Política

Bolsonaro decide vetar totalmente artigo que previa fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Foto: Sérgio Lima/Poder 360

O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar totalmente o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que definia regras para formação do Fundo Eleitoral. O artigo previa que o fundo seria financiado com base em 25% do orçamento da Justiça Eleitoral deste e do próximo ano.

Cálculos de analistas do Congresso indicavam que, por essa regra, o valor poderia ficar em R$ 5,7 bilhões.

O novo valor do fundo será definido na votação do Orçamento Geral da União. A equipe econômica defende um valor de R$ 2,1 bilhões, que seria a correção do último valor pela inflação.

Bolsonaro ainda não oficializou a decisão de vetar o artigo sobre o fundo eleitoral. O prazo final para sancionar ou vetar é esta sexta-feira (20).

O presidente já vinha dizendo publicamente que vetaria. O valor de R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso, teve repercussão negativa, por ser muito acima do montante das últimas eleições.

Blog do Valdo Cruz – G1

Opinião dos leitores

  1. A base dele votou em peso a favor, seria um estratégia para dá uma oportunidade de sair bem na fita?

    1. Com certeza, tudo armado é só esperar para ver quanto vai ser aprovado e o Gado mugir….. Mito, mito.
      .

  2. O Salário Mínimo a equipe econômica do governo não defende reajustar pela inflação, mas dinheiro pra fundão partidário que poderia ser 880 milhões, que já é de 2 bi, tem que reajustar pela inflação. Conversa pra boi dormir! Essa conversa engana bolsomarista e menino buchudo!

  3. Certíssima a decisão do presidente Bolsonaro, é muito dinheiro para esses crápulas políticos fazerem a farra e desviarem grande parte desses recursos para os seus bolsos. Quem quiser fazer política faça com dinheiro do seu bolso. Essa mamata com o dinheiro público tem que acabar na política.

  4. ELE ACERTOU , POREM TODOS PROJETOS NA CAMARA E NO SENADO COLOCADO PELO GOVERNO, IRÃO PARAR OU ATRAZAR A PARTIR DE AGORA. INFELIZMENTE NO BRASIL É ASSIM.

    1. Notícia que rola é que o bofe de José Tomaz, deu um surrote nele e mandou ele para de gastar telefone com conversas sem sentido e mentiras.

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Geral

ARTIGO: A falácia da revolução na educação potiguar – por Tatiana Mendes Cunha

Foi noticiado pelo Governo do RN que serão investidos 400 milhões de reais na criação de Institutos de Educação. Muito tem se falado em revolucionar a educação no Estado, mas como fazer uma revolução quando nem o mais simples e básico está acontecendo? Quase um ano e meio sem aulas presenciais, 615 escolas fechadas, metade dos alunos matriculados na rede sem acompanhar as aulas em formato online.

Então, me pergunto: porque reinventar a roda quando já se tem muito o que fazer com o que existe de concreto? Desde 2009 o Rio Grande do Norte integra o Brasil Profissionalizado, programa do Ministério da Educação que visa o aumento da oferta de ensino médio integrado ao profissional e que previa a construção de 10 novas escolas no Estado.

A governadora Rosalba Ciarlini entregou prédios em Extremoz e Ceará-Mirim. O governador Robinson Faria mais cinco, em Natal, Parnamirim, Mossoró, Alto do Rodrigues e São Gonçalo do Amarante. Em 2017, sob a tutela da professora Cláudia Santa Rosa, então Secretária de Educação, todos os sete centros entraram em funcionamento. No fim de 2018 foi concluído outro Centro em Natal, no Parque dos Coqueiros, com as condições que o fez funcionar já no início de 2019. Já os Centros de Assú e Macaíba terminaram a gestão Robinson em construção.

Além das novas unidades de ensino, o programa do MEC também envolveu 53 escolas de ensino médio que foram adaptadas para ofertarem cursos técnicos, cursos esses que foram implantados em todas elas. O Estado, que já contava com o Centro de Educação Senador Jesse Pinto Freire, em Natal, vizinho ao Anísio Teixeira, saltou de uma unidade com ensino técnico para 62 unidades.

E são unidades que apresentam resultados. As maiores pontuações obtidas nos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica de ensino médio do Estado são justamente dos Centros de Educação Profissional (CEEPs), que tem uma estrutura excelente, composta por salas de aula, auditório, quadra, refeitório e laboratórios.

A expectativa era que as dez instituições atendessem 15 mil alunos com cursos em tempo integral e semi-integral de nível médio e profissionalizante voltados para o meio ambiente, nutrição, segurança do trabalho, edificações, informática, energia renovável, administração e recursos humanos.

Cito ainda outro projeto criado pelo MEC, em 2011, voltado prioritariamente para os estudantes do ensino médio da rede pública e que segue em andamento, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Em parceria com a UFRN (Escola Agrícola de Jundiaí), SEBRAE, Senac, Sesi e outras instituições são oferecidos cursos concomitantes com a educação regular em horários alternativos.

Por que criar uma rede de institutos quando o Estado já conta com uma rede de Centros Estaduais de Educação Profissional, com escolas e projetos que fazem a mesma oferta? Por que então investir 400 milhões de reais na construção de novos prédios e fazer reparos e reformas apenas em algumas, quando muitas escolas aguardam uma boa reforma, há décadas?

E como falar de educação profissional na rede estadual ou qualquer outro programa sem previsão do recurso mais importante: equipe especializada para tocar a educação profissional. Não há um Plano de Cargos com previsão para a contratação de professores para essa modalidade! Haverá capacidade instalada para implantar e fazer funcionar como previsto?

Como entender essa lógica, especialmente quando se percebe que o número de matrículas vem caindo ano a ano. E caso você não saiba, os recursos para a Educação são definidos pelo quantitativo de estudantes e não de prédios. Mais importante do que mudar o nome dessas unidades de ensino e construir novas, seria terminar de equipá-las, reformar as escolas que já temos e dotá-las de condições decentes.

A pandemia foi um fator inesperado e impactante no ensino, e por isso mesmo nunca foi tão urgente a necessidade de se correr atrás do prejuízo para que crianças e jovens que dependem do ensino público não abandonem os estudos e possam ter expectativas de um futuro melhor através da educação.

Revolução de verdade é ter sala de aula ocupada!

Tatiana Mendes Cunha – Advogada

Opinião dos leitores

  1. Tatiana Mendes Cunha, aquela secretária do governo que atrasou 4 folhas de salário dos servidores do RN e menos dela? Cey… SertÚ!

  2. O ensino médio sempre me despertou grande interesse e chegou ao ponto de ser o tema q escolhi para a minha tese de mestrado em 1978!!!

  3. Só foi a governadora falar numa grande obra de seu governo. No valor de 400 mi que todo mundo agora crítica a educação o projeto etc. O medo e grande. Se ela anunciar que vai construir uma 3 ponte no pontegi vão dizer que e ela devia cuidar da de igapó. Se ela inaugurar um metrô vão criticar os ônibus que ela não cuida. Etc tudo que Fátima faz não presta. Isso já passou da crítica. Virou perseguição. Sem sentido. Se faz crítica se não faz tbm.

    1. “Falar”… Disse bem. Esse governo de Fátima do PT está resumido a bla-bla-bla e mentiras, MUITAS mentiras. Triste Rio Grande sem sorte e sem norte.

  4. Uma verdade precisa ser dita. Se tem alguém que colaborou com a educação no RN foi Robinson Faria. Aquela tática de não pagar os salários e com isso promover diminuição na massa corporal dos trabalhadores da educação, levando a uma melhora na saúde do trabalhador, foi uma das coisas mais geniais que alguém poderia ter feito pela educação potiguar. Fome é ruim? É. Mas traz saúde. Os trabalhadores da educação, e os demais trabalhadores do estado, aguardam ansiosamente por uma nova retenção em seus salários.

    Claro, Robinson e os anteriores criaram inúmeras escolas técnicas, porque as elites políticas tradicionais do RN são muito preocupadas com a formação de seus concidadãos. Deram e dão provas disso diariamente.

    1. Governo de Robinson foi uma maravilha !!! kkkkkkkkkkkk
      Gostei da ironia. rsrs

    1. Olha o portal da transparência!
      Já procurou lá, ou tu só fica berrando como mais um GADO?

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Geral

ARTIGO: Redes antissociais

Foto: Divulgação

O mundo ao longo de séculos vem sofrendo transformações em suas crenças, costumes e formas de se relacionar. Já vivemos períodos monárquicos, inquisidores, escravagista e absolutistas, onde pouquíssimos tinham plena liberdade para mudar o rumo de sua história, e, ao custo muito alto chegamos ao estado democrático de direito.

O mais curioso é que, ao ponto em que avançamos nas liberdades de expressão e manifestação, encontramos uma sociedade presa em um universo virtual, um mundo paralelo, e nele, ela revela seu lado mais absolutista e totalitário. Um mundo paralelo não apenas chato, mas perigoso e hostil.

Basta alguém se expressar diferente da forma esperada, logo se inicia uma perseguição virtual, uma caça implacável que vai desde comentários desabonadores, a bloqueio e denuncia daquele perfil, para que saia do ar aquilo que não agrada.

Existe até grupos organizados no WhatsApp para atacar a honra de pessoas, por elas não compartilharem do mesmo pensamento. Se denominam de militância virtual, mas eu os classifico como terroristas virtuais.

E preciso repensar uma forma de regulação desse ambiente social, para que não haja possibilidade de inscrição sem um CPF e CNPJ válido e verificável, como se faz em uma abertura de conta bancária digital. É indispensável banir os perfis falsos para termos uma ambiente saudável.

São os mesmos terroristas que irão esbravejar: “censura”, “fascista”, “querem acabar com a liberdade de expressão e com a internet”, mas são incapazes de perceber, que foram os próprios que cavaram essa cova.

Vivemos a versão mais chata da evolução da nossa espécie, uma involução. É preciso sabermos ouvir ideias diferentes da nossa, e simplesmente conviver, ou combate-las com o bom combate, com argumentos, e acima de tudo com respeito e civilidade.

Antes de você ser direitista, esquerdista, comunista, cristão, espírita, ateu, agnóstico…seja humano, civilizado, educado. Seja decente, respeite primeiro próximo para cobrar respeito.

Alexandre Teixeira
@alexandreteixeiranatal

Opinião dos leitores

  1. Prazer grande acompanhar vc Alexandre, vc sempre se posicionando dentro do politicamente correto e saudável p sociedade!! Vivemos tempos estranhos; os limites e respeitos precisam serem estabelecidos!! Tudo que é excesso faz mal!! Parabéns!! Um grande abraço amigo

  2. Muito bom Alexandre! Infelizmente as pessoas confundem liberdade de expressão com palavras ofensivas, sem o mínimo respeito ao próximo. Parabéns, muito rico em diferencial humanitário.

  3. Parabéns, Alexandre Teixeira! Sérgio, concordo com vc. Têm algumas figuras, que são muito agressivas em seus comentários aqui no blog. Escrevendo palavras chulas e sem um mínimo de respeito. João Macena.

  4. É difícil combater perfis falsos. Mas, se esse blog bloqueasse determinados comentários com palavras agressivas ou de baixo calão, já seria uma contribuição para o bom convivio.

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Política

ARTIGO: Desculpem, não sei votar. (Por Marcus Aragão)

Eu lembro o que aprendi na escola. Estudei bastante o que se plantava nas margens do rio Nilo. Aprendi o Teorema de Pitágoras e quando o trem que saiu do ponto “a” irá se encontrar com o trem que saiu do ponto “b”. Também aprendi a calcular quantos azulejos cabem numa piscina de 300 m2. Será que ainda sei mesmo?! Bem, só não sei para que serve isso tudo que me ensinaram. Alguém sabe para que serve a fórmula de Bhaskara?

Não, nunca li filosofia na escola. Sei quem foram os filósofos gregos, mas não sei o que eles pensavam. Também não me ensinaram matemática financeira. Deve ser por isso que adoro uma
compra parcelada. Para mim, o que vale é saber se a parcela cabe no meu bolso. Nunca li sobre ciência política, nadinha. Também não ensinaram como a Inglaterra evitou o fascismo.

— Aprendi a decorar muita coisa nessa vida.

Lembro dos resumos que tínhamos que fazer sobre os clássicos da literatura brasileira. Machado de Assis, Jorge Amado, Aluísio Azevedo, José de Alencar. Ah, li também o Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. Todos com grande valor literário, mas nada que me fizesse pensar. Não conheço Aldous Huxley, nem Immanuel Kant. Nietzsche?! Só conheço algumas frases.

Infelizmente, tive que aprender história através dos filmes do cinema. Acredito que foram os Estados Unidos da América que ganharam a 2a Grande Guerra Mundial. Os russos fizeram o trabalho pesado para vencer Hitler?! Acho que isso é papo de comunista. Não sei detectar uma narrativa. Não entendo que a mídia apenas informa. Que ela não forma, porque não tem tempo para isso. Também, por não ter interesse ou por ter outros interesses.

Hoje em dia, vejo que nunca fui de confusão. Não reclamo quando grandes empresas fazem lobby junto a políticos que acabam com o Brasil. Aceito como um cordeiro que não possamos escolher nosso fornecedor de energia elétrica. Os alemães, portugueses e as pessoas de outros inúmeros países decidem sobre qual será o distribuidor de energia deles como quem escolhe uma operadora de telefonia móvel. Aceitei que o relator da MP da Eletrobrás tirasse a emenda que liberava os consumidores a comprar energia de qualquer distribuidor. Não protesto por não termos ferrovias de qualidade, nem metrôs — com certeza alguém lucra muito com isso. Não reclamo sobre a violência que essa política desastrosa trás como consequência inevitável para todos nós. Sem falar no caos da saúde. Não reclamo. Me estimulam a ser grato sempre.

Também não faço idéia da manipulação que as mídias sociais podem estar fazendo comigo. Soube que com 150 likes, o Facebook me conhece melhor que minha própria mãe. Por isso, com base na hiper segmentação, envia-me a toda hora conteúdos que não tenho como resistir. Além do cinema, agora aprendo pelas redes sociais. Inclusive, pelo WhatsApp.

Agora percebo que a educação que me foi negada, justamente para facilitar a manipulação e me manter pacífico diante disso tudo, tira-me a capacidade de saber escolher em quem votar. Não sei me defender de discursos populistas. O pior é que adoro. Eles fazem meu coração bater mais forte e me enchem os olhos de esperança — seja de direita ou de esquerda. Por favor, não me culpem por não saber votar. Não tenho senso crítico.

O que vou fazer? Bem, como sempre, vou tomar todas nesse final de semana para esquecer. Vou cantar muito pagode, sertanejo e forró, pois decorei inúmeras letras de música. No domingo, vamos à praia e depois vou assistir o jogo de futebol do meu time – tenho a escalação completa na cabeça.

O Povo brasileiro.

Opinião dos leitores

  1. Seus textos são fantásticos Marcus, vc como sempre criativo e inteligente nas colocações, parabéns 👏👏👏

  2. Ótimo artigo.l! A culpa não eh do povo e sim dos políticos que não tem o mínimo compromisso com o povo, não tem a mínima honestidade nem compromisso com a verdade e ainda criam leis pra se blindar contra as punições cabíveis…

    1. Os políticos saem do povo, não são ETs que aterrissaram em Brasília.

  3. Os seus artigos conseguem nos dá um “freio de arrumação ” nessa automação que vivemos e, muitas vezes, não paramos para refletir do que estamos fazendo de nossas vidas.
    Eu lembro de um antigo comentário feito por Pelé que dizia que “o brasileiro não sabia votar”. E na ocasião sofreu críticas horríveis. O tempo tem nos mostrardo que, realmente, não sabemos. E você está nos dando uma luz para aprendermos.

  4. Sistema Penitenciário do RN compra 20 mil comprimidos de Ivermectina para os seus hóspedes e tbm vão ser vacinados com a vacina da jansey, dose única com alto poder imunizante. Pra polícia foi a Coronadória.

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Geral

ARTIGO : Uma crítica ao crítico do Camarões. (Por Marcus Aragão)

Há alguns dias o perfil @ocritico.antigourmet deu nota 2 ao Restaurante Camarões. Não foi fácil digerir, mas achei melhor esperar um tempo para ver se sua avaliação era levada a sério pelos seus seguidores (nem estes o seguem na vida real). Parece-me que já o conhecem bem e não deram ouvidos aos seus posts, tendo em vista que o Camarões continua lotado como sempre.

— Nota 1 em relevância.

Nosso crítico não coloca o nome dele nem a foto no perfil. Saberia ele que suas palavras não são temperadas com critério e responsabilidade? Seria vergonha com covardia o prato do dia servido por ele aos seus seguidores? Na melhor das possibilidades, falta coragem no seu Menu.

— Nota 1 em postura.

Sua primeira postagem foi em dezembro de 2019. Sabemos que o período da pandemia impediu algumas visitas, mas 23 avaliações em 2 anos e meio é de uma produtividade nula. É preciso colocar a mão na massa.

— Nota 1 em desempenho.

Em sua bio do Instagram, mostra, porém não prova que é estudante na Le Cordon Bleu School e pós graduado em gastronomia pela PUC. Infelizmente, não tem um post que possa comprovar a formação. A verdade tem que ser nua e crua, e essa história me parece que passou do ponto. Não consegui engolir.

— Nota 2 em credibilidade.

Estaria o perfil @ocritico.antigourmet faminto de sucesso? A média de comentários em suas postagens fica em torno de 150. Antes, o maior número alcançado foi 307. Pasmem! A crítica ao Camarões teve 5.568 comentários. A maioria absoluta contra nosso D.Quixote das cozinhas.

— Nota 9 em malícia.

Vendo nosso errante crítico queimando seu currículo com avaliações insossas, aproveito para lembrar que não existe receita de bolo. O sucesso só vem com muito trabalho, disciplina e algum talento.

Querer ensinar como se faz camarão para a gente potiguar, que em tupi-guarani significa “comedor de camarão”, deixa-me na dúvida em quem tem mais titica na cabeça: o crustáceo ou o nobre crítico?

— Nota Zero em humildade.

Um dia a conta chega, @ocritico.antigourmet!

Marcus Aragão
@aragao01

Opinião dos leitores

  1. Muitos aplausos para esse texto. Esse crítico é sem noção, acho que ele nunca foi ao camaroes.

  2. Só cozinheiro, italiano e entendo “um pouco” da gastronomia do meu país.
    Pelas considerações que esse tal de critico faz sobre restaurantes italianos de SP, colocando notas altas por alguns, que não tem nada de italiano, entendi que pouco sabe de gastronomia ou, as avaliações que ele coloca, não tem nada a ver com a gastronomia mas sim para outros fatores.

  3. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 ninguém está livre de críticas e ele tem total direito de criticar qualquer estabelecimento, mas suas críticas foram feitas sem fundamentação alguma, só para prejudicar o estabelecimento. No final, seus clientes satisfeitos fizeram toda a propaganda positiva, aumentando ainda mais a vontade de comer no camarões.

  4. Criticar o camaroes é porque tem algum distùrbio.Estacionamento 10,limpeza 10,pratos variados 10,ambientação e arquitetura 10, fartura 10,Preço 9,espera 8( porque é procurado).
    Tratamento outros,Prejudicado!!!!

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Diversos

ARTIGO: Para todos nós, a concorrência. Para a Cosern, o monopólio – (por Marcus Aragão)

Você, sufocado leitor, tem inúmeros concorrentes. Todos temos. Seja você médico, engenheiro, balconista, camelô, ou qualquer cargo que ocupe no mercado privado. É uma virtude do capitalismo. É o que faz melhorarmos a cada dia e buscar incessantemente oferecer um serviço ou produto cada vez melhor. Até na natureza existe concorrência, são várias cepas do corona disputando as suas células.

Infelizmente não existe concorrência na distribuição de energia elétrica em nosso estado. Triste choque de realidade, mas é verdade. Já pensou como seria sua vida se você não tivesse concorrência? Que tranquilidade, hein? Mas você é um simples mortal que assim como eu, temos que lutar para conquistar nosso lugar ao sol.

Poderíamos questionar que energia elétrica é essencial. Isto é, nós temos que comprar. Não é opcional. Nós não escolhemos se vamos querer este mês ou deixamos para o próximo. Não interessa se podemos, se temos dinheiro. Temos que comprar.

Ora, vender algo essencial já não é privilégio grande demais? Ainda tem que vender com exclusividade? Isso não é um benefício exagerado? Me lembra o período da monarquia que o amigo do rei recebia uma benesse que não cabia questionamentos. Como estamos numa democracia, segue o texto.

Vocês lembram o custo da telefonia celular na época da Telern? Quanta diferença quando vemos hoje em dia, as inúmeras operadoras disputando cada cliente. É natural. O resultado foi um serviço infinitamente melhor e mais barato. Resumindo, não basta privatizar. Tem que liberar a concorrência.

Um dia a conta chega. E tem chegado cada vez mais pesada. O pior é não ver nossos políticos com energia suficiente para lutar, tentado reverter essa situação. Para você ter uma ideia, em Santa Catarina tem 26 concessionárias/permissionárias e o custo do Kwh é de R$ 0,50. Em nosso RN, temos 01 concessionária e o custo do Kwh é de R$ 0,55.

No Paraná, temos 05 concessionárias/permissionárias atendendo o Estado. Sabe qual o custo do Kwh? R$ 0,51. No Rio Grande do Sul, 19 concessionárias/permissionárias. Imagina o impacto da redução desses valores nos setores produtivos de nossa economia. Como as indústrias, por exemplo.

Não vou falar hoje sobre a qualidade do serviço e atendimento. Se você já precisou ir no na Central de Atendimento da Cosern, você já sabe.

Opinião dos leitores

  1. Realmente é muito triste não saber como funciona o sistema elétrico. Sugiro que construa uma mine central de energia solar, invista em baterias e solicite o desligamento da sua unidade da rede da concessionária. Sim é possível fazer isso.

    1. Temos que lutar pela concorrência !!! Sabias palavras !!! Só nos fazem pagar a conta !!!

  2. 👏🏻👏🏻 Boa reflexão. Assunto muito complexo, mas que sem dúvidas precisa ser pesquisado e discutido.

  3. A solução é privatizar.
    Aproveitem e tirem a Dilma que o dólar, o gás e a gasolina baixam.

    1. Tem que privatizar mas tem também que liberar a concorrência.

  4. Vamos dar um choque em nossa representação política para criarem vergonha e energia para abraçar e derreter o desrespeito com nós potiguares. Parabéns

  5. NAO SEI PORQUE AS PESSOAS TEM RECLAMADO DAS EMPRESAS PRIVATIZADAS…

    VOCÊ JÁ TEVE PROBLEMAS COM A OPERADORA DE CELULAR?😳
    NÃO!

    E COM O PLANO DE SAÚDE?🤷‍♂️
    TAMBÉM NÃO!

    E COM O PROVEDOR DE INTERNET?🙃
    NUNCA!

    ENTÃO PAREM DE BOBEIRA! AS EMPRESAS PRIVADAS SÓ QUEREM NOS AJUDAR! 😍

    1. Claro que privatizar é o melhor a se fazer. Mas Não basta privatizar. Tem que liberar a concorrência.

  6. É um comércio abusivo que por falta de competidores fazem o que quer com a população. Ótimo texto. Vamos acordar meu povo!

    1. O texto é bem claro. “Não basta privatizar, tem que liberar a concorrência”. 👏👏👏👏

  7. Amigo eu comprei o repasse de uma casa aqui em são Gonçalo com a energia cortada e com um debito que eu assumi na negociação. Ocorre que fazem mais de 30 dias que tento negociar o debito pelo site mandam cadastrar um CPF/Senha quando você tenta entrar informa serviço indisponível se você tenta pelo Wats é atendente virtual, se você vai agendar pelo site não há a opção de negociar divida em resumo: FOI MAIS FACIL COMPRAR A CASA DO QUE PAGAR O DEBITO JUNTO A COSERNE E OLGA QUE TÔ QUERENDO PAGAR IMAGINE SE FOSSE O CONTRARIO.

  8. Os serviços da Cosern estão deixando muito a desejar e eles se aproveitam da desorganização do serviço público brasileiro e a falta de justiça para lascarem os consumidores..Eu estava FORA DE CASA EM VIAGEM DE DOIS DIAS,eles foram na minha residência SEM AVISAR E TROCARAM DO LADO DE FORA DA CASA O MEDIDOR,PASMEM DEIXANDO DESLIGADO QUANDO TERMINARAM O SERVIÇO,BOTANDO A PERDER VÁRIOS PRODUTOS PERECÍVEIS QUE ESTAVAM NA GELADEIRA, NUMA TOTAL IRRESPONSABILIDADE E FALTA DE RESPEITO COM O CONSUMIDOR. LIGUEI RECLAMANDO E SÓ RESPOSTAS EVASIVAS..E PIOR COM ESSE MEDIDOR NOVO QUE COLOCARAM A CONTA DOBROU. AGORA VOU RECLAMAR PARA QUEM? AO BISPO DA PARÓQUIA? BRASIL PAIS DA IMPUNIDADE E DAS COISAS ABSURDAS.

  9. Pior são os Serviços e preços da CAERN. Administrada por diretores indicados pelo governo Estadual.
    Tem que privatizar já, essa Merda kkkkk

    1. Tem que privatizar mesmo. Mas deve liberar a concorrência

  10. pior é a CAERN… aqui em casa vem 150 reais se não usar, se encher uma piscina de 20 mil litros dá 150 reais de mesmo jeito

  11. Se vc olhasse TB os impostos q são diferentes pra cada uma vc saberia pq pagamos um pouco mais caro. Sobre a qualidade, só é lembrar que na época q vc citou a telern, qd faltava energia, no mínimo era dois dias pra alguém ir lá olhar o q aconteceu.

    1. Melhorou muito mas sem liberar a concorrência, reduz o benefício.

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Geral

Artigo: Dia da Indústria – Não há RN forte sem a força da indústria

Foto: Divulgação

Celebramos o dia da indústria a cada 25 de maio!

De início, destaco a importância da indústria no ciclo virtuoso da economia. Aliás, transcrevo Robson Braga, Presidente da CNI: “ninguém fará um País forte sem uma indústria forte!” Acrescento: ninguém fará um RN mais forte sem considerar a força de nossa indústria. Não é unicamente pelos quase 100 mil empregos gerados ou pela renda circulante a partir da atividade industrial… Tudo é importante, mas deve-se, especialmente, à indústria, os maiores investimentos em ciência e tecnologia. E a tecnologia, quando se aproxima do empreendedorismo, alcança resultados expressivos. Neste sentido é atribuída uma frase a Walt Disney que bem resume a boa combinação mencionada: “é divertido fazer o impossível, pois lá a concorrência é menor”. E tudo isso é indústria!

No Brasil a atividade industrial responde por, aproximadamente, 11% do produto interno bruto, e no RN chega a 19,1%. Algo expressivo que merece melhor atenção.

No âmbito geral, a indústria nacional espera a consolidação de reformas que melhorem o ambiente de negócios, notadamente, as reformas tributária, administrativa e política. Tributária para simplificar e, consequentemente, diminuir o tamanho do custo tributário e sua gestão para as empresas; Administrativa, porque precisamos de um Estado (conceito geral) mais barato, eficiente e menos burocrático; Política para que tenhamos regras perenes, fortalecimento dos partidos políticos e, preferencialmente, coincidência de mandatos para que ocorram eleições somente a cada quatro anos.

O custo da máquina pública nacional, em síntese, precisa ser menor para que as empresas – de um modo geral – tenham menos encargos e mais condições de investimentos no próprio negócio, nas condições de produtividade e em pesquisa, inovação, tecnologia. O dinheiro pago para manter um custo que pode ser menor, pode gerar mais oportunidades de trabalho e, consequentemente, renda para as pessoas. E nada melhor que o trabalho como a melhor política social!

Por sua vez, com melhor capacidade de investimento, as empresas industriais vão acelerar a fase “Indústria 4.0”, verdadeira terceira revolução industrial, que, em apertado resumo, é a composição, em um mesmo processo, do mundo físico, digital, virtual e biológico, tendo o ser humano a devida, necessária, inegociável e importante participação.

Assim, com tais elementos e outros que são inerentes, o Brasil e o Rio Grande do Norte precisam apostar na reindustrialização. A agregação de valor, o uso da tecnologia, a resolução de problemas a partir de uma demanda social, dentre outras características, marcam positivamente a atividade industrial que, sob qualquer análise, é importante para a sociedade e merece evidência e apoio.

Neste 25 de maio, data comemorativa, o Sistema FIERN, fazendo o registro das preocupações necessárias, cumprimentando os empreendedores – verdadeiros heróis da resistência – e os colaboradores das empresas, alimenta o dia com contagiante e visível orgulho de tudo o que faz e de todos que representa no segmento industrial.

Amaro Sales de Araújo, industrial, presidente do Sistema FIERN e diretor da CNI

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Geral

ARTIGO: Sebastianismo à brasileira – por Thiago Medeiros

Antes de tudo, vou esclarecer aos nossos leitores a origem dessa expressão. Tudo começou em Portugal em fins do século XVI. Dom Sebastião, rei daquele País, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, ali então despertou uma grande crise em Portugal. A notícia de que a empreitada liderada por Dom Sebastião ao Norte da África, a fim de estreitar as relações e reforçar o poder sobre os territórios do Magrebe, teria dado errado, começou a chegar a Portugal a partir do dia 10 de agosto de 1578. Segundo Jacqueline Hermann, primeiro tentou-se esconder o mensageiro, a fim de não alardear a notícia entre os que tinham ficado em Portugal. Depois, começou-se a buscar um sucessor para o trono, a fim de aquietar o povo. A ausência de um corpo foi o suficiente para alimentar as lendas que dali iriam surgir.

O momento conturbado e uma série de eventos que ocorria à época, faziam uma lenda prosperar. Ecoava que Dom Sebastião iria voltar com seu exército das águas e salvar o país do mal momento. Era uma esperança que muitos se agarravam, e alguns até como impostores surgiram para tentar reivindicar o trono. De fato, o rei nunca voltou a aparecer, e o sebastianismo virou uma lenda no imaginário do povo português, e também um imaginário na política daquele País.

No Brasil, o sebastianismo foi um messianismo adaptado às condições históricas e culturais regionais, traduzindo uma inconformidade com a situação política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da ressurreição de um morto ilustre. Euclides da Cunha escreveu sobre essa lenda heroica e o reflexo da esperança que provocava em momentos de angústia. Os devotos do líder, Antônio Conselheiro, de Canudos acreditavam, como ele (que utilizou o sebastianismo em seus discursos messiânicos), que suas vitórias contra as tropas enviadas pelo governo republicano resultavam da força divina. E que dom Sebastião, o jovem Rei de Portugal desaparecido em batalha trezentos anos antes, “das ondas do mar sairá com todo o seu exército” (Euclides da Cunha), assim ele iria restaura a monarquia no Brasil.

No Brasil, digamos que começamos uma busca frenética e irracional por um salvador da pátria desde sempre, mas vamos nos ater a 2018. Bolsonaro vem em seu cavalo branco para varrer todo o “mal” que o nosso País tinha adquirido nos últimos anos, os anjos também fazem parte do seu exército, aqueles que assim pensavam, depositaram toda a sua expectativa em um homem imaginário, uma construção de um sonho que não iria se realizar. Porém uma justiça precisa ser feita. Jair Bolsonaro está sendo quase que fiel ao seu plano de governo, embora a maioria não leu ou até mesmo crê que ele não existe, mas sim, existe e eu o li diversas vezes. Tirando uma “parte” da economia e do combate à corrupção, as demais áreas Bolsonaro têm colocado ou vem tentando colocar em prática. A lição que deveria ser aprendida: Olhou-se o messiânico e não seu conteúdo.

Já para 2022, praticamente 500 dias antes do pleito, parece que a população brasileira espera uma reinvenção do sebastianismo na figura de Bolsonaro, no mito Lula, ou ainda na condição messiânica de uma terceira via, que representaria uma figura imaginária, capaz de reunir a todos, um consenso entre os diferentes, que vai limpar o Brasil do lulismo e do bolsonarismo. Novamente caímos no mesmo conto do mito do herói e parece que vamos continuar olhando para homens e não para projetos.

Estamos mais preocupados em olhar para o sebastianismo, em olhar para pessoas, e esquecemos de olhar o conteúdo que elas apresentam ou representam. Nosso País, precisa estabelecer um nome em torno de um robusto programa de recuperação econômica, social, educacional, ambiental e cultural. Hoje o nome desse mensageiro não deve nos preocupar tanto, a importância maior é em construir essa proposta com diálogo, empatia e união. A política binária, do nós contra eles, tem provocado a erosão da nossa democracia, o ódio tem minado nosso amor ao próximo e ao bem comum. Mas tudo isso não justifica a busca de um sebastianismo, que nunca virá, só iremos quebrar a cara novamente.

Thiago Medeiros. Administrador e Sociólogo

Opinião dos leitores

  1. Esse artigo tenta transparecer neutralidade.
    Mas não é neutro.
    Algumas questões:
    a América Latina é a única região do mundo onde ainda há fanáticos que defendem o comunismo.
    É desgastante ter que provar centenas de vezes, que Lula e a esquerda representam o comunismo.
    Que Lula criou o Foro de São Paulo com Fidel para implantar o comunismo na região.
    Ontem Lula se reuniu com embaixadores de Cuba, Venezuela e Bolívia…
    Todo mundo sabe que Lula criou o Foro de São Paulo e que vários países da região caíram nessa ideologia ultrapassada e hoje são ditaduras.
    De fato ou de direito.
    Cuba, Nicarágua, Venezuela, Bolívia.
    Comunismo é ditadura e atraso.
    O PT governou o Brasil por 13 anos e aparelhou instituições.
    Bolsonaro foi eleito na eleição mais democrática na história do Brasil.
    Não usou máquina pública, não cooptou ou ameaçou caciques políticos, não ameaçou tirar benefícios da população humilde caso não fosse eleito.
    Não viajou em jatinho da JBS durante a campanha.
    Não pagou marqueteiros em paraíso fiscal nem por meio de caixa 2 de empreiteiras.
    Não gastou 100 milhões na campanha.
    Aí querem comparar Bolsonaro a Lula???
    Bolsonaro entrou ha 30 meses e dia e noite é perseguido.
    Ou seja, tentam atrapalhar o governo a todo custo.
    Então, o Brasil quer entrar no comunismo do Foro de São Paulo?
    O comunismo é um caminho sem volta.
    Ah, existe terceira via?
    Qual? Rodrigo Maia que se encontrou com Lula?
    Renan Calheiros, aliado de Lula?
    Doria que desde o início faz de tudo para atrapalhar o governo por vaidade pessoal?
    Quem tenta destruir o país para se dar bem politicamente, tentando a todo custo perseguir o presidente eleito por 57 milhões de brasileiros, não pensa no bem do Brasil.
    Quem pense no futuro e em construir um Brasil melhor não deixa para 2022.
    Por que quem persegue Bolsonaro não faz isso agora?
    Para de atrapalhar o progresso do país para que voltem os gaviões e Lula, do mensalão, petrolao e foro de São Paulo?
    Por exemplo, o tumulto que a oposição, Rodrigo Maia e o STF causam ou causaram afastou investidores .
    Isso fez o dólar subir.
    Existe gente que pediu a investidores estrangeiros para não investir no Brasil (o milionário comunista Paulo Coelho que mora na Europa).
    Radicais de esquerda pediram a Biden para impor sanções ao Brasil.
    É esse pessoal que quer construir um novo país?
    Não se deixem enganar.

  2. Ótimo artigo devemos sim projetar um novo país pensando agora no futuro brilhante para os novos filhos.

  3. Ótimo artigo devemos sim projetar um novo país pensando agora no futuro brilhante para os novos filhos.

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Política

Artigo: Mutualismo Político, fator sobrevivência para Lula e Bolsonaro – por Thiago Medeiros

Numa passagem de 18 Brumário de Luís Bonaparte, Marx mostra como é frequente os atores de uma determinada época buscarem inspiração nos acontecimentos de outra. Cuidado que este texto não tem um viés de esquerda, mas acredito que sim, podemos utilizar diversos autores que estudaram e expressaram teorias sobre diversos acontecimentos. Mas você deve estar se perguntando, o que Marx tem a ver com o momento atual da nossa política? Então eu vou fazer um breve paralelo, associando as principais inspirações para projetos de poder, e prometo que ao final deste artigo você vai entender.

Após uma decisão do STF colocar Luiz Inácio Lula da Silva novamente no jogo político, o cenário eleitoral para 2022 começou a ser jogado de forma diferente. A entrada do petista mudou as narrativas e trouxe uma nova dinâmica. O lulismo é carregado de simbolismo, que desperta em uma parte da população uma inspiração para um futuro melhor e para outra representa tempos tenebrosos da nossa nação. O lulismo e o antipetismo deram vida, em 2018, ao bolsonarismo, movimento encabeçado por Bolsonaro que se aproveitou do momento da opinião pública que clamava por uma mudança em nossa política.

Durante sua campanha e também seu governo, o bolsonarismo se vale de uma volta a este passado para resgatar suas bases morais e também seu ideal de governo. Isso mantém de forma coesa uma clientela eleitoral que, faça chuva ou sol, sustenta as intenções de voto de Bolsonaro o suficiente para levá-lo ao segundo turno.

Bolsonaro deu vida ao lulismo antes mesmo da decisão do STF. A sobrevida que hoje Lula ganhou e ganha é lastreada por palavras e ações de Bolsonaro e seu governo. Colocados em polos opostos, esses dois modelos – lulismo e bolsonarismo – têm uma relação ecológica de sobrevivência.

Na natureza, existem diversos tipos de relações entre os seres vivos. Algumas inspiram competição e outras uma espécie de cooperação, o mutualismo é uma dessas, onde há benefício para ambos. O mutualismo é uma associação imprescindível, pois ela garante que os dois animais envolvidos sejam beneficiados e sobrevivam.

Vamos descrever então essa relação de mutualismo entre o lulismo e o bolsonarismo. Sim, primeiramente começo com a afirmação que um precisa do outro para sobreviver. Eles representam visões de um Brasil que tem sido apresentada de modo antagônica, claro que cada um deles ressalta as suas qualidades e aponta os defeitos do seu oponente. Voltando a Marx, citado no início desse texto, o lulismo volta ao passada numa narrativa do resgate de uma época de ouro, onde para eles a redução da desigualdade social, liderança para enfrentar os desafios, crescimento econômico, dentre outros são as virtudes necessárias para levar o País para um futuro melhor, diante dos desafios de um Brasil pós-pandemia.

Assim, o lulismo, numa comparação ao momento atual do Bolsonarismo, se apresenta como um tipo de espécie mais preparada, uma alternativa positiva. Do outro lado do polo, esse mesmo passado é usado para o bolsonarismo ficar raízes e florescer na mente das pessoas. Para ele, o passado petista representa negatividade, voltar a ele significa um retrocesso dentro daquilo que tem sido conquista, principalmente referente aos valores morais e também na luta contra o comunismo e corrupção. Dessa leitura do passado são resgatadas as lembranças que nutrem o bolsonarismo e enfraquece o lulismo.

Sendo assim, ter um Bolsonaro com monopólio da direita e um Lula apoiado por grande parte da esquerda pode indicar uma eleição polarizada, mas também é bom para chacoalhar a turma da terceira via. Não será fácil, um caminho possível seria buscar um público mais cansado com essa polarização, da esquerda com o lulismo e à direita com o bolsonarismo. Mas até agora nenhuma das figuras apresentadas como alternativa para comandar essa tentativa – Mandetta, Ciro Gomes, Tarso Gereissati, Luciano Hulck, Eduardo Leite, João Dória e até o Danilo Gentili – demonstrou capacidade de emplacar uma viabilidade.

Você muito ouvirá sobre antibolsonarismo e antilulismo (antipetismo). Eles serão como índices na bolsa de valores. O aumento de um significa o avanço do outro polo sobre a mente das pessoas. Porém aqui faço uma ressalva, durante este processo podemos ter diante do jogo os dois lados jogando cada vez mais para os extremos, e isso pode aumentar em mesma proporção as duas rejeições, favorecendo assim uma outra via. Mas caso tenhamos uma polarização, esses dois entes precisam manter uma estabilidade de sobrevivência para essas rejeições. Elas serão fundamentais para criar um clima possível de triunfo de sua espécie.

Ambos jogam num campo que satisfaz suas bases eleitorais, e esperam a aderência das demais classes com o passar do tempo, e também na sua viabilidade diante do possível fracasso o oponente. O mutualismo aqui não significa que não haverá competição, porém quero demonstrar que as duas visões de mundo, os dois projetos precisam um do outro para chegarem competitivos em 2022. Até o final do primeiro turno, Bolsonaro será o maior cabo eleitoral de Lula e vice-versa.

Se atacando e não deixando espaços para uma nova narrativa se estabelecer. Cada um dominando a sua faixa do campo, bolsonarismo e lulismo precisam de um ambiente “hostil” de disputa para garantir que suas agendas sigam despertando interesse. Para quem não se encontra satisfeito com essa posição, resta esperar e tentar encontrar uma melhor solução.

Pode ser que uma hora ela apareça. Pode ser que não.

Thiago Medeiros – Publicitário e Sociólogo.

Opinião dos leitores

  1. A anulação do processo do Lula pelo STF, é mais uma tentativa de manter essa estrutura arcaica e o status quo dos privilégiados retrógrados parasitas da nação. Sem o luladrão nas eleições, estava se desenhando uma vitória avassaladora de um grupo de gestores que com certeza, e pelas experiências vividas e obtidas pela lava jato, iria intervir em toda a administração, onde vícios e desvios anti democráticos são as linhas gerais de atuação. Assim tentam polarizar, entre o Bolsonaro, incompetente gestor do Brasil, onde o congresso e stf ditam o destrambelhado rumo da nação, ao mesmo tempo que mantém os privilégios desses detentores do poder com sua pesada estrutura viciada e ineficiente, afundando o país e alijando os brasileiros das mínimas condições de sobrevivência, por outro lado, se conseguirem eleger o luladrão, aí sim, essas benesses continuaram por mais tempo, e na mesma linha administrativa já desnudada pela lava jato. Portanto essa é a cartada final desses sem escrúpulos, só não sabemos se o povo permitirá, ou exigirá um Moro na presidência, desmoronando todo um castelo habitado por esses maus feitores. Sim, porque se Moro toma as rédias desse país, esses corruptos irão ser desalojados do poder e pagarão por todos os maus feitos.

  2. Acredito que essa briga entre os dois, pode destruir um dos lados e levar os dois juntos. Acredito na terceira via.

  3. Provavelmente esse mesmo “mutualismo” é que irá livrar ambos os lados de punição por seus atos criminosos.

  4. Excelente texto! Diria que até os matemáticos de plantão reconhecem os fortes lampejos de raciocínio lógico na brilhante narrativa! Penso diferente de muitos, apenas na questão da polarização paupérrima. Somente a ignorância, o fanatismo ou a “lei do Gerson” podem lastrear um lado dessa polarização midiática. O outro, apesar da pandemia, apesar da torcida e “Ricuperada” invertida de grande parte da mídia, “o que é ruim se fatura e se divulga”, o atual Governo interrompeu um ciclo de mal feitos e devolveu esperança para uma bela e próspera nação chamada BRASIL! Pensemos nisso!

  5. Esse posa de isentão.
    Fazendo de conta que Lula não criou o foro de São Paulo e é a maior ameaça para o futuro do país.
    Nem implantou o comunismo ainda e conseguiu escapar das condenações…
    Na Venezuela começou assim.
    Hugo Chaves e Msduro colocaram gente de confiança na suprema corte.
    Comunismo é atraso e ditadura.
    Cuba, Venezuela z Nicarágua e Bolívia já caíram nessa arapuca.
    E no Brasil aparecem esses discursos para tentar desmoralizar o único político inimigo do Foro de São Paulo.
    Os outros são aliados do Foro de São Paulo. .
    Doria, Rodrigo Maia, Ciro Gomes, Luciano Huck…

  6. Não acho que existe o Bolsonarismo. Ele foi criado pelo anti Petismo. E da mesma maneira que surgiu, vai desaparecer.

  7. Parabéns pelo artigo. Que sirva de reflexão pra que muitos possam entender que pra Lulaladrao e pro MINTOmaníaco interessam e muito essa polarização nefasta entre eles que só levam o país a um destino pior do que já tivemos e temos atualmente pois eles São farinha do mesmo saco!

  8. A nova política ainda não chegou. Os dois representam a divisão e conflito entre o povo brasileiro. Precisamos de um diploma, pacificador, competente, honesto e cristão.

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Diversos

Artigo de pesquisadores da UFRGS diz que lockdown não funciona e cientistas pedem revisão

Um artigo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve repercussão internacional recentemente ao afirmar que o lockdown não diminuiu o número de mortes por Covid-19 em diversos países do mundo, incluindo o Brasil.

A pesquisa avaliou a relação entre isolamento social, medida pelo índice de mobilidade do Google, e o número de óbitos por Covid-19 e não encontrou diferença significativa. Em outras palavras, comparando os lugares onde as pessoas passaram mais tempo em casa e aqueles que não o fizeram, o número de mortes de Covid por milhão de habitantes foi o mesmo.

No entanto, existem evidências, dentro e fora do Brasil, de como o fechamento de serviços diminui o número de casos e óbitos drasticamente. São os casos de Araraquara, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, que decidiram adotar lockdown entre fevereiro e março como forma de tentar frear a disseminação da Covid-19.

Os dados foram coletados de fevereiro a agosto de 2020 em 87 locais diferentes: 51 países, 27 estados e seis capitais no Brasil (Manaus, Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) e três grandes cidades de outros países (Tóquio, Berlim e Nova York).

A associação entre isolamento social e redução de óbitos nas áreas estudadas não foi significativa para mais de 98% delas. E em apenas 63 (1,6%) amostras do total de 3.741 combinações foi encontrada uma diferença significativa.

Após a publicação do artigo, pesquisadores que refizeram os cálculos enviaram comentários para a Scientific Reports, que aguarda a tréplica dos autores.

Carlos Góes, pesquisador do departamento de economia da Universidade da Califórnia, em San Diego, escreveu uma resposta ao estudo que, segundo ele, tem um erro matemático.

“O cálculo feito é uma média ponderada entre as duas cidades, ou seja, para cada região foi calculada a associação entre ficar em casa e número de mortes com pesos diferentes [por ter ou não lockdown], e não uma diferença. Pode ser que você tenha uma cidade com correlação positiva e negativa em outra —na média, a diferença é zero”, diz.

“Os dados são por definição limitados. Como foram inseridos apenas dados de áreas residenciais do Google, e as pessoas normalmente passam de 12 a 16 horas em casa, os autores alegam que não encontraram um benefício em ficar em casa, mas nós achamos que eles não teriam encontrado mesmo quando há benefício devido aos dados utilizados”, explica Gideon Meyerowitz-Katz, epidemiologista da Universidade de Wollongong (Austrália) e autor da primeira revisão do estudo.

Além disso, Meyerowitz-Katz afirma que ao comparar as duas variáveis— ficar em casa e número de mortes por Covid-19 —, os autores não levam em consideração o fator tempo, que foi determinante durante toda a pandemia, uma vez que quanto pior a situação da Covid em uma região, mais restritivas são as medidas de contenção do vírus.

Para Paulo Inácio Prado, professor do Instituto de Biociências da USP e membro do Observatório Covid-19 BR, os dados utilizados não sustentam a conclusão encontrada. “O artigo comete um erro comum, que é usar a incapacidade dos autores em encontrar provas como se fosse uma prova contra o isolamento”, diz.

Lorena Barberia, pesquisadora do departamento de ciência política da USP e também integrante do Observatório Covid-19 BR, afirma que nem todos os países que adotaram medidas de distanciamento social podem ser classificados como países que decretaram lockdown, termo que se refere a um pacote complexo de medidas, e não houve muitos casos “verdadeiros” de lockdown em todo o mundo.

“Um caso que chama atenção especial é Manaus, que os autores classificaram como um local em que houve controle da pandemia, mas não houve adoção de medidas de restrição importantes nesta cidade”, explica.

Além disso, o estudo misturou dados de países, estados e cidades, e as medidas adotadas nas três esferas são diferentes. “Os impactos da falta de coordenação entre os três níveis são relevantes, uma vez que a população não sabe quais medidas seguir ou não”, diz. Um exemplo recente é Bauru, no interior de São Paulo, que no início de março ignorou a decisão do governo estadual de fase vermelha e decidiu manter o comércio aberto.

Os autores reconheceram a limitação do estudo em utilizar o índice de mobilidade do Google como indicador de ficar em casa, por ser uma amostra enviesada —apenas usuários de celulares com a opção de localização ligada o tempo todo foram incluídos na análise.

A Folha contatou Ricardo Savaris, primeiro autor do artigo, e requisitou uma entrevista, mas ele preferiu não concedê-la. Questionado sobre as conclusões, Savaris disse que sua pesquisa não conseguiu relacionar a política de ficar em casa à redução de mortes por Covid.

Ainda segundo o autor, nunca foi mencionado que o estudo era sobre lockdown, embora fossem incluídos dados de regiões que fizeram lockdown no período mencionado, como o Reino Unido.

Em relação aos questionamentos matemáticos, Savaris preferiu não explicar a metodologia.

Por fim, o autor disse que “os questionamentos enviados para os editores da Scientific Reports foram respondidos adequadamente e que não retiram a veracidade dos dados publicados”.

O corpo editorial da Scientific Reports disse à Folha que os editores da revista estão atentos aos questionamentos levantados sobre a metodologia e conclusões do artigo e que é esperada uma decisão nos próximos dias do conselho editorial do periódico.

“Uma nota editorial foi acrescentada ao artigo para alertar os leitores sobre as críticas levantadas enquanto os questionamentos estão sendo avaliados. Nós conduzimos todo o processo editorial e de comunicação com os autores de maneira sigilosa, e não podemos divulgar mais detalhes sobre o caso”, disse Anne Korn, porta-voz da revista.​

Durante a pandemia, proliferaram artigos científicos, alguns sérios e produzidos com rigor científico, outros com problemas metodológicos, que ajudaram a criar uma confusão tanto para o grande público quanto para os governantes sobre as medidas de proteção a serem tomadas, incluindo o uso de tratamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

Diante de uma nova doença, é natural que surjam estudos em todo o mundo que busquem explicar e trazer o maior número de evidências para um tratamento ou medida combativa possível. Mas comparar estudos controlados randomizados e duplo-cegos (padrão-ouro do ensaio clínico) com relatos de casos, estudos de coorte ou até mesmo pesquisas observacionais pode levar a falsas comparações isonômicas.

Além disso, a publicação de um grande número de artigos ainda em formatos pré-print, isto é, sem passar primeiro pela revisão dos pares, pode também levar à aceitação destas pesquisas como “verdades incontestáveis”.

No caso do artigo publicado na revista Scientific Reports, o mesmo passou por um processo de revisão por pares e recebeu uma aprovação editorial para publicação.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkkkkkkk
    O pessoal parece que não leu a notícia. O artigo será revisado, pois está repleto de erros de metodologia, alguns grosseiros, inclusive matemáticos. Ou seja, Bolsonaro não tem razão p nenhuma!

  2. Claro que aqui no Brasil NÃO funcionou, NUNCA vai funcionar, pois Isolamento e Distânciamento Social bem como o USO Obrigatório de Máscaras, mais Fiscalização para Cumprimento dos Protocolos de Combate a Disseminação do covid-19 é TUDO um FAZ de CONTA. A população Irresponsável e Inconsequente Inventam que Ficam em casa e os governantes Fazem de Conta que FISCALIZAM.

  3. Vixe ! Não li a matéria, se for verdade, muitos estudos sinalizam nesse sentido, os secretários de saúde do RN, doutores LAIS, vão ser desmoralizado duas vezes.

    1. Lockdown poderia não existir, se tivéssemos um presidente que defendesse as vacinas, que comprasse e fizesse propaganda do que é necessário, não indo na contra mão da ciência. Economia se faz com povo saldável para trabalhar. O mundo sabe disso, menos claro o presidente do Brasil. Até os maiores empresário do Brasil defende a politica da vacinação e este senhor faz tudo ao contrário.

    2. Dona Solange, o comentário de Calígula foi correto é isso mesmo que a esquerda só pensa, outra coisa a palavra “Saudável” é escrita com a letra U e não com L no início da palavra.

    3. Deixa de falar m. Somos o 5° país que mais vacinou. Inclusive, com a água da China. Essa narrativa não cola mais.
      Ok, senhorita Solange!

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Diversos

Artigo: Quando os políticos querem atrapalhar a democracia – por Thiago Medeiros

Democracia em risco, democracia em perigo, como as democracias morrem. Falas como essas são assustadoras em relação às expectativas que se tem com este modelo de organização política que já conta com mais de dois séculos – isto se formos considerar a república norte-americana como um marco na recuperação do evento de curta duração que foi a democracia em Atenas, no século V a.C.

A realidade é que temos a impressão que as turbulências parecem caminhar juntas com a democracia (assim como as crises parecem perseguir o capitalismo), e muito dificilmente poderíamos supor que isto não viesse a ocorrer. As primeiras tentativas de estabelecimento do princípio democrático de governo já distribuíam evidências da dificuldade de acordo em relação às demandas, os radicalismos, as aspirações e vontades insatisfeitas principalmente daqueles que são governados. Aceitar que haja uma distribuição igualitária de bom senso e equilíbrio não é exatamente uma coisa fácil.

O tema está posto na mesa, aparece com amplitude exagerada na mídia e mobiliza países em várias partes do mundo. Para alguns, o EUA se livrou desse “perigo” ao eleger Biden como presidente, por lá tudo se acalmou. Para alguns, o Brasil está ocupando um lugar de destaque neste quesito. Vários pesquisadores defendem que o foco era sondar a satisfação com a democracia e a profundidade da crença nos valores democráticos. A insatisfação à Democracia segundo pesquisa publicada pelo Pew Research Center (2020), é atribuída ao modo como a democracia tem funcionado, mas, em especial, ela tem a ver com a frustração com as elites políticas. A pesquisa foi realizada com amostras de entrevistas pessoal e também via telefone.

Vamos focar no Brasil…

A pesquisa da Pew Research Center, ressalta que apenas 36% dos brasileiros aceitam os partidos de oposição, enquanto a média global é de 54%. Esta é a maior discrepância do Brasil com relação à média global e por isso vale ser avaliada. Este desgosto em relação aos partidos de oposição pode dizer respeito a um entendimento de que a oposição opera de modo contundente na direção de apresentar somente os lados negativos? A sensação pode ser a que não existe uma oposição construtiva no País. Aquele que não está no poder joga no time de quanto pior melhor. De fato, gera-se muita confusão se esse negativismo estaria ligado à um alerta para melhorar alguma coisa ou se é pura demagogia, em momentos como este de Pandemia o alerta precisa ficar ainda maior.

Um grande estudioso da política brasileira, o professor de Harvard, Scott Mainwaring avalia que “a democracia brasileira sofre alguns riscos, não de uma quebra, mas de um processo lento de pequenas degradações”. Antes de tudo, vale ressaltar que para o professor, os riscos são inerentes às ideologias, podem ser de esquerda ou direita, que estejam exercendo o poder.

O populismo pode ser considerado como a principal ameaça à democracia na atualidade. “O populismo impõe a ideia de que o líder representa a nação, de modo que quem é contra ele é inimigo do povo. Essa ideologia iliberal não entende que a oposição é legítima, democrática”, explica Scott. Para alguns, Bolsonaro introduz um populismo à direita na América Latina, e para defesa dessa tese se considera a definição que populistas governam como se estivessem em uma eterna campanha eleitoral, propondo políticas públicas inconsistentes e financeiramente insustentáveis. Desse ponto de vista, Bolsonaro é uma referência de populismo, principalmente no que toca à economia. Porém, o grande perigo ao usar este termo de referência é uma comparação desproporcional com outros populismo que vemos na própria América Latina, como exemplo na Venezuela. Veremos se essa tese se sustenta na condução da aprovação do orçamento de 2021.

Temos sinalizações que nossa Democracia pode estar sofrendo danos, porém longe do que hoje principalmente a grande mídia tem pregado, a utilização do termo Golpe tem uma exacerbação contundente por parte da oposição, mas sem fatos concretos para sustentá-los, essa narrativa tem principalmente se sustentado em distorções da realidade. Fiquemos em alerta, pois principalmente esta mega polarização política será incapaz de produzir bons frutos para nossa nação, a nossa Democracia não dormirá tranquila, enquanto vivermos num clima de ataques políticos, que se refletem numa guerra eleitoral constante.

Thiago Medeiros, Publicitário e Sociólogo

Opinião dos leitores

  1. Parabéns Thiago Medeiros! A realidade foi desnudada nesse brilhante artigo! Infelizmente, no Brasil de hoje, as eleições Gerais de 2018 ainda não terminaram. O inconformismo foi transformado em luta pelo poder. Para esses inconformados, é muito difícil aceitar o que alguns Ministros da Equipe de Governo estão fazendo, apesar da Pandemia que já se arrasta a mais de um ano. Água no Nordeste e Infraestrutura pelo Brasil afora! Apenas para citar esses dois pontos, que até a oposição, se fosse construtiva, aplaudiria em pé! Aplicar os recursos brasileiros, em prol do desenvolvimento do País e sem Corrupção, o POVO BRASILEIRO AGRADECE!

  2. Acredito que diante da reflexão vejo que no Brasil a oposição é sempre do quanto pior melhor.

  3. “O populismo impõe a ideia de que o líder representa a nação, de modo que quem é contra ele é inimigo do povo. Essa ideologia iliberal não entende que a oposição é legítima, democrática”. Para mim, esse trecho resume o artigo .
    Isso ocorreu com os seguidores de Lula e está acontecendo agora com os seguidores de Bolsonaro.

  4. Esse texto demonstra umas das técnicas mais complexas da escrita: escrever muito e não conseguir dizer porra nenhuma! Parabéns ao autor!

  5. Parabéns Thiago Medeiros, seus textos são leves, verdadeiros, simples, objetivos e lúcidos.

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Diversos

ARTIGO: O jogo de xadrez da vacina – por Thiago Medeiros

A Geopolítica pode nos fazer compreender os movimentos dos Estados, a aflição dos políticos, a guerra pela informação e, também, a pressão exercida sobre os cientistas de cada país para que sejam os primeiros a descobrir a fórmula que levará à prevenção da doença em escala mundial, como também vai propiciar a volta da movimentação das economias globais. Além de, é claro, gerar um lucro fenomenal para investidores pela venda de bilhões de doses.

Quando olhamos para o mundo os países ricos detêm 16% da população mundial, mas já garantiram aproximadamente 60% das doses de vacina disponíveis até agora. A China, Índia e a Rússia, países que justamente com o Brasil e África do Sul fazem parte do chamado BRICS, produzem hoje oito das 12 vacinas com selo.

Num momento como este, ter a fórmula da vacina em mãos, produzir a matéria-prima, significa fonte de poder e de influência política, por isso alguns cientistas políticos comparam o momento atual de disputa entre nações como uma nova Guerra Fria, onde num futuro sem pandemia, as novas alianças poderão ter tido como base o acesso à vacina.

Somente a China está fornecendo imunizantes a 43 parceiros comerciais e ainda ofereceu doações a 69 países em desenvolvimento. Segundo matéria publicada por revista brasileira, a influência de Pequim tem assustado tanto o velho mundo que países como EUA, Japão, Austrália, e Índia se reuniram virtualmente para discutir formas de confrontar o gigante Asiático.

Recentemente, o governo Chinês tem liberado a entrada no seu País de estrangeiros que tomem a vacina fabricada no país. Essa tem sido uma das formas de pressionar o avanço da sua vacina pelo mundo.

Um concorrente direto, a Índia tem defendido de forma ferrenha sua posição de “farmácia do mundo”, tentando manter sua posição na Ásia e África. O governo Russo vem logo na cola, e tenta enviar para o máximo de países a Sputink V, sua vacina nacional, como forma de ampliar seu domínio político e científico. Para Putin, o prestígio é a rainha nesse xadrez.

Cartas são jogadas na mesa visando amparar ideologias e perspectivas políticas. Neste jogo, infelizmente, sobressaem os interesses particulares, mais do que os coletivos ou sociais, uma vez que a vacina contra o Coronavírus é uma necessidade global.

Israel, por exemplo, tem usado seu exemplo como “sucesso” na campanha de vacinação para trazer ganhos políticos e diplomáticos. Fala em doações inclusive a países que concordarem em transferir suas embaixadas para Jerusalém.

Distante, nesse jogo de influência e prestígio, os Estados Unidos estão tentando por meio de doação de vacinas para seus principais parceiros, conquistar esse espaço. O problema também é conseguir o selo de aprovação para Oxford-AstraZeneca.

Olhar para esse jogo com outros olhos é sobretudo vencer preconceitos e também o próprio vírus. As disputas entre nações sempre existiram, o poder econômico, tecnológico são estratégicos para inclusive dar melhores condições para sua população interna.

Resta aos Países sem recursos, entre eles o Brasil, se colocar diante deste jogo e correr atrás das vacinas necessárias para imunizar sua população. O Brasil tenta começar a produzir internamente inclusive o Instituto Butantan criou recentemente uma candidata a vacina e começará os testes necessários, mas isso levará um tempo e também nesse quadro atual brasileiro a princípio, o jogo principal a ser jogado é a vacinação da população interna, até lá, o Itamaraty deverá minimizar a dominação imposta pelo novo jogo de xadrez mundial.

Thiago Medeiros – Administrador e Sociólogo

Opinião dos leitores

  1. Se tem algo consensual entre os analistas é que a gestão da política externa brasileira é desastrosa. O alinhamento automático e submisso aos EUA tem nos causado problemas em várias frentes, enfraquecido a posição do Brasil nos BRICS e prejudicado a relação com nosso principal parceiro comercial: a China. O reflexo concreto tem sido a perda de poder de barganha nas negociações de vacinas e insumos farmacêuticos, com atraso na oferta de imunizantes para a população brasileira, resultando em mais mortes. Infelizmente o Brasil virou um párea internacional, o que é lamentável pois já fomos protagonistas em diversos assuntos há não muito tempo. No mais, não simplificaria dizendo que Brasil é um país “sem recursos”. Não. Por opção política tem se reduzido drasticamente o investimento em ciência e tecnologia e isso nos tornou ainda mais dependentes de outros países não só para adquirir vacinas mas em outros segmentos do complexo industrial da saúde. Aliás, nem política industrial temos e isso, por opção, só reforça nossa posição de dependência na geopolítica internacional. Temos um sistema do porte do SUS, cientistas qualificados e know-how em para desenvolver tecnologias em saúde (inclusive vacinas, veja a Fiocruz, por exemplo); o que falta é financiamento, vontade política. Senti falta desses elementos no texto, sem os quais é difícil entender a posição do Brasil no tabuleiro externo. De todo modo, é importante a iniciativa de trazer este tema ao debate!

    1. Quanto ao debate concordo que é importante. Porém os assuntos trazidos de certa forma são colocados pelo artigo. Entendi a intenção de se conversar globalmente. Infelizmente não se pode falar de tudo, mas a exposição coloca os assuntos mais relevantes para que se possa entender essa relação de poder e vacina.

    1. Bom dia, vamos aguardar alguns desdobramentos, porém de maneira rápida creio que a vacinal nacional terá algumas funções: 1) Amplificar a vacinação interna; 2) Ampliar sim a influência do Brasil na América do Sul, e com Países parceiros chaves, o qual o Brasil vinha perdendo poder (abro parênteses nessa questão, para mencionar que esse é um dos motivos que cada vez mais veremos uma disputada política em torno do Ministro do Exterior, que tem sido julgado por suas atitudes ou falta dela no passado, mas agora também com a vacinal nacional torna-se peça fundamental para relações comerciais e de poder com o mundo). O Brasil corre para melhorar sua imagem ante o mundo, e uma vacina nacional é peça chave nesse processo.

  2. Sempre me questiono no tocante a informática. Será que quem cria o vírus de computador é o mesmo que cria o anti-vírus?

  3. Esse jogo é bruto. Excelente posição, importante entendermos a situação do jogo mundial.

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Diversos

ARTIGO: Balanço de curto prazo – por Thiago Medeiros

Atualmente, os eventos se sucedem em uma velocidade difícil de acompanhar. Para citar apenas alguns dos mais relevantes, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assume em pleno pico de óbitos decorrentes da pandemia; o ex-presidente Lula entra no jogo sucessório; o novo auxílio emergencial será menor que o de 2020, e só começará a chegar aos que dele necessitam em abril; a inflação mostra sinais de vida; e a demora na aprovação do orçamento de 2021 deixa o governo sem recursos para pagar os servidores já no próximo mês.

Mas não só de notícia ruim vive o homem, também tivemos recorde na geração de emprego com carteira assinada em janeiro. Além disso, nosso Agro – que sempre dá show! – em poucos anos vai superar os EUA. Porém, vamos concordar: hoje em dia, a positividade está bem atrás do mar negativo. Uns perdem familiares, outros perdem empregos, outros perdem suas empresas, existem aqueles que perdem a moral, a ética e até votos, ou melhor, a admiração como líder.

Tudo nesse momento é tão relativo que até uma das maiores ações humanitárias e políticas até agora, isto é, um decreto em conjunto do Governo e Prefeitura, onde parecia que, por enquanto, a briga política tinha cessado em nome de uma ação para combater de forma firme o Covid, já mudou tempos após a anunciação. Álvaro já sinaliza, através de um novo decreto, que vai manter aberto tempos religiosos e academias, opa informação foi atualizada. O prefeito por força dos Ministérios Públicos volta atrás e as academias não vão abrir. É confusão para todo lado, uma insegurança para população e para o empresário e empregados.

Entramos, pois, numa nova era, na qual Brasil e RN vão precisar se reinventar, mas acredito que somos bons nisso. Tempos que precisaremos sonhar e também realizar. Acreditarmos que haverá mais paz, mais tempo e mais saúde, mais empatia, mais amor e mais solidariedade. Falo isso com todos, não adianta atacar o outro só porque não tem o mesmo pensamento. Empatia não tem a ver com dominação; se trata, na verdade, de entender a posição daqueles que querem suas empresas abertas ou que desejam garantir seu emprego, seja por amor ou dependência. Aliás, você sabe o que é ficar desempregado, ou não ter dinheiro para alimentar aqueles que você ama? Pois é, vamos pensar nisso antes de criticar alguém.

Vamos nos mobilizar para ajudar. Cada um fazendo sua parte e cobrando como for possível daqueles que detém o poder para que tenhamos uma luz no fim do túnel. É hora não só de cobrar dos prefeitos e governadores, vamos entender como as Câmaras Municipais e Assembleia Legislativa podem ajudar. Precisamos de um plano urgente de retomada da nossa economia.

É necessário que a dor, a angústia e o medo acabem nos impulsionando na luta por uma resistência.

Thiago Medeiros – Publicitário e Sociólogo

Opinião dos leitores

  1. O melhor da Vida é vivê-la! Celebremos a VIDA! A união faz a força! A atitude, a diferença! Façamos a nossa parte! Todos somos responsáveis! Por último, uma mensagem aos incautos: "A Vida adverte: A politicagem é prejudicial a saúde!"

  2. Excelente texto. A pura realidade do momento atual que estamos vivendo. Política em primeiro lugar. Governantes e Políticos só preocupados com a sua candidatura em 2022.

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Diversos

Artigo: Mais que um Fla x Flu – por Thiago Medeiros

Mais que um Fla x FLu, uma polarização política não pode ser comparada a um jogo de entretenimento que mexe apenas com as emoções. O jogo de futebol, uma paixão nacional que encanta, diverte e aborrece milhões de brasileiros. Cada um tem seu ritual para assistir à partida do seu time, já está com a piada pronta para caso seu time vença, mas também se prepara para a defesa, se prevenindo das “brincadeiras” dos amigos.

Até aí tudo bem, sabemos que vence o melhor, e o mais importante é vencer mesmo, mas vamos nos lembrar de algumas condutas morais que norteiam uma partida de futebol: se o jogador entra de forma violenta ou xingar é punido e pode até ser expulso. Pois é, parece que nesse quesito a partida (clássico) do nosso futebol está mais organizada que a nossa política. E com relação às torcidas? Ninguém fica feliz quando está assistindo na tv (quando se tinha torcida nas arquibancadas) e vê cenas de violência, todos nós (seres humanos normais) repudiamos qualquer ato violento. Mas, por exemplo, nas redes sociais vemos cada coisa, né? A agressão pode não ser física, mas pode machucar tanto quanto.

Até aqui, me parece que qualquer partida tem tudo para ser mais organizada do que nosso ambiente político é hoje. Mas assim como no futebol, o ambiente político também tem seus personagens com posições mais ou menos definidas – os políticos seriam os atletas desse espetáculo e cada um dos eleitores que escolhem seus grupos, compõem as TOP (Torcida Organizada Política). As duas principais organizadas são TOPE, Torcida Organizada Política da Esquerda, e a TOPD, Torcida Organizada Política da Direita. Correndo por fora, outras agremiações brigam mais ao centro para somar alguns pontinhos, mas ainda precisam encontrar uma narrativa alternativa a esse Fla x Flu para não ser esmagada pelo duelo Esquerda X Direita.

Cada uma dessas torcidas tem seus líderes, ou melhor traduzindo para o mundo digital, seus influenciadores. Eles criam as narrativas que vão ser copiadas pelos seguidores, os comandos são passados de modo hierárquico e rapidamente vão inundando as redes sociais com ataques aos seus opositores, ao invés de rojões, pau, pedra, as palavras, imagens e vídeos são usados para atacar, aqui o palco é digital e a comunicação é a principal arma de combate.

O problema com tudo isso, além do desgaste social, são as mazelas deixadas por essa polarização sem limites. O duelo político sempre existiu, o período eleitoral deveria ser o suficiente para que cada lado possa duelar… uma espécie de janela onde, respeitando os limites éticos e morais, tudo estaria permitido. Mas passado isso o País, Estados e Municípios precisam deixar essa rivalidade de lado e andar. Vivemos tempo atípicos, onde os líderes maiores (Políticos), ou melhor, alguns deles, querem levar essa disputa como forma de manter acesa a chama de sua torcida organizada.

Aqui em nosso Estado, vemos cenas lamentáveis de uma disputa política em meio ao maior caos que já vivemos. Não adianta o Prefeito com sua recém criada torcida organizada (pouco fiel) tentar tumultuar, ele precisa dar exemplo para os natalenses, precisa dialogar. O mesmo vale para nossa Governadora (não vou poupar ninguém), que também faz questão de trazer alguns elementos que acirram os ânimos políticos ideológicos. A governadora Fátima vinha sozinha, nadando para uma reeleição em 2022, mas com essa polarização Álvaro vai gostando e encontrando um espaço para quem sabe, se lançar candidato.

A disputa sempre vai acontecer, as estratégias são montadas para a vitória, as torcidas estarão sempre lá, algumas fieis, outras de momento. Não quero eu ser contra, mas agora não é hora para isso. Vamos olhar com mais empatia para o próximo, aqui não estamos vivendo uma disputa ou partida de campeonato, o que está em jogo é algo muito maior do que três pontos ou um troféu. O que está em jogo são vidas, e elas importam mais do que sua eleição, mais que tudo. Que tenhamos equilíbrio em nossas decisões.

Thiago Medeiros – Publicitário e Sociólogo

Opinião dos leitores

  1. A polarização que gera uma competição tem benefícios para a população, mas realmente do jeito que tá estamos todos perdidos, ta tudo confuso, só pensam em 2022.

  2. Após o primeiro mandato de Lula houve um declínio muito grande da qualidade dos governos e governantes, incluindo o da sua reeleição, quando as metas sociais tão elogiadas na primeira gestão foram abandonadas e trocadas por alianças espúrias e práticas não republicanas, que incluem desvio maciço de dinheiro através de financiamentos de obras em países governados por ditaduras de esquerda. Dilma, sua indicação, foi um fracasso retumbante e foi derrubada mais por sua incapacidade de fazer o governo funcionar do que pelo seu estelionato político, afirmando que as contas do país estavam boas quando a economia já havia ido pro brejo. Temer, corrupto fino, foi flagrado em operações fraudulentas -as notícias é que já duravam décadas suas negociatas no Porto de Santos- que incluem o flagrante da mala de dinheiro. Nenhum deles está preso. Todos deveriam estar. Para completar temos agora um alienado, capitão expulso do exército, miliciano, incompetente e oportunista, que poderia ter feito um bom governo, se tivesse feito tudo diferente do que fez. E o pior de tudo são as perspectivas para 2022. Qualquer um desses que voltar irá somente causar frustração e retrocesso. Nenhum desses merece voto.

  3. Só sei q Lula falou e o bozo tremeu.
    O Brasil melhorou com a fala de Lula, de uma hora para outra.

  4. Com certeza o Governo Federal teria que trabalhar junto com os Governadores e Prefeitos e esquecerem o jogo político. E por sua vez o TSE proibiria qualquer tipo de divulgação , na campanha, sobre os feitos na pademia nos próximos pleitos eleitorais.

  5. Muito bom o seu texto. Só se fosse doido para deixar a PMN e querer ser governador, bom é ser Senador em 2026.

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Diversos

ARTIGO: O Maior desastre ambiental do RN — Por Marcus Aragão

Pois é. Foi isso mesmo que você acabou de ler. Conversando com a equipe de peritos encarregada pela perícia na Lagoa do Bonfim para ser entregue ao Ministério Público. A equipe me garantiu que caso a situação da Lagoa do Bonfim continue e as 6 lagoas cheguem a secar, este fato será o maior desastre ambiental do RN.

Todos já sabíamos que a situação era grave mas é pior do que se podia imaginar.

Foi firmada uma TAC (termo de ajustamento de conduta) entre o Ministério Público e a Caern em 1998 na qual estabelecia que o nível da lagoa do Bonfim, que na época estava na cota 42, não poderia descer para a cota 39. Este era o limite. Mas para o órgão politico que regula o abastecimento de água não existem limites. Hoje a cota baixou para 37 e a bomba da Caern continua exaurindo o meio ambiente. Você nem percebeu mas já sugaram quase 60% da lagoa em volume de água. Tá vendo? Não, você não está vendo. Este é o complicador pois tudo ocorre abaixo da superfície.

Imagine, caro leitor, se fosse uma motosserra derrubando as árvores dos canteiros da Prudente de Morais. Eita, que caos, hein? Crianças chorando abraçadas as árvores, buzinaço, celulares filmando tudo, reportagens e os ambientalistas parando o trânsito em frente ao Midway.

Poderíamos até retirar as árvores da Prudente, da Salgado Filho e de todas as vias de grande fluxo. Aliviava o trânsito imensamente para todos diariamente. Em compensação as árvores retiradas seriam replantadas numa quantidade 3x maior em outro local mais adequado. Compensação perfeita.

— Infelizmente não se pode fazer o mesmo com as Lagoas! Não existirá compensação depois que secar a última gota de esperança.

Demorei uma hora para escrever este artigo. Como sai 442 litros/segundo. Durante os 60 minutos que escrevi foram escoados da lagoa 1 milhão, quinhentos e noventa e um mil litros da nossa maior lagoa do RN. Fazer um pouco é fazer muito nesta questão. Desde que seja a coisa certa. Segundo a equipe de peritos, apenas abrir poços resolveria grande parte do problema desde que localizados em regiões estratégicas que sejam próximas das pessoas que precisam do acesso à água e longe dos lençóis freáticos.

O governo do Estado gastou 12 milhões de reais para construir 12 poços em outras regiões visando aliviar a sucção na Lagoa do Bonfim — Só o dinheiro do contribuinte foi sugado. Repare. 8 poços já estão abandonados/quebrados e apesar de 4 estarem funcionando, a sucção da bomba da Caern não foi reduzida.

O programa das adutoras foi uma boa ideia mas que deveria ter sido substituído em tempo hábil por uma solução definitiva. Um remédio administrado por tanto tempo sempre trás efeitos colaterais.

Esperamos não precisar ver nosso Estado mais uma vez em destaque nacional por razões que nos façam vergonha por falta de vergonha dos governantes. Cidade mais violenta do Brasil, Apreensão de 7 bilhões em cocaína em nosso Porto, e agora o vexame de ter encontrado a solução para um problema que ampliou o mesmo. Ou seja, para resolver a questão da seca, ampliamos o problema secando também 6 lagoas.

É lamentável que muitos fiquem boiando na água em relação a essa questão. Relutam em fazer algo por razões políticas ou por achar que está tudo bem. E o tempo está passando como se a lagoa fosse uma ampulheta onde a água escorre no lugar da areia. O tempo de fazer algo também está passando.

Vou terminar o artigo com aquela história do sujeito que caiu do décimo andar. Enquanto ele caia rumo ao solo, respondeu tranqüilamente a pergunta que fizeram do segundo andar:

— Como vai? Perguntou o vizinho.
Ele respondeu: — Até aqui tudo bem.

Marcus Aragão
Publicitário
Instagram @aragao01

Opinião dos leitores

  1. Infelizmente os problemas ambientais que nos cercam e que são muitos só são resolvidos qdo o caso vira uma catástrofe.

  2. Em pleno século 21, vejo pessoas que olham pro próprio umbigo e culpam o outro, seja político ou vizinho… vejo pessoas ainda hj, lavando carros e calçadas, justificando que elas pagam suas contas, porém, no final será cobrado de todos, principalmente dos que não tem recursos financeiros. Parabéns pela matéria, mas precisamos de matérias e materiais que eduquem a população, senão o fim será terrível!

  3. Artigo importante. Parabéns pelas duas publicações. Desde o começo dos estudos para levar água da adultora para a população do interior indicava justamente esse alarme. Cabe ao atual governo tomar medidas urgentes, e implantar as várias soluções. É dever da sociedade exigir essas soluções. As soluções EXISTEM, custam, devemos implantar.

  4. Não podemos assistir parados esse absurdo de acabarem com nosso meio ambiente. São 6 lagoas que vão se acabar. Alô Fátima bezerra

  5. Já venho denunciando esse absurdo há mais de 10 anos até fui ao ministério público uma vez , mas nada foi feito. Como sempre. Tenho fotos de como era quando cheguei em Natal e como estava ficando. Logo que cheguei a profundidade de 30 metros. Hoje não passa de 12-13 metros

  6. A situação ambiental do nosso país só piora. E aqui não tem sido diferente. O seu artigo muito bem fundamentado, retrata direitinho, um problema de amplo conhecimento dos órgãos responsáveis pela preservação ambiental. Ou seja, não é por falta de conhecimento e sim de ações concretas e vontade política. Acorda RN

  7. Fátima está acabando com o meio ambiente.
    Cadê Macron para punir o RN e proibir a importação de queijo do Seridó?

  8. Cabe aos Ministérios Públicos Federal e Estadual intervirem, não é concebivel que as lagoas sequem sem a ação dos que que devem lhe proteger por dever de ofício, por onde anda os que abraçaram as ruínas do Reis Magos? Será que o IDEMA e IBAMA vão continuar a fazer costa grossa para as Lagoas? Assim como os MPS?

  9. O maior desatre ambiental do RN aconteceu nos manguezais de Galinhos/Galos, com o represamento dos canais de maré e a destruição de centenas de km2 de manguezais.

  10. Trágico. O ministério público fez de tudo e conseguiu impedir a ampliação da Av Eng Roberto Freire, alegando que ia ter impacto ambiental se as obras invadissem parte do um inútil descampado.
    Este problema das lagoas é realmente grave e não se vê um pio desses burocratas que se mostram inúteis.

  11. Parabens, Marcos Aragão.
    Infelizmente os gestores públicos nada fazem efetivamente. Ficam apenas a olhar o pior acontecer. Afinal, são milhares de votos em jogo e, pra eles, quem defende a lagoa é meia dúzia de pessoas que têm granja lá, que ficam andando de jet-ski e lanchas. Não sabem eles que muitos que moram ou que têm terreno na lagoa não utilizam essas embarcações, mas simplesmente, amam e preservam esse nosso querido patrimônio natural do RN.

  12. Infelizmente uma grave situação que compromete todo um ecossistema e a situação social dos moradores locais. Cabe a nós cobrarmos a responsabilidade dos órgãos competentes em fiscalizar e punir os responsáveis por esse desastre ambiental!

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