Saúde

CPI: Diretor diz que farmacêutica não vendeu nenhum comprimido de ivermectina ao governo federal

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve nesta quarta-feira (11) Jailton Batista, diretor-superintendente da indústria farmacêutica Vitamedic, uma das fabricantes do medicamento ivermectina do Brasil.

Durante as primeiras horas de seu depoimento, Jailton Batista revelou que a farmacêutica patrocinou um manifesto do grupo ‘Médicos pela Vida’, no valor de R$ 717 mil.

Ele ainda disse que a Vitamedic não vendeu nenhum comprimido de ivermectina diretamente ao governo federal, mas que o estado do Mato Grosso comprou 350 mil unidades do remédio – que compõe o chamado “kit covid”, conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus amplamente divulgado durante a pandemia.

O diretor também afirmou que nenhum representante da farmacêutica esteve em reuniões com o Ministério da Saúde, com o chamado “gabinete paralelo” ou outros membros do governo federal para tratar do medicamento.

A Vitamedic foi alvo de um requerimento de informações aprovado em junho pela comissão. De acordo com relatórios enviados à CPI, as vendas da ivermectina saltaram de 24,6 milhões de comprimidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020 – crescimento superior a 1.105%. O preço médio da caixa com 500 comprimidos subiu de R$ 73,87 para R$ 240,90, o que representa um incremento de 226%.

Com a oitiva de Batista, os senadores pausam momentaneamente a temática das denúncias sobre suspeitas de propinas envolvendo vacinas contra a Covid-19 para ouvirem mais uma testemunha sobre o chamado “tratamento precoce”, que promovia o uso de medicamentos sem eficácia contra a doença.

Veja o resumo da CPI da Pandemia:

Omar Aziz diz que acionará a Defensoria do Amazonas contra propagadores da ivermectina

O presidente da CPI, senador Omar Aziz, declarou que irá acionar a Defensoria Pública do Estado do Amazonas para que o órgão represente familiares de vítimas da Covid-19 que acreditaram nos medicamentos sem eficácia contra a doença, incluindo a ivermectina, que é vendida pela Vitamedic.

“A Defensoria precisa entrar com um processo indenização contra pessoas que induziram os pacientes que faleceram no meu estado, principalmente na cidade de Manaus, à morte”, declarou Aziz. “É simples fazer isso. É uma ação em nome dessas pessoas que foram a óbito acreditando nisso, principalmente aqueles que estão com problemas hepáticos por terem tomado medicação em excesso”, declarou.

A posição do senador veio enquanto o depoente Jailton Batista respondia questões acerca do esforço da empresa em revender a invermectina, bem como em promover publicidade acerca do remédio. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a mostrar uma foto de um médico da empresa realizando uma doação do medicamento, e estendeu a recomendação da denúncia com a Defensoria Pública a todos os brasileiros que se sentiram lesados pelo uso da medicação.

Jailton: Vitamedic patrocinou manifesto de grupo ‘Médicos pela Vida’ pelo tratamento precoce no valor de R$ 717 mil

O diretor da Vitamedic afirmou durante seu depoimento que a farmacêutica patrocinou um manifesto do grupo “Médicos pela Vida” no valor total de R$ 717 mil. A carta, em defesa do chamado “tratamento precoce”, que não tem comprovação científica, foi publicada em jornais e bancada pela Vitamedic.

“A Vitamedic foi solicitada a dar apoio e suporte à chamada associação Médicos pela Vida no patrocínio de um documento técnico médico e ela o fez (…) Foi a publicação nos jornais de um manifesto da associação em que a empresa assumiu o custo da veiculação. A associação pediu o patrocínio e a Vitamedic o fez”, disse Jailton Batista.

Segundo ele, o documento não tratava apenas da ivermectina. “Esclareço que o manifesto não é exclusivo da Vitamedic ou da ivermectina. Trata de uma série de produtos, não é exclusivo da ivermectina”, disse Jailton. A Vitamedic, de acordo com Batista, não conduziu estudos sobre o uso da ivermectina no combate à Covid-19.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, afirmou que o laboratório “visava lucros” e estava “mancomunado” com médicos ao defender e patrocinar o manifesto. “A responsabilidade é mútua”, disse Omar. Renan também interpelou o depoente após as revelações: “E o custo foi pago em vidas, e a Vitamedic colaborou com isso porque continuou fabricando remédios sem eficácia comprovada.”

Vitamedic não vendeu nenhum comprimido de ivermectina para o governo federal, diz Jailton

O depoente relatou que não vendeu “nenhum comprimido” de ivermectina ao governo federal. Já ao estado do Mato Grosso houve a venda de 350 mil unidades do remédio. A compra do medicamento sem comprovação científica para combate à Covid-19 também foi feita por governos municipais com a Vitamed.

Segundo Batista, mais de um milhão de unidades de ivermectina com quatro comprimidos foram vendidos a municípios de médio e pequeno porte. O depoente diz não se lembrar ao certo quantas cidades compraram o medicamento, mas detalhou que municípios do estado do Paraná, Goiás, Ceará entre outros adquiriram lotes do remédio. Ele não soube dizer se alguma capital adquiriu o produto.

“Vários municípios [compraram] e alguns fizeram a aquisição direto conosco. Podemos fornecer a lista até amanhã”, disse. Os dados apresentados por Batista revelam a venda de mais de 62 milhões de unidades do medicamento – cartela com quatro comprimidos – em 2020.

O diretor da Vitamed diz ainda que não tem como medir impacto das falas de Bolsonaro em apoio ao medicamento na venda da ivermectina. Ele também afirmou que nenhum representante da farmacêutica esteve em reuniões com Ministério da Saúde, com o chamado “gabinete paralelo” ou outros membros do governo federal.

Jailton Batista diz que comparece à CPI com ‘tranquilidade e satisfação’

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), iniciou os trabalhos da comissão após às 10h e concedeu a palavra ao depoente, que comparece como convidado. Em sua fala inicial, Jailton Batista afirmou que comparece diante dos senadores com “tranquilidade e satisfação”.

“É com tranquilidade e satisfação que atendemos a essa convocação. Reaalto o belíssimo trabalho que a CPI da Covid tem feito. Superaremos esse momento dramático que vivemos a partir da imunização”, disse. Em seguida, o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL) iniciou as questões relacionadas ao medicamento ivermectina.

O requerimento original, protocolado na CPI, previa a oitiva de outro representante da Vitamedic, o empresário José Alves Filho. A convocação dele foi sugerida pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Alves Filho já teve os sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário quebrados pela CPI.

Em ofício enviado à comissão, o empresário argumenta que, como acionista da Vitamedic, responderia apenas sobre “investimentos fabris e novas aquisições”. Ele, então, sugere que a CPI tome o depoimento de Jailton Batista, a quem caberia “a administração das rotinas diárias” da empresa.

CNN Brasil, com Agência Senado

Opinião dos leitores

  1. Entupiu a boiada imunda de ivermectina e cloroquina, com isso, essa boiada matou muita gente.

    1. Não comentou na matéria do coleguinha tatuado nem do digital influencer, só pelo fato de serem da turma?

    2. Esse seu discurso comuno-nazi-fascista está é muito chato. Seu petista.

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Judiciário

Toffoli garante a executivo de farmacêutica o direito de ficar em silêncio na CPI

Foto: Reprodução

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Renato Spallicci, presidente da empresa farmacêutica Apsen, o direito de ficar em silêncio na CPI da Covid. Toffoli destacou que ele já teve os sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário quebrados pela CPI, o que o coloca na condição de investigado. Testemunhas são obrigadas a falar, mas investigados têm o direito de não responder as perguntas para não produzirem provas contra si. Ainda não há data marcada para o depoimento de Spallicci na CPI.

Reportagem do GLOBO publicada no mês passado mostrou que o presidente Jair Bolsonaro atuou diretamente em favor de duas empresas privadas, a Apsen e a EMS, solicitando ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em abril de 2020 que acelerasse a exportação de insumos para a fabricação de hidroxicloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a Covid-19.

Toffoli destacou que Spallicci não está dispensado de ir à CPI, mas lhe garantiu “o direito constitucional ao silêncio , incluído o privilégio contra a autoincriminação, — excluída a possibilidade de ser submetido a qualquer medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos em razão do exercício de tais prerrogativas —, bem como o direito de ser assistido por seus advogados e de comunicar-se com eles durante sua inquirição”. O ministro também determinou que o executivo da Apsen “não poderá ser obrigado a assinar termo ou firmar compromisso na condição de testemunha”.

O requerimento de convocação foi aprovado pela CPI em 9 de junho. Nele, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), argumentou:

“Documentos recebidos por esta Comissão Parlamentar de Inquérito mostram mensagens do MRE [Ministério das Relações Exteriores] fazendo gestões junto ao governo indiano e a essa empresa para desembaraçar a importação de hidroxicloroquina. Foram importadas algumas toneladas nos meses de abril e maio de 2020. Em seu site, a empresa se posiciona sobre o uso da hidroxicloroquina, fala de publicações que mostram melhora de pacientes que fizeram uso do medicamento e chega até a recomendar uma dosagem. É de extrema importância para os trabalhos da CPI entender o contexto desses contatos e a origem do pedido de importação desse medicamento.”

Na semana passada, em outro processo no STF, Toffoli negou os pedidos feitos pelo presidente da Apsen e da sócia dele, Renata Farias Spallicci, contra a decisão da CPI da Covid que quebrou os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de ambos, além dos sigilos bancário e fiscal da companhia, uma das principais fabricantes de hidroxicloroquina do Brasil.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. E os que antes bradava coragem, dizendo que antes o remédio constitucional preventivo era sinônimo de covardia, hoje usam o habeas-corpus corpus como paladinos da constituição… calhordas

    1. Um azia(coisa ruim) com um calhorda (sem carater), dois cretinos cheios de processos engavetados no stf.

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Saúde

Acordo com farmacêutica impediu divulgação de dados completos de eficácia da Coronavac; estima-se que taxa seja de cerca de 64%, menor que a divulgada para casos leves

As lacunas no anúncio no último dia 7 dos resultados da Coronavac, vacina desenvolvida pela parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, chamaram a atenção de especialistas. O responsável pela ausência continua sendo o contrato do Butantan com a empresa chinesa, que já impediu anteriormente a divulgação dos resultados no país.

O grande número do anúncio do último dia 7 foram os 78% de prevenção de casos leves (que necessitam de algum auxílio médico), mas a eficácia, que engloba também aqueles que não precisaram de assistência, mas que foram infectados, não foi divulgada.

A razão disso, segundo a Folha apurou com pessoas ligadas à pesquisa da vacina, é a proibição, pelo contrato que tem com a Sinovac, de o Butantan anunciar ao público qual é a taxa sem autorização da empresa chinesa.

A informação vai ao encontro do que consta no acordo entre a Sinovac e o Butantan, ao qual a CNN Brasil teve acesso em novembro do ano passado. Segundo a emissora, no termo, no item 4.8.6, consta que “a Sinovac detém os direitos de propriedade intelectual e interesses da Sinovac na vacina e que os dados clínicos da Fase III abrangem os direitos de propriedade intelectual e interesses da Sinovac na vacina”.

A preponderância da decisão da Sinovac quanto até mesmo à divulgação de dados se repete em outros trechos, segundo a CNN.

Em outra parte do acordo, consta que “a menos que expressamente permitido por este acordo ou com o consentimento prévio escrito e expresso da Sinovac, o Butantan não irá manusear, utilizar, descartar, divulgar para, permitir que seja utilizado ou compartilhar com terceiros ou suas próprias filiadas (exceto com as autoridade regulatórias) o dossiê do produto de propriedade e fornecido pela Sinovac”.

Em mais um trecho, lê-se: “a Sinovac reserva o direito de decisão, escolha, eleição, a seu critério de manuseio, uso, divulgação, permissão de uso ou compartilhamento com qualquer terceiro ou suas filiadas de tais dados clínicos da Sinovac”.

Mesmo assim, após insistência de jornalistas presentes, Dimas Tadeu Covas, diretor do Butantan, apontou alguns dados aproximados relacionados a infecções pela Covid-19 detectadas durante a fase 3 do estudo da Coronavac no Brasil. Segundo ele, foram 218 infecções, sendo 160 no grupo placebo e pouco menos de 60 no grupo vacinado.

A partir desses dados, é possível calcular uma eficácia de cerca de 64%, 14 pontos percentuais abaixo dos 78% de prevenção de casos leves e 14 pontos percentuais acima dos 50% da eficácia mínima exigida pelas agências regulatórias, como a Anvisa. Para chegar a esse número —mais precisamente 63,75%—, leva-se em conta 58 infecções no grupo vacinado e grupos (placebo e o que tomou a vacina) do mesmo tamanho.

O motivo inicial, ainda no ano passado, de a Sinovac ter segurado o anúncio dos resultados brasileiros seria a discrepância em relação a resultados dos testes em outras partes do mundo, como na Turquia, onde a eficácia anunciada foi de 91,25% —apesar de o país ainda ter somente dados provisórios.

A explicação dos cientistas para essa diferença tem pelo menos dois componentes. O primeiro é a população de cada país, que está longe de ser homogênea.

O segundo é intrínseco ao ensaio brasileiro. Por aqui os voluntários eram profissionais de saúde, que sofriam uma exposição muito maior aos vírus — e aí têm que ser considerados o número de encontros com possíveis fontes de infecção e a maior quantidade de vírus que chega no sistema respiratório dessas pessoas.

Pesquisadores ouvidos pela reportagem sob condição de sigilo atestam a integridade dos testes e se dizem confiantes na qualidade da vacina, mas apontam problemas.

Um deles é a pressão do governo João Doria (PSDB) para emplacar uma vitória política contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que incluiu datas para anunciar resultados e também para iniciar a imunização no estado.

Outro é a falta de transparência da Sinovac, que tem dificultado o acesso geral aos dados, o que tem sido cobrado por pesquisadores brasileiros, por considerar baixa a eficácia obtida no braço brasileiro dos testes, dizem as fontes ouvidas pela reportagem.

Já logo em seguida à coletiva com o anúncio, Esper Kallás, colunista da Folha e infectologista da da Faculdade de Medicina da USP, que participou do anúncio, afirmou à Science uma certa frustração pela não divulgação dos dados mais detalhados. Segundo o especialista, há divergência entre o Butantan e a Sinovac quanto ao que se configura como um caso de Covid-19 (além da confirmação de infecção por PCR).

De toda forma, mesmo com uma eficácia geral mais baixa, quando comparada a outras vacinas, como a da Pfizer (95%) ou a russa Sputnik V (90%) —que ainda não teve dados da fase 3 disponibilizados para a comunidade científica avaliar—, especialistas afirmam que a Coronavac pode ser fundamental para conter as mortes por Covid-19 no país, tendo em vista o sucesso de 100% em evitar quadros graves nos testes.

Outra vantagem da Coronavac é a facilidade de armazenamento, em refrigeradores convencionais. Além disso, como a produção está sendo feita pelo Butantan, a logística de distribuição do imunizante também tende a ser facilitada.

Desde sexta (8), a Anvisa está analisando o pedido de uso emergencial da vacina. O prazo de análise é de 10 dias. Só depois disso haverá a divulgação dos dados e, por fim, a publicação dos resultados na forma de artigo científico.

Procurado pela reportagem, o Instituto Butantan não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Será que a grande midia não vai perguntar de onde tiraram aqueles 78%? E pelo que li está entre 50 e 60%.

  2. O calça colada já espalhou que era 78% , caiu pra 64%? É fake? Só quem espalha mentiras não é o gado?
    Deveria ser punido por espalhar noticias falsas.

  3. Libera assim mesmo! A petralhada tá louca pra ser furada!!! A uns 4 dias atrás estavam tudo vibrando. Cadê a vacina? Cadê as provas da eficácia?

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Saúde

Vacina da Sinopharm contra covid-19 tem 79,3% de eficácia, diz farmacêutica chinesa

Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay

A farmacêutica chinesa Sinopharm anunciou nesta 4ª feira (30.dez.2020) que sua vacina tem uma taxa de eficácia de 79,34% contra a covid-19 e informou que já entrou com pedido de uso emergencial do imunizante na China.

Segundo informações da agência Reuters, a taxa de eficácia é baseada em análises preliminares da fase 3 de testes. O resultado divulgado nesta 4ª feira é inferior aos 86% anunciados pelo ministério da Saúde e Prevenção dos Emirados Árabes no último dia 9 de dezembro.

O anúncio foi feito por um porta-voz da empresa, que não esclareceu o motivo dessa diferença de porcentagem na eficácia da vacina. Apenas disse que os detalhes seriam comunicados em outro momento, mas sem citar datas.

A Sinopharm é a 1ª a comunicar oficialmente o governo chinês sobre os resultados de eficácia alcançados durante a fase 3 de estudos de seu imunizante. Os ensaios clínicos da 3ª fase foram realizados com 31.000 voluntários nos Emirados Árabes Unidos. Os testes ainda foram feitos em: Bahrein, Egito, Jordânia, Peru e Argentina.

A farmacêutica desenvolve duas vacinas contra a covid-19, ambas usando a técnica de vírus inativado. Além da feita com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, a farmacêutica tem parceria com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan.

As duas vacinas já são usadas na China em casos especiais desde agosto. Médicos, militares e diplomatas empregados no exterior foram vacinados.

O imunizante da Sinopharm não deve ser confundido com a vacina de outra farmacêutica chinesa, a Sinovac, que produz a CoronaVac (que vem sendo adquirida e desenvolvida no Brasil pelo Instituto Butantan).

Poder 360

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Economia

Farmacêutica Prati Donaduzzi, uma das maiores de medicamentos genéricos do país, chega ao RN em 2021 e sinaliza instalação de hub de distribuição para o Nordeste

FOTO: SEDEC/ASSECOM

O secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado se reuniu com executivos da Prati Donaduzzi na manhã dessa terça-feira (15), por meio de videoconferência, para tratar da chegada da empresa ao Rio Grande do Norte e discutir os incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado. A companhia está entre as maiores do ramo de medicamentos genéricos do país. Durante o encontro virtual, que contou também com a participação do técnico da Secretaria de Tributação, Sérgio Medeiros, os empresários informaram que a Prati irá instalar uma nova unidade de distribuição no município de São Gonçalo do Amarante já no início do próximo ano.

A notícia foi comemorada pelo secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado. “O município de São Gonçalo é, sem dúvida, um dos lugares mais preparados para receber uma empresa deste porte, e o RN, com os novos incentivos implementados na gestão da governadora Professora Fátima Bezerra, demonstra que está no caminho certo”, comentou.

A Prati está entre as principais fornecedoras de medicamentos genéricos para o setor público em nível federal e conta com 33 unidades instaladas no país. Para viabilizar a unidade de São Gonçalo, a equipe do Governo do Estado apresentou possibilidades de enquadramento nos regimes especiais de tributação para a instalação de Centrais de Distribuição ou para Centrais Atacadistas, este último preferido pelos executivos dentro dos planos da empresa, que incluem o comércio local e interestadual dos produtos.

Com os benefícios apresentados durante a reunião, o executivo Felipe Maziero sinalizou o interesse na instalação de um hub de distribuição para o Nordeste, o que colocaria a unidade do RN em um novo patamar. Para Maziero, o diálogo com o Governo do Estado é decisivo na consolidação do empreendimento. “Estamos muito satisfeitos diante dessa abertura que estão nos dando, abrindo realmente as condições para o empreendedorismo. É algo que faz toda a diferença para a escolha do lugar onde estamos nos instalando”, declarou o executivo.

O empresário informou ainda que a Pradi Donaduzzi tem planos de dobrar o faturamento anual até 2023, ultrapassando os 2 bilhões de reais e introduzindo mais de 600 novos produtos registrados no mercado farmacêutico brasileiro. Entre os lançamentos planejados pela empresa, está o Canabidiol, primeiro produto brasileiro à base de Cannabis autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com 99% de pureza.

No Rio Grande do Norte, a nova unidade atingirá um faturamento de 20 milhões de reais por ano e irá gerar muitos empregos diretos. A chegada da empresa ao estado está prevista para o próximo mês de maio.

Opinião dos leitores

  1. A bola da vez é São José de Mipibu, que é entrada e saída para o sul do Brasil, onde as coisas acontecem.

  2. O MP vai atrapalhar, o governo do estado não vai cumprir o acordo e a empresa vai para a paraiba.

  3. O povo continua se iludindo com São Gonçalo, já basta o aeroporto que nunca decolou.

    1. Quem dá incentivo fiscais estaduais é o destruidor dos direitos trabalhistas tb?
      O gado cego da gota!

  4. Com a falta de seriedade com a saúde pública dos gestores do RN , tem que vim mesmo uma fábrica de medicamentos kķkkk.

  5. Tomara que dê certo e não feche as portas, quando notar que entrou numa cilada do Governo Estadual.
    A Paraíba e o Ceará vão agradecer.

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Saúde

CORRIDA CONTRA COVID: Vacina da farmacêutica Moderna tem 100% de sucesso e gerou respostas de imunização

A corrida pela vacina contra o novo coronavírus teve um marco nesta terça-feira. A vacina da farmacêutica Moderna, uma das mais promissoras do mundo, foi finalmente publicada no prestigioso New England Journal of Medicine. As ações da companhia subiram 16% após o fechamento do pregão dessa terça-feira com a divulgação dos resultados do estudo. As ações já tinham quadruplicado este ano após o início dos testes da vacina. Às 7h30 desta quarta-feira o bom resultado da Moderna impulsionava os índices futuros de Dow Jones em 200 pontos e de Nasdaq e S&P 500 em 100 pontos.

Na publicação, a Moderna confirmou o que se esperava desde que as primeiras notícias surgiram, há dois meses. A vacina é majoritariamente segura e gerou respostas de imunização que podem proteger os pacientes. A autarquia de saúde do governo americano afirmou que as descobertas corroboram a importância de novas, e decisivas, fases de testes. O governo americano já demonstrou interesse em comprar 300 milhões de doses de vacina em janeiro de 2021.

A Moderna vai agora começar um teste com 30.000 pessoas começando no dia 27 de julho que vai dar a resposta final se a vacina funciona ou não. A Moderna foi a primeira farmacêutica a fazer testes em humanos e, com essa notícia de hoje, pode ser a primeira a lançar comercialmente seu produto. A companhia aposta numa linha própria, usando RNA mensageiro que ensinaria o corpo humano a produzir anticorpos “em branco” para impedir o vírus antes que ele de fato inicie a infecção.

Na publicação, a Moderna divulgou que conduziu uma primeira fase de testes com 45 adultos entre 18 e 55 anos, que receberam três diferentes dosagens. A resposta de anticorpos foi maior com a maior dosagem, mas todos os testados conseguiram proteção contra a covid-19. O percentual de efeitos adversos (21%) foi considerado aceitável pelos pesquisadores. Uma segunda fase de testes, com 600 adultos, está em andamento.

As divulgações dos avanços transformaram a Moderna num fenôneno do mercado financeiro: seu valor de mercado quadruplicou esse ano, para 29 bilhões de dólares. Além da Moderna, três outras pesquisas estão nariz a nariz na disputa pelo pioneirismo.

A Pfizer divulgou semana passada que sua vacina experimental, feita em parceira com a startup BioNtech, deu bons resultados com 45 voluntários, o que credencia a companhia a produzir até 1 bilhão de doses até 2021.

Outras duas vacinas têm o Brasil como campo de testes. A chinesa Sinovac, por sua vez, fechou uma parceria com o governo de São Paulo, que começou ontem a recrutar 9.000 voluntários para uma terceira fase de testes (a mesma em que entrará a Moderna). A Astrazeneca, em parceria com a universidade Oxford, também tem testes em curso no Brasil, e afirma que a vacina pode ficar disponível ainda este ano. A pretensa vantagem da companhia é usar uma plataforma já testada em vírus como Mers e Ebola.

Testes clínicos de uma vacina que está sendo desenvolvida na Rússia contra o novo coronavírus também foram concluídos, segundo a Universidade de Sechenov. A chefe da pesquisa, Elena Smolyarchuk, afirmou à agência de notícias russa TASS que a pesquisa mostrou que a vacina é efetiva contra a doença. Apesar disso, a vacina, que é desenvolvida pelo Gamaleya Institute, consta na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como em “fase 1 de testes”.

Exame

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Saúde

Reino Unido pode ter vacina contra a Covid-19 em setembro, diz farmacêutica

FOTO: EFE/EPA/SEDAT SUNA

O CEO da companhia farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou, nesse domingo (24), que a população do Reino Unido pode ter acesso à vacina contra o novo coronavírus em setembro deste ano, se os testes forem bem-sucedidos. A declaração foi dada em entrevista à emissora BBC.

A empresa, que tem sede em Cambridge, trabalha junto com especialistas das Universidade de Oxford, com o objetivo de desenvolver e distribuir em massa o medicamento.

“Recebemos um pedido do governo britânico para oferecer 100 milhões de doses”, explicou.

Soriot, contudo, admitiu que o prazo estipulado para dezembro depende do trabalho dos pesquisadores.

“A vacina tem que funcionar, e essa é uma questão. A outra é que, se funciona, teremos que demonstrar isso”, disse.

Segundo o CEO da AstraZeneca, é preciso que a vacina faça a doença desaparecer totalmente do organismo, para que seja provada a eficácia.

Jovem Pan, com Agência EFE

Opinião dos leitores

    1. Deixa de escrever MER….quem quer que essa doença dure muito são os PTralhas, a teoria de quanto pior melhor, ….dinheiro sem trabalhar, típico de PTralhas, olha o exemplo vivo , a deputada federal Natália benevides és trabalhadora sem nunca ter trabalhado ??, pergunte pra ela a cor da carteira de trabalho??? Ela não sabe , nunca trabalhou

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Saúde

Farmacêutica diz que vacina para covid-19 pode ficar pronta neste ano

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A farmacêutica americana Pfizer disse nesta terça-feira (28) que uma vacina para a covid-19 pode estar pronta para uso emergencial nos Estados Unido durante o outono local, que vai de setembro a novembro, caso seja aprovada em testes de segurança.

Os testes da vacina, que já começaram na Alemanha, podem iniciar nos EUA na próxima semana, se as autoridades reguladores permitirem, disse o CEO da companhia, Albert Bourla. Segundo o empresário, os resultados do estudo podem estar disponíveis em maio.

Segundo a Pfizer, se os testes de segurança forem bem-sucedidos, a distribuição da vacina para uso emergencial poderia começar no outono e a autorização para uso geral poderia ocorrer no final de 2020.

Estadão

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