Política

Damares enviará ao Congresso projeto para endurecer pena para pedófilos

Foto: Divulgação

A ministra Damares Alves enviará ao Congresso um projeto de lei que altera o Código Penal e o Código de Processo Penal, prevendo punição mais rigorosa para pedófilos.

Pela proposta, líderes religiosos, profissionais de saúde, professores e qualquer outra pessoa que se aproveite da confiança da vítima para praticar esse tipo de crime terão a pena aumentada.

O caso do médium João de Deus serviu de inspiração para o projeto.

“O emblemático e conhecido caso do médium João de Deus expôs para o país a necessidade de uma forte atuação na repressão de crimes de natureza sexual praticados, via de regra, com o abuso de confiança”, disse Damares.

Também em razão dos 30 anos do ECA, a deputada federal Daniela do Waguinho (MDB-RJ) apresentou um projeto determinando que bibliotecas públicas e de instituições federais tenham espaços para livros infantis e infantojuvenis, sob pena de não receberem recursos financeiros ou doações para os acervos.

“Vivemos na era da tecnologia, temos que resgatar o hábito e prazer da leitura. Mas muitas bibliotecas não têm livros voltados para crianças e jovens”, afirmou a parlamentar.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Aí tá certo , sou a favor !! . Esses indivíduos não tem condição de viver em sociedade.

  2. Só dará um freio se for prisão perpétua. Se for aumentar uns aninhos na cadeia e nada é a mesma coisa. No Brasil matar um papagaio sofre uma pena maior do que ao matar um humano. Não que eu ache matar papagaio banal.( me antecipo aos maus entendedores)

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Política

COVID-19: “Não são muitos que têm a doença. Ninguém pega na mão deles, ninguém abraça morador de rua. Infelizmente”, diz ministra Damares

Foto: Fabrice Cofrini / AFP via Getty Images

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou hoje, em entrevista coletiva, que poucos moradores de rua foram contaminados pelo coronavírus no Brasil, porque “ninguém pega na mão deles”.

“Não são muitos [que têm a doença]. E por que não são muitos ainda? Ninguém pega na mão deles, ninguém abraça morador de rua. Infelizmente”, disse a ministra. O governo federal ainda não tem dados concretos de quantos moradores de rua já foram diagnosticados com a doença.

A transmissão do novo coronavírus pode ocorrer pelo contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão com uma pessoa infectada. Entretanto, o vírus também pode se espalhar sem que haja esse contato.

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão também pode ocorrer pelo ar ou por contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro. Além disso, encostar em objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com boca, nariz ou olhos.

“No governo Bolsonaro a gente tem dito que ninguém vai ficar para trás. A população de rua é prioridade para o governo, agora vamos acolher, em momento de emergência, mas paralelamente apresentaremos a política pública para a população de rua”, prometeu Damares.

Segundo a ministra, o programa Brasil Acolhedor será uma mobilização nacional para acolher as pessoas em situação de rua.

Sérgio Augusto de Queiroz, secretário especial do Desenvolvimento Social (subordinada ao Ministério da Cidadania), afirmou que há 78.195 pessoas em situação de rua na mira da pasta para receber auxílio e que o governo deve liberar um crédito extraordinário de R$ 2,55 bilhões para ajudá-las.

Locais de acolhimento que desejam receber parte do auxílio devem comprovar seu funcionamento regular e reforças medidas de higiene, priorizando acomodações individuais.

Em São Paulo, entre os quase 2.000 mortos na capital por coronavírus até o momento, 22 vítimas são moradores em situação de rua. A informação foi confirmada ontem pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

Oito deles eram idosos e tinham outras comorbidades, segundo a prefeitura. Há ainda 40 casos suspeitos de covid-19 em pessoas sem-teto.

Não há óbito, ainda de acordo com a administração municipal, de algum sem-teto dentro de estabelecimentos criados para acolher pessoas nesta situação – um albergue e um centro de acolhimento estão disponíveis.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Num país como nosso quem é Ladrão sempre se dá bem, Quem fala bobagem não.
    Mais a ex-PresidANTA falava tanta besteira, mais saiu por outro motivo, herdado de ouro Ladrão. Aliás quem defende à esquerda deveria rever seus conceitos de certo e errado.

  2. Ou seja, vale tudo pelo discurso contra o seu lado politico, até desqualificar a afirmação e revisionar a fala de que "infelizmente os moradores de ruas são esquecidos pela sociedade".

  3. O problema que ela diz à verdade é muitos não tem coragem de falar, vc que crítica ela quando vc ver um mendigo vc aperta a mão de algum, abraça ou vinge que não V ?

  4. Ela tá justamente pondo o dedo na ferida e vc insiste (teimosia) em dizer que ela não tem preocupação.

    1. Severino quem defende esse governo não tem moral pra cobrar reforma moral!

    2. Por que? Um governo sobre o qual não pende nenhuma condenação criminal (por falar besteira?) ou que, dito até por quem saiu dele, não troca cargos por apoio; que é sabotado pelas forças do atraso mais enraizado..Defendo sim… posso ter meus defeitos, mas politicamente vejo que esse governo tem muito mais moral do que os vermes que infestam o Brasil há décadas, donde a esquerda é parte.

    3. Queiram me desculpar. Não tive a intenção de ofender ninguém. Apenas ajudar.

  5. Essa Ministra é uma pessoa de muito bom coração. Tem gente muito abjeta que quer desqualificá-la.

    1. Muito bom coração hahahaha. Ela tem falta de bom senso. Esquece que pessoas em situação de rua são invisíveis para os órgãos oficiais, inclusive o ministério dela.

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Política

Na Suíça, Damares diz que governo tem como prioridade proteger o direito à vida: “sem corrupção, já começa a sobrar dinheiro para proteger nossos brasileiros”

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta segunda-feira (24), durante reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suiça, que, após pegar um país “mergulhado em corrupção e violência”, o governo de Jair Bolsonaro tem como prioridade “garantir e proteger” o direito à vida

“No ano passado, estive nesta tribuna para falar do Brasil que recebemos. Um Brasil mergulhado em corrupção e violência. Decidimos que a nossa prioridade seria garantir e proteger o primeiro e maior de todos os direitos humanos, o direito à vida”, disse a ministra ao abrir o discurso na 43ª sessão do Conselho.

Damares citou alguns números que, segundo ela, mostram que o combate ao crime organizado é prioridade no atual governo. “Em apenas um ano, o número de homicídios já caiu mais de 20%. Mais de 8 mil pessoas não foram assassinadas no Brasil em 2019”, disse. “O número de estupros também foi reduzido e a criança tem sido protegida de forma efetiva”, completou.

“Não fazemos discurso de homenagem aos direitos humanos e à justiça social como cortina de fumaça para o desvio institucionalizado de bilhões de dólares destinados à saúde, à educação, à segurança pública”, acrescentou antes de afirmar que o combate à corrupção possibilitou, ao atual governo, aplicar mais recursos na área social.

“Sem corrupção, já começa a sobrar dinheiro para proteger nossos brasileiros. Um dos muitos exemplos é a recente iniciativa do governo Bolsonaro de pagar pensão vitalícia para crianças nascidas com microcefalia em decorrência do zika vírus”.

Damares destacou que o presidente Jair Bolsonaro sancionou, em 2019, sete leis voltadas ao combate à violência contra mulheres e meninas; a lei que institui o Biênio da Primeira Infância do Brasil, no período de 2020 a 2021, além de ter estabelecido o Conselho da Amazônia.

Destacou também a publicação de um relatório sobre a situação de pessoas LGBT nos presídios brasileiros, que, segundo ela, vai subsidiar a elaboração de um “protocolo de procedimentos e, oportunamente, a edição de portaria para regulamentação de alas ou celas especiais”.

Ela citou também o trabalho feito pelo governo brasileiro no sentido de dar assistência e reconhecer como refugiados “milhares de cidadãos [venezuelanos] que chegam ao Brasil em razão da crise humanitária naquele país”.

“Realizamos mais de 1 milhão de atendimentos emergenciais a venezuelanos na fronteira. Facilitamos o reconhecimento do status de refugiado”, disse. “Reitero, com tristeza, nossa preocupação com as persistentes e sérias violações de direitos humanos cometidas na Venezuela”, completou.

Damares está chefiando a delegação brasileira na 43ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A reunião é o principal encontro de líderes internacionais sobre o tema e contará com a participação de mais de 100 ministros e altas autoridades da área de direitos humanos.

Ao longo da 43ª sessão, que se encerra em 20 de março, estão previstos mais de 200 eventos paralelos, promovidos por países e entidades da sociedade civil.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Essa demente, mente tanto que o "monossílabo" não sente.
    Não conhece a Constituição Federal.
    Aliás, a formatura dela foi lendo a Bíblia no ôio de uma Goiabeira, onde teve uma visão de Jesus.
    O que podemos esperar da Bancada dos Dízimos e Ofertas formada pelos líderes religiosos mais ricos do Brasil que figuram na lista da revista Forbes: Silas Malafaia, RR Soares, Valdemiro Santiago, Bispa Sônia, Estevan Hernandes e Edir Macedo?
    A mentira tem pernas curtas!
    Afinal., "Religião sempre foi um negócio lucrativo". E depois que descobriram a Política então…

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Política

Damares demonstra força entre os mais pobres e acende alerta na esquerda

FOTO: MARCELO CAMARGO / AGÊNCIA BRASIL

Quarta-feira, dez horas da noite. Sob o olhar atento de seguranças, centenas de pessoas deixam o faraônico Templo de Salomão após mais um culto. Marcos Paulo, de 26 anos, está passando as férias com a família em São Paulo e não queria deixar de conhecer a sede mundial da Igreja Universal do Reino de Deus. “Sou cristão há menos de seis meses. Entrei na igreja através da minha família, porque percebi a mudança na vida dela. Eu estava num caminho meio perdido, não estava feliz”, conta o rapaz, oriundo do Mato Grosso do Sul e formado em Direito. “Ainda estou desempregado e estudando para concurso, mas Deus tem agido na minha vida”, completa. Por causa de seu contato com a Igreja Evangélica, conta que vem acompanhando o trabalho da pastora Damares Alves, atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Jair Bolsonaro. “Sou a favor de suas declarações, até porque ela é uma pessoa cristã, uma mulher de Deus, com uma visão do seio familiar. Ela tem tudo para fazer o país caminhar”, argumenta.

Na mesma linha opina Giovana Oliveira, de 27 anos. Ainda que ache que Damares soa às vezes “um pouco brusca demais”, acredita que seu trabalho tem tudo para dar certo, sobretudo se o Governo passe os recursos necessários para abrir “espaços de apoio” para as pessoas. Ela esclarece que não se trata de clínicas médicas, mas sim de lugares onde a pastores evangélicos possam oferecer algum tipo de apoio psicológico ou acolhimento para aqueles que precisam. “Por exemplo, se uma mulher está se separando, ela não vai poder se apoiar no marido. Se alguém está com depressão, com problemas com álcool ou drogas, ela precisa de ajuda… E quem dá esse apoio é a Igreja”, explica.

Damares, “mãe, pastora evangélica, educadora e advogada”, como se apresenta para seus mais de 680.000 seguidores do Twitter, assumiu seu cargo no ano passado dizendo que “o país é laico, mas esta ministra é terrivelmente evangélica”. Desde então vem ocupando o noticiário com declarações que atraem ultraje e aplausos e acenando com a aplicação de políticas conservadoras. A mais recente está relacionada a uma campanha voltada para jovens pregando a abstinência sexual. É com essa abordagem que ela pretende enfrentar problemas importantes, como a gravidez na infância e o aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens. “O argumento que eu estou buscando é: uma menina de 12 anos não está pronta para ser possuída. Se vocês me provarem, cientificamente, que o canal de vagina de uma menina de 12 anos está pronto para ser possuído todo dia por um homem, eu paro agora de falar”, argumentou ao jornal Folha de S. Paulo neste domingo. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, publicada também neste domingo, voltou a defender a política governamental: “Eu pergunto: que dano eu vou trazer para uma criança ao dizer para ela: ‘espera mais um ano’, ‘espera um pouquinho’?. Não vamos eliminar os outros métodos preventivos. Vamos continuar falando da camisinha; vamos continuar falando da pílula; vamos continuar falando dos outros métodos. O que a gente quer, aqui na lista de métodos (contraceptivos), é apresentar mais um. O não ficar agora. Esperar um pouco mais.”

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Lavagem CEREBRAL…..PORQUE NAO DIZER O DIABO ENGANOU, PORQUE NAO SE SENTIRES ENGANADO! ESSA TURMA ALIENA OS BOBOES E OS BOBOES SE ARRASTAM E EMPOBRECEM ACREDITANDO EM MILHAGRES …..SAIAM DAS IGREJAS….E CREIAM EM DEUS….

  2. Essa é fruto do "#ela não", idealizado pela esquerdalha, que debocharam e satirizaram a ministra, tudo que é execrado pelos petralhas, crescem na aprovação popular, a exemplo do #ele não. A falta de credibilidade da esquerda está cada dia mais potencializado

  3. Parabéns à ministra, que está se mostrando mais uma excelente escolha do presidente. E, de quebra, sua simples presença no ministério está escancarando a hipocrisia e inotlerância dessa esquerdalha com quem pensa de forma diferente. Se um esquerdopatas tem o direito de fazer chacota com Jesus Cristo, porque a ministra não poderia defender aquilo em que acredita? E o presidente está sendo absolutamente honesto com o que propôs na campanha eleitoral. Finalmente, um presidente eleito que CUMPRE com suas promessas. Ele foi eleito prá fazer exatamente o que está fazendo. Essa foi a vontade democrática do povo brasileiro. Só falta a esquerdalha aceitar. Dói menos e não atrapalha.

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Diversos

Damares planeja propor adoção de idosos; sugestão deve ser feita ao Congresso como alternativa a instituições

Foto: Ilustrativa

Diante do avanço do envelhecimento da população, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos planeja apresentar ao Congresso uma proposta para permitir a adoção de idosos no país. A ideia é enviar sugestões a parlamentares para regulamentar a possibilidade de “acolhimento” e “adoção” de idosos em situação de vulnerabilidade e abandono.

A partir daí, a pasta pretende desenvolver políticas sobre o tema, afirma o secretário nacional de Direitos da Pessoa Idosa, Antônio Costa.

Um primeiro passo para a mudança ocorreu em dezembro, quando o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, que teve o número de conselheiros reduzido ao longo do ano, derrubou uma resolução de 2008 que impedia o poder público de ofertar o atendimento ao idoso no modelo de “família acolhedora”.

Agora, a pasta planeja debater uma regulamentação junto ao Congresso como “nova alternativa” diante do envelhecimento populacional.

Atualmente, cerca de 30 milhões de brasileiros têm acima de 60 anos. Dados do IBGE estimam que esse número atinja 73 milhões em 2060 —o que também faria a proporção dessa faixa etária na população geral passar de 14% para 32%. Ou seja, 1 em cada três brasileiros em 2060 será sexagenário ou mais velho.

“Com o aumento no envelhecimento, aumenta o abandono, e temos que buscar soluções”, afirma Costa. “Queremos avançar no que é discutido ou incluir uma proposta do governo sobre adoção para que esses idosos tenham mais uma opção além das instituições.”

O secretário diz ver uma brecha para o debate dentro do Estatuto do Idoso, em trecho que aponta “direito à moradia digna, no seio de família natural ou substituta”. A lei, porém, não traz um detalhamento sobre o tema.

Ao mesmo tempo, sugestões semelhantes começam a ganhar espaço no Congresso.

Nos últimos meses, ao menos três projetos que tratam dessa possibilidade passaram a tramitar na Câmara dos Deputados. Um deles, que prevê aplicar também para o idoso uma parte das regras de adoção definidas no Estatuto da Criança e do Adolescente, foi alvo de uma audiência pública em dezembro.

Agora, o ministério analisa a possibilidade de tentar impulsionar a medida. Nas redes sociais, a ministra Damares Alves já definiu o tema como “um sonho que logo poderá ser realidade”.

A proposta, contudo, é vista com ressalvas por especialistas que atuam na área de envelhecimento e direito do idoso.

Rodrigo da Cunha Pereira, presidente do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), afirma que a proposta de dar aval a uma adoção de idosos é “ousada”, mas embute paradoxos e contradições.

“Não é tão simples. Falamos em adoção em um sentido técnico e jurídico de ocupar o lugar de pai e mãe. Se tenho 60 anos, vou ser pai de uma pessoa de 80?”, afirma.

Ele avalia como “mais viável” regular o apadrinhamento, nos moldes do que já é aplicado com crianças e adolescentes que esperam para adoção em abrigos.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. A Michelle já adotou o Bozo e o Lula vai marcar a data da adoçao.
    Quem se habilita com Lavoisier?

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Diversos

Damares reconhece abstinência sexual como ‘política pública em construção’

Foto: Jorge William / Agência O Globo

Diante da repercussão provocada pela informação de que o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos incluiu a abstinência sexual como política pública para sexo seguro e prevenção da gravidez na adolescência, a pasta da ministra Damares Alves divulgou uma nota nesta sexta-feira em que defende a medida, confirma a formulação de uma política pública focada na abstinência e diz ser impossível, por ora, fazer uma “previsão de quanto deve ser gasto e de quais ações serão realizadas”.

Por ainda estar em fase de elaboração, não seria possível “apresentá-la em detalhes para a sociedade”. O ministério afirma na nota que a abstinência não substituirá outros métodos de prevenção, como as abordagens sobre métodos contraceptivos e a distribuição de preservativos.

Reportagem publicada pelo GLOBO no último dia 3 revelou como a abstinência sexual foi incluída em nova frente de políticas públicas voltadas ao sexo seguro entre adolescentes e à prevenção da gravidez na adolescência. Para isso, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos passou a programar eventos, com gastos de dinheiro público, em que se defende a abstinência sexual. A defesa é feita por convidados de entidades religiosas, como o pastor Nelson Neto Júnior, idealizador do movimento “Eu escolhi esperar”.

O movimento inspira o ministério, e o pastor esteve pelo menos duas vezes na pasta, em Brasília. O instituto “Escolhi Esperar” já elabora livros didáticos e séries para serem introduzidas nas escolas, como revelou outra reportagem do GLOBO, publicada na última terça-feira.

O ministério de Damares não está sozinho na formulação de políticas voltadas à abstinência sexual. O Ministério da Saúde acabou com a caderneta da saúde do adolescente, um programa elogiado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e que distribuiu 32 milhões de cadernetas em unidades básicas de saúde em dez anos, com informações sobre puberdade, sexo seguro e prevenção da gravidez. Um ofício de julho mostra a descontinuidade do programa, dois meses depois de o presidente Jair Bolsonaro criticar a caderneta.

A coordenadora de Saúde dos Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, Priscila Carvalho da Costa, estava na plateia do evento feito pelo ministério de Damares a favor da abstinência sexual, em 6 de dezembro, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Priscila fez uso da palavra ao fim das palestras. Ela concordou com o que foi dito pelos palestrantes e defendeu que a abstinência sexual seja levada em conta na hora de definição de políticas públicas. É ela quem assina o ofício do Ministério da Saúde, juntamente com Maximiliano das Chagas Marques, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, comunicando o fim da caderneta de saúde do adolescente. O documento foi assinado em 8 de julho.

Ao contrário do Ministério da Mulher, o Ministério da Saúde segue em silêncio e não respondeu a nenhum questionamento dentre os enviados pela reportagem do GLOBO. Dentro da pasta, a preocupação é deixar a defesa da política de abstinência sexual, alvo de fortes críticas desde a revelação de que a prática passará a ser uma política de governo, para o ministério de Damares.

Política pública

“Diante do relevante debate público atual, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos vem esclarecer que está em formulação a implementação de política pública com abordagem sobre os benefícios da iniciação sexual tardia por adolescentes como estratégia de prevenção primária à gravidez na adolescência”, diz a nota divulgada nesta sexta.

“Foi nesse sentido que o ministério realizou no dia 06/12/2019 seminário sobre a prevenção da gravidez precoce. O objetivo foi promover o diálogo sobre tais abordagens como meio de diversificar metodologias existentes.” No evento, não havia palestrantes que não fossem ligados a correntes religiosas ou críticos da abstinência sexual.

A pasta diz que “os estudos estão sendo aprofundados” e que “a política pública ainda está em construção”. Por essa razão, “ainda não é possível apresentá-la em detalhes para a sociedade”. O ministério voltou a defender que estudos científicos apontam êxito desse tipo de política, citando um único estudo feito no Chile em 2005. A pasta ignorou diversas outras pesquisas, todas mais recentes e boa parte feita nos Estados Unidos, onde o governo brasileiro busca inspiração, que mostram o fracasso desse tipo de política.

“É necessário deixar claro que esse programa não irá se contrapor às políticas de estímulo ao uso de preservativos e outros métodos contraceptivos. Será complementar. O ministério quer ampliar os direitos de crianças e adolescentes com enfoque na valorização da pessoa humana, fortalecimento da saúde emocional e conscientização sobre os impactos decorrentes da vida sexual. As abordagens variam de acordo com contextos regionais e as faixas etárias e socioeconômicas”, afirma a nota.

“A proposta é oferecer informações integrais aos adolescentes para que possam avaliar com responsabilidade as consequências de suas escolhas para o seu projeto de vida. Dessa forma, essa política está sendo considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100% eficaz.”, diz outro trecho.

Com uma citação ao Código Penal, o ministério de Damares defendeu que crianças e adolescentes de até 14 anos sejam “protegidos” da prática de atos sexuais. “O artigo 217-A do Código Penal caracteriza como crime de estupro de vulnerável ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos. Ultrapassada a idade prevista, o fornecimento de métodos contraceptivos já é direito legalmente assegurado, assim como a educação sexual para o seu uso.”

A nota finaliza: “Assim, a política irá fornecer informações às famílias, crianças e adolescentes, como forma de assegurar direitos constitucionalmente garantidos como a vida, educação, saúde, lazer, qualificação profissional, esportes e cultura, sendo este um mandamento constitucional.”

O Globo

 

Opinião dos leitores

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Diversos

Damares abre Disque 100 para professores alertarem sobre pais

Foto: Sérgio Lima/Poder360

A ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, decidiu abrir o canal Disque 100 para que também os professores façam denúncias contra pais que não acompanham a vida escolar de seus filhos. A medida será implantada em 2020.

LINHA DIRETA 

Em caso de necessidade, a pasta acionará o Conselho Tutelar da região em que for registrado o descaso.

VAMOS JUNTOS 

O ministério afirma que a iniciativa não pretende criar uma onda de denuncismo, mas sim mapear problemas.

ME CHAMA 

Há algumas semanas, a ministra causou polêmica ao afirmar que criaria um canal para que pais denunciassem professores que, nas aulas, atentem contra a moral, a religião e a ética da família.

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. vije, vai precisar de muita gente pra atender pq os filhos não estudam, ficam nos pátios namorando, até saem de moto no horário da aula pra ir se reproduzir…

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Geral

Damares, sobre lei de abuso de autoridade: “Serei a primeira a ser enquadrada. Vão dizer que não posso expor mais a corrupção que estou encontrando”

Damares Alves foi ao Twitter e também criticou a aprovação da lei do abuso de autoridade pela Câmara.

“Eita que serei a primeira a ser enquadrada na lei do ‘abuso de autoridade’. Vão dizer que não posso expor mais a corrupção que estou encontrando. O Congresso Nacional errou feio”, tuitou a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

O Antagonista

 

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Saúde

Damares diz que Brasil enfrenta “epidemia de suicídio”, e alerta para casos de crianças e jovens; ministra afirma que país pode ficar impressionado quando tiver números atualizados

Foto: Reprodução TV Brasil

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que o Brasil “está diante do caos da epidemia de suicídio”.

Para ela, o país pode ficar impressionado quando tiver números atualizados sobre o problema. “É possível que a gente se assuste. Que a gente esteja entre os cinco primeiros no mundo em suicídio e automutilação”, afirmou.

Damares Alves ressaltou que há um fenômeno dessas ocorrências entre crianças. “Nós temos registro de crianças de seis anos no Brasil que se suicidaram. A menina mais jovem que conversou comigo, que estava se automutilando, e querendo se matar, tinha sete anos”, revelou. Os casos também são cada vez mais comuns entre os jovens.

Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar nesta terça-feira (6) às 23h, na TV Brasil, da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), a ministra fez um apelo: “Todos eles que estão se autoflagelando e tentando o suicídio falam que estão com dor na alma. E a gente não pode subestimar isso. Não subestime e, por favor, não recrimine. Não use essa frase ‘é frescura, quer aparecer’. Não é! Essa geração está em profundo sofrimento. Nós vamos ter que entender, saber o que está causando esse sofrimento. Essa geração não sabe lidar com conflitos”.

Damares disse ainda que acredita que enfrentar esse tema é um desafio da humanidade e que o Brasil já amarga números absurdos.

A ministra lembrou que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o país já é o oitavo no mundo, mas que o relatório é de um período em que havia subnotificação. Com a nova legislação, sancionada este ano no país, será obrigatório informar suicídio, tentativa e o resultado de investigação criminal que comprove que a pessoa optou pela própria morte. A automutilação também terá de ser registrada.

Damares afirmou o ministério focou nas orientações estabelecidas pela OMS para falar sobre o assunto, para não haver risco de efeito contágio.

“Vamos ter que fazer uma revisão de valores, ir para a escola, conversar com os pais, trazer todo mundo para esse debate. Temos que ter muito cuidado e delicadeza para falar. Obedecer protocolos. Nós precisamos começar a falar com os líderes religiosos que a oração é importante, a fé nesse processo é importante, mas a gente também está diante de uma questão de saúde mental”, alertou.

Segundo a ministra, já há uma parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria para os profissionais de saúde fazerem tutoriais para o ministério e a pasta treinar jornalistas, blogueiros, professores, conselheiros tutelares e líderes religiosos.

R7 com Agência Brasil

Opinião dos leitores

    1. Damares está fazendo muito… gostei muito do projeto de jesus na goiabeira e do projeto de menino veste azul e menina rosa…kkkkkkkkk

    2. Gente como vc jamais reconhecerá o trabalho dessa ministra. Seu comentário desprezível certamente é compatível com seu caráter.

    1. Claro que sim, desde que confiáveis. Por exemplo, pesquisas de institutos de esquerda não merecem confiança e isso já foi comprovado várias vezes por efetivos resultados eleitorais.

  1. Parabéns, Ministra. Esse assunto é importante e precisa ser tratado. Deixe as discussões de ideologia de gênero fora das escolas e com as bestas que querem impor essa agenda nefasta.

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Política

Damares apresenta a Moro proposta para agravar pena de abuso sexual

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, entregou nessa segunda-feira (6) uma proposta legislativa para agravar pena nos casos em que o abuso sexual é cometido por pessoas ou profissionais que se aproveitam de situações de confiança para cometerem os crimes. A ministra citou, como exemplo, líderes religiosos, médicos e professores.

O documento foi entregue por representantes da força-tarefa do Ministério Público de Goiás (MP/GO) que investiga o caso João de Deus, que acompanharam Damares na reunião que teve com o ministro da Justiça.

Moro disse que a proposta será analisada internamente e será avaliada a melhor estratégia para que seja apresentada ao legislativo.

Agência Brasil

 

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Política

Damares: “Informo que não pretendo sair do governo”

Damares Alves encaminhou uma nota a O Antagonista desmentindo a reportagem da Veja:

“Informo que não pretendo sair do governo.”

O Antagonista

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Política

“Damares pode achar que não tem importância, mas tem, e está fazendo um trabalho excepcional”, diz Bolsonaro

Foto: Jorge William / Agência O Globo/21-02-2019

Durante seu pronunciamento semanal via Facebook, na noite de quinta (21), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que costuma ouvir seus ministros antes de tomar decisões e que nessa prática inclui “até a Damares, que pode achar que é uma ministra com importância não muito grande”.

Bolsonaro referia-se a Damares Alves, chefe do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos em seu governo. Ele afirmou que a ministra “tem importância” e que “está fazendo um trabalho excepcional”.

O comentário foi feito na parte final da transmissão ao vivo feita pelo presidente durante sua viagem ao Chile, onde fica até sábado. Bolsonaro falava sobre a proposta de reforma da previdência dos militares, apresentada ao Congresso Nacional na própria quinta-feira.

— Quero deixar bem claro que (em) qualquer decisão minha eu ouço qualquer ministro da área. Não tomo sozinho, até porque eu posso errar. Eu tenho que ter responsabilidade. É óbvio. Até com a Damares, que pode achar que é uma ministra com importância não muito grande… mas tem importância — disse Bolsonaro. — A Damares é uma ministra que trata da questão da família, direitos humanos. Eu converso muito com ela e está fazendo um trabalho excepcional lá no seu ministério.

Logo após, ele voltou a insistir na importância da conversa com seus ministros sobre todos os temas do governo.

— O nosso trabalho é esse. É conversar e chegar à conclusão do que pode ser feito. Tudo o que esse governo poderá fazer será feito — ressaltou o presidente.

‘Síndrome de Drown’

Durante seu pronunciamento, o presidente também lembrou que ontem foi o Dia Internacional da Síndrome de Down e explicou que a escolha da data (21/3) faz alusão ao nome técnico da síndrome, trissomia do cromossomo 21.

“Hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Drown”, disse Bolsonaro, sendo corrigido pelo general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que estava a seu lado.

O presidente também lembrou à audiência que fazia aniversário naquela data, assim como “Ayrton Senna e o Ronaldinho Gaúcho, que não deu muita alegria na última Copa”.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Claro que está. Fosse outro o encaminhamento, estávamos vendo as crianças sendo obrigadas a assistir aulas sobre ideologia de gênero nas escolas. Somente isso consiste numa riqueza para as famílias.

    1. E já mudou o que nas escolas?? alienado kkkkkkkk mudou nada ainda!

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