Judiciário

Bolsonaro diz que diálogos de Dallagnol e procuradores demonstram perseguição à sua família e configuram crime; presidente condena ‘brincadeira de colegas’

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 26, que “vários diálogos” entre o procurador da República Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, e membros do Ministério Público demonstram “perseguição” à sua família.

O chefe do Executivo citou que diálogos revelados entre procuradores da Lava Jato sobre vazamentos de dados de sua família ocorreram em 2019, quando Bolsonaro já era presidente. Ele mencionou ainda ter havido um movimento para “cooptar” seu entorno para a indicação do novo Procurador-Geral da República em 2019, quando decidiu escolher Augusto Aras para o cargo, nome que estava fora da lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR).

“A perseguição à família Bolsonaro se mostra em vários diálogos entre Dallagnol e membros do MP (Ministério Público). Além de quebra criminosa de sigilos, a tentativa de cooptar o entorno do Presidente da República para a escolha do PGR em 2019”, escreveu em sua página oficial do Facebook.

“Dellagnol querer dizer ser brincadeira tais diálogos demonstra querer fugir de sua responsabilidade. Os diálogos do vazamento da família ocorreram em 2019, onde Bolsonaro já era Presidente da República. ISSO É CRIME!”, afirmou.

Na publicação nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou texto que cita um “complô” contra sua família, em especial o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O senador é alvo de investigação que apura desvios de salários de funcionários em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Na quarta-feira, 24, o presidente encerrou uma entrevista coletiva ao ser questionado sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de anular a quebra do sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro no âmbito das investigações das chamadas “rachadinhas”.

A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal, que não confirmou o conteúdo “das mensagens, mas informou que as frases teriam sido ditas em tom de brincadeira pelo chefe da Força Tarefa da Operação “Lava Jato, Deltan Dellagnol. Em nota, o MPF diz de forma genérica, não reconhecer os diálogos, mas que a fala foi somente “uma brincadeira entre colegas de trabalho, mesmo tratando-se de um assunto sério. Veja a íntegra da nota do MPF:

Foto: Reprodução

Com Isto É, Estadão e Agora Paraná

Opinião dos leitores

  1. Verdade Pepe, a lei deve ser igual para todos, e os integrantes da lava jato sempre estiveram corretos. Falam do Presidente por suas posições, comentários, etc, porém não apontam um ato de corrupção conduzido ou com a participação do mesmo.

  2. Este pessoal da lava jato corta de direite e de ezquerda não têm casuismo,é a Lei,os verdadeiros mitos.

    1. Imbecil, você não dizia que a lava jato era uma manobra pra eleger Bolsonaro. Isso deixa claríssimo: a lava jato não pactua com o crime, seja lá quem for, em qualquer tempo ou qualquer hora, respeito só com a pátria e com o cidadão de bem. E c'est fini.

  3. Vai ZeGado, o que quero ver e sorrir é vcs defendendo o presidente ????????????????vai ser interessante, afinal, se o juiz Moro errou, levando em conta as conversas gravadas, a coisa vai correr para absolvição de todos, vai ficar muito interessante para o Brasil.

  4. Imagina em que o boy do powerpoint votou: Haddad ou O minto?
    Precisa nem responder.
    Mas uma lotota do minto.

  5. Puxa, tadinho do inepto MINTOmaníaco! Ele nomeou um PGR petista amigão de José Dirceu do PT mas ninguém pode falar nada talkei!

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Judiciário

Moro enviou a Dallagnol dossiê contra ministro potiguar do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Sergio Moro, quando era juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, elaborou dossiê sobre o ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e o enviou ao procurador Deltan Dallagnol. Após pressão da autoproclamada força-tarefa da “lava jato”, Ribeiro Dantas deixou de ser relator dos processos da operação na corte.

As mensagens constam de petição apresentada pela defesa do ex-presidente Lula, nesta segunda-feira (22/2), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades. A ConJur manteve as abreviações e eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

Em conversa no Telegram em 17 de dezembro de 2015, Sergio Moro diz a Deltan Dallagnol que precisa de manifestação do MPF no pedido de revogação da prisão preventiva do pecuarista José Carlos Bumlai até às 12h do dia seguinte. Em seguida, o então juiz federal critica a atuação de Ribeiro Dantas.

“Olhem isso que bizarro. Marcelo Navarro denegava soltura em casos MUITO MENOS GRAVES e com muitos menos fundamentos. Ele não substituía sempre com base no argumento de que a pena é superior a 4 anos!!! Vou selecionar uns acórdãos de casos bem mais fracos ainda, mas segue análise feita aqui e as ementas.”

Moro então envia a Dallagnol decisões de Ribeiro Dantas quando era desembargador do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, compiladas por José Avelino de Souza Júnior, diretor do Núcleo de Processamento dos Feitos Penais da corte.

“Dr. Deltan, basicamente o Min. Marcelo Navarro, então Des. Fed. do TRF5, manteve a maioria das prisões preventivas quando apreciou HCs contra as decisões originárias, pelo menos considerando as decisões mais recentes (de 5/2012 até 4/2015). Pelo que percebi, o argumento maior e que se repete é a higidez/idoneidade dos decretos prisionais, fundados na necessidade da efetiva aplicação da lei penal, na conveniência da instrução processual e na garantia da ordem pública, e a ausência de irregularidades que pudessem caracterizar coação ilegal.”

Matéria completa AQUI no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Parece que os santos da lavajato eram de barro. Andaram muito rápido com o andor, os santos caíram, e como eram de barro se quebraram.

  2. O que fizeram com o ex desembargador Marcelo Navarro foi de uma canalhice criminosa. Típico de quadrilha de mafiosos. As instruções brasileiras estão com infiltração grande de marginais!

  3. Se comprovada essas mensagens, cada dia fico mais convencido do caráter integro e honesto de Sérgio Moro, não existe uma conversa divulgada ilegalmente em que ele falseie a verdade, provas ou use qualquer subterfúgios que possa prejudicar a nação, só a defende de corruptos e desonestos. Incrível, quanto mais tentam incriminá-lo, mais ele se solidifica como herói.

    1. Pixuleco, não sabia, além de retardado, você é mouco? Não sei como te deixam escrever merda o dia todo.

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Judiciário

Corregedor potiguar do CNMP instaura procedimento contra Dallagnol por críticas a decisão de Toffoli

Foto: Montagem

O CNMP irá apurar possível infração disciplinar por parte do procurador da República Deltan Dallagnol, em uma série de postagens realizadas em rede social em que faz críticas à decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que suspendeu a realização de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra.

O Corregedor potiguar Rinaldo Reis Lima, do CNMP, ressaltou que chegaram ao seu conhecimento os fatos e que irá apurar, determinando a instauração de Reclamação Disciplinar.

Em uma “thread” de oito tweets, Dallagnol disse que o STF não tem competência sobre o caso e que “o ambiente parlamentar, assim como qualquer outro ambiente, não pode funcionar como um bunker que permita a ocultação de crimes”.

O procurador ainda afirma que a decisão se trata de solução casuísta equivocada juridicamente.

Matéria com detalhes aqui no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Pronto, polícia nenhuma entra mais nos gabinetes dos senhores congressistas, prato cheio pra se utilizar o local pra esconder dinheiro, joias, obras de arte e outras milacrias adquirida através da roubalheira.

  2. Ninguém pode contrária o Deus Toffoli, isso é que é democracia, o presidente desta corte e sem duvidas um criador de insegurança jurídica.

  3. O fanatismo por duas facções políticas criminosas, está acabando com o mecanismo usado para exterminar facções políticas criminosas.

    1. Meu amigo, Super Sérgio Moro 2022, você e eu não sabemos nem um grão de areia dessa novela que está mais para 'soap opera'. Só vamos compreender sem o calor da paixão daqui a uns trinta anos. Até lá não passamos de figurantes.

    2. Pelo que estou entendendo, Moro e Deltan são bandidos??? É isso??? Então quer dizer que Lula é inocente???
      Pelo que estou vendo estão querendo sujar o então Juiz Sérgio e a Lava Jato. Se isso acontecer, provavelmente vai limpar Lula.

    3. Quem está dizendo isso é você. Eu pensei outra coisa, mas deixa pra lá. Nada supera a realidade.

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Judiciário

Dallagnol: “Dizer que a Lava Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade”

Foto: Reprodução/Twitter

Deltan Dallagnol reagiu no Twitter ao ataque de Dias Toffoli:

Dizer que a Lava Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade:

1. É fechar os olhos para a crise econômica relacionada a fatores que incluem incompetência, má gestão e corrupção.

2. É culpar pelo homicídio o policial porque ele descobriu o corpo da vítima, negligenciando o criminoso. Os responsáveis são os criminosos. A Lava Jato aplicou a lei.

3. É, assim, fechar os olhos para a raiz do problema, a prática por muitos políticos e empresários de uma corrupção político-partidária sanguessuga, que drena a vida dos brasileiros.

4. É fechar os olhos para o fato de que a Lava Jato vem recuperando por meio dos acordos mais de R$ 14 bilhões de reais para os cofres públicos, algo inédito na história.

5. Seguiremos aplicando a lei, que ainda é muito inefetiva no Brasil. Nos Estados Unidos, a prisão acontece depois da primeira ou segunda instância. Sem efetividade da lei, não há rule of law ou estado de direito.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Parabéns!!
    Esses caba do Paraná são cru!!
    São tudo culhões roxo mesmo.
    O Brasil pegasse uma safra só de homens e mulheres desse naipe no congresso, a história era outra.

  2. Quebrou sim e de forma irresponsável, não visaram só as pessoas físicas e destruiram as empresas. Na verdade o único objetivo era destruir o PT ou melhor Lula, o resto sempre foi resto.

    1. Pois é, Carlúcio. Queriam somente acabar com o melhor partido do mundo e com o homem mais honesto nascido em solo brasileiro.

    2. Diante da crença religiosa e cega alheia e a fé que idolatra corruptos não há o que comentar né?!

  3. Mais um herói do povo brasileiro.
    E como tem surgido pessoas de bem, bom caráter com o atual governo.
    Parabéns Deltan, tem o meu respeito.
    Tem uns cinco ali no STF que não vale o que o gato enterra.

  4. A Lava Jato, na verdade, destruiu um cartel de empreiteiras que comprou um presidente da República e seus dois sucessores, além de ter comprado também praticamente todos os partidos, representando mais da metade do Congresso Nacional. Quem destruiu empresas foram os corruptos que as utilizaram como instrumento para tomar o Brasil de assalto.

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Judiciário

Dallagnol é punido com advertência por críticas a ministros do STF

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu nesta terça-feira (26), por 8 votos a 3, punir o procurador da República Deltan Dallagnol com uma advertência por ter dito em entrevista que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) eram lenientes com a corrupção.

Trata-se da primeira punição disciplinar da carreira de Dallagnol. A advertência é a pena mais branda nas sanções que o CNMP pode aplicar a membros do Ministério Público Federal (MPF), mas em caso de reincidência pode resultar em punições mais graves. A sanção também prejudica a promoção.

Dallagnol ainda responde a outros dois procedimentos disciplinares que constam na pauta de julgamentos do CNMP desta terça-feira (26), um aberto por iniciativa do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e outro pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO).

Julgamento

Dallagnol foi punido no processo administrativo disciplinar (PAD) aberto em abril a pedido do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, após o procurador ter dito, numa entrevista à rádio CBN, em agosto do ano passado, que os ministros da Segunda Turma do Supremo “mandaram uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção”.

O procurador fez uma crítica à decisão em que a Segunda Turma do STF retirou trechos da delação da Odebrecht das mãos do então juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Sua defesa alega que ele apenas exerceu sua liberdade de expressão e não incorreu em nenhuma falta disciplinar.

Para o relator do caso, conselheiro Luís Bandeira de Mello, o procurador agiu com “ausência de zelo pelo prestígio de suas funções, falta de decoro, urbanidade”, violando seus deveres funcionais previstos na legislação pertinente.

“É um excelente procurador da República, e é bem verdade que o trabalho que ele faz revolucionou o Judiciário, revolucionou a sociedade, revolucionou a quadratura atual em que nós vivemos, mas é necessário registrar que esta atuação não pode servir como um salvo conduto para ele manifestar o que desejar, do modo como desejar, como vinha fazendo de modo excessivo”, disse Bandeira.

O relator foi acompanhado pelos conselheiros Otávio Rodrigues, Sandra Krieger, Fernanda Marinella, Valter Shuenquener, Luciano Maia, Sebastião Caixeta e Rinaldo Reis, que é o corregedor nacional do MP. Divergiram o vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, e os conselheiros Silvio Amorim e Oswaldo D’Albuquerque.

Defesa

O advogado Francisco Rezek, ex-ministro do STF, disse durante o julgamento que os termos utilizados por Dallagnol foram de fato “inadequados, deselegantes”, mas que de forma alguma ele havia violado seu decoro funcional.

Rezek pediu aos conselheiros que observassem o princípio da proporcionalidade no caso, pois embora as palavras de Dallagnol tenham sido “infelizes”, elas parecem brandas quando confrontadas com as manifestações de outras autoridades.

“Dos três lados da Praça dos Três Poderes, tudo o que temos ouvido é o desregramento verbal, é a falta de padrões de continência”, disse Rezek, afirmando que o Brasil se tornou “uma República de boquirrotos”.

Ainda em defesa de Dallagnol, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George da Nóbrega, disse que as manifestações do procurador se enquadram na liberdade de crítica a autoridades da República. “Para fortalecer o Estado Democrático de Direito, todas as críticas, ainda que árduas e duras, precisam ser toleradas e admitidas”, defendeu.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Força querido Deltan…infelizmente até Jesus Cristo foi injustiçado , mas ele está contigo e nós te admiramos e apoiamos.

  2. Quer dizer que ministros do stf podem achincalhar, xingar, destratar os operadores da lava jato, já qualquer outro cidadão não pode fazer qualquer crítica contra esses intocáveis, já não basta esses ministros serem imunes a qualquer investigação, mesmo com evidencias enormes de irregularidades. Um escárnio isso

    1. E haja escárnio, Dilma. É um acinte para com as pessoas de bem. As "insolências" do STF deveriam estar no Panteão, julgam-se deuses. Vivem de benesses; são servidores públicos que jamais servem ao público, mas a um grupo seleto de detentor de poder e que pode oferecer-lhes "pequenos mimos"; pessoas que têm acesso aos mais caros escritórios de advocacia, tornando-se, assim, imunes e impunes.

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Judiciário

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nega afastamento de Deltan Dallagnol pedido por Renan Calheiros

Procurador Deltan Dallagnol diz que que suas publicações estão protegidas pela liberdade de expressão – Arquivo/Agência Brasil

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) negou nesta terça-feira (10), por unanimidade, um pedido de afastamento do coordenador da Lava Jato no Paraná, procurador da República Deltan Dallagnol, de suas funções.

O afastamento fora pedido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), em uma reclamação disciplinar no CNMP. Ele acusa o procurador de ter exercido atividade político-partidária, o que é vedado a membros do MP.

Em janeiro, em uma série de posts em sua conta no Twitter, Dallagnol se posicionou contra a eleição de Calheiros para a presidência do Senado. O procurador escreveu, por exemplo, que caso o emedebista fosse eleito “dificilmente veremos reforma contra corrupção aprovada”.

Nos posts, o procurador pediu ainda a seus seguidores que fizessem campanha pelo voto aberto, de modo a constranger os senadores a não votarem em Calheiros. Ao final, após uma longa e conturbada sessão, a votação acabou sendo fechada, mas o senador alagoano perdeu a eleição para o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Nesta terça-feira (10), o corregedor do CNMP, Orlando Rochadel, votou para que a reclamação de Calheiros resulte na abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD), mas não por atividade político-partidária, e sim por quebra de decoro, tipo de violação funcional cuja sanção, de censura, é mais branda.

“Não configura atividade político-partidária a crítica pública por parte de membro do Ministério Público, sendo vedado contudo ataques de cunho pessoal”, disse Rochadel. Para o corregedor, “evidenciou-se nítida manifestação de cunho politico a merecer reprimenda”.

Ao proceder dessa maneira, contudo, o corregedor esvaziou a possibilidade de o CNMP afastar Dallagnol, uma vez que a legislação não prevê o afastamento nos casos de processamento por violações menos graves.

Um pedido de vista (mais tempo de análise) do conselheiro Fabio Stica, porém, adiou, sem prazo definido, o fim do julgamento sobre a abertura ou não do PAD contra Dallagnol. Ainda assim, os conselheiros decidiram votar, de modo separado e unânime, contra o afastamento.

Defesa

Em sua defesa, Dallagnol alegou que suas manifestações nas redes sociais se deram em defesa da pauta apartidária do combate à corrupção, e que citou o nome de Calheiros dentro dos limites da civilidade, unicamente por ele ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).

O procurador argumentou ainda que suas publicações estão protegidas pela liberdade de expressão. Ele disse ainda que não fez campanha a favor de nenhum candidato específico, e que mesmo se o tivesse feito, não seria capaz de influir no resultado da eleição para a presidência do Senado.

Nesta terça-feira (10), o advogado Francisco Rezek, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) e que representa Dallagnol no CNMP, disse que as acusações não passam de “um delírio”. Para o defensor, houve “um ativismo politico, sem dúvida, mas isso não é atividade político-partidária”.

Procedimentos

Ao todo, Dallagnol é alvo de ao menos 10 procedimentos no CNMP, todos do tipo reclamação, um estágio preliminar, com a exceção de um caso, que já provocou a abertura de PAD, capaz de resultar em alguma sanção administrativa contra o procurador.

O PAD, que apura “manifestação pública indevida”, diz respeito a uma entrevista à rádio CBN em que Dallagnol criticou a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal, afirmando que eles passam à sociedade uma mensagem de leniência com a corrupção. O procedimento foi aberto a pedido do presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Mensagens

Dos 10 procedimentos, sete desses estão relacionados à divulgação, pelo site The Intercept Brasil, de diálogos por meio eletrônico, atribuídos a Dallagnol com outros membros da Lava Jato e com o então juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública.

Um desses casos ligados às mensagens já havia sido arquivado por Rochadel. O corregedor alegou não poder auferir a autenticidade das mensagens, que, ademais, não trariam nenhum teor de cunho irregular. No mês passado, entretanto, o plenário do CNMP decidiu desarquivar a reclamação disciplinar, aberta a pedido de quatro conselheiros.

Em diversas manifestações públicas, os citados na suposta troca de mensagens contestam a autenticidade dos diálogos. Ainda que fossem verdadeiras, as conversas não representariam nenhum desvio funcional, alegaram os envolvidos em várias oportunidades.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Absurdo esse pedido. o cara consegue freiar os ímpetos de uma quadrilha poderosa que dilapidava o patrimônio dos brasileiros(olhe q não é milhões de reais roubados não, é trilhões de reais meu amigo, inclusive já recuperado alguns bilhões de reais) ainda tem que ficar respondendo alguma coisa. Só nesse país de tontos mesmo

  2. Renan Calheiros, o segundo homi mais honesto do mundo sendo importunado pelo MP.
    Que absurdo!

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Judiciário

CNMP tira de pauta processo contra Dallagnol apresentado por Renan Calheiros

Foto: (Heuler Andrey/AFP)

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), órgão responsável por fiscalizar a atuação das instâncias do MPF no país, não vai analisar na sessão plenária desta terça-feira, 13, uma ação que pode levar ao afastamento do procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, de suas funções no Ministério Público Federal (MPF). O corregedor do CNMP, Orlando Rochadel, que é o relator de um pedido feito pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) contra Dallagnol, retirou o tema da pauta.

Rochadel sustentou que o procurador deve ser notificado a se manifestar sobre um aditamento feito por Renan na reclamação disciplinar, movida pelo senador no CNMP em março e que levou à instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) em junho. Na semana passada, em novos requerimentos ao conselho, o emedebista pediu que Dallagnol seja afastado do cargo.

A reclamação protocolada por Renan Calheiros afirma que Deltan Dallagnol violou sua função ao fazer campanha contra o senador em meio às eleições de 2018 e à disputa pela presidência do Senado, entre janeiro e fevereiro de 2019 – Renan foi derrotado pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) na eleição interna.

Na sessão desta terça-feira, o plenário do CNMP analisaria a decisão de Orlando Rochadel de instaurar o PAD contra Dallagnol, mas, após o novo pedido do senador alagoano, havia a expectativa de que o afastamento também pudesse ser apreciado pelo plenário do órgão.

O CNMP é composto por catorze conselheiros, entre os quais a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), da Câmara dos Deputados, do Senado e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de ministérios públicos estaduais e do Distrito Federal.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Esse Brasil é uma piada. Um senador do mais baixo nível moral, que é esse Renan Calheiros, entrando com uma ação contra o Procurador da Lava jato. É para virar piada e acho que dois motivos levou esse cara fazer isso: medo de ser preso pela falcatruas que tem a responder e a falta de caráter mesmo.

  2. Total inversão de valores. Pseudas mensagens obtidas de forma criminosa, cuja veracidade não se pode comprovar (várias foram comprovadamente adulteradas e tiradas do contexto), sendo utilizadas por investigados notórios (alguns já condenados) para tentar denegrir a imagem de autoridades públicas íntegras, que finalmente estão conseguindo punir bandidos poderosos. E ainda vemos uma porção de insanos torcendo pelos bandidos, pelo "lado negro da força". Como alguém não se envergonha de estar do mesmo lado do notório Renan Calheiros? É inacreditável a demència causada pelo fanatismo e/ou pela defesa de "boquinhas". Ah! Humanidade podre.

  3. Corrupção e falta de ética é a mesma coisa. Ambos precisam ter respeito com o povo. Não adianta combater corrupção sendo corrupto.

  4. Só reforça o meu pensamento. Veja o tamanho do peixe que dr Deltan tem que enfrentar, de maneira que esses caras tem que converssar mesmo, tem que tirar essas pestes do caminho dos brasileiros, urgente! Se precisar pisar fora da faixa dr, pise só não deixe um corrupto desses atrapalhar o Brasil, esse cangaceiro, responde uma porrada de processos, um cara desses não pode ser presidente, nem de um grêmio estudantil, o que dirá do Senado Federal.
    Arrocha dr Deltan. Bota pra torá nesses corruptos. Pode converssar, com gatos, cachorros e papagaio, não interessa, o povo brasileiro de bem, está com o senhor.

  5. É complexa a situação desse país, um político com a ficha de Renan Calheiros entrando com representação contra um Procurador da República que combate a corrupção, só no Brasil isso acontece.
    No popular: "É a personificação da inversão de valores morais que esse país vive".
    Quem mais se posiciona contra membros da justiça são aqueles beneficiados pelo foro privilegiado que tem vários processos parados no STF. Até quando veremos tais atrocidades morais ter voz e fez?????

    1. Realmente, DECEPCIONANTE isso. O Brasil não pode se calar e ficar omisso., o deltan lutou bravamente, com todas as suas forças e armas, tentando defender o país, das mãos dos maiores ladrões de dinheiro público que o mundo já viu, todos eles poderosissímos, com estruturas em todos os poderes da república, e como num jogo de xadrez, foi derrubando peças por peças, pra após várias batalhas intensas, dar um xeque mate. Entretanto ainda te um caminho muito longo pra aniquilar essa quadrilha poderosa. É que os CANALHAS bandidosvrenascem das cinzas, mas DEUS é maior e está no nosso lado. Viva Delagnol, o cavaleiro dos justos.

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Judiciário

Dallagnol renova o compromisso da Lava Jato

Nesta segunda-feira, depois do roubo de suas mensagens, Deltan Dallagnol voltou ao Twitter:

“A força-tarefa renova seu compromisso de prestar um serviço de excelência à sociedade na esfera da Justiça, continuando a promover a responsabilização de criminosos poderosos e a recuperar bilhões desviados em favor dos brasileiros.”

Opinião dos leitores

  1. Lamentável o comportamento de parte da imprensa, que quer, por fim da força, colocar o rótulo da improbidade em pessoas como o Grande Juiz e o hoje Ministro da Justiça Sérgio Fernando Moro e no Dr. Deltan Dalagnoll. Tão lamentável quanto, é o movimento desta mesma imprensa atirando, com força, contra a Lava Jato. À Imprensa Marron, ficam os sinceros agradecimentos da bandidagem. Pobre Brasil!

  2. Bom é ver os criminosos comemorando e pedindo a anulação de tudo e soltura de todos. Isso tudo com base em um crime cibernético, sem amparo legal e promovido sabe lá quem. Esse crime cibernético provavelmente nasceu e está crescendo no âmbito de grandes das ORCRIM´s .

  3. Patéticos, vcs dado ridículos, bando d chorume humano, voltem para o esgoto de onde nunca deveriam ter saído.

  4. Meta a chibata nesses sem futuro. Não é só o crime que é organizado, a Polícia junto com a justiça também trabalham Unidas, com uma pequena diferença, uma se une para roubar a outra para prender os bandidos.

  5. Que Deus proteja os homens de bem desse país e que Nossa Senhora Aparecida esteja ao lado deles dando-lhes coragem e determinação para seguir em frente e tentar limpar nosso país dessa praga de corruptos. Pelo menos tirar a lama, depois se limpa o resto.

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Judiciário

Lula perde ação contra Dallagnol por PowerPoint

Dallagnol apresenta power point durante coletiva (Foto: Rodolfo Buhrer/FotoArena/Estadão Conteúdo)

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, nesta quarta-feira (5), o pedido de indenização por danos morais pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o procurador Deltan Martinazzo Dallagnol.

No pedido, Lula alegou que teve seus diretos de personalidade afrontados durante entrevista coletiva concedida por Dallagnol em setembro de 2016. O G1 procurou a assessoria de Lula e aguarda resposta.

Os advogados de Lula acusaram Dallagnol de promover “injustificáveis ataques à honra, imagem e reputação” de Lula, “com abuso de autoridade” durante a coletiva de imprensa realizada em 14 de setembro de 2016, durante a qual, o procurador apresentou denúncia criminal contra Lula. Na coletiva, Dallagnol mostrou um power point com o nome de Lula no centro e atribuiu a ele o papel de chefe de uma organização criminosa.

Para o relator da apelação, desembargador Salles Rossi da 8ª Câmara do Direito Privado do TJ, no entanto, “não se vislumbra ocorrência de dano moral indenizável”.

Segundo o magistrado, o procurador da República “agiu no exercício de suas funções/atribuições”. “Na referida entrevista – concedida após o oferecimento da denúncia e não antes dela – foram expostos os fatos que a embasaram, que eram objetivo de investigação há muito amplamente divulgados pela mídia nacional e internacional”, escreveu o desembargador em seu voto.

Também participaram do julgamento do recurso os desembargadores Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho e Silvério da Silva. A votação foi unânime.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Fez-se justiça com relação a mais uma das inúmeras investidas do presidiário corrupto e lavador de dinheiro contra a justiça e as instituições brasileiras. Mas o desprezo do bandido e de seus advogados para com a justiça persiste. Agora, o alvo é o TSE, enquanto continuam as chicanas em outras instâncias. É incrível alguém ainda almejar um sujeito dessa estirpe para governar o destino do nosso país, o nosso destino. Coisa de gente totalmente desprovida de discernimento ou de nal caráter (aqueles que apenas defendem suas "boquinhas").

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Judiciário

Dallagnol: ‘Ministros do STF soltam e ressoltam corruptos poderosos’

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, voltou a criticar nesta terça-feira as movimentações do Supremo Tribunal Federal (STF) para rever entendimentos a favor de réus da operação. Segundo ele, os ministros “soltam e ressoltam” corruptos poderosos. Para Deltan, a postura de “ministros do STF” contribui para o desânimo da população em relação à luta contra a corrupção.

— Dinheiro continua circulando em malas anos depois do início da Lava-Jato. Regras são gestadas no Congresso Nacional para beneficiar políticos. Ministros do Supremo soltam e ressoltam corruptos poderosos. Regras estão sendo gestadas no Supremo Tribunal Federal que implicarão enormes retrocessos na luta contra a corrupção — disse Deltan.

As declarações foram dadas no evento “Mãos Limpas e Lava Jato”, organizado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Além de Deltan, também participam do encontro o juiz Sergio Moro e dois ex-procuradores que atuaram na operação Mãos Limpas, da Itália, que serviu de inspiração para a Lava-Jato.

O procurador negou que a força-tarefa adote um discurso salvacionista. Segundo ele, a Lava-Jato é um ponto fora da curva no combate à corrupção, já que, diz Deltan, 97 em cada 100 casos de corrupção terminam impunes.

Para Deltan, “é preciso ir além da Lava-Jato”. O procurador defendeu abertamente que os eleitores escolham candidatos que apoiem um pacote anticorrupção. Deltan chegou a citar que entidades civis estão se organizando para criar uma nova série de propostas para mudar as regras de combate aos crimes contra a administração pública.

ESCOLHA DE POLÍTICOS

— A estratégia não é mais colher assinaturas. A estratégia agora é escolher senadores e deputados federais que tenham um passado limpo, que tenham compromisso com os valores democráticos e apoiem esse projeto anticorrupção — disse.

Deltan falou após dois ex-procuradores da Operação Mãos Limpas. A operação é considerada uma inspiração para a Lava-Jato, que adotou alguns dos métodos da Mãos Limpas, como a utilização de prisões preventivas, acordos de colaboração premiada e publicidade processual.

A Operação Mãos Limpas, no entanto, terminou após políticos italianos aprovarem leis que afrouxaram as regras de combate à corrupção, temor dos procuradores do Brasil. Para Gerardo Colombo, que atuou como promotor na Itália, a operação também perdeu apoio da população quando crimes comuns de corrupção passaram a ser investigados.

— As provas nos levaram à corrupção de pessoas comuns, policiais, fiscais. Encontramos não apenas corrupção entre os de cima mas também entre os de baixo — disse Colombo, que concluiu: — O sentido da impunidade se fortaleceu (com o fim da Mãos Limpas). Pelo menos antes quem corrompia ou se fazia corromper pelo menos tinha vergonha.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Esses Promotores e o Juiz Moro falavam tanto e tão grosso no governo de Dilma e agora é tudo pianinho. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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