Economia

FMI elogia o Brasil: ‘desempenho econômico melhor do que o esperado’

Foto: AFP

Em seu relatório anual Artigo IV, o FMI fez uma avaliação positiva da economia brasileira por meio da missão técnica que analisou o país.

No documento que está divulgando hoje, a diretoria executiva do FMI afirma que o “desempenho econômico tem sido melhor do que o esperado”. Projeta um crescimento do PIB de 5,3%. E detalha o motivo:

— Em parte, devido à forte resposta política das autoridades. O PIB recuperou seu nível pré-pandêmico no primeiro trimestre de 2021 e o ímpeto continua favorável, apoiado por termos de troca em expansão e crescimento robusto do crédito ao setor privado.

O documento é otimista em outros aspectos também. Prevê melhoria na taxa de emprego, aumento de consumo “e, à medida que as vacinações continuarem, a demanda reprimida retornará por serviços pessoais”.

Também aposta na queda da inflação “em direção ao ponto médio do intervalo da meta até o final de 2022.”

Sobre o tema vacinas, avalia a situação atual:

— O governo adquiriu doses suficientes para inocular a população adulta em 2021, com a população mais vulnerável prevista para ser totalmente inoculada até o final do ano.

O FMI também elogiou o Brasil “por sua resposta política decisiva” contra a Covid na questão da implantação do auxílio emergencial, “que reduziu significativamente a gravidade da recessão de 2020 e amorteceu seu impacto sobre os pobres e vulneráveis, ao mesmo tempo em que preparou o terreno para uma forte recuperação em 2021”.

Com informações de Lauro Jardim – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esse é o governo do presidente de todos os brasileiros, Jair Bolsonaro. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

  2. Com essa notícia a Globo e seus comentaristas de economia dão a luz sem estarem grávidos, KKKKKKKK

  3. O FMI que o Brasil conseguiu se livrar no governo Lula reaparece. O que é bom para o FMI é ruim para o povo. Sempre que o FMI esteve presente no país era um cenário igual ao que temos hoje, fome, miséria, desemprego, inflação e arroxo para o povo. Quero o país bom para a população, sem aumento de gasolina, gás, energia e alimentos como temos hoje. Este governo está trazendo tudo de ruim para o país.

    1. “Çei”, o que Lula fez foi “pagar” o FMI, mas transformou uma dívida interna de R$ 640 bilhões em R$ 1,4 trilhão. Ou seja zeramos com o FMI e ficamos nas mãos dos banqueiros, estes tão satanizados pelo PT e esquerda. Fato.

    2. Sério, você tá vivendo em qual país?
      Coma menos mortadela kkkk

    3. Vou contar um segredo pra vc. Não espalha. O Brasil nunca deixou de ter dívida. Trocou um monte de dívida externa até mais barata por dívida interna atrelada à Selic. Isso a custa de juro alto para atrair dólar. e ferrar a indústria. Isso custou a exportação de mão-de-obra e fudleu com o resto que a gente tinha de manufatura. Essa prosperidade do PT foi algo artifcial, também inflada por gasto publico, que depois arrebentou com o Brasil e até hoje se paga o preço. O PT e Ciro tão prometendo repetir a macumba.

    4. A festa foi grande, gastou-se em besteira e em nada de útili. (poupança, infraestrutura, facilitação de negócios, qualficação para algo realmente útil);.. parece que tem muitos que não lembra da ressaca (nem os seus motivos…rsrsr).

    5. Aham… que tetinha vc perdeu com o atual Governo hein?! Vai trabalhar ao invés de ficar reclamando ai… acabou a mamata !!!

  4. Claro… O Brasil paga bilhões de dólares de juros… Tem que elogiar mesmo!
    O pobre do bolsominion querendo atrelar mérito ao mito; triste fim!

  5. Calma Cristian e Mané F, vou me ausentar, vou pra minha Barra de Cunhaú, continuar a reforma da minha humilde casa. Construída com muito esforço.

    1. Ninguém está exaltado, é só você se ater ao conteúdo da matéria e concentrar suas defecadas em um só comentário, parece carneiro despejando a prestação.

  6. 23:59 – FHC LACAIO DO FMI!
    00:00 – PAI LULO PAGOU O FMI – BRASIU RESPEITADO NAR GRINGA
    00:01 – TEMI LACAIO DO FMI!
    00:02 – BOZO LACAIO DO FMI!

    1. Kkkkkkkkk Acorda Alice, Lula apenas transformou uma dívida interna de 640 mi, em 2 tri… Os banqueiros tão “odiados” pela esquerda, estão nadando em dinheiro nosso…

    2. Luís tu és cria do método Paulo Freire , que ensina papagaio a repetir palavras e frases sem entender !

  7. É ONU, OMS, FMI é Unesco é o mundo todo elogiando o Brasil, só os não patriotas, os esquerdopatas os anos que não querem enxergar, que o Brasil mudou pra melhor.
    É melhor Jair Acostumando.
    O Véio é duro.
    E o Véio da HAVAN, vai ser o nosso futuro Senador.

    1. Nossa que cara escroto este Calígula , passa o dia todo falando merda. Vá ser útil à humanidade ! Bolsonaro é a segunda maior vergonha e primeira é vc que apoia o merda de presidente . A única coisa boa que Bolsonaro fez, foi tirar as máscaras e falsos cristões, pseudos patriotas …. Calígula alma sebosa

    2. Véio da Havan, senador contra a praga maçônica-comunista-reptiliana-terrabolista que assola nossa nação!

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Economia

FMI melhora previsão de crescimento do Brasil para 5,3% em 2021

Foto: Ricardo Botelho/Minfra

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a perspectiva de crescimento do Brasil neste ano, citando a melhora nos termos das trocas comerciais do país, mas ao mesmo tempo reduziu a alta estimada para 2022.

O relatório Perspectiva Econômica Global do FMI, divulgado nesta terça-feira (27), mostrou que o fundo estima um crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro de 5,3% em 2021, 1,6 ponto percentual a mais do que era previsto em abril.

Entretanto, para 2022 a projeção de crescimento foi reduzida em 0,7 ponto, para 1,9%.

A melhora do cenário do país para este ano ajudou a elevar a perspectiva de crescimento econômico da América Latina e Caribe para 5,8% em 2021, 1,2 ponto a mais do que em abril. A previsão para a região no ano que vem, por sua vez, melhorou em apenas 0,1 ponto, e ficou em 3,2%.

“A melhora da projeção para a América Latina e Caribe resulta principalmente de revisões para cima no Brasil e México, refletindo resultados melhores do que o esperado no primeiro trimestre”, disse o FMI no relatório.

Além disso, o Fundo citou repercussões positivas para o México da melhora do cenário para os Estados Unidos e termos comerciais em alta expressiva no Brasil, que tem sido favorecido pela alta dos preços das commodities.

Já a perspectiva para o grupo de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, passou para 6,3% em 2021 e 5,2% em 2022, ante 6,7% e 5,%, respectivamente, previsto em abril.

A projeção do FMI para a expansão do PIB brasileiro este ano ficou em linha com a do Ministério da Economia feita em meados deste mês. Mas para 2022 a expectativa do ministério é melhor, para 2,51%.

Já a estimativa de crescimento do PIB na pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de analistas de mercado está em 5,29% para 2021 e 2,1% para 2022.

O FMI chamou a atenção para a possibilidade de piora da pandemia e de condições financeiras externas mais apertadas, o que seria um revés grave para a recuperação dos mercados emergentes e em desenvolvimento, levando o crescimento global para abaixo do cenário básico previsto no relatório.

O relatório destacou ainda a inflação elevada esperada para esse grupo de países, relacionada em parte à alta de preços dos alimentos.

“A comunicação clara de bancos centrais sobre o cenário para a política monetária será importante para moldar as expectativas de inflação e proteger contra aperto prematuro das condições financeiras”, disse o FMI.

“Existe, entretanto, o risco de que as pressões transitórias possam se tornar mais persistentes e que os bancos centrais possam precisar adotar ações preventivas”, completou.

Agência Brasil, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. Esse FMI erra mais do que acerta ! Ano passado, no transcorrer do ano errou em nada mais nada menos que 6% do nosso PIB. Afirmou que a economia do Brasil iria cair mais de 10% em 2020, isso já em junho daquele ano, e em dezembro fechamos com -4%. Pior que o datafolha!

  2. Sob o neoliberalismo de Bolsonaro e Guedes, Brasil recebe o menor fluxo de investimento direto em cinco anos
    De acordo com dados do Banco Central, o ingresso líquido de investimentos diretos no Brasil (IDP) despencou a US$ 174 milhões em junho, nível mensal mais baixo em cinco anos.

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Diversos

FMI melhora projeções para a economia global, mas condiciona otimismo ao ritmo de vacinação

Foto: Mandel Ngan/AFP

A economia global poderia ter queda três vezes maior, não fossem os estímulos monetários injetados pelos bancos centrais durante a pandemia do coronavírus, mas a persistência de números surpreendentes depende da vacinação em massa. A conclusão está na nova edição do relatório “World Economic Outlook”, do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta terça-feira (6).

Com esses estímulos monetários ainda irrigando as economias, o FMI revisou para cima as projeções de crescimento global para 2021 e 2022. A alta deve ser de 6% neste ano e 4,4% no próximo. O aumento é de 0,8 e 0,2 ponto percentual em relação ao relatório de outubro, respectivamente.

O Brasil está abaixo da média, com crescimento previsto de 3,7% neste ano e 2,6% no próximo. Comparado à edição de outubro, houve alta de 0,9 e 0,3 ponto percentual para a projeção do país em cada ano, respectivamente.

Por outro lado, o país tem desempenho melhor que a região onde está inserido, da América Latina e Caribe. Com queda de 4,1% em 2020, o país sofreu menos que os 7% da zona a que pertence. As altas de 4,6% e 3,1% previstas para a região, portanto, vem de uma base de queda mais intensa.

Em carta publicada no relatório, a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, reforça que as incertezas continuam no ambiente econômico global, mas uma saída passa a ser “cada vez mais visível”.

O FMI ressalta, entretanto, que a vacinação contra a Covid-19 é fator primordial para que os números se tornem realidade. A variável é tão importante que o fundo avisa que um desempenho melhor que o esperado pode dar vigor à recuperação em todo mundo, mas novas variantes que coloquem em xeque a efetividade das vacinas causariam uma severa revisão para baixo.

Foto: G1 Economia

O FMI fez uma série de revisões para cima ao longo de 2020, conforme as economias reagiram à pandemia do coronavírus. O maior otimismo do órgão um ano adentro da pandemia tem como plano de fundo, além da ação monetária e das vacinas, uma certa adaptação à “vida em pandemia”.

O tombo previsto para a economia global em 2020 é de 3,3%, com impacto desigual a depender do perfil de cada país e de sua força de trabalho. As consequências serão particularmente agudas em países dependentes do turismo, com dívida pública mais alta e menor capacidade de vasto atendimento de saúde.

“Jovens, mulheres, trabalhadores com nível de escolaridade relativamente baixo e os empregados informais foram atingidos com mais força”, diz o órgão.

Desigualdade em pauta

No relatório, Gita Gopinath reconhece que o vigor de retomada é mais claro em economias desenvolvidas. Exceto a China, que já recuperou seus níveis de PIB pré-pandemia ainda em 2020, a economista lembra que os Estados Unidos estão em estágio avançado de recuperação e devem atingir o marco ainda em 2021.

Além de pacotes de estímulos históricos, que despejaram mais de US$ 5 trilhões na economia, os americanos têm a mais abrangente e veloz vacinação do mundo.

Outras economias importantes, como as europeias, que têm vacinação em atraso, só retomarão o patamar em 2022, diz o FMI. Emergentes só devem chegar nesse marco em 2023.

Gopinath lembra que a renda per capita é outro fator de preocupação do FMI, com impacto em toda a cadeia global. No biênio 2020-2022, a expectativa é de perda de 20% do PIB per capita em países emergentes – excluída novamente a China – e de 11% nas economias desenvolvidas.

“Isso reverteu os ganhos na redução da pobreza, com mais 95 milhões de pessoas previstas para entrar nas categorias de extrema pobreza em 2020, e 80 milhões a mais subnutridos do que antes”, diz ela.

O quadro é ainda mais grave, pois o mercado de trabalho está punindo mais o trabalhador sem experiência prévia ou com baixa capacitação, grupos que já têm como característica uma renda menor.

“As políticas, portanto, terão que se tornar mais direcionadas para manter a capacidade de sustentar a atividade econômica durante este período incerto à medida que a corrida entre o vírus e as vacinas se desenrola”, afirma a economista.

A cooperação internacional, diz o FMI, também será vital para garantir que as economias emergentes e países em desenvolvimento possam diminuir a distância entre seus padrões de vida comparados aos de alta renda.

Prudência

Com os olhos atentos ao caminhar das vacinações ao redor do mundo, o FMI sugere que os governantes tenham prudência nos próximos passos. A entidade, inclusive, indica alguns pontos de atenção para que a tomada de decisão seja certeira enquanto persistem os efeitos da pandemia mundo afora.

Prioridade aos gastos com saúde, incluindo atendimento hospitalar, tratamento para a Covid-19, produção e aplicação de vacinas;

Fortalecer políticas de proteção social, desde trabalhadores informais até ampliação dos critérios para acesso ao seguro-desemprego;

Com normalização do mercado de trabalho, arrefecer possíveis impactos nas empresas, investir em capacitação da mão de obra, dar subsídios para contratação e criação de vagas de emprego;

Políticas de facilitação de falências, com objetivo de acelerar a alocação eficiente de capital;

Investimento em educação para compensar as perdas da formação de crianças durante a pandemia.

Resolvida a crise de saúde, o FMI recomenda ainda um foco especial em um direcionamento para o desenvolvimento sustentável.

“As prioridades devem incluir o investimento em infraestrutura verde para ajudar a mitigar as mudanças climáticas, o fortalecimento da assistência social e da seguridade social para conter o aumento da desigualdade, a introdução de iniciativas para aumentar a capacidade produtiva e se adaptar a uma economia mais digitalizada e resolver os excessos da dívida”, diz a carta de Gita Gopinath.

G1

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Economia

FMI melhora previsão do PIB do Brasil e da economia mundial em 2020

Foto: Yuri Gripas / Reuters

A recessão causada pela pandemia será menos severa do que o esperado em 2020 graças à abertura de algumas economias avançadas, embora a reativação perca força, alertou o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira. Ao revisar seu “Panorama Econômico Mundial” o FMI espera agora uma contração do PIB mundial de 4,4% neste ano, abaixo da estimativa de junho, de 5,2%.

Para o Brasil e México, as duas principais economias da América Latina e ambos entre os cinco países com mais óbitos pelo novo coronavírus, o relatório estima quedas do PIB menores do que o esperado em meados do ano, de 5,8% e 9%, respectivamente.

Em junho, a estimativa era de queda de 9,1% para o Brasil. O FMI já havia divulgado esses números na semana passada em seu relatório periódico sobre a economia de seus membros, conhecido como Artigo IV. Em ambos os casos alertou sobre os riscos para o crescimento.

O novo coronavírus deixa mais de 1,07 milhão de mortes no mundo. Na Europa, França, Espanha e Inglaterra, diante de uma nova onda de infecções, multiplicam-se as medidas para evitar um confinamento generalizado, que pode ser devastador para a economia.

“Viver com o novo coronavírus é um desafio diferente, mas o mundo se adapta”, considerou a economista-chefe da agência, Gita Gopinath, em um blog que acompanha o último relatório de previsão econômica global (WEO) do FMI.

A revisão em alta reflete dados econômicos melhores do que o esperado no segundo trimestre, particularmente em economias desenvolvidas da Europa, nos Estados Unidos e na China, o berço do vírus.

Todas as regiões do mundo parecem ter um desempenho melhor do que o esperado, mas as economias emergentes e em desenvolvimento como um todo caem na exceção: para elas, a previsão piorou para um declínio coletivo de 3,3% em 2020.

O PIB dos Estados Unidos, maior economia mundial, cairá 4,3%, abaixo dos 8% estimados anteriormente, enquanto a economia da zona do euro recuará 8,3%.

“No entanto, esta crise está longe de terminar”, advertiu Gopinath.

Diante da imensa incerteza, o FMI mais uma vez revisou para baixo a expectativa de recuperação para 2021 (+5,2%, -0,2 ponto).

“A recuperação provavelmente será longa, desigual e incerta”, resumiu a economista, retomando termos já usados pelo organismo internacional.

Em relação à previsão anterior de junho, “a perspectiva piorou consideravelmente em alguns países emergentes e em desenvolvimento, onde as infecções estão aumentando rapidamente”.

Após a contração histórica de 2020 e a esperada reativação em 2021, o nível do PIB mundial deve ser um pouco superior ao de 2019, detalhou o Fundo.

A agência estima que, no médio prazo, as perspectivas serão medíocres, pois o distanciamento social provavelmente persistirá até o final de 2022, o que impede uma verdadeira recuperação.

Além disso, não se pode excluir um cenário pior, com a intensificação das infecções combinada com a desaceleração dos avanços na busca por tratamentos e vacinas, obrigando as autoridades a tomarem medidas mais duras.

Na Ásia, destaque para a China

A China, que teve uma forte e rápida reabertura e recuperação diante da pandemia, será a única economia a apresentar crescimento positivo em 2020, de 1,9% – quase o dobro da taxa prevista em junho -, e deve atingir crescimento de 8,2% em 2021, maior ritmo em quase uma década, disse o FMI.

Mas os mercados emergentes, exceto a China, terão uma contração de 5,7% em 2020, pior do que os 5,0% previstos em junho. O FMI disse que o vírus continua a se espalhar em grandes países, incluindo Índia e Indonésia, e essas economias são muito mais dependentes de setores duramente atingidos – incluindo turismo e commodities- bem como de remessas e de outras fontes de financiamento externo.

A economia indiana deve registrar retração de 10,3% neste ano, mas em 2021 a previsão é de avanço de 8,8%.

Na zona do euro, recuperação mais fraca

O Fundo prevê um crescimento de 5,2% para a zona do euro em 2021, um resultado menor do que o anunciado em junho, de 4,4%, sinal de que a recuperação econômica será trabalhosa.

Mas também suavizou sua previsão de recessão para este ano a -8,3%, contra -10,2%.

De acordo com o FMI, a Espanha seria o país europeu em situação mais difícil, com uma queda do PIB estimada em 12,8% este ano. Enquanto isso, a Itália registraria queda de 10,6% e a França de 8,3%.

A Alemanha, a maior potência exportadora do continente, veria um retrocesso de 6% este ano, apontou o FMI, já que a demanda da Ásia permaneceu sustentada.

O FMI também indicou que as coisas poderiam ter sido piores e elogiou os países europeus pelo ambicioso programa de gastos para atenuar os impactos econômicos da pandemia, especialmente o pacote de recuperação de 750 bilhões de euros da UE, que considerou um bom sinal.

Também destacou as históricas medidas adotadas pelo Banco Central Europeu, que impulsionaram os mercados de valores e mantiveram decididamente os preços dos empréstimos de países altamente endividados, como a Itália, em níveis mínimos históricos.

“Essas medidas agressivas desempenharam um papel crucial no apoio à confiança e prevenção de uma maior amplificação do impacto da covid-19 através do sistema financeiro”, destacou o FMI.

Além disso, destacou a força do euro, principalmente em relação ao dólar americano. No período de abril a setembro, disse a instituição, “o euro se valorizou cerca de 4% devido às melhorias das perspectivas econômicas e ao aumento mais lento dos casos de Covid-19”.

Recessões profundas na América Latina

Para as economias da América Latina e do Caribe, o Fundo melhorou as estimativas para 2020, embora tenha alertado sobre “recessões profundas” em alguns países duramente atingidos pela pandemia de Covid-19.

O Produto Interno Bruto (PIB) regional vai recuar 8,1% neste ano, menos que os 9,4% previstos em junho, informou o organismo multilateral, acrescentando que panorama continua “precário” nas economias emergentes, “com muitos países latino-americanos gravemente afetados pela pandemia enfrentando recessões muito profundas”.

Entre os fatores para essa situação, o FMI menciona a disseminação contínua da Covid-19, o impacto da crise da saúde em setores-chave, como o turismo, e uma maior dependência de financiamento externo, incluindo as remessas.

Para 2021, o FMI projetou uma recuperação do PIB regional de 3,6%.

América Latina e Caribe é a região do mundo mais afetada pela pandemia declarada em março. Com mais de 10,1 milhões de casos e quase 370.000 mortes, é responsável por mais de um quarto das infecções e mais de um terço de todas as mortes por Covid-19 do planeta.

As projeções do Fundo também são ligeiramente melhores para o Chile (-6,0% em comparação aos -7,5% em junho). No entanto, pioraram para Argentina (-11,8% em comparação aos -9,9%) e Colômbia (-8,2% em comparação aos -7,8%).

A Argentina, em recessão desde 2018, enfrenta uma profunda crise econômica e social agravada especialmente pela pandemia. O país planeja negociar com o FMI um novo contrato de crédito em meados de novembro, depois que a agência lhe concedeu o maior empréstimo de sua história: US$ 57 bilhões, com desembolso de US$ 44 bilhões.

A Colômbia, em sua primeira recessão em duas décadas, aumentou no mês passado em US$ 6,5 bilhões sua linha de crédito flexível com o FMI que havia contratado em maio.

Para o Peru, o FMI manteve sua projeção de contração de 13,9% do PIB em 2020 em relação a 2019.

De longe, o maior colapso da América Latina ainda é o da Venezuela, mergulhada em um desastre econômico desde 2013. Para este país caribenho, o Fundo prevê uma contração de 25% do PIB, acima dos 20% estimados em junho.

Perdas de US$ 28 trilhões

Nesse contexto, é difícil para a economia mundial retornar à trajetória esperada antes da pandemia.

O FMI estima que a perda cumulativa do PIB para 2020-2025 será de cerca de US$ 28 trilhões, US$11 trilhões somente em 2020-2021.

“É um sério revés para a melhoria do padrão de vida” da população, alertou Gopinath.

Assim como o Banco Mundial, o FMI teme que essa crise encerre o progresso feito desde a década de 1990 na redução da pobreza no mundo e que a desigualdade esteja crescendo.

O fechamento das escolas, um sacrifício para gerações inteiras, acrescenta “mais um desafio”.

O volume de comércio de bens e serviços no mundo vai cair, e embora a queda seja menor que a esperada em 2020 e haja uma retomada em 2021, o número também é significativo para esse motor de crescimento: uma redução de 10,4% neste ano nos intercâmbios comerciais.

“Estes são tempos difíceis, mas há espaço para esperança”, acrescentou a economista do FMI.

“Os testes se intensificaram, os tratamentos estão melhorando e os testes de vacinas estão se desenvolvendo em um ritmo sem precedentes, alguns já no estágio final”.

A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, vem insistindo há várias semanas que é fundamental que todas as inovações sejam produzidas em grande escala para o benefício de todos os países.

“Este esforço deve incluir ajuda multilateral para distribuir doses (de vacinas) a todos os países a preços acessíveis”, acrescentou Gopinath.

Enquanto se espera por uma vacina, o FMI mais uma vez recomenda aos governos que mantenham a ajuda para os mais pobres e aumentem os gastos públicos com foco em projetos “verdes” geradores de mais empregos.

As reuniões do FMI e do BM são realizadas em formato virtual de 12 a 18 de outubro de 2020.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. PedrÓDIO, ataca mais uma vez. Se tiver a notícia de uma topada fatal na Gentil Ferreira, é capaz dele citar Lula, Venezuela e Maduro.

  2. Essas notícias matam mais ratos que chumbinho, o rato mor de nove dedos e a anta ficam chiando com ratos na ponta de uma vassoura. O Brasil tem tudo para dar certo, agronegócio pujante, sub solo rico em minérios, muita terra rica em opções turísticas e por aí vai, pena que a nossa classe política não ajude, assim como adoramos com gestores incompetentes e ladrões do património público. O bêbado e a anta , escancararam as nossas fronteiras para as drogas, principalmente para vizinhos ruins e ditatoriais como Venezuela e Bolívia, isso foi triste.

    1. As aulas de português com Ana, como estão?

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Finanças

Com impacto do coronavírus, FMI prevê queda de 9,1% para o PIB do Brasil neste ano

Foto: Reprodução

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai ser duramente afetado pelos impactos provocados pela pandemia de coronavírus e deve recuar 9,1% neste ano, segundo a nova projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgada nesta quarta-feira (24).

Se confirmada a previsão do Fundo, o tombo da economia brasileira deverá será o maior em 120 anos, pelo menos. Em abril, o FMI estimava uma recessão de 5,3%.

A previsão do FMI também é mais pessimista que a de boa parte dos analistas brasileiros. No relatório Focus, do Banco Central, a projeção mais recente aponta para uma queda do PIB de 6,5%.

Os novos dados do Fundo publicados no relatório World Economic Outlook mostraram uma piora generalizada para a atividade econômica mundial, confirmando que os estragos econômicos da pandemia são mais intensos do que o previsto inicialmente. O FMI aponta, por exemplo, que o PIB global deve recuar 4,9% neste ano – a previsão anterior era queda de 3% -, com todas as regiões enfrentando um quadro de recessão.

“Pela primeira vez, projeta-se que todas as regiões experimentem um desempenho negativo (do PIB) em 2020. No entanto, existem diferenças substanciais entre as economias, refletindo a evolução da pandemia e a eficácia das estratégias de contenção”, escreveu o FMI em relatório.

Para as economias avançadas, o Fundo estima uma queda do PIB de 8%, enquanto as economias emergentes devem apresentar uma retração na atividade de 3%.

“A pandemia levou as economias para um grande lockdown, o que ajudou conter o vírus e salvar vidas, mas também desencadeou a pior recessão desde a Grande Depressão”, pontuou a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath. “Vários países começaram a se recuperar. No entanto, na ausência de uma solução média, a força da recuperação é altamente incerta e o impacto nos setores e países desiguais.

Piora fiscal

Com o aumento dos gastos públicos realizado pelos governos para conter o avanço da pandemia, o FMI também atualizou as projeções para o envidamento dos países.

Segundo o Fundo, as medidas fiscais anunciadas pelos países já somam mais de US$ 10 trilhões, acima dos US$ 8 bilhões esperados inicialmente em abril. Com esse afrouxamento fiscal, o FMI estima que a dívida bruta global deverá chegar a 101,5% do PIB neste ano.

Para o Brasil, o FMI estima que a dívida bruta vai alcançar 102,3% do PIB neste ano, recuando para 100,6% do PIB em 2021. Nos últimos anos, a questão fiscal tem sido o principal entrave da economia brasileira. O tamanho do endividamento brasileiro é considerado alto para um país ainda emergente.

Desde o início da crise, no entanto, os economistas avaliam que o governo está correto em ampliar os gastos públicos para conter o avanço da pandemia, mas dizem que essa piora fiscal deve ser restrita a 2020.

Retomada mais tímida

O FMI também revisou as projeções de crescimento dos países para 2021. Na nova leitura, o Fundo ficou mais pessimista para a atividade global. Agora, a expectativa de crescimento do mundo é de 5,4% no ano que vem, abaixo dos 5,8% projetados em abril.

Para o Brasil, no entanto, há uma pequena melhora. Em 2021, a projeção para a economia brasileira é de avanço de 3,6%, acima dos 2,9% esperados no relatório passado.

O desempenho brasileiro deverá ficar abaixo da previsões do Fundo para as economias emergentes, que devem apresentar expansão de 5,9%. Já as economias avançadas devem crescer 4,8%.

“Em 2021, projeta-se que a taxa de crescimento para os países emergentes e economias em desenvolvimento se fortaleça para 5,9%, refletindo amplamente a previsão de recuperação para a China (8,2 por cento)”, escreveu o FMI.

G1

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Política

FMI elogia medidas econômicas adotadas pelo governo brasileiro no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus

Foto: Reprodução

As medidas econômicas adotadas pelo governo brasileiro no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus foram elogiadas nesta quarta-feira pelo FMI.

Durante uma entrevista coletiva em Washington, o diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vitor Gaspar, citou a declaração de estado de calamidade pública pelas autoridades brasileiras.

“O governo brasileiro corretamente declarou estado de calamidade pública, o que permitiu ao próprio governo suspender as metas fiscais. Nesse contexto, foi criado um espaço para apoiar o sistema de saúde, as famílias e as empresas”, elogiou o dirigente do FMI.

Segundo estimativas divulgadas pelo fundo, a dívida bruta do Brasil deverá subir de 89,5% do PIB em 2019 para 98,2% em 2020. “Mas isso vai se estabilizar. É um crescimento, sem dúvida, mas não uma tendência”, afirmou Gaspar.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Se tivéssemos nas mãos da esquerda talvez o país não tivesse esse fôlego todo pra atuar como o atual governo

  2. QUERO VER A GLOBO DIVULGAR, parabéns para o PRESIDENTE que está salvando o país, enquanto os governadores ficam esperando o socorro.

  3. Só um retardado e alienados com ladrões condenados, pra torcer pela instalação do caos no Brasil, e não perceber as ações do governo pra o país ficar, pelo menos, com a economia respirando minimamente sob a égide dessa pandemia.

  4. Enquanto isso o servidor público do RN, tem no apagar do dia 14 para o dia 15 as taxas de juros empréstimo consignado BB reajustado de 1.35% a.m para 2.75% a.m. alguém me explica elevação em 1.45%

    1. Tem que ser feito uma denúncia ao Banco Central, haja vista a Decisão proferida pelo Juiz Federal do DF, bem como isso ser quase prática de agiotagem. Fujam desse infeliz chamado banco do Brasil; não adquiram pacote nenhum dessa instituição.

  5. Elogio do FMI ? Vou resumir: o governo está fazendo um bom trabalho protegendo o dinheiro e interesses do mercado financeiro. Só. O pobre que tome lá no meio…

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Economia

Devidos aos efeitos da pandemia de covid-19, FMI prevê queda de 5,3% da economia brasileira este ano

Foto: © Marcello Casal jr/Agência Brasil

Devidos aos efeitos da pandemia de covid-19, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta queda de 5,3% da economia brasileira este ano. A previsão para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi publicada hoje (14) pelo FMI no relatório Perspectiva Econômica Mundial (World Economic Outlook, no título em inglês).

No relatório divulgado em janeiro, antes dos efeitos da pandemia de covid-19 na economia brasileira, a previsão do FMI era que a economia brasileira cresceria 2,2% neste ano.

Para 2021, a previsão é de recuperação, com crescimento do PIB em 2,9%. A estimativa anterior para o próximo ano era 2,3%.

A previsão para América Latina e Caribe é de queda de 5,2% da economia, neste ano, e crescimento de 3,4%, em 2021.

“Entre os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, todos os países enfrentam uma crise de saúde, um severo choque de demanda externa, um aperto dramático nas condições financeiras globais e uma queda nos preços das commodities, que terão forte impacto na atividade econômica dos exportadores de commodities”, diz o relatório.

A economia mundial deve apresentar queda de 3%, em 2020, e crescer 5,8% no próximo ano. Em janeiro, o FMI previa que a economia mundial cresceria 3,3% este ano. O FMI destaca que “foi uma revisão extraordinária em um período tão curto de tempo”.

As economias avançadas, como os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão, entre outros, devem ter queda de 6,1% no PIB, neste ano, e crescer 4,5% em 2021.

O FMI destacou que políticas eficazes são essenciais para prevenir resultados piores. “As medidas necessárias para reduzir o contágio e proteger vidas afetarão a curto prazo a atividade econômica, mas também devem ser vistas como um investimento importante na saúde humana e econômica a longo prazo. A prioridade imediata é conter as consequências do surto de covid-19, especialmente aumentando as despesas com saúde para fortalecer a capacidade e os recursos do setor, adotando medidas que reduzam o contágio”, diz o FMI.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Desde q Bolsonaro foi eleito é só desgraça nesse país.
    Parece até q ele tem pacto c o demônio

    1. Ótimo era o ladrao condenado Lula doando dinheiro dos brasileiros para Cuba , Venezuela, vagabundo faça o seguinte; se mude para o paraíso Venezuela

    2. Que bom ver seu desespero, estava melhor quando o Brasil era roubado pela quadrilha de corruptos.
      Estava melhor quando o Brasil emprestava dinheiro as ditaduras pelo mundo a fundo perdido
      Estava melhor quando descobríamos que ex ajudante de zoológico se tornou milionário sem trabalhar
      Estava muito melhor quando a justiça pede satisfação para saber de onde vieram os R$ 234 milhões das aplicações bancárias de doma Marise, a ex primeira dama que nunca trabalhou
      Estava melhor quando queriam liberar a maconha e a cocaína, mas não aceitam liberar a cloroquina para salvar vidas…
      Seus princípios estão com problema

    3. Rapaz , também não é assim . O mito Votei nele e me arrependo, também fez coisas boas . Não sejamos radicais como os esquerdistas .

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Economia

FMI melhora previsão de crescimento do Brasil em 2020 e vê recuperação da economia global em ritmo mais lento

Foto: Reprodução/G1

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2020. No relatório “World Economic Outlook”, divulgado nessa segunda-feira (19), o órgão estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve avançar 2,2% neste ano, uma alta de 0,2 ponto percentual em relação ao cenário traçado em outubro.

Para 2021, a projeção é de alta de 2,3%, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao relatório anterior.

O Fundo também elevou a estimativa do crescimento do PIB do Brasil em 2019, de uma alta de 0,9% para um avanço de 1,2% – acima da previsão do governo federal, que projeta uma alta de 1,12%. O resultado oficial do PIB do ano passado será divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao melhorar as projeções para o Brasil, o FMI citou no relatório um “sentimento de melhora” após a aprovação da reforma da Previdência e a recuperação da produção do setor de mineração, que no ano passado teve forte retração após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG).

FMI reduz estimativas de crescimento global

No relatório, o FMI revisou também para baixo as estimativas para o desempenho da economia global, apontando para um ritmo de recuperação em 2020 mais lento do que o estimado no último relatório.

Segundo o Fundo, o PIB mundial deve crescer 3,3% neste ano, após avanço de 3,6% em 2018 e desaceleração para 2,9% em 2019. Em relação ao relatório de outubro, a projeção para 2020 representa uma queda de 0,1 ponto percentual. Já a estimativa para a alta em 2021 foi reduzida em 0,2 pontos percentuais, para 3,4%.

“A revisão reflete principalmente surpresas negativas à atividade econômica em alguns mercados emergentes economias, principalmente a Índia, o que levou a uma reavaliação das perspectivas de crescimento nos próximos dois anos. Em alguns casos, essa reavaliação também reflete o impacto do aumento da agitação social”, destaca o FMI.

No relatório, que trouxe o título “Estabilização provisória, recuperação lenta?”, o Fundo afirma que, apesar de notícias mais favoráveis para a economia global nos últimos meses, como o acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China e a diminuição das preocupações de um Brexit sem acordo, ainda são poucos os sinais de viradas nos dados macroeconômicos.

“Os riscos negativos, no entanto, permanecem proeminentes, incluindo o aumento das tensões geopolíticas, principalmente entre os Estados Unidos e o Irã”, avalia o órgão.

Para os mercados emergentes e em desenvolvimento, o FMI prevê expansão de 4,4% em 2020 e 4,6% em 2021, ante os 3,7% estimados para 2019. Entre os países emergentes com previsão de crescimento abaixo da médio global em 2020, além do Brasil, estão México (1%), Rússia (1,9%) e África do Sul (0,8%).

EUA e China

Para o PIB dos Estados Unidos, a projeção é de crescimento de 2% neste ano e de 1,7% em 2021, após um avanço estimado em 2,3% em 2019. No relatório anterior, a previsão era de alta de 2,1% em 2020.

Para a China, a projeção é de avanço de 6% em 2020 (aumento de 0,2 pontos percentuais em relação a outubro) e de 5,8% em 2021 (redução de 0,1 ponto percentual).

América Latina

Para a região da América Latina e Caribe, as projeções de crescimento foram reduzidas para taxas de 1,6% em 2020 e de 2,3% em 2021, após uma estimativa de alta de apenas 0,1% em 2019.

Segundo o FMI, as revisões para baixo se devem principalmente a uma piora das perspectivas para o México e também à redução das previsões para o crescimento do Chile, que tem sido “afetado por distúrbios sociais”.

“Estas revisões são parcialmente compensadas por um aumento previsão para o Brasil em 2020, que se deve ao sentimento de melhora após a aprovação da reforma previdenciária e o declínio das interrupções no fornecimento no setor de mineração”, destacou.

G1

Opinião dos leitores

  1. Com gente honesta e capacitada cuidando do Brasil o resultado só poderia ser esse.
    O Brasil hoje tem uma família cuidando dele com seriedade.
    Tiramos um lixo do poder que nem pra reciclar presta.
    O passado foi ruim, nebuloso
    Hoje só alegria vemos rostos alegres tamanha é a confiança no Brasil

    1. Com tamanha cara de pau! O triste disso tudo é ver pessoas como você se identificar com o tirano o ¨Bolzossauro¨.

    2. Pq tirano? Cite aí as medidas autoritárias dele. É só histeria dos derrotados.

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Economia

FMI: Brasil arrastará América do Sul à recessão e latinos à estagnação

CCj456IUIAE1z4pA recessão brasileira em 2015 deixará a América do Sul no vermelho e a América Latina próxima da estagnação, revelam os números da edição de abril do relatório “Panorama da Economia Mundial”, divulgado esta manhã em Washington pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O Brasil registrará uma retração de 1% este ano, como o organismo multilateral havia antecipado sexta-feira passada no documento de revisão anual da economia do país (o chamado Artigo IV). Será a principal contribuição negativa à expansão latino-americana — 0,9%, contra 1,3% na projeção anterior — e à contração de 0,2% dos sul-americanos.

No cenário internacional, a América Latina só não será menos dinâmica em 2015 do que o bloco que reúne as ex-repúblicas socialistas soviéticas, que, puxado pela acentuada recessão russa (-3,8%), vai encolher 2,6% este ano. Entre os principais motores globais (países ricos, Brics e emergentes asiáticos), Rússia e Brasil terão os piores desempenhos anuais, prevê o FMI.

Este será o quinto ano seguido de desaceleração do crescimento da América Latina (em 2014, o PIB regional cresceu 1,3%, após alta de 2,9% no ano anterior e uma média de 4,2% entre 2009 e 2013).

De acordo com os economistas do Fundo, não há “impulsos aparentes para uma retomada no médio prazo” e a região continuará sendo castigada por dois dos fatores que travam a expansão: baixo preço das commodities agrícolas e metálicas e “reduzido espaço para políticas”, devido à deterioração do quadro fiscal em muitas economias, à perda de vigor dos investimentos e ao aperto das condições financeiras globais.

O México, segunda maior economia latina, também perdeu fôlego e contribuiu para a marcha lenta da região. Ainda assim, tem crescimento projetado de 3,3% este ano.

QUEDA DAS COMMODITIES CAUSA FRAQUEZA MAIOR

Segundo a avaliação do FMI, a principal draga do crescimento regional é a América do Sul, que já sofria com o caos econômico da Venezuela (retração de 7% este ano) e a situação difícil da Argentina (-0,2%) e está sendo particularmente castigada pela queda dos preços das commodities. A América Central e o Caribe, beneficiando-se da recuperação dos EUA e da queda dos preços do petróleo, aparecem como área mais dinâmica.

“As revisões para baixo estão concentradas nos exportadores de commodities sul-americanos. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, todos tiveram projeção de crescimento em 2015 cortadas entre 0,5 e 2 pontos percentuais”, afirma o documento do Fundo Monetário.

O panorama de curto prazo, acrescenta o FMI, não é animador:

“A atividade nos exportadores de commodities da região pode enfraquecer ainda mais diante de choques adversos, notavelmente uma desaceleração mais aguda do investimento na China”.

No caso do Brasil, cuja projeção de crescimento foi ceifada em mais de 2 pontos percentuais em relação à de outubro e a previsão engloba estouro da meta de inflação (7% pelo IPCA este ano) e a probabilidade de turbulências financeiras, particularidades internas acentuam os problemas econômicos:

“O sentimento do setor privado continua resistentemente fraco, por causa de desafios de competitividade que não foram enfrentados, o risco de racionamentos de energia e água no médio prazo e os desdobramentos da investigação da Petrobras. A necessidade de um aperto fiscal maior do que o esperado também tem papel na piora das projeções”.

No médio prazo, o risco maior para os latinos que estão patinando é que um ritmo fraco prolongado dos investimentos reduza ainda mais o crescimento potencial da região, já limitado por gargalos de infraestrutura, custo e qualificação de mão de obra e baixa produtividade.

“Esforços equivocados de atacar a atual desaceleração com uma política de estímulos excessivos, ao vez de atacar gargalos de oferta e problemas de competitividade, pode corroer a estabilidade macroeconômica duramente conquistada pelos países”, adverte a equipe do economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard. “O principal desafio para a região, portanto, e gerenciar o ajuste ao novo ambiente externo preservando fundamentos sólidos e elevando o crescimento potencial”.

RETOMADA ESPERADA EM 2016

O FMI reafirma sua recomendação de que os países realizem reformas estruturais:

“O panorama atual difícil ressalta a urgência de reformas do lado da oferta. Melhorar as perspectivas de expansão e sustentar a redução da pobreza em um ambiente externo mais desafiador demandará determinação nos esforços para melhorar o ambiente de negócios, elevar produtividade e aumentar poupança e investimento”.

(mais…)

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