirmou que eles garantem, especialmente aos moradores de Cabul, que suas propriedades e suas vidas estão seguras.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Não tem nada demais em filtrar o que é erotizante e imodesto da exposição ao público. Se as feministas são contra que peguem um avião e vão lá tirar satisfação com o Taleban. Boa sorte.

  2. Olhem ai o que esquerdistas são capazes.
    Ilhem aí!!
    É assim que a patota vermelha quer fazer aqui.
    Eles apoiam isso aí, aliás tudo que é ruim.
    Nem em Deus acreditam.
    Vão rodar.
    Vai ser verde e amarelo sempre.
    Ponto final.

    1. Vai não, lá ela não pode mostrar a tatuagem que fez no anel enrugado!!!

    1. Thomaz vá se informar e ver quem apoia e defende os talibãs, quem fez doações com recursos do governo brasileiro para instituições ligação a eles. Cuidado depois será tarde e você não poderá nem reclamar, nem se expressar.

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Geral

Funcionários de Biden admitem “erro de cálculo” sobre tomada de Cabul pelo Talibã

Foto: Rahmat Gul

O governo Joe Biden luta para tentar estabelecer a ordem enquanto há uma corrida de americanos e outros estrangeiros para evacuar o Afeganistão após os combatentes do Talibã tomarem a capital, Cabul, neste domingo (15). Funcionários do alto escalão do governo dos EUA já admitem um “erro de cálculo” sobre quanto tempo demoraria para o Talibã tomar a capital.

A rápida queda das forças nacionais e do governo do Afeganistão foram um choque para Biden e para os altos membros de sua administração, que no mês passado acreditavam que poderia levar meses até que o governo civil em Cabul caísse – permitindo um período de tempo após a saída das tropas americanas antes que todas as consequências da retirada fossem expostas.

Agora, meses após sua declaração inicial de que todos os 2.500 soldados dos EUA estariam fora do Afeganistão até o final do verão, um total de 6 mil soldados devem ajudar a facilitar a evacuação do país. E as autoridades estão admitindo francamente que calcularam mal o tempo que o Talibã levaria para assumir o controle de Cabul.

“O fato é que vimos que aquela força não foi capaz de defender o país”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, ao jornal “State of the Union”, da CNN, referindo-se às forças de segurança nacional do Afeganistão. “E isso aconteceu mais rapidamente do que prevíamos.”

Espera-se que Biden fale à nação nos próximos dias sobre a crise no Afeganistão, de acordo com um alto funcionário do governo, embora uma decisão final sobre um discurso não tenha sido feita e o presidente ainda não tenha encurtado sua visita de férias de verão para Camp David.

Uma opção em discussão é fazer com que Biden volte à Casa Branca, embora o funcionário tenha advertido que eles não haviam descartado completamente a possibilidade de fazer os comentários no local ele foi fotografado neste domingo (15) recebendo uma instrução de sua equipe de segurança nacional.

Na foto, Biden apareceu sozinho vestindo uma camisa pólo em frente a uma grande fileira de monitores. Os riscos para Biden politicamente são incertos; a maioria dos americanos afirma nas pesquisas que apoia a retirada das tropas do Afeganistão, e os assessores de Biden calcularam que o país compartilha o cansaço em prolongar um conflito de 20 anos.

No entanto, as cenas caóticas que se desenrolam – evocando a queda de Saigon em 1975, uma imagem que assombrava Biden quando ele avaliava sua retirada no início deste ano – certamente seguirão o presidente norte-americano enquanto o Talibã afirma o controle sobre grandes áreas do país.

Alguns membros do Congresso dos EUA já estão exigindo mais informações do governo sobre como sua inteligência poderia ter avaliado mal a situação no local – ou por que planos de contingência mais robustos para a evacuação de americanos e seus aliados não estão em vigor.

Durante uma reunião neste domingo, funcionários do alto escalão enfrentaram duros questionamentos sobre os planos de retirada, incluindo a evacuação de intérpretes afegãos e outros que ajudaram no esforço de guerra dos EUA.

“O fato é que vimos que aquela força [afegã] não foi capaz de defender o país. E isso aconteceu mais rapidamente do que prevíamos.” (Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA).

Pressão do Congresso aumenta

O líder da minoria da Câmara, Kevin McCarthy, pressionou os oficiais, incluindo o secretário de Defesa Lloyd Austin e o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, sobre por que o processo aconteceu tão rapidamente.

“Não demos cobertura aérea a eles. Você diz que tinha esse plano. Ninguém planejaria esse resultado. As ramificações disso para a América continuarão por décadas e não será apenas no Afeganistão”, disse McCarthy, de acordo com uma fonte que esteve presenta na chamada de vídeo.

Biden deve retornar à Casa Branca e fazer um pronunciamento ainda nesta segunda-feira (16).

Embora Biden possa receber o mesmo nível de instruções de Camp David, como tem feito durante todo o fim de semana por meio de uma videoconferência segura, as autoridades estão cientes da ótica de o presidente estar fora da Casa Branco durante este momento perigoso.

Vários funcionários do governo também estão de férias, mas começaram a voltar ao trabalho remotamente neste domingo.

Um funcionário da Casa Branca disse à CNN neste domingo que o presidente “falou com membros de sua equipe de segurança nacional sobre a situação no Afeganistão e continuará a receber atualizações e ser informado ao longo do dia”.

“Ele está profundamente engajado em Camp David”, disse um alto funcionário do governo.

A ideia de que o governo civil liderado pelo ex-presidente Ashraf Ghani seria incapaz de resistir aos avanços do Talibã não é uma surpresa. Avaliações de inteligência no ano passado ofereceram cronogramas diferentes para o que foi considerado por muitos oficiais de segurança nacional como uma “inevitabilidade”.

O próprio Biden disse várias vezes nos últimos meses, incluindo quando Ghani o visitou no Salão Oval neste verão, que os líderes do Afeganistão precisariam reconciliar suas diferenças se tivessem alguma esperança de manter o poder.

E Blinken disse neste domingo que “sempre soubemos, dissemos o tempo todo incluindo o presidente, que o Talibã estava em sua maior posição de força desde 2001, quando foi o último a comandar o país. Este é Talibã que herdamos. E assim vimos que eles eram muito capazes de partir para a ofensiva e começar a retomar o país.”

No entanto, a queda e o colapso dos militares afegãos aconteceram muito mais rápido do que Biden ou sua equipe esperavam.

Ghani deixou o país neste domingo e partiu para o Tajiquistão, duas fontes disseram à CNN. O presidente afegão do Alto Conselho para a Reconciliação Nacional, Abdullah Abdullah, referiu-se a ele em uma declaração em vídeo como “ex-presidente”.

As autoridades americanas expressaram consternação com a incapacidade de Ghani de proteger as principais cidades e regiões do país, apesar de estabelecer uma estratégia para fazê-lo durante suas comunicações com Biden e outros líderes norte-americanos.

Biden rejeitou comparações com Saigon

Biden usou uma sessão de perguntas e respostas na Sala Leste da Casa Branca há pouco mais de um mês para minimizar a possibilidade de o governo afegão entrar em colapso e o Talibã assumir o controle, dizendo que o resultado não era inevitável.

Ele insistiu que não haveria “nenhuma circunstância” em que o pessoal americano no Afeganistão fosse evacuado do telhado de sua embaixada, rejeitando qualquer comparação com a queda de Saigon.

E ainda na última sexta-feira (13), o governo dos EUA disse que a capital afegã, Cabul, não estava em um “ambiente de ameaça iminente”.

Na tarde de domingo, os EUA concluíram a evacuação de sua embaixada em Cabul quando os combatentes do Talibã entraram na cidade. A CNN avistou helicópteros americanos transportando funcionários da embaixada para retirá-los do país em meio ao avanço do grupo.

A retirada do pessoal da embaixada marca uma rápida aceleração do processo que havia sido anunciado apenas na última quinta-feira (12), e é uma situação que muitos funcionários de segurança do Departamento de Estado esperavam que ocorresse, dada a velocidade com que o Talibã conquistou território no Afeganistão nos últimos dias.

Após a instrução deste sábado, Biden autorizou tropas adicionais para o Afeganistão “para garantir que possamos ter uma retirada ordenada e segura do pessoal dos EUA e outros funcionários aliados e uma evacuação ordenada e segura dos afegãos que ajudaram nossas tropas durante nossa missão e aqueles em risco especial diante do avanço do Talibã.”

Mas o funcionário do governo disse que a Casa Branca “não queria que isso se tornasse o Katrina do governo Biden”, uma referência ao furacão de 2005 ao qual o governo Bush demorou a responder durante suas férias de agosto.

À CNN, uma fonte democrata presente na ligação dos legisladores neste domingo disse que Austin defendeu as ações do governo com a extensão do cronograma para a retirada das tropas, o que foi inicialmente estabelecido durante o governo Trump.

Caos no aeroporto de Cabul

O secretário também disse que os EUA mantêm a capacidade de realizar ataques aéreos para responder a quaisquer ações do Talibã que interfiram na evacuação. Nesta segunda, os EUA confirmaram a morte de dois homens armados que atiraram contra soldados norte-americanos no aeroporto de Cabul – não se sabe se estes homens eram do Talibã.

“Vamos nos defender e defender nosso povo. E qualquer ataque a um americano terá uma resposta forte e imediata”, disse ele. Após a tomada de Cabul, milhares de afegãos correram para o aerporto em busca de voos para deixar o país – houve tumulto, tiros e desespero, segundo testemunhas relataram à CNN.

Biden permaneceu decidido em seu plano de retirar as tropas americanas do país. Em um comunicado neste sábado, ele disse que não poderia justificar manter as forças dos EUA no país pelo tempo indeterminado que levaria para treinar mais os afegãos para se defenderem.

“Mais um ano, ou mais cinco anos, de presença militar dos EUA não teria feito diferença se os militares afegãos não pudessem ou não quisessem manter seu próprio país”, escreveu Biden em um comunicado de Camp David, onde está passou o final de semana. “E uma presença americana sem fim no meio do conflito civil de outro país não era aceitável para mim.”

Biden atribui parte da culpa a Trump

Em sua declaração, Biden atribui parte da culpa pela situação atual a seu antecessor, Donald Trump, que negociou um acordo com o Talibã para retirar as tropas americanas até 1º de maio de 2021.

O presidente foi além de apenas criticar o acordo, ele também acusou Trump de deixar o Talibã em sua “posição militar mais forte” desde 2001 e mencionou que Trump convidou líderes do grupo para se reunirem em Camp David em 2019.

Foi um sinal de que, em meio às críticas – de aliados dos EUA no exterior, republicanos, especialistas em segurança nacional e grupos de direitos humanos –, Biden procura compartilhar a culpa por como a guerra mais longa dos Estados Unidos está terminando.

Assessores dizem que Biden não deu a menor idéia de questionar-se depois de anunciar em abril que todas as tropas americanas deixariam o Afeganistão em 11 de setembro, data em que os ataques terroristas que iniciaram a guerra completa 20 anos.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Os vagabundos ladrões esquerdistas, querem voltar ao poder no Brasil do mesmo jeito, só que de maneira institucionalizada.
    Estão mudando a constituição na marra pra passar a impressão que está tudo certo.
    Mas o povo brasileiro ja sacou.
    O PR Bolsonaro também.
    Esse plano já fracassou.
    Procurem outro jeito esse o povo não deixa.
    O presidente Bolsonaro a mesma coisa.
    As forças armadas também está com o povo, então pode espernear.
    Todo mundo nas ruas dia 07 de setembro.
    O Brasil vai parar.
    O movimento pelo Brasil vai ser transmitido ao vivo pros Estados Unidos, através da plataforma particular do ex presidente Donald Trump.
    Vamos lá galera.
    Comunismo aqui não!!
    Golpe em curso.
    Governadores se juntaram aos ministros em nota hoje.
    Tá claro.
    O Brasil com dois lados.
    Vcs escolhem o seu.
    Eu ja escolhi, vou pela decência, vou pela bandeira VERDE E AMARELA.
    vamos que vamos com o nosso presidente.
    Brasil acima de tudo.
    Deus acima de todos.

    1. Idólatra de político corrupto, deixa eu te falar uma coisa gado véi: no governo do MINTOmaníaco das rachadinhas tem tanta corrupção como tinha no do PT! A diferença eh que o presidente inepto quer transformar o Brasil numa ditadura estilo Venezuela…

  2. Os canalhas do PT, querem fazer a mesma coisa aqui, a diferença é q vão pegar em armas para roubar e matar o cidadão de bem.

    1. Vc vive em qual mundo? Pq o roubo e a corrupção no atual governo do MINTOmaníaco das rachadinhas tá do mesmo jeito ! O PP (esse mesmo que roubou com força no governo do PT) e mais outros partidos do centrao estão com tudo… E agora não tem lava jato pra atrapalhar já que o presidente inepto acabou com o combate a corrupção… Muuuu

    2. quem.esta Armando a.populacao e Familicia fazendo lobby para os fabricantes

    3. Biden é um esgoto, igual a Lula e seus seguidores que o babam e passam pano para ladrão, tudo gente do pior naipe.

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Diversos

FOTO E VÍDEO: Entenda a situação do Afeganistão após o Talibã assumir o controle de Cabul

Foto: Sayed Khodaiberdi Sadat – 16.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images

O Talibã se aproximou de solidificar o controle do Afeganistão no domingo (15), incluindo a entrada no palácio presidencial em Cabul, horas depois que o ex-presidente Ashraf Ghani fugiu do país.

A situação em rápida evolução causou confusão e preocupação enquanto os Estados Unidos e governos em todo o mundo monitoram o amargo fim de quase duas décadas de guerra.

Aqui está o que você precisa saber sobre o que aconteceu no fim de semana e como chegamos ao estágio atual no país:

Qual a situação no momento?

O palácio presidencial em Cabul agora foi entregue ao Talibã após ter sido desocupado poucas horas antes por funcionários do governo apoiado pelos EUA.

O grupo islâmico reivindicou o palácio com três funcionários do governo afegão presentes, de acordo com a emissora Al Jazeera, que transmitiu os eventos ao vivo.

Um funcionário de segurança do Talibã disse que havia uma “transferência pacífica de instalações do governo em andamento em todo o país”.

Outro falou brevemente em inglês para dizer que havia sido anteriormente detido pelos EUA em Guantánamo, uma alegação que a CNN não pode verificar de forma independente.

O presidente afegão fugiu. Ghani deixou o país no domingo para o Tajiquistão, disseram duas fontes à CNN.

O ministro da defesa interino do Afeganistão, general Bismillah Mohammadi, criticou a fuga do presidente em breve tuíte no domingo, escrevendo: “Eles amarraram nossas mãos nas costas e venderam a pátria, maldito homem rico e sua gangue”.

A embaixada dos EUA foi esvaziada. No início do domingo, duas fontes familiarizadas com a situação disseram à CNN que o plano era retirar todos os funcionários do país da embaixada em Cabul nas próximas 72 horas.

Horas depois, porém, a maior parte do pessoal da embaixada dos EUA foi transferida para o aeroporto de Cabul, de onde embarcaram em voos para fora do país. A bandeira dos EUA não está mais sobre o prédio.

Governos estrangeiros também se movimentaram. O aeroporto se tornou o foco de muita atenção internacional à medida que governos trabalham para retirar seus cidadãos do país.

Após relatos de tiros no aeroporto, a embaixada dos EUA instruiu todos os cidadãos norte-americanos que ainda estavam no país a se abrigarem no local.

“A situação da segurança em Cabul está mudando rapidamente, inclusive no aeroporto”, disse um alerta de segurança. “Há relatos de que o aeroporto pegou fogo; portanto, estamos instruindo os norte-cidadãos americanos a se abrigarem no local.”

Como chegamos a esse ponto?

A retirada das tropas dos Estados Unidos do país abriu caminho para o Talibã enfrentar e derrotar as forças de segurança afegãs.

Muitas das principais cidades caíram com pouca ou nenhuma resistência, incluindo a cidade-chave de Jalalabad, que o grupo assumiu o controle no domingo (15).

Funcionários do governo de Joe Biden admitiram erro de cálculo. A rápida queda das forças nacionais e do governo do Afeganistão foi um choque para o presidente e para membros seniores de sua administração, que há uma semana acreditavam que poderia levar meses até que o governo civil em Cabul caísse.

Agora, as autoridades estão reconhecem abertamente que estão surpresas com o que aconteceu.

“O fato é que vimos que aquela força não foi capaz de defender o país”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, ao “State of the Union”, da CNN, com Jake Tapper, referindo-se às forças de segurança nacional do Afeganistão.

“E isso aconteceu mais rapidamente do que prevíamos.”

Quais os próximos passos?

O país enfrenta agora o retorno do Talibã ao poder, o que, se for como foi nos anos 1990, significaria uma deterioração das liberdades civis, especialmente para mulheres e meninas cujas liberdades foram ampliadas no governo civil.

Grupos terroristas também podem se reconstituir em breve. Em um briefing para senadores na manhã de domingo, o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, disse que grupos terroristas como a Al-Qaeda poderiam se reestruturar no Afeganistão antes dos dois anos que as autoridades de defesa haviam estimado anteriormente para o Congresso por causa da recente e rápida tomada do país pelo Talibã, segundo um assessor do Senado que ouviu os comentários.

A situação pode resultar em uma crescente ameaça de terrorismo, justamente quando se aproxima o 20º aniversário do 11 de setembro de 2001, os ataques da Al-Qaeda ao World Trade Center, em Nova York.

Tropas norte-americanas adicionais foram para o Afeganistão. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, aprovou no domingo o envio de mais 1.000 soldados ao país, disse um oficial de defesa à CNN, elevando para 6.000 o número de soldados norte-americanos que estarão no país em breve. Sua principal missão é proteger o aeroporto de Cabul.

Os próximos passos ainda estão sendo debatidos. Estão em andamento discussões entre os principais conselheiros da Casa Branca sobre como Biden deve lidar com o agravamento da crise, disseram autoridades no domingo.

Nenhuma decisão final ainda foi tomada sobre se o presidente retornará a Washington de Camp David, o retiro presidencial onde estava de férias.

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira (16). O secretário-geral da ONU, António Guterres, deverá informar o Conselho sobre a situação e fazer consultas privadas na sequência.

Em comentários na sexta-feira (13), Guterres pediu ao Talibã que parasse sua ofensiva no Afeganistão e não respondeu diretamente quando questionado sobre o que diria àqueles que sentem que o país foi abandonado pela comunidade internacional.

Espere o escrutínio do Congresso dos EUA. Alguns legisladores já exigem mais informações do governo sobre como sua inteligência pode ter avaliado mal a situação no local, ou por que planos de contingência mais robustos para a retirada de norte-americanos e seus aliados não estavam em vigor.

CNN Brasil

 

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Saúde

Talibã ordena paralisação da vacinação contra covid-19 no Afeganistão

Foto: AFP via Getty Images/Getty Images

Após um final de semana de tensão generalizada pelo Afeganistão, o movimento fundamentalista islâmico nacionalista Talibã conseguiu retomar o controle da capital do país, Cabul.

Enquanto avança rapidamente seu controle pelo país, o Talibã já coloca em prática sua agenda fundamentalista, que vigorou no país entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000. De acordo com o portal local de notícias Shamshad News, a vacinação já foi interrompida na província de Paktia, no leste do país. Desde a tomada da província pelo grupo, as vacinas contra a covid-19 pararam de ser distribuídas pela região.

Walayat Khan Ahmadzai, diretor provincial de saúde pública da região, disse em entrevista ao Shamshad News que o Talibã ordenou os funcionários do hospital regional para pararem de distribuir o imunizante, o que resultou no fechamento imediato dos postos de vacinação da região, enquanto médicos e críticos buscam acatar as ordens impostas temendo represálias violentas do grupo.

De acordo com Ahmadzai, a enfermaria responsável pela aplicação das doses está fechada há três dias e os cidadãos são informados de que a vacinação foi proibida. O Talibã alertou a equipe de distribuição de vacinas para evitar distribuí-las, acrescentou Ahmadzai. Até o momento, não há informações concretas sobre como está a campanha de vacinação no resto do país.

Segundo dados do portal Our World in Data, o Afeganistão aplicou, até o momento, cerca de 770 mil doses da vacina contra a covid-19, o que representa cerca de 2% da população e apenas 0,5% da população do país completou a vacinação.

Talibã já foi a favor das vacinas

No final de janeiro de 2021, enquanto o grupo ainda estava longe de controlar as principais províncias e cidades do país, o Talibã se mostrava “a favor” da vacinação.

Zabihullah Mujahid, porta-voz do grupo extremista, disse à agência Reuters no fim daquele mês que o grupo iria apoiar e facilitar a campanha de vacinação conduzida por meio dos centros de saúde no país.

O país fechou um acordo de cerca de 110 milhões de dólares para conseguir as doses por meio do consórcio Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Afeganistão também havia fechado um acordo de 500 mil doses da vacina da AstraZeneca produzida na Índia, disse à Reuters o dr. Ghulam Dastagir Nazari, chefe do Programa Expandido de Imunização do Ministério da Saúde do Afeganistão.

“A marca AstraZeneca que é fabricada na Índia chegará em breve ao Afeganistão”, disse Nazari.

Com a queda do governo central e, consequentemente, do seu grupo de ministros de estado, não é possível afirmar se as promessas anteriores sobre as vacinas ainda serão mantidas.

Entretanto, com a recente atualização de que a junta extremista está dificultando a campanha de vacinação no país, é difícil esperar que o Afeganistão tenha capacidade de acelerar sua campanha de imunização.

Desde o início da pandemia, o Afeganistão já contabilizou cerca de 150 mil casos de covid-19 e aproximadamente 7 mil mortes.

Talibã toma a capital, enquanto presidente e embaixadores fogem do país

Em movimento já esperado, o Talibã chegou neste domingo, 15, à capital do Afeganistão, Cabul, após dias conquistando cidades no entorno diante da retirada das tropas dos Estados Unidos.

Na tarde deste domingo, já noite no Afeganistão, os homens do Talibã adentraram o palácio presidencial, como mostram imagens da rede de TV Al Jazeera.

Horas antes, foi confirmado que o presidente Ashraf Ghani deixou o país após ficar claro que o Talibã havia tomado o controle da capital. Ghani diz ter fugido para evitar derramamento de sangue.

Um porta-voz do Talibã declarou mais cedo que o grupo buscava “uma rendição pacífica” do governo afegão e que que “todos os que serviram ao governo e aos militares serão perdoados”.

Mas uma das principais preocupações da comunidade internacional é que afegãos que interagiram com as forças dos EUA nos 20 anos de ocupação americana sejam punidos pelo Talibã. Países como o Canadá já passaram a oferecer programa de asilo aos afegãos.

Em comunicado, o Talibã afirmou também que não pretende tomar a cidade “à força”, com a ressalva de que essa não é uma declaração de cessar-fogo. “Não queremos que nenhum afegão civil e inocente seja ferido ou morto enquanto tomamos o controle.”

A expectativa era de que o governo do Afeganistão caísse rapidamente após o cerco a Cabul, com o exército oficial do país sem condições de deter o Talibã.

O Talibã controlou o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando seguiu uma versão radical do islamismo nos costumes, vetando o consumo de álcool e a livre circulação de mulheres.

A rápida ofensiva militar do grupo, que em duas semanas tomou 26 das 34 capitais de províncias, acontece no vácuo da saída das tropas americanas.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Quando a insanidade é evidenciada em opiniões de eleitores e adoradores de corruptos que sofrem com a abstinência de recursos públicos e a falta de bandido no poder. É só ver os comentários de Santos e Nando. Quem está aplaudindo a ação do Talibã é o mesmo partido que apoia o ex presidente no mundo, o tal PCO (partido da causa operária). Como já lembraram, vamos ver o que será feito dos homossexuais e toda turma do LGBT nas mãos do Talibã.
    O resto da esquerdalha não vai aplaudir o Talibã?

  2. Qualquer semelhança com alguns posicionamentos de alguns brasiloucos, não passa de mera coincidência.

    1. Não! Você está equivocado! Esse grupinho, quem apoia são os PTRALHAS que você tanto idolatra! Mas como você é um quadrúpede, você só repete o que te mandam repetir: a velha máxima de acusar seus inimigos daquilo que você faz… Avia e coloca logo a cangalha que o ladrão de 9 dedos já já chega e vai querer montar em você!

  3. “Eu lamento enormemente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo”.
    Dilma Rousseff, em discurso na ONU, pedindo diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.

    1. Não Antônio, vc errou, quem veio primeiro foi o priziaca de nove dedos que domesticou os jumentos.

    2. Foi o adestrador de jumento ladrão vagabundo de nove dedos.

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Esporte

Histórico: Afeganistão e Paquistão se enfrentam em amistoso

235_2036-alt-20130820125504399AFPO recentemente construído Estádio da Federação de Futebol de Afeganistão foi palco nesta terça-feira(20), do primeiro jogo internacional no país em uma década. E não foi um jogo qualquer: rivais políticos históricos, Afeganistão e Paquistão fizeram uma partida amistosa.

235_2036-alt-20130820141804388AFPCom os seis mil lugares do estádio tomados, o Afeganistão venceu por 3 a 0, para delírio da torcida local. Foi a primeira partida entre as duas seleções em Cabul em 30 anos.

O Globo

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Comportamento

Afeganistão faz seu "Rock in Rio"

Deu na Folha de São Paulo

Jovens -homens e mulheres- pulando ao som de punk rock e batidas pesadas. Seria um cenário extremamente comum em um festival de música, não fosse realizado em Cabul.

O jejum de 30 anos sem festivais no país foi quebrado no sábado por uma maratona de seis horas de blues, indie, música eletrônica e death metal com bandas da Austrália, Uzbequistão, Cazaquistão e Afeganistão. Muitos dos cerca de 450 pagantes da festa Sound Central nunca antes tinham visto música ao vivo.

Sob o regime do Taleban, a música chegou a ser proibida no país, e, mesmo hoje, lojas de música são atacadas em algumas cidades. O festival foi promovido sob forte segurança num canto do Babur Gardens, parque que cerca o túmulo de Babur, o primeiro imperador mongol.

A data e o local foram mantidos em segredo até o último minuto, para reduzir as chances de um ataque insurgente. Mas o festival não deixou de ter traços afegãos: não havia bebida alcoólica, e os únicos lanches servidos eram típicos espetos de carne.

As bandas deixaram o palco e os microfones foram desligados duas vezes no final da tarde para permitir que o chamado à oração do islã fosse ouvido sem interrupções, vindo das mesquitas vizinhas.

Alguns idosos com turbantes e barbas longas pareceram espantados, mas não inteiramente reprovadores.

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