Saúde

Sesap irá implantar Protocolo de Classificação de Risco em três hospitais de urgência

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) irá promover o Curso de Classificação de Risco de Manchester, voltado para profissionais que atuam na porta de entrada de urgência e emergência dos Pronto-Socorros dos hospitais: Monsenhor Walfredo Gurgel, José Pedro Bezerra (Santa Catarina) e Deoclécio Marques (Parnamirim).

A Aula Inaugural será aberta a todos os servidores de unidades públicas de saúde e tem como objetivo divulgar o Sistema de Manchester de Classificação de Risco e promover a compreensão da importância desta classificação nas portas de entrada das urgências. A Aula será realizada dia 17, às 18 horas, no Auditório da UnP, na Avenida Floriano Peixoto, 295, bairro Petrópolis.

O Protocolo de Classificação de Risco de Manchester será implantado nas portas de entrada de urgência e emergência dos três Pronto-Socorros com objetivo de melhorar o fluxo de atendimento dos pacientes. “A implementação do Protocolo tem importância primordial para a melhoria dos atendimentos na Rede de Urgência e Emergência do nosso Estado”, explica Camila Costa, Coordenadora de Operações de Hospitais e Unidades de Referência da Sesap.

O título da aula inaugural será “Conhecendo o Protocolo Manchester”, um termo que denomina, através dos sintomas, a classificação dos doentes por cores, que representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento. Aos doentes com patologias mais graves é atribuída a cor vermelha (atendimento imediato). Os casos muito urgentes recebem a cor laranja. As situações de urgência recebem a cor amarela. As cores verde e azul são as de menor gravidade.

O Protocolo recebeu este nome porque foi aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade britânica de Manchester. Desde então, vem sendo utilizado em outros países da Europa como Espanha, Holanda, Alemanha e Suécia.

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Saúde

H1N1 já matou três pessoas no RN em 2013

Três pessoas já morreram por causa do vírus H1N1 no Rio Grande do Norte em 2013. Os dois casos mais recentes aconteceram no mês de maio, sendo um em Natal e outro em Mossoró.

Na capital, um homem de 62 anos morreu no dia 14 de maio após ficar 15 dias internado no hospital. Em Mossoró a morte foi registrada no dia 26 de maio com um homem de 38 anos.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), em 2013 já foram registradas 122 notificações de H1N1.

Com informações da Tribuna do Norte

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Saúde

Folha de pagamento agora será interligada com ponto eletrônico na Sesap

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) publicou na última sexta-feira, no Diário Oficial do Estado (DOE), a Portaria 218/2013, que interliga o ponto eletrônico com a folha de pagamento dos funcionários. Dessa forma, a partir de agora, o salário do trabalhador será descontado automaticamente em cada falta que ele tiver.

A medida será válida para servidores de carreira, comissionados, estagiários, gratificados e cooperados.

Desde abril, está em funcionamento o sistema de ponto eletrônico com leitura biométrica, mas até o momento não vinha atingindo o objetivo de evitar que um funcionário receba seu pagamento sem ter trabalhado.

“Antes era uma perspectiva tão somente educativa, para habituar os funcionários usarem o ponto eletrônico. Doravante, a partir de junho, o ponto se comunica com o nosso sistema de administração. Quando um funcionário deixa de bater o ponto, terá efetivamente o ponto descontado. Antes ele levava só a falta, não tinha prejuízo no vencimento. Agora tem prejuízo”, explicou o titular da Sesap, Luiz Roberto Fonseca, em entrevista à Tribuna do Norte.

Fonseca disse não acreditar que haverá rejeição à medida: “Não acredito nisso. Tivemos mais de seis meses para mostrar aos profissionais que o ponto eletrônico não penaliza o bom profissional. Isso é uma medida que vai ao encontro da expectativa da população. A sociedade espera que o funcionário público, que é pago com nosso dinheiro, arque com a carga horária contratada”. Em abril, o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) foi contrário à medida.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde/RN) se mostrou favorável à nova portaria, mas fez ressalvas. “Não há um controle do servidor. A máquina não fornece um extrato e isso é complicado. Ocorrem erros e ficamos sem defesa”, ponderou a diretora do sindicato, Rosália Fernandes.

Além de interligar o ponto com a folha de pagamento, a Portaria 18/2013 também traz um contrato com a “Hora Certa Relógios de Ponto Ltda” para manutenção dos equipamentos, ao custo de R$ 114 mil.

Opinião dos leitores

  1. PONTO ELETRÔNICO/SAÚDE/RN: Exercendo o restinho do direito de liberdade de expressão, tenho um pouco mais de 30 anos de funcionário público. Expresso meu comentário como profundo conhecedor de causa deste campo. Nada contra o ponto eletrônico. Sou contra privilégios e impunidades que existem por parte de certas categorias,secretarias , gestores, diretores, chefes e médicos que , sem dúvida, continuarão existindo. Tal prática comum , veterana e do conhecimento de todos. Além disso, ponto eletrônico sem banco de horas excedentes pagas ao servidor em contracheque da mesma forma como é descontado , e´simplesmente querer jogar para a plateia do povão demagogia de justiça, enquanto exige corretamente o cumprimento do dever do servidor, mas nega justiça e direito quando omite o banco de horas para os mesmos , além da impunidade dos privilégios. E mais, ponto eletrônico não garante honestidade do dever de servidor, pois , pode bater o ponto , ir embora, voltar no final do expediente para bater a saída, prática comum também e conhecida. O servidor irresponsável é, com ponto ou sem. assim como . o inverso. O ponto seguro, honesto e eficiente é, o chefe imediato presente, imparcial e sem privilegio, coisa rara. Para tal , é justo criar antes, uma cultura de dever e direito , com exemplos vindos dos
    andares da cobertura. Por outro lado, nenhuma governo tem moral para cobrar rigoroso ponto quando nega e descumpre direitos automáticos conquistados, sem juros, muitas vezes necessário recorrer via justiça para morrer sem receber. Infelizmente, possuem insensibilidade pedral, exceto alguns. Enfim, ponto eletrônico nesta conjuntura, excelente para punir indefesos responsáveis e privilegiar afilhados e poderosos. Verdade ou não?

  2. É muito bom o ponto eletrônico porque o funcionário não pode faltar, mas se por acaso o funcionário passar do seu horário porque as vezes tem muito serviço, o funcionário é reconnhecido ou seja recebe alguma recompensa por isso, porque vocês devem saber quantas horas o funcionário fez de extra.

  3. Não seja imbecil,sergio.Às vezes pode-se cometer pequenos equívocos em português mas o que escrevi corresponde a realidade.Você deve ser um babão do secretário fascista.

  4. O governo tem todo o direito de cobrar assiduidade e pontualidade dos seus servidores, inclusive dos gestores, secretários, acessores, do seu cardume e de todos os seus protegidos. Mas também tem o dever de investir os milhões arrecadados em impostos abusivos, pagos pelos protegidos seus ou alienados admiradores desses heróis passageiros, em Educação, Saúde, Segurança Pública, Infraestrutura, Saneamento Básico, enfim, políticas que fortaleçam o bem estar da população que o colocou nos seu gabinete e que mantém seus salários em alta, e em bem alta. Duvido que o LEGO eletrônico vá pagar justamente aos que trabalham e descontar igualmente dos que só voam.

  5. Engraçado, nos hospitais privados não acontece isso, todos os médicos e outros profissionais de saúde cumprem a carga horária sem reclamação. Só porque é público é uma medida ditatorial? Em todas as esferas do governo nada funciona a contento, quando aparece algo desse tipo tem um carinha se achando que é direito dele de fingir que trabalha. Esse país tem que começar a mudar seus preceitos, aqui se faz passeata por gay, por fumar maconha e por outras coisas que não dar nem para comentar, mais esquece de fazer passeatas pela melhoria de educação, saúde, segurança e por aí vai. Eita mundão de meu Deus. Esse é o nosso país.

  6. Todas as vezes que se atira contra a falta de compromisso se lê comentários como o de Marcos "aires" Jr. Tentar mudar um sistema do tipo "finjo que trabalho" é difícil.

  7. O secretário estadual de saude da vez,com seu estilo falastrão e com aires de ditador,impõe um decreto-lei(dos tempos da ditadura militar) que fere o direito de defesa e do contraditório,norma da constituição federal.É o mesmo que atirar antes e perguntar depois.Como fica o desconto on line de um servidor comprovadamente doente,com atestado médico,que jamais verá seu dinheiro de volta.Os que,por motivo justo,se atrasa?Não se é contra o tal ponto eletrônico desde que seja justo e obrigatório para todos os servidores do estado,sem exceção.

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Saúde

Sesap divulga diminuição no número de casos de dengue no RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa Estadual de Controle da Dengue, divulgou, nesta terça feira (14), um novo boletim com os números atualizados da doença. As informações são referentes à Semana Epidemiológica nº 17, que representa os dados notificados desde o início do ano até o dia 27  de abril.

Nesse período, foram notificados 5.685 casos suspeitos de dengue no Rio Grande Norte, sendo 1.455 casos confirmados até o momento. No mesmo período do ano de 2012, esses números foram, respectivamente, 16.398 e 6.356, o que aponta um decréscimo no quantitativo de casos.

Do total de municípios do RN, 60 apresentam baixa incidência da doença, 21 estão com média, 44 com alta e 42 com incidência silenciosa. Os cinco municípios que apresentam as maiores notificações de casos suspeitos são: Natal (552), Parelhas (456), Pau dos Ferros (408), Santa Cruz (322) e Jardim de Piranhas (236).

O Programa Estadual de Controle da Dengue, dentro de sua estratégia de prevenção e vigilância epidemiológica, reforça para a população e gestores de saúde alguns cuidados básicos diante da doença: eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, não jogar lixo em terrenos baldios e evitar recipientes que acumulem água.

Opinião dos leitores

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Acidente

Secretaria estadual de Saúde é condenada a pagar indenização à seguradora de veículos

O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal, condenou o Estado do Rio Grande do Norte a pagar o valor de R$ 9.516,98, a título de indenização por danos materiais causados à empresa Indiana Seguros S/A, valores acrescidos de juros e correção monetária. O motivo da indenização foi uma colisão causada por veículo da Secretaria Estadual da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) contra um veículo segurado pela empresa.

De acordo com a empresa, no dia 9 de novembro de 2008, por volta das 17h30, o veículo vítima do sinistro (segurado seu) trafegava pela BR-101, Km 9, em Natal, quando o veículo Renault, de propriedade da Sesap, ao tentar ultrapassagem, acabou colidindo contra o veículo segurado pela Indiana Seguros S/A.

Ela relatou ainda que o sinistro ocorreu por exclusiva culpa daquela Secretaria, que não se atentou para os outros veículos ao seu redor. Afirmou que o veículo vítima da colisão possuía apólice de seguros, e que este foi utilizado para arcar com todos os prejuízos no automóvel. Após os reparos realizados pela seguradora, foram enviadas as contas do sinistro para o Estado, que se absteve de pagá-las mesmo havendo propostas de acordo.

De acordo com a Seguradora, todo o ocorrido da colisão encontra-se retratado no Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito de n° 488.238 anexo aos autos do processo. Ela fundamentou o seu pedido no art. 786 do Código Civil, onde ressalva a legitimidade da seguradora para propor a ação, além da Súmula n° 188 do STF sobre a ação regressiva contra o causador do dano.

Ao examinar os autos, o magistrado observou que as alegações do autor, os fatos narrados bem como a documentação anexada aos autos, comprovam que o evento danoso foi praticado pelo agente público, no exercício das funções de motorista do veículo oficial, posto que o Boletim de Acidente de Trânsito é bem claro quanto as posições e ações de cada veículo no ocorrido.

Para ele, ficando comprovado a conduta lesiva do agente público, quando existente o nexo causal entre os danos comprovados, é causa para responsabilização do Estado do Rio Grande do Norte, na forma do art. 37, §6º da Constituição Federal.

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Saúde

Governadora se reuniu com diretores de hospitais de Natal

A governadora Rosalba Ciarlini  reuniu  nesta quinta feira (20), na Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), os diretores dos hospitais Monsenhor Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Giselda Trigueiro, Ruy Pereira, Deoclécio Marques e Maria Alice Fernandes, além da Direção da UNICAT e Coordenadores da SESAP.

A Chefe do Executivo vem acompanhando junto com o Secretário de Estado da Saúde Pública, Isaú Gerino, as necessidades ainda encontradas nas unidades hospitalares, como também as ações que estão sendo realizadas dentro do Plano de Enfrentamento às urgências e emergências. “Estamos trabalhando não só para resolver os problemas do Walfredo Gurgel, mas também para estruturar toda a rede e assim, dar mais resposta na grande Natal”, disse a Governadora.

Rosalba Ciarlini acrescentou, ainda, sobre o repasse do Fundo Estadual de Saúde   que foi liberado à Prefeitura de Natal, através do Fundo Municipal de Saúde, no valor de R$ 5 milhões e 504 mil reais, referente a contra partida do Estado, através das Portarias das Urgências e Emergências.  Com os recursos, o município se comprometeu de regularizar débitos com as Cooperativas Médicas.

O abastecimento pela UNICAT nas Unidades Hospitalares foi um dos pontos prioritários na pauta da reunião. O Governo do Estado já disponibilizou ao todo cerca de R$ 15 milhões para  regularizar o fornecimento de insumos e medicamentos, após o Decreto de Calamidade na Saúde do Estado.

Os percentuais de abastecimento atualizados nesta quinta-feira (20) correspondem a 92% no Hospital Santa Catarina, 90% no Hospital Giselda Trigueiro, 70% no Hospital Deoclécio Marques, 60% no Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, 54% nos Hospitais  Walfredo Gurgel e Ruy Pereira.

Ao final da reunião, os diretores avaliaram o momento atual, de que forma as reuniões, com a presença dos diretores, podem colaborar para agilidade nas demandas e na realização das ações estruturantes, que  já  iniciaram na maioria das unidades.

“São reuniões necessárias para sabermos a realidade de cada hospital e resolvermos os problemas que estão sendo enfrentados dentro do decreto de calamidade”, afirmou Wilson Cleto, Diretor Geral do Hospital Maria Alice Fernandes.

Para o Diretor Administrativo do Hospital Giselda Trigueiro, Carlos Mosca, com as reformas que estão sendo realizadas naquela unidade hospitalar, haverá um crescimento significativo no atendimento. “Com a regulação e as reformas de ampliação daremos uma maior resolutividade nos serviços”, falou o diretor.

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Saúde

Novo secretário de Saúde toma posse hoje

Será hoje, às 17h, a posse do novo secretário de Estado da Saúde Pública (Sesap), Isaú Gerino Vilela da Silva. A solenidade acontecerá no Auditório da Governadoria.

Cirurgião-geral formado em 1978 pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN –, Isaú Gerino foi diretor do Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Hospital Santa Catarina) por dois períodos e diretor administrativo do Hospital Professor Luiz Soares (Policlínica) por 3 anos.

 Isaú Gerino Vilela da Silva é especialista em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública Brasil/França; pós-graduado em Medicina do Trabalho; membro do Conselho Estadual de Saúde Pública e foi presidente da Comissão de Parecer Técnico da Sesap na gestão de Ivis Bezerra, quando este esteve à frente da Secretaria.

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Jornalismo

Médico Esaú Gerino deve ser o próximo secretário de Saúde do RN

Pelo andar da carruagem, ou melhor, das conversas realizadas na manhã desta segunda-feira (4) na Governadoria, o médico Esaú Gerino deve ser o novo secretário de Saúde Pública (Sesap). O blog teve a informação de que hoje haveriam rodadas de conversas e negociações para tentar se definir um nome, mas a blogueira Eliana Lima teve a confirmação de que Esaú deve ser nomeado titular da pasta já nos próximos dias.

Esaú Gerino é médico considerado de confiança pela base governista. Atualmente, ele está desempenhando a função de diretor do Hospital Santa Catarina (Hospital Dr. José Pedro Bezerra), na Zona Norte.

O cargo de secretário de Saúde se encontra vago desde o dia 2 de maio, quando o então secretário Domício Arruda foi exonerado após polêmicas de repercussão nacional envolvendo o feriado do Dia do Trabalhador. Desde então, várias foram as negociações da governadora, vários foram os nomes sondados, mas ninguém queria aceitar o pepino de segurar uma pasta tão problemática e tãocheia de problema como a Saúde.

Se for confirmado, boa sorte a Esaú nessa jornada que, com certeza, não será fácil.

Opinião dos leitores

  1. O DRAMA DOS MÉDICOS DO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

    Por Raquel W SantosGineco-obstetra do Hospital das Clínicas da UFMG.
    “Era uma vez uma menina brasileira, nascida em família de classe baixa, que morou por 20 anos na beira de uma rodovia, na entrada de uma favela.Ela era inteligente e adorava estudar. Sabendo disso, seus pais resolveram investir nos seus estudos. Abriram mão do seu próprio conforto e de suas aspirações para realizar o sonho da filha: ser médica.Por causa de seu desempenho escolar, ela estudou por onze anos com bolsa num colégio particular. Mas os gastos com transporte e material escolar sacrificaram financeiramente seus pais.Na escola ela sofreu bullying, por suas roupas simples, porque carregava seu material numa sacola de feira e passava vergonha na casa das colegas por não conhecer TV com controle remoto e outras modernidades da época.Mas tudo isso valeu a pena, pois ela entrou “de primeira” numa faculdade pública. Durante a graduação, o sacrifício não foi menor: estudando em horário integral, não podia trabalhar para se sustentar e dependia do esforço dos pais, os quais também bancavam os estudos da irmã caçula.Horas incansáveis de estudo, madrugada adentro, se privando do convívio com a família, para, finalmente, ao final de seis anos, receber seu diploma: médica!Mais dedicação para o concurso de residência médica e ela inicia sua especialização de três anos. Depois, passa num concurso para trabalhar naquele que foi o hospital universitário federal onde ela teve toda sua formação, desde a graduação até a especialização. O salário era baixo, mas havia quatro grandes pilares de sustentação de um “castelo”: 1) trabalhar para a população carente; 2) ajudar na formação de novos médicos; 3) dedicar à ciência e 4) a estabilidade e os benefícios de um cargo público, coisa tão incomum no meio médico em geral e que lhe traria alguma segurança financeira.Empolgada, logo entrou para o mestrado. Aí o castelo começou a desmoronar: o governo não dá a mínima pra ciência. Abandonando sua veia de pesquisadora, ela pelo menos se sentiu consolada por ter tido uma grande experiência profissional e por essa qualificação ter melhorado seu vergonhoso salário.De alguns anos pra cá, outro pilar de sustentação do castelo desabou: enquanto os governantes – verdadeiros responsáveis pelo descaso e caos da saúde pública no Brasil – estão protegidos em seus palácios e gabinetes, os médicos, sobrecarregados e mal remunerados, ficam na linha de frente encarando a insatisfação da população. O que deveria ser apenas uma batalha contra as doenças, virou uma grande guerra: contra as condições precárias das instituições de saúde, equipes médicas desfalcadas, falta de estrutura, de medicamentos e de leitos, ameaças e agressões físicas e verbais.Na tentativa de superar tais condições, nossa personagem precisa improvisar como o “Mac Gyver” e se munir de “super-poderes” para atender a demanda do serviço e fazer seu trabalho da melhor maneira possível.A parcialidade da mídia corrobora para que a população se volte contra a classe médica, bombardeando os noticiários com matérias sensacionalistas. A exploração de situações protagonizadas por “laranjas podres do cesto” rotulou toda uma classe, tornando o médico um vilão. Nenhum veículo da mídia retrata o cotidiano do médico do serviço público, que luta arduamente naquela guerra e precisa ter múltiplos empregos para complementar sua renda, para sustentar os seus e fazer jus aos anos de estudo e dedicação. Nessa empreitada, ele se priva dos momentos com família e amigos. Não sabe o que é horário comercial, lazer, final de semana ou feriado.Mas nossa personagem ainda alimenta sua alma com os pacientes que reconhecem seu trabalho. Ela se sente estimulada com a nobre função de formar médicos e especialistas. Submete-se a tais condições pensando que tem o privilégio de ter um emprego federal, com férias, décimo terceiro, aposentadoria e alguns benefícios (que são ínfimos se comparados àqueles do judiciário, por exemplo).E então, estranha e inusitadamente, sua governante aparece com uma medida provisória que reduzirá seu salário em 50% e aos poucos extinguirá seus benefícios e plano de carreira. Bum! O castelo desabou! Uma MP tão estrategicamente bolada que a colocaria num beco sem saída. Sua reação inicial foi de indignação e revolta. Depois, começou a racionalizar e imaginar como isso afetaria seu dia-a-dia e seu futuro. Por fim, caiu em profundo desgosto, por perceber sua insignificância aos olhos do governo.Ela olhou para trás, reviveu cada momento da sua história de esforços e sacrifícios, lembrou da privação de seus pais, pensou em cada centavo investido em sua formação, em cada hora de sono perdida, em cada dia ausente do convívio familiar. E chorou.Olhou para frente e vislumbrou aquele hospital universitário sofrendo com exoneração em massa; profissionais extremamente capacitados abandonando seus cargos. A população sofrendo sem atendimento de qualidade num serviço terciário. Graduandos de medicina e médicos residentes órfãos de aprendizado. E se entristeceu.Olhou num contexto mais global, tentando entender as razões de tal medida e se alertou com as mazelas de outros profissionais de saúde, dos professores, dos policias, etc. Imaginou o futuro deste país que não valoriza aqueles que são a base de uma sociedade decente e verdadeiramente rica. E teve medo.Só não perdeu a esperança porque valoriza o ser humano. Se esse texto te sensibilizou ou te fez pensar, então há esperança. Trata-se de uma história real.”

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Jornalismo

Sindicatos dão parte na delegacia contra a Secretaria de Saúde

Pondo em prática a decisão de intensificar o movimento de greve da saúde, o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (SindSaúde) e Sindicato dos Odontologistas do RN (Soern) se reunem nesta sexta-feira (18), às 9h, em frente ao maior hospital do estado, o Walfredo Gurgel e de lá sairão em caminhada à delegacia de polícia para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra a Sesap, na pessoa de sua secretária interina Dorinha Burlamaqui.

Segundo o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, o B.O. será feito para denunciar os riscos que a Sesap deixa os pacientes correrem através da falta de leitos, de medicamentos e vagas em UTI no HWG.

A expectativa dos sindicatos é de que, com essa ação, as autoridades convoquem os responsáveis pela situação da saúde no RN e procedam as medidas cabíveis para assegurar o atendimento adequado a população. Geraldo Ferreira também informou ao Diário de Natal o interesse de levar o caso ao Ministério Público e, para isso, os sindicatos estão fazendo um levantamento da realidade dos hospitais da rede pública a fim de apresentar dados concretos sobre os riscos aos quais a população norte-riograndense está exposta quando necessita ser atendida por meio do Sistema Único de Saúde.

Fonte: DN Online

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Polícia

Quadrilha invade prédio da Sesap na madrugada, troca tiros com a PM e foge abandonando metralhadora pelo caminho

Uma quadrilha não identificada, vestida com a farda da Polícia Militar, tentou arrombar um caixa eletrônico da Secretaria de Estado da Saúde Pública(Sesap), situada no Centro de Natal, por volta de 0h30 desse domingo (1), trocou tiros com a Polícia Militar durante perseguição e conseguiu escapar através de um matagal localizado no bairro Planalto, situado na Zona Oeste.

Segundo o sargento Gilsemar, policial militar, a ocorrência deu início após bandidos renderem os vigias do prédio. Na ocasião, eles tentaram violar o caixa eletrônico, mas por motivo ainda desconhecido, não conseguiram. Eles então roubaram um colete de uma das vítimas, um revólver calibre 38, e fugiram em um Fiat Ideia, placas MYP 8838, de cor prata, pela BR-101. Logo em seguida, o Centro Integrado de Operações Públicas (Ciosp), repassou a informação às viaturas da Polícia Militar em todas as áreas, o que resultou no encontro dos bandidos em disparada próximo ao Sam´s Club.

 (Divulgação)

Na área situada na Zona Sul, o flagrante resultou em uma perseguição que foi prolongada por Cidade Satélite até o bairro do Planalto. De acordo com o tenente Soares, oficial em servico, os bandidos abandonaram o Fiat Ideia prata, após uma batida, e não se intimidaram com a presença PM, respondendo aos policiais com vários tiros. Encurralada, a quadrilha abandonou um colete a prova de balas, as armas; uma metralhadora INA 45, dois revólveres calibre 38, uma pistola 380, e fugiu a pé por um matagal extenso no local.

Diligências foram realizadas por toda a madrugada, mas até o momento nenhum suspeito foi encontrado. Ambos os veículos, tantos dos acusados quanto da viatura da PM, foram alvejados. Todo o material apreendido foi encaminhado à delegacia de plantão. Durante a ocorrência, nenhum policial foi ferido.

Fonte: Diário de Natal

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Jornalismo

RN consegue verba para leitos, mas hospitais privados só cedem se débito de R$ 11 milhões for pago

O secretário Domício Arruda, titular da pasta de Saúde Pública (Sesap), está em Brasília/DF, onde participou de uma reunião para liberação de verbas do Ministério da Saúde para contratação de leitos. O mais difícil, Domício conseguiu que foram os recursos, mas agora os três maiores hospitais que compõem a rede privada só vão liberar os leitos se o Governo do Estado pagar dívidas de aproximadamente R$ 11 herdadas do governo Wilma de Faria.

O secretário contou que o Governo Federal garantiu a liberação de R$ 800 para contratação de cada leito de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e de R$ 300 para cada leito de enfermaria, ao limite de R$ 1,5 milhão por mês. Já aí começa um problema: o leito de UTI mais barato no Estado custa R$ 1,7 mil e os hospitais não aceitam liberar por menos que isso. Diante do impasse, Domício já tratou de garantir uma contrapartida estadual para completar a verba e garantir leitos para a população.

Mesmo assim, o impasse continua. Não bastando discordar do valor pago, os três maires hospitais só liberam os leitos se for pago o último contrato assumido pelo Governo do Estado através de demanda judicial e encerrado em 30 de outubro de 2010, que custou R$ 11 milhões.

“Estamos negociando primeiro uma forma deles receberem esses valores de acordo com o mercado. Acredito que essa será a fase mais fácil. Depois vamos tentar encontrar uma forma de negociar esse débito para garantir esses leitos da rede privada. Na nossa rede, já está tudo praticamente certo”, contou Domício, direto da capital político e administrativa do Brasil.

 

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Jornalismo

TCE suspende pregão da Secretaria Estadual de Saúde

Em vista de irregularidades detectadas no processo, o Tribunal de Contas do Estado determinou ao secretário de Saúde, Domício Arruda Câmara, a sustação imediata dos atos do Pregão Presencial nº 024/2011, referente à aquisição de material de consumo para trauma-ortopedia. O processo foi relatado pelo conselheiro Renato Costa Dias, em sessão plenária, tendo sido sendo acatado à unanimidade dos conselheiros.

No relatório, o conselheiro informou que os autos tiveram início com a requisição, por parte do TCE, do processo de licitação pública, em face do expressivo valor do procedimento, culminando com a realização de inspeção In Loco, por técnicos da DAD.Em uma análise preliminar, foram constatadas as seguintes irregularidades: exigência insuficiente de qualificação econômico-financeira; desclassificação sumária de fornecedor, sem lhe conferir oportunidade de comprovar a viabilidade de sua proposta impugnação e preços levantados na pesquisa mercadológica em enorme disparidade com os preços arrematados. A empresa arrematante do lote venceu a competição ofertando o valor de R$ 294.900,00.

O gestor notificado apresentou vasta documentação justificando a legalidade do ato. O corpo técnico do TCE, no entanto, ao analisar os documentos, sugeriu a sustação, alegando que os mesmo não foram capazes de elucidar as impropriedades verificadas. Diante dos fatos, considerando a possibilidade de grave lesão ao erário, o voto foi pelo deferimento da medida cautelar, devendo tal providência produzir efeitos até a retificação de todas as impropriedades averiguadas até o momento.

Fonte: assessoria

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