Saúde

Interventor confirma que Prefeitura não faz repasse para AMES e UPA há 90 dias. Funcionários ameaçam entrar em greve

Reportagem de Rafael Barbosa mostra a roleta russa que virou a situação das AMES e da UPA aqui em Natal, devido a operação Assepsia nenhum funcionário das unidade até hoje(13), receberam salários, fornecedores também começam a gritar. Vamos torcer que a população que já tem muito pouco em atendimento de saúde não seja prejudicado pela operação. Segue reportagem:

O atendimento nos três Ambulatórios Médicos Especializados (Ames) de Natal, bairros de Brasília Teimosa, Nova Natal e Planalto, e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do conjunto Pajuçara pode ser parcialmente suspenso na próxima segunda-feira (16) caso o pagamento dos funcionários não seja realizado até amanhã. Com a greve, as categorias vão trabalhar com o efetivo de 30% do total de 400 servidores.

Adriano AbreuDireção da Unidade de Pronto Atendimento aponta sobrecarga de pacientes que deveriam ser atendidos em postos de saúde

Segundo o interventor nomeado pelo Ministério Público para gerir a Associação Marca (A.Marca), empresa responsável pelo gerenciamento das unidades de saúde, há três meses o repasse da verba para o pagamento não é realizado pelo Município. A empresa estaria, desde então, custeando os gastos, mas depois da Operação Assepsia, deflagrada em junho pelo MP, a terceirizada não tem mais autonomia para as tomadas de decisões.

O interventor Marcondes de Souza Diógenes Paiva diz ainda que apesar do dia máximo permitido pela lei para o pagamento dos funcionários ter sido na sexta-feira da semana passada, dia 6, foi realizado um acordo com a Secretaria Municipal de Saúde para o cumprimento de um novo prazo, a última quarta-feira (11). Mas até o fechamento desta edição os recursos ainda não haviam sido depositados na conta aberta por determinação do Ministério Público para a realização dos pagamentos da pasta.

Domingos Ferreira, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Rio Grande do Norte (Sipern), que está representando as demais categorias afetadas pelo problema, afirma que além dos honorários do mês de julho estarem atrasados, também não foram pagas as porcentagens do 13º salário, e as férias dos servidores.

O diretor da UPA, Danton Novaes, fez críticas ferrenhas ao sistema de saúde. De acordo com ele, os problemas não se restringem à falta de pagamento dos funcionários, mas perpassam por toda a estrutura. A portaria ministral de criação das UPAs em todo o país especifica que o tratamento nas unidades deve ser voltado para casos de urgência e emergência.

A UPA deveria atender somente aos casos que não pudessem ser resolvidos nas unidades de saúde básica, mas também não apresentam quadros tão graves para serem encaminhados aos hospitais. Seria o elo entre as duas instâncias. Isso não ocorre na realidade. “Sessenta por cento dos atendimentos da UPA Pajuçara são de casos básicos, que poderiam ser resolvidos nos postos de saúde”, revelou Novaes.

Segundo o diretor da Unidade, corriqueiramente chegam para serem atendidos pacientes com sarna, bicho-de-pé e até mesmo piolho. Danton Novaes disse ainda que as pessoas procuram ajuda nos postos de saúde, mas não recebem atendimento. “Muitas vezes chegam aqui pessoas que já passaram por dois ou três postos e não conseguiram serem atendidas”, lamentou o médico. Este remanejamento pela falta de eficiência do sistema básico provoca a superlotação da UPA, e dificulta o trabalho dos profissionais. Segundo o diretor, na tarde da segunda-feira (9) havia 90 pessoas na unidade aguardando por atendimento.

Os problemas já conhecidos nos hospitais também afetam a Unidade de Pronto Atendimento; e a falta de vagas no setor provoca o acúmulo pacientes nos leitos da UPA, que segundo a portaria de criação deveria realizar internação por no máximo 24h. Ainda de acordo com informações repassadas pelo diretor da unidade, já houve casos em que um paciente permaneceu 30 dias internado. “A população que nos procura aqui é em sua maioria muito humilde, e vem de longe”.

Para Novaes, muitas pessoas que moram longe do conjunto Pajuçara procuram pela UPA por não conseguirem atendimento em locais próximos às residências. “Não podemos deixar de prestar o atendimento, até porque isso seria um crime, mas a situação é muito difícil”, reclamou o médico.

A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, através da assessoria de imprensa, por diversas vezes por telefone, mas não obteve êxito. O interventor Marcondes Diógenes conta que a administração da SMS alegou questões burocráticas da tramitação do processo para o atraso deste mês.

UPA recém-concluída aguarda acordo entre Estado e Município

Passados quase dois anos desde que suas obras foram iniciadas, a estrutura física da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança, está pronta. Por fora, apenas. Um impasse entre a Prefeitura de Natal e o Governo do Estado impossibilita a abertura do complexo médico que poderá atender até 800 pessoas por dia e, desta forma, desafogar hospitais da capital. Todas as interrogações a respeito da gestão da Unidade, custo mensal, quadro de funcionários e perfil de atendimento, poderão ser respondidas em uma reunião que deverá ser realizada entre as chefes dos executivos Municipal e Estadual. Uma data para o encontro, porém, ainda não foi marcada.

Um dos imbróglios que impossibilitam a operacionalização da UPA da Cidade da Esperança está na possibilidade de cessão da Unidade, que oficialmente é de responsabilidade municipal, para o Estado. A Prefeitura, através da sua assessoria de comunicação, afirmou que ainda não tem um posicionamento oficial sobre a questão.

O titular da Secretaria Estadual de Saúde Pública, Isaú Gerino, disse que o Estado tem total interesse em assumir o complexo médico. “Inclusive Dr. Helvécio (Miranda Magalhães Júnior, secretário executivo do Ministério da Saúde) sinalizou que nós deveríamos assumir essa UPA”, afirmou o secretário.

Um dos argumentos de Isaú Gerino para convencer a municipalidade a conceder a UPA da Cidade da Esperança à Sesap, é de que o complexo é de suma importância para se somar às medidas emergenciais para enfrentamento do estado de calamidade pública na Saúde potiguar decretado pela governadora Rosalba Ciarlini no dia 4 de julho. Gerino comentou, inclusive, que questões relacionadas à mão de obra especializada para trabalhar na Unidade estão em discussão na Sesap. “Chegou a se dizer que (a UPA) não poderia abrir em virtude de problema de pessoal, mas estamos estudando como fazer, caso a prefeita nos ceda a gestão”, ressaltou.

Questionado sobre a legalidade da cessão da gestão da UPA da Cidade da Esperança pelo Município para o Estado, Isaú Vilela disse acreditar que não existem empecilhos legais. “Ainda não sabemos como será processado isso. Tem que ter embasamento para que a gente não fuja à legalidade”, destacou. A expectativa é de que o secretário do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, retorne a Natal para tratar desse e de outros assuntos. A decisão final, porém, caberá à prefeita Micarla de Sousa.

Crise atinge Hospital da Mulher

O Governo do Estado realizou na tarde de ontem uma reunião na sede do Ministério Público em Mossoró para debater as medidas legais para pagamento dos cerca de 320 funcionários e prestadores de serviço do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. O pagamento deveria ter sido realizado na sexta-feira (6), mas foi impossibilitado devido à suspensão de repasse de verbas feito pelo Governo do Estado à Associação Marca, Organização Social responsável pela administração do hospital.

Uma auditoria foi formada para averiguar contratos e prestações de contas da A.Marca referente ao Hospital da Mulher, depois dos indícios de irregularidades apontados pelo MP nas UPAs e AMEs em Natal.

A reunião contou com representantes da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap); o procurador do Estado Jesualdo Marques, chefe da regional de Mossoró; a promotora da Saúde em exercício da Comarca de Mossoró, Ana Ximenes; e representantes da Associação Marca. “Os serviços prestados pelo hospital não podem parar. Viemos ao MP pedir orientações que contribuam no sentido de solucionar esse impasse dentro dos trâmites legais”, afirmou Maria Teresa Almeida, chefe de gabinete da Sesap.

Duas possíveis soluções foram debatidas. A primeira seria a nomeação pelo Governo do Estado de um interventor financeiro, que ficaria responsável exclusivamente para efetuar os pagamentos com fornecedores e funcionários da unidade de saúde, enquanto a A.Marca continuaria na administração do hospital até o fim do contrato, que se encerra em agosto deste ano.

Outra possível solução para o pagamento dos funcionários seria uma Ação de Consignação e Pagamento, impetrada pela Procuradoria Geral do Estado. “Essa Ação seria a possibilidade de realização do pagamento através de alvarás judiciais, emitidos em nome de cada funcionário ou prestador de serviço, relativos a três meses de pagamento, o que está em atraso referente a junho e os outros dois meses de contrato que ainda faltam concluir”, explica o Procurador do Estado, Jesualdo Marques. O procurador ressaltou ainda que além da auditoria que está sendo realizada, o Governo do Estado já deu inicio ao processo licitatório para uma nova instituição administrar o Hospital da Mulher a partir do próximo mês.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

OS que irá gerir nova UPA será anunciada na próxima segunda (8)

Isaac Lira – repórter da Tribuna do Norte
Na próxima segunda-feira, a Secretaria Municipal de Saúde irá anunciar publicamente o resultado da licitação para escolher a Organização Social que irá gerir a Unidade de Pronto-Atendimento de Cidade da Esperança. Segundo dados do edital publicado pela Prefeitura de Natal, os envelopes, que podem ser entregues até essa sexta-feira, serão abertos numa sessão aberta ao público.

Segundo a secretária interina de Saúde, Ariane Rose de Macedo Oliveira, a  SMS aguarda a entrega do prédio da UPA da Cidade da Esperança pela construtora, mas não há previsão de quanto isso vai acontecer.  “O processo seletivo está correndo e tem previsao de recursos de investimentos para que a gestão contratada já adquira equipamentos e mobiliário para a UPA, porque tem mais agilidade. Para você adiquirir um equipamento você passa de seis a até um ano, pela burocracia, que dificulta muito. Leva um tempo para fazer aquisições. Tem esses entraves e como tem a necessidade em função da superlotação do Walfredo Gurgel, tem que procurar esse caminho que é mais ágil”.

A Secretaria de Saúde não informou quantas OSs adquiriram o edital. A Marca, que está sob intervenção, foi requalificada como OS, e pode concorrer.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Apesar de estar pronta, UPA de Cidade da Esperança vai ter inauguração adiada

A população de Cidade da Esperança que já espera há tanto tempo pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro terá que ter um pouco mais de paciência. Apesar de a estrutura estar finalizada, a inauguração que deveria acontecer esse fim de semana foi adiada devido aos problemas da Associação Marca, que está sendo investigada pela justiça.

A UPA é uma unidade emergência de porte 2, de acordo com um protocolo de classificação de risco feita pelo Ministério da Saúde. Oferece atendimento de urgência e emergência. É uma unidade responsável por prestar atendimento de média complexidade, como vítimas de acidentes e problemas cardíacos, com oferta de UTI e sala cirúrgica.

O Blog do BG foi até a UPA de Cidade da Esperança conferir de perto as condições da nova unidade. Seguindo os moldes daquela já em funcionamento no Pajuçara, o prédio tem uma estrutura bastante completa. Chega a lembrar aqueles hospitais de séries americanas.

De acordo com relato do Jornalista Jalmir Oliveira do Novo Jornal, que visitou a UPA Pajuçara, o local possui uma ampla área de espera, com ar-condicioando e televisão de plasma na parede, e, dependendo da triagem, o paciente é enviado para um dos quatro consultórios médicos existentes. De lá, há o encaminhamento para um dos diversos serviços oferecidos ali, como o setor de diagnóstico, laboratórios de exames e salas de raios-X, gesso, sutura, medicação e nebulização.

A UPA Pajuçara conta com uma equipe de 186 profissionais, sendo 55 médicos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Menos de 48h depois de apontar governo limpo, gestão de Micarla é devastada por operação do MP/RN

Você já ouviu aquele termo “pagar pela boca”? Pois foi bem. Foi exatamente isso o que aconteceu com a prefeita Micarla de Souza. Em coletiva realizada no Hotel Pestana, há menos de 48h,  a líder do executivo municipal disse orgulhosa que tinha as mãos limpas e que ninguém de sua gestão havia sido denunciado com desvio do dinheiro público. No jargão popular, chutou a bola, matou no peito e como se tivesse feito o gol, comemorou. Pelo visto, ela nem imaginava pelo que aconteceria hoje.

A gestão da prefeita “mãos limpas” foi completamente devastada por uma operação do Ministério Público estadual, que terminou com a prisão decretada de membros de seu governo, entre eles um procurador municipal e o atual secretário de Planejamento, o ex-secretário Thiago Trindade e toda a cúpula da Secretária de Saúde.

E em meio às denuncias, que envolvem, principalmente a Secretaria Municipal de Saúde, estão as AMEs e a UPA, apontadas por Micarla como o grande orgulho e o mais importante legado de sua gestão. Afinal, na gestão dela foi “priorizado o lado humano, pessoal”.

A operação Assepcia, como foi chamada, investiga as contratações do Instituto Pernambucano de Assistência E Saúde – IPAS, entidade que primeiro administrou a UPA do bairro de Pajuçara, do Instituto De Tecnologia, Capacitação E Integração Social -ITCI, contratado para gerir o Projeto Natal contra a Dengue, e também da Associação Marca Para Promoção De Serviços, atualmente responsável pelos contratos de gestão da UPA Pajuçara e das AMES mantidas pelo Município de Natal.

Opinião dos leitores

  1. Como diz a propaganda oficial:
    Se voce olhar, voce vai ver, falcatruas, desmandos, buracos, lixo…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Juíza determina viabilização de leitos de UTI para cinco idosos

A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, Patrícia Gondim Moreira Pereira, determinou a intimação dos Secretários Municipal e Estadual de Saúde para que comprovem nos autos da uma Ação Civil Pública, no prazo de 24 horas, a viabilização dos leitos de UTI, seja na rede pública ou privada, para a internação de cinco pacientes idosos que estão internados em uma UPA e em outros dois hospitais em Natal, sob pena de configuração de crime e falta funcional.

A magistrada ressaltou que Ministério Público comunicou nos autos processuais que em duas oportunidades o Estado do Rio Grande do Norte e o Município de Natal descumpriram uma decisão judicial que determinou a instalação ou ampliação dos leitos de UTI adulto, pediátrico e neonatal, além de outras medidas a serem adotadas pelos dois entes públicos.

Na oportunidade, o MP comunicou que cinco idosos, sendo uma de 79 anos e outro de 69 anos, internados na UPA Pajuçara, um outro de 68 anos e uma outra 76 anos, internados no Hospital dos Pescadores, bem como um quinto idoso de 62 anos, internado no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, encontram-se aguardando um leito de UTI em virtude da gravidade de seus quadros.

A juíza frizou que existe multa fixada em sentença para a hipótese de descumprimento da determinação judicial no valor de R$ 5 mil diários, que é cominada contra o Poder Público, plenamente possível de acordo com a reiterada jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

Ela enfatizou, por fim, que a imposição de multa em desfavor do Estado, onerando os cofres públicos em virtude da inércia da autoridade administrativa em respeitar a decisão judicial, em observar os princípios regentes da legalidade e da moralidade, atentando com a dignidade do Poder Judiciário, o seu respeito e ainda, inobservando os valores da honestidade e lealdade às instituições, constitui ato de improbidade administrativa a ser devidamente apurado. (Processo nº 0010081-27.2010.8.20.0001/01 (001.10.010081-4/00001))

 

Fonte: TJRN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Governo anuncia investimento de R$ 15,1 milhões para UPAs e UBS do RN

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (6) a seleção de projetos para construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os benefícios vão contemplar 125 unidades de saúde potiguares. Serão repassados recursos federais para a construção de uma nova UPAs e para ampliação de outras duas. Para as UBS, serão ampliados 122 postos. Ao todo, serão investidos R$ 15,1 milhões, sendo R$ 4,2 milhões para as UPAs e R$ 12,1 para as UBS. Os recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

“Esses novos serviços para a população representam o compromisso do Governo Federal em aumentar o acesso, com qualidade, dos cidadãos aos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). As UPAs e UBS estão inseridas nas redes prioritárias do Ministério da Saúde, que buscam desafogar os atendimentos nas emergências e ampliar a assistência especializada”, destaca o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Reforço à atenção básica – Os recursos liberados pelo Ministério da Saúde serão usados para ampliação de 5.459 unidades básicas em 2265 cidades brasileiras. A medida faz parte do programa Saúde Mais Perto de Você, que está aprimorando os serviços de atenção básica do SUS.
As Unidades Básicas de Saúde são locais onde o cidadão pode receber atendimentos básicos e gratuitos em pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem, odontologia e outros atendimentos essenciais. As Unidades Básicas de Saúde resolvem 80% dos problemas de saúde da população do território que ela é responsável e promovem hábitos saudáveis de vida.

Apoio às emergências – Responsáveis por prestar atendimento de média complexidade, como vítimas de acidentes e problemas cardíacos, as UPAs contribuem para desafogar as urgências dos hospitais do SUS e reduzir o tempo de espera por atendimento.
Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades dão conta de atender, sem necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar, 97% dos pacientes que as procuram.

As UPAS 24h estão inseridas na rede Saúde Toda Hora, que está reorganizando o atendimento de urgência e emergência dos hospitais do SUS. A rede integra, além dos hospitais, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192), que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Nas unidades, os pacientes são avaliados de acordo com uma classificação de risco, podendo ser liberados ou permanecer em observação por até 24 horas, ou se necessário, serão removidos para um hospital de referência.

Fonte: Agência Saúde

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Prefeitura garante continuidade da UPA Pajuçara

A Prefeitura do Natal realizou na tarde de ontem (23) o repasse para o pagamento dos salários atrasados dos funcionários da UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Pajuçara. Com isso, está descartada a possibilidade de greve de servidores que vinha sendo cogitada pelos sindicatos dos profissionais da saúde.

Nesta sexta-feira (24), mesmo com a unidade funcionando com toda sua escala médica e dos demais profissionais de saúde completas, os sindicatos realizaram uma movimentação em frente à UPA para reivindicar a pagamento dos atrasados e mais segurança no local, já que a unidade sofreu duas tentativas de assalto este ano. O movimento foi simbólico, tendo em vista que as duas reivindicações já estavam sendo atendidas.   “Ontem mesmo o sindicato foi informado do repasse da Prefeitura para a Associação Marca que espera a compensação do pagamento até o final da tarde de hoje para efetuar os depósitos dos servidores. Como se trata de movimentação bancária, até segunda-feira os salários estarão nas contas”, adiantou o diretor médico da UPA, Danton Novaes.

Com mais de um ano de funcionamento, esta foi a primeira vez que ocorreu atraso no pagamento dos salários dos servidores da UPA. A explicação foi o fechamento do orçamento de 2011 e a espera da abertura do orçamento municipal de 2012 quando o Executivo poderia fazer os repasses à Organização Social que administra a UPA Pajuçara.

“Foi um fato atípico e isso não compromete de forma alguma a credibilidade da UPA e a qualidade dos nossos serviços à população. Em 2011, UPA realizou mais de 130 mil atendimentos, cerca de 350 atendimentos por dia em urgência e emergência. O serviço é aprovado pelos usuários que não só confiam no atendimento, como reconhecem sua eficiência”, destaca a superintendente da OS em Natal, Gicele Giacomimi.

“A prioridade da UPA é prestar assistência médica de urgência e emergência de até média complexidade, e ainda damos os primeiros atendimentos nos casos de maior gravidade, estabilizando o paciente para que ele possa ser encaminhado ao hospital de referência. Adotamos o modelo de classificação de risco que prioriza o atendimento aos usuários com estado de saúde mais grave”, explica Dr. Danton.

A questão da segurança na UPA também já foi resolvida. Além da segurança privada mantida na unidade, a Guarda Municipal de Natal foi escalada para reforçar e proteger a UPA e desde ontem mantém guardas no local, com escalas que vão garantir segurança 24 horas.

Atendimento Normal

Apesar da divulgação de uma paralisação da unidade por parte de alguns meios de comunicação, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pajuçara está com atendimento normal nesta sexta-feira. O quadro de funcionários, composto por três médicos clínicos gerais, pediatra, enfermeiros e técnicos em Enfermagem, está completo. Entre 0h e 10h30 da manhã de hoje, foram feitos 69 atendimentos médicos e 91 classificações de risco, procedimento que antecede a entrada ao consultório médico e determina a prioridade de cada caso. O ato de protesto organizado pelos sindicatos ocorreu das 8h às 10h e não prejudicou o atendimento.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Tribunal de Justiça confirma que contrato das AMEs e UPA estão irregulares

Tribuna do Norte:

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte confirmou a decisão de tornar inconstitucional a Lei 6.108/2010, que regulamenta as Organizações Sociais e permite a terceirização da gestão na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e nos consultórios de Atendimento Médico Especializado AME). A leitura do acórdão foi feita na quarta-feira, 08, pelo desembargador Caio Alencar. Por motivo de saúde o relator da ação, o desembargador Amaury Moura Sobrinho não participou da sessão.

A Adin foi ao plenário do Tribunal para julgamento na quinta-feira, 25 de maio. Por unanimidade, os desembargadores acolheram o pedido da Procuradoria Geral de Justiça, do Ministério Público Estadual, quanto a inconstitucionalidade da lei. Nessa mesma sessão, o Pleno indeferiu, por unanimidade, o pedido formulado pela Procuradoria Geral do Município de suspensão do julgamento, em face da tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Assessoria de Comunicação do TJ a publicação do acórdão deve sair neste sábado ou até o início da próxima semana. Com a decisão, os contratos – no campo jurídico – se tornam ilegais. A Adin foi impetrada em julho de 2010 pelo procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto. Na ação, o MPE requereu a inconstitucionalidade da Lei 6.108, alegando violação ao disposto no artigo 19 da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte, uma vez que a lei autoriza a transferência de atribuições próprias do Poder Público para instituições regidas pelo direito privado, bem como de recursos públicos para o financiamento das atividades desenvolvidas pelas OSs.

São vários os elementos contestados pelo MPE, que apontam irregularidades na lei. Por ocasião de entrevista coletiva, após o julgamento da Adin, o procurador Manoel Onofre Neto apontou a ausência de controle social, ou seja, de participação da sociedade no Conselho de Administração das OS; a ausência de participação do poder público municipal no Conselho de Administração das OSs e o prazo, de até quatro anos, para a empresa contratada pelo município, comprovar qualificação como OS.

(mais…)

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Secrétario Domício Arruda desmente o Secrétario da Prefeitura Antônio Luna

Nominuto.com

O secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, desmentiu ao Nominuto a declaração dada pelo titular municipal de Planejamento, Fazenda e Tecnologia da Informação (Sempla), Antonio Luna sobre o financiamento e manutenção das UPA’s.

“Não houve nenhuma audiência. Ele sequer nos procurou”, disse Arruda.

Mais cedo, também ao Nominuto, Luna havia afirmado que a Prefeitura do Natal e o Governo Federal estavam subsidiando sozinhos as Unidades de Pronto Atendimento do município (uma está em desenvolvimento), não contribuindo com a parcela de 25% que lhe é pertinente.

“Vocês tiveram diálogo com o alguém do Governo do Estado?”, indagou a reportagem, ao que Luna respondeu: “Já falei com o secretário da Casa Civil [Paulo de Tarso], e com o de Saúde [Domício Arruda] ”. “E o que eles disseram?”, questionou o Nominuto. “Que não tinham dinheiro”, devolveu o titular da Sempla.

Para ser mantida, a UPA de Pajuçara demanda R$ 990 mil por mês. A gestão tripartite determina que União entre com 50% e Estado e Município 25% cada um. Estranhamente, pelo declarado por Luna, o Governo Federal tem investido R$ 280 mil, ou 28%. A Prefeitura do Natal estaria subsidiando os 72% restantes.

Hoje (03) no Diário Oficial do Município (DOM), crédito suplementar de R$ 1,6 milhão foi aberto à Secretaria Municipal de Saúde para pagamento de última parcela (de R$ 4,5 milhões) para a UPA da Cidade da Esperança.

Domício Arruda explicou que, com efeito, o Estado deve custear 25% dos gastos da UPA, mas também lembrou a dotação orçamentária.

“Estamos executando o orçamento aprovado no ano passado, no qual não foi incluída essa parcela. Agora posso garantir que no PPA (Plano Plurianual) o qual estamos desenvolvendo, esses gastos estão garantidos”.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Denúncia

Dona de Casa vai presa por causa de mau atendimento na UPA de Mossoró

O Mossoroense:
Com o surgimento de uma doença ou os sintomas anormais decorrentes, naturalmente, a maior parte da população busca atendimento na rede municipal de saúde. Com isso, padecendo de uma patologia e ainda com estado de saúde debilitado, espera-se que de imediato o atendimento médico seja realizado. Entretanto, essa ordem natural do acolhimento esbarra nas deficiências, que, além de provocar transtornos, ainda compromete o tratamento da população.
Apesar da moderna infraestrutura, um dos principais suportes no acolhimento da população no município, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santo Antônio possui uma carência de profissionais. Na unidade, que opera 24 horas ininterruptamente durante toda a semana, apenas dois médicos atuam a cada plantão, um na especialidade pediátrica e o outro clínica geral, que, todavia, ainda realiza pequenas intervenções cirúrgicas.
Em virtude dessa carência de profissionais, a assistência à saúde da população é prejudicada, gerando, entres os problemas, longas filas de espera, com pessoas que deveriam de imediato ser examinadas e submetidas ao tratamento médico. Em média, na maior parte dos casos, os pacientes chegam a aguardar até mais de duas horas para ser avaliado pelo médico.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *