O prefeito Álvaro Dias anunciou algumas prioridades de sua gestão durante entrevista nesta terça-feira (13) à rádio 96 FM, no programa 96 Minutos. Os destaques ficaram com os projetos de revitalização da praia da Redinha, a engorda da praia de Ponta Negra e a revisão do Plano Diretor de Natal.
De acordo com o prefeito, ainda este ano, o Conselho da Cidade do Natal – Concidade, deve se reunir para tratar sobre o assunto, visando algumas modificações desde a sua última revisão, em 2007, com a lei complementar 07/2007, focando principalmente a orla urbana da cidade. O objetivo é de proporcionar melhorias para áreas com construções que sejam atrativas para movimentar o espaço, como implantação de novos prédios, restaurantes, valorizando um dos principais corredores de Natal.
“Precisamos mudar o Plano Diretor para permitir a construção de edifícios, como existem em outros locais, como Recife, Fortaleza, no Rio de Janeiro. Precisamos apressar a mudança para permitir a modernização, a mudança do gabarito daquelas construções que existem ali. Nós vemos em todas as capitais do nordeste orla com edifícios, restaurantes, orlas convidativas, bem transitadas e policiadas”, afirmou, acrescentando que a revisão do Plano Diretor deverá ser sua marca de gestão.
No que se refere a outra área também de grande fluxo de turistas e natalenses, a praia da Redinha, ele falou sobre a aprovação pela bancada federal do Rio Grande do Norte para emenda impositiva, no valor de R$ 24,5 milhões, para o projeto de restauração e ampliação do tradicional Mercado da Redinha, deixando-o mais convidativo, inclusive com maior espaço para restaurantes e assim ampliar a oferta de pratos da gastronomia potiguar, além da ginga com tapioca. Neste projeto estão previstos ainda a construção de um novo píer de madeira com maior extensão, um deck amplo de onde as pessoas, turistas e natalenses, poderão apreciar o por do sol, a ponte Newton Navarro, além do encontro do rio Potengi com mar.
Ainda dentro do projeto para a Redinha haverá ampliação de área de estacionamento, quadra poliesportiva e construção de centro de comercialização de artesanato, considerando o apelo turístico da área. “Como a emenda é impositiva, temos já a garantia de que esses recursos deverão ser liberados e logo que a gente consiga, vamos iniciar a obra”, afirmou, acrescentando que, como se trata de processo mais demorado, dentro de seis meses, aproximadamente, as obras devem ser iniciadas.
Outro projeto já em andamento pela Prefeitura de Natal, em fase de estudo de impacto ambiental, é o da engorda da praia de Ponta Negra que vai permitir a ampliação da faixa de areia, evitando o problema de erosão da área pela ação da maré. A faixa deve ser ampliada em cerca de 30 metros, ficando um total aproximado de 50 metros, na extensão entre o Morro do Careca e o início da Via Costeira. O material usado para o aterro, 1,2 milhão de metros cúbicos de areia, será retirado de jazida nas proximidades da Praia do Meio. Esta obra seria a conclusão do que já foi realizado na área, com o enrocamento, evitando a destruição de calçadão com o avanço do mar.
Entre os projetos prioritários elencados pelo prefeito durante a entrevista, está ainda o de urbanização integrada que prevê drenagem e pavimentação de 300 ruas na zona norte. Os recursos foram liberados pelo Governo Federal através do Ministério das Cidades, R$ 109 milhões, e a ordem de serviço foi assinada por ele na semana passada. Além de atender a 300 ruas com drenagem e pavimentação, há ainda a construção de quadras poliesportivas e ecopontos. “Um projeto importante e que vai ser uma das marcas de nossa gestão”, garantiu.
Finanças
No que se refere às finanças do Município, o prefeito Álvaro Dias falou sobre o processo de recuperação da arrecadação Municipal, mas mostrou que os valores ainda não correspondem ao que vinha sendo registrado antes da instalação da crise financeira que atingiu todo o País. Antes da crise, a arrecadação da Prefeitura de Natal ficava em torno de R$ 150 milhões por mês. Depois, com o fechamento de empresas e demissões, dificultando a reação de vários setores, como o comércio, a arrecadação caiu para R$ 80 milhões/mês. “Houve uma melhora, a crise foi sendo contornada e hoje a Prefeitura está arrecadando em torno de R$ 110 milhões, está conseguindo manter os salários em dia, que é uma vitória, pois tem cerca de 30 prefeituras no Rio Grande do Norte com salários atrasados e o próprio governo do estado”, afirmou. Além de manter a folha de pagamento em dia, Álvaro Dias disse que serviços básicos essenciais estão mantidos, como limpeza pública da cidade, manutenção das UPAs, entre outros.
A realização do projeto Natal em Natal, segundo o prefeito, deverá ser com programação dentro das possibilidades financeiras do Município. Com programação de 30 dias com palestras, shows e com a iluminação da tradicional árvore de natal localizada em Mirassol, a Prefeitura está analisando e buscando parcerias para patrocinar a participação de artistas em shows, tanto locais como nacionais. A previsão de inauguração da iluminação da árvore do Mirassol deste ano, está prevista para o dia 1º de dezembro.
Eita, é desta vez que a promotora silvícola perde as estribeiras!
O MP poderia ter ficado inerte nesse assunto, qual o interesse de parar um assunto tão salutar para toda a Natal?
Natal continua num atraso e retrocesso absurdos nas últimas décadas.
A incompetência dos vereadores e prefeitos aduzida de um MP do meio ambiente e dos órgãos ambientais que demonstram visão e ações retrógradas, querem tornar a cidade impraticável para se viver e se desenvolver.
Enquanto isso…
João Pessoa, Recife, Fortaleza, Maceió e Aracajú desenvolvem-se a passos largos, estando muito mais evoluídas e desenvolvidas do que Natal.
E pensar que em 25 de dezembro de 1599, Natal fora fundada já com status de cidade – sequer fomos vila no passado.
Tivemos, outrora, um papel de destaque e de muita importância durante a 2a guerra mundial, bem como um grande desenvolvimento em infraestrutura e tecnologia naquela época.
Mas,isso, INFELIZMENTE, é passado. Nossos governantes e órgãos reguladores implodiram todo esse progresso.
Deixamos nosso DNA e vocação de vanguardistas de lado e nos apequenamos. Hoje, temos uma visão tacanha e muito minimalista acerca do planejamento e desenvolvimento para a Natal do século XXI.
A continuarmos nesse caminho, corremos SÉRIO RISCO de RETROCEDER a ponto de nos tornarmos o que nunca fomos: UMA VILA!
Na sua visão, evolução é construir um paredão de prédios na beira mar?
É diminuir as áreas verdes? É aumentar a densidade demográfica?
Fique com essa evolução só pra vc.
Caro Manoel,
Vejo que seu entendimento sobre desenvolvimento de um município e preservação do meio ambiente são muito antagônicos.
Nessas capitais nordestinas que mencionei no meu comentário, nenhuma delas assinou o meio ambiente. Pelo contrário, desenvolvimento e meio ambiente caminham juntos.
Gostaria que o nobre leitor me desse uma justificativa plausível , por exemplo, do por quê a zona norte não pode ter edifícios como as demais zonas da cidade.
Sugiro que o dileto opinador estude um pouco mais sobre desenvolvimento urbanístico.
Sugiro começar sua fonte de pesquisa sobre os trabalhos de Le Corbusier e Lúcio Costa – garanto que não irá arrepender-se.
Pode ser até que você mude essa visão de ecochato, onde a crítica ,eventualmente, é muito rasa e sem fundamentação técnico-científica.
Forte abraço e bons estudos!
Manoel… Vai pro céu! Lá as coisas são fáceis, pode crer.