Diversos

Prefeitura de São Gonçalo passa a emitir Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista

Foto: Divulgação

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/RN, por meio da Secretaria Municipal do Idoso e da Pessoa com Deficiência (Semipd), passa a emitir, a partir da próxima segunda-feira (9), a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Os responsáveis pela criança e/ou adolescente devem se dirigir à secretaria, localizada na Av. Alexandre Cavalcante (mesmo prédio da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania), das 8h às 12h e das 13h às 16h, portando RG da pessoa com o transtorno, comprovante de residência, uma foto 3X4, laudo médico e o CPF do responsável para emitir o documento.

Segundo a responsável pela Semipd, Emilia Caroline, a emissão será realizada na hora e tem como objetivo priorizar o acesso desse público a serviços importantes. “O documento facilitará a identificação e a prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social do nosso município”, disse.

 

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Saúde

Primeira pessoa do Estado do Rio a contrair Covid-19 não sente cheiro ou gosto há mais de um ano: ‘É horrível’

Foto: Divulgação/Chico de Assis

A pandemia da Covid-19 ainda parecia uma ameaça distante quando Jeniffer Pereira Melgaço, moradora de Barra Mansa, no Sul Fluminense, tornou-se a primeira pessoa do estado do Rio a testar positivo para o novo coronavírus. Era 5 de março de 2020 e, à epoca, apenas oito casos da doença, todos importados do exterior, haviam sido confirmados em todo o país. A advogada, de 29 anos, vinha apresentando sintomas como tosse, febre e coriza por cerca de duas semanas, desde que voltara de uma viagem à Itália, quando passou pela região da Lombardia, primeiro epicentro de contágio no país europeu.

Apesar de ter desenvolvido uma versão branda da Covid, Jeniffer passou cerca de dois meses sentindo um cansaço excessivo, que a deixava ofegante para subir um mísero lance de escadas, por exemplo. A fraqueza exagerada passou. Outras marcas da doença, porém, permanecem até hoje.

— Estou sem olfato e paladar mesmo passado um ano, só sinto algo meio distorcido. Eu fui a um otorrino, que me passou um remédio e uma tomografia, mas a medicação não teve efeito algum. Depois, eu tentei sentir cheiro de café e de alguns óleos fortes, mas nada — conta Jennifer, que continua:

— Mas eu sou muito grata, porque fiquei muito assustada e com muito medo de contaminar as pessoas. Graças a Deus, não passei para ninguém.

Nenhum outro familiar de Jennifer testou positivo, mas, entre amigos e pessoas do trabalho, a jovem contabiliza pelo menos meia centena de conhecidos que contraíram a doença na cidade, que soma, até o momento, 299 mortes e mais de 10 mil casos. Entristecida, a advogada lamenta já não constatar, na atual reaceleração da pandemia no Brasil, os mesmos cuidados de prevenção do período inicial da crise sanitária:

— Acho que as pessoas se “acostumaram” com as mortes e com essa situação, e acabam não levando mais a sério. Esse absurdo entrou no dia a dia, o que é desesperador, porque a gente sabe da gravidade da doença que, para muitos, é fatal. A gente sabe que, se tiver superlotação em algumas cidades, não vai ter como atender todo mundo.

A jovem deseja, agora, que a “vacina chegue para todo mundo”. E comemora que a imunização em Barra Mansa já tenha alcançado a avó. Falta, agora, voltar a aproveitar todos os mimos de neta…

— É horrível ficar sem sentir o cheiro e gosto, pois a comida deixou se ser um prazer. Não sinto mais o cheirinho de chuva, ou o do arroz da minha avó.

Enquanto esteve doente, Jennifer chegou a sofrer ataques pelas redes sociais de pessoas que a culpavam por trazer a pandemia ao Brasil. Hoje, embora exista mais conhecimento disponível sobre o vírus, o crescimento do negacionismo preocupa a advogada:

— A gente tem de se cuidar e seguir o que a ciência diz. A ciência cuidou da gente o tempo todo, e sempre deu um resultado positivo. Se a ciência fala que não é para aglomerar e que tem que usar máscara, a gente tem que fazer isso. Se todo mundo fizer a sua parte, sairemos dessa.

O Globo

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  1. Eu vou com mais de oito meses com paladar e olfato oscilando , chega me emociono no dia que sinto o cheiro de café

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Diversos

Prefeitura do Natal prorroga validade da Carteira da Pessoa com Deficiência

Foto: Divulgação

A Prefeitura do Natal prorrogou a validade da Carteira da Pessoa com Deficiência até o dia 31 de dezembro de 2021. O benefício teve a validade ampliada em mais um ano em razão da pandemia da Covid-19 que perdurou durante todo o ano de 2020.

A Carteira da Pessoa com Deficiência é disponibilizada pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEL) e garante meia-entrada em shows, cinemas, eventos culturais e programas de lazer na capital potiguar. O benefício também assegura entrada grátis em campeonatos esportivos do munícipio.

A carteira é um benefício gratuito assegurado pela Lei 4.840/97, instituída em 11 de julho de 1997. O decreto rege o acesso de pessoas com deficiência a eventos culturais e esportivos como forma de inclusão.

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Diversos

VÍDEO: Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a pessoa mais importante do mundo, como ele bem mesmo diz. A pessoa mais importante é Deus”, diz Bolsonaro

 

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– Quem é a pessoa mais conhecida, ou importante do mundo? . Link no YouTube: https://youtu.be/Cjfws8u9ToQ

Uma publicação compartilhada por Jair M. Bolsonaro (@jairmessiasbolsonaro) em

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, fazendo referência ao candidato à reeleição nos Estados Unidos, Donald Trump, que a política externa “interessa para cada um de nós” e que, em certos momentos, o que o encoraja é “Deus acima de tudo”. O discurso ocorreu em cerimônia de formatura de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde Bolsonaro falou superficialmente sobre a disputa americana.

“O momento do Brasil ainda é difícil, assistimos à política externa e temos nossas preferências. O que acontece lá fora interessa para cada um de nós aqui dentro. Assim sendo, em certos momentos somente uma coisa nos encoraja e nos fortalece, Deus acima de tudo. Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a pessoa mais importante do mundo, como ele bem mesmo diz. A pessoa mais importante é Deus”, afirmou.

Durante o evento, ministros e policiais rodoviários destacaram em seus discursos o empenho do governo para garantir a convocação de 600 aprovados no último concurso para a PRF. Com as contas apertadas, a equipe econômica cogitou não recomendar a convocação do grupo. Bolsonaro admitiu que a motivação foi influenciada pela mobilização de aprovados em frente ao Palácio da Alvorada, onde eles pressionaram o presidente e ministros a autorizarem as nomeações.

Com Valor

Opinião dos leitores

  1. Isto chama-se política senhores, botem na cabeça que entre países não se tem amigos e sim interesses financeiros.

  2. Esse minio é doído mesmo, toda vez esquece de mim, Eu sou a mais importante. Se segura que Eu tô chegando, e vou mostrar como é que se faz, vou chamar meu Ze Dirceu, pra mostrar que seu Queiroz é um bosta.

  3. Estadistas se relacionam e precisam se relacionar em prol dos países.
    Seguidores não compreendem de política exterior.

  4. O amor do miliciano já foi demitido, o miliciano e rei da boiada, já está de aviso prévio!

    1. Pra quem acredita nEle é sim, é pai, é amigo, é Senhor, é Salvador, é filho, é Espírito Santa!

  5. Não use o nome de Deus em vão. Deus não pode nem ser colocado como uma pessoa. Idiota.

  6. POR FAVOR, DIGAM A ESSE IMUNDO QUE NÃO USE O NOME DE DEUS EM VÃO NÃO. ELE NÃO É DIGNO DE PRONUNCIAR O SANTO NOME DE DEUS.

    1. Esquerda e imoralidade…
      Esquerda e cinismo.
      A esquerda é uma seita.

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Saúde

Risco de morte dobra se a pessoa contrair gripe e Covid-19 ao mesmo tempo

Ilustração: Jonatan Sarmento/SAÚDE

Infectados pelo coronavírus têm o dobro de risco de morrer se contraírem junto a gripe. É o que indica um estudo com mais de 20 mil pessoas que testaram positivo para o Sars-CoV-2, conduzido pelo sistema de saúde público da Inglaterra (PHE, na sigla anglofônica) entre janeiro e abril de 2020.

Verdade que, do grupo todo, apenas 58 pessoas carregavam também o vírus influenza. Entre eles, a mortalidade era de 43%. Em quem tinha apenas Covid-19, a taxa de mortes ficou em 26,9% — o número é alto em comparação com dados populacionais porque havia muitos idosos no experimento. Para ter ideia, 80% dos maiores de 80 anos com as duas infecções faleceram.

O achado foi publicado no medRvix, plataforma online que agrega estudos ainda não revisados por outros pesquisadores.

Proteção cruzada

A pesquisa observou que, entre os gripados, o risco de ser diagnosticado simultaneamente com Covid-19 era 58% menor do que na população em geral. Outros estudos já mostram que pessoas infectadas com um vírus respiratório estão menos sujeitas a contrair outro.

No entanto, mais pesquisas são necessárias para dizer se o mesmo ocorre com o novo coronavírus. Como a temporada de gripe começou mais cedo em 2020, as duas epidemias acabaram não se sobrepondo tanto. Isso pode influenciar na baixa taxa de coinfecção encontrada.

“Há evidências de que os vírus competem entre si. Mas, se por um acaso ambos coexistirem no seu organismo, você pode ter problemas sérios”, comentou, ao British Medical Journal, a médica Yvonne Doyle, diretora do PHE.

Como possuem um sistema imune fragilizado, os mais velhos, assim como os portadores de diabetes e outros grupos de risco, já enfrentam dificuldades de combater um só invasor. A presença de um segundo debilitaria mais ainda as defesas.

Para ela, o achado traz um recado claro: as próximas campanhas de vacinação de gripe devem ser levadas especialmente a sério.

Gripe e Covid-19: diferenças e semelhanças

Ambas se espalham da mesma maneira, por meio de gotículas expelidas pela saliva ou pelo muco do nariz de indivíduos infectados. Os sintomas são parecidos também: febre, dor de cabeça, coriza, tosse e mal-estar generalizado (embora a Covid-19 tenha suas particularidades, a exemplo da acentuada perda de olfato).

E o Sars-CoV-2 é mais letal do que os vírus influenza do momento. Assim como a gripe, espera-se que a incidência do coronavírus se intensifique no inverno.

A boa notícia é que as mesmas estratégias previnem as duas infecções. Estamos falando de higienizar as mãos com frequência, praticar a etiqueta da tosse (usar o cotovelo ou lenços descartáveis para tossir e espirrar), vestir máscaras, evitar aglomerações e manter distância de pessoas com sintomas respiratórios. Aliás, a orientação de ficar em casa vale especialmente para quem está espirrando manifestando quaisquer sinais sugestivos.

Veja Saúde

 

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Saúde

VÍDEO: Homem de 104 anos se torna a pessoa mais velha do mundo a se recuperar do Covid-19

Um homem de 104 anos de idade, que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e à pandemia de gripe espanhola, se tornou a pessoa mais velha do mundo a se recuperar do Covid-19.

William ‘Bill’ Lapschies, nascido em Salem em 1916, apresentou pela primeira vez sintomas associados ao vírus no dia 5 de março. Ele foi rapidamente colocado em isolamento na Casa dos Veteranos Edward C Allworth, em Oregon, onde reside atualmente. Ele foi um dos primeiros moradores que testou positivo para o vírus em 11 de março. Até o momento, 15 residentes deram positivo e dois faleceram, incluindo um homem de 90 anos, segundo a Autoridade de Saúde de Oregon.

Lapschies havia contraído um caso “moderado” de coronavírus, segundo seu médico, doutor Rob Richardson, mas nunca desenvolveu graves problemas respiratórios. Se ele não estivesse morando na Casa dos Veteranos Edward C Allworth quando pegou o vírus, ele provavelmente teria sido transferido para um hospital, disse o Dr. Richardson. “Isso poderia ter sido facilmente diferente”, acrescentou Richardson. “Não há muitas intervenções que possam ser feitas.”

Nesta semana, “ele foi considerado curado do COVID-19″, segundo um porta-voz noticiou ao Koin. Nessa quarta-feira (01.04), a família de Lapschies o surpreendeu do lado de fora da casa para uma comemoração em torno de seu aniversário de 104 anos. Quando perguntado como é fazer 104, ele respondeu: “Muito bom. Eu fiz isso.”

Carolee Brown disse que não era exatamente como ela planejava comemorar o 104º aniversário de seu pai. “Comemoramos 101 e tivemos mais de 200 pessoas. Então, tentando manter nosso distanciamento social e fazer o que o governador Brown nos pediu para fazer ”, disse ela. “Mas estamos tão emocionados que ele se recuperou disso e tivemos que fazer algo por ele”.

Após o teste positivo, Brown disse que o pai estava “muito, muito doente”. A certa altura, ela disse que discutiram com os médicos a possibilidade de ele não conseguir, mas Lapschies é resistente: “ficamos chocados ao ver que ele estava sentado em sua cadeira de rodas, acenando para nós pela janela e pensávamos: ‘Ele vai conseguir!'”

A família acredita que Lapschies pode ser uma das pessoas mais velhas a se recuperar do coronavírus. “Bill é bastante resistente”, disse o genro Jim Brown, observando que Lapschies viveu a gripe espanhola, a grande depressão e algumas recessões. Ele também esteve nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial.

Bill tem dois netos, seis bisnetos e cinco bisnetos. Eles estão ansiosos para poder levá-lo para passear de carro quando a pandemia terminar, para que ele possa ver o rio e as montanhas. Eles também não podem esperar para abraçá-lo novamente. “O sorriso dele, eu gostaria que você pudesse ter visto, essa máscara o cobre, mas o sorriso dele é absolutamente contagioso”, disse a neta Jamie Yutzie.

A família de Lapschies também agradeceu aos funcionários da casa na quarta-feira, dizendo que não poderia ter pedido mais gentileza ou cuidado com o patriarca da família durante este momento difícil. “Esperamos que isso inspire algumas das outras pessoas que estão passando por isso”, disse Carolee Brown. “E estamos realmente animados e ansiosos por 105.”

Zhang Guangfen, uma avó de 103 anos na China, se recuperou do Covid-19 após um tratamento de seis dias em Wuhan. Uma mulher de 103 anos, sem nome, no Irã, também se recuperou após ser hospitalizada na cidade central de Semnan por cerca de uma semana. Italica Grondona, 102 anos, se recuperou no hospital San Martino, em Gênova, Itália. Ela foi apelidada de ‘Highlander’ – a imortal, depois de passar mais de 20 dias no hospital. E uma mulher de 96 anos na Coréia do Sul se tornou a paciente mais antiga do país a se recuperar totalmente do coronavírus. A mulher, do condado de Cheongdo, perto da cidade de Daegu, no sul, recuperou-se completamente depois de receber tratamento na clínica pública de Pohang.

Assista ao vídeo abaixo.

Globo, via Vogue

 

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Comportamento

Estudo explica o que leva uma pessoa a enviar nudes sem ninguém ter pedido

Foto: Ilustrativa

Quem constrói os limites de um relacionamento, a rigor, são as pessoas envolvidas nele. Alguns fetiches podem ser extremamente prazerosos para uns, mas acabar causando constrangimento em outros. E não estamos falando só de práticas incomuns: os famosos “nudes” podem ser extremamente invasivos. Ainda mais quando não são solicitados.

Mas o que leva uma pessoa a enviar fotos da própria genitália sem ninguém ter pedido? Considerando que as “dick pics” (literalmente “fotos de pênis”, em inglês) nunca estiveram tão na moda, pesquisadores do Canadá e Estados Unidos resolveram investigar as razões que levam homens a compartilhá-las.

O experimento fez parte de um estudo científico, e foi publicado na revista The Journal of Sex Research. Participaram, ao todo, 1.087 homens héteros, que forneceram respostas em um questionário online. As perguntas avaliavam quais eram suas motivações para o envio de nudes – bem como as reações que eles esperavam obter da pessoa que estava do outro lado da tela. O questionário envolvia também perguntas sobre personalidade, para medir os níveis de narcisismo e machismo dos voluntários.

De acordo com os resultados, 48% dos marmanjos afirmaram já ter mandado nudes sem a parceira ter pedido. E a principal razão para isso, apontada por 43,6% dos que já enviaram, era simples: eles esperavam receber fotos de volta. A segunda razão mais citada (em 32,5% dos casos) justificava que “essa é uma maneira normal de flertar”. Quanto a reação que eles esperavam enviando as imagens, 22% achavam que elas se sentiriam “valorizadas” ao receber as fotos.

Todos essas respostas, segundo o estudo, consideravam que a mulher poderia responder positivamente à atitude. Mas também apareceram motivações explicitamente negativas para o envio das fotos picantes: 15% dos voluntários afirmaram que enviaram nudes para provocar medo nas destinatárias, e 8% esperava evocar nelas uma sensação de vergonha – o que, convenhamos, é uma péssima forma de se aproximar de alguém.

Alguns participantes mostraram misoginia (6%) e necessidade de estar no controle (9%) como suas principais motivações. No questionário, esses resultados estavam associados a frases como “eu sinto uma sensação de desconforto em relação às mulheres e enviar fotos de pênis é algo que me satisfaz”, ou “enviar fotos de pênis me dá um sentimento de controle sobre a pessoa para quem eu enviei”.

Os resultados da análise das personalidades não surpreenderam ninguém: homens que mandaram nudes gratuitos se mostraram mais narcisistas e machistas do que aqueles que não mandaram. A pesquisa destaca que experimentos sobre o tema se revelam cada vez mais necessários na sociedade atual, “dadas as atuais ansiedades culturais em torno de sexting, pornografia de vingança e outras formas de sexualidade mediada por tecnologia”.

Resumo da ópera? Tenha em mente que a grande maioria das mulheres não acha legal uma foto de pênis recebida de surpresa. Como o estudo concluiu que a maioria dos homens que faz isso espera imagens sensuais de volta, vale a máxima: se quer um nude, peça. Queimar a largada e mandar de sopetão um retrato de seu instrumento não é uma boa forma de quebrar o gelo.

Super Interessante

 

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Comportamento

Sexo químico: o que faz a pessoa só transar sob efeito de álcool e drogas

Imagem: Getty Images/iStockphoto

Você já deve ter ouvido a expressão “sexo, drogas e rock and roll” como afirmação relacionada a uma vida desregrada e comportamento de liberdade e rebeldia. Eliminando o “rock and roll” da equação, eis a definição de um comportamento sexual alvo de preocupação de especialistas: o sexo químico, chemical sex ou chemsex, em inglês.

O termo significa transar sob o efeito de substâncias psicoativas — ou seja, que agem no sistema nervoso central — tanto para ampliar as sensações eróticas, quanto para que a relação sexual dure mais. Por essa razão, especialistas explicam que o comportamento é comum em festas sexuais ou sessões de sexo em grupo.

A prática coloca o indivíduo em situação de duplo risco, como explica o psiquiatra Saulo Ciasca, psicoterapeuta especialista em sexualidade humana, identidade de gênero e orientação sexual. “A pessoa está exposta tanto ao risco do uso da droga quanto a de ter sexo vulnerável”.

“Tesão aflora, experiência de êxtase”, diz publicitária

A publicitária Fernanda*, 31 anos, é adepta do uso de maconha e de LSD para transar com sua parceira, Paula*, assistente social, 34 anos. “Descobrimos isso por acaso, há uns três anos. Com a maconha, ficamos mais sensíveis ao toque e, assim, o tesão aflora”, explicou para Universa. “O doce (LSD) traz outra sensação: o corpo fica mais sensível, o sexo dura mais e temos uma experiência de êxtase, em transe mesmo”.

Ela descreve a mudança que sente em seu próprio corpo durante o sexo químico. “Sinto meus músculos muito mais relaxados com a cannabis. Já com o ‘doce’, eles ficam mais rígidos, então o contato entre a gente precisa ser um pouco mais forte”.

O chemsex é um comportamento sexual mais difundido fora do Brasil do que por aqui. O primeiro estudo sobre o tema, por exemplo, foi promovido pelo London School of Hygiene & Tropical Medicine, em 2014, do Reino Unido.

Na publicação, os pesquisadores apuraram inicialmente que o comportamento é mais comumente identificado em homens gays e bissexuais. Tratando o tema como caso de saúde pública, a entidade disse que a associação direta entre uso de drogas e transmissão do vírus HIV entre homens que se relacionam com homens pode ser “subjetiva”, mas levantou que “homens que usam uma variedade de drogas durante o sexo tem maior probabilidade de relatar o envolvimento em comportamentos de risco de transmissão do HIV do que os homens que não o fazem”.

Drogas, mistura com Viagra e ‘sexctasy’

Entre as drogas mais comuns, foram citadas a mefedrona, GHB/GBL (ou ecstasy líquido), cristal de metanfetamina, quetamina e cocaína. Todas são drogas psicoestimulantes.

Ecstasy (que, para os adeptos da prática, dá origem ao termo ‘sexctasy’), maconha e a mistura de drogas com Viagra — que pode levar a infarto fulminante, como pondera Saulo Ciasca — também são tipos de substâncias comuns entre praticantes do sexo químico, em busca de mais prazer.

Álcool em doses menores, para desinibir e despertar o desejo sexual, ou em doses maiores, “que podem debilitar a percepção de risco, gerar depressão, e em alguns casos, até problemas de ereção e dificuldade de orgasmo feminino e masculino”, diz Ciasca.

Por alterarem o nível de consciência e o funcionamento cognitivo da pessoa, há a associação dessa prática com os riscos de se fazer sexo desprotegido, explica o psiquiatra.

“Via de regra, todas acabam delimitando a percepção de risco da pessoa, que acaba se expondo a situações que a deixam vulnerável”, explica o psiquiatra. “Estamos falando de doenças, infecções sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, e também de componentes emocionais. As pessoas podem se machucar ao fazer coisas que, se estivessem sóbrias, não fariam”.

Saulo aponta ainda que o uso das substâncias psicoativas com Viagra é uma prática preocupante.

“Nenhum médico recomenda o uso de qualquer droga, porque, de fato, não é saudável. A junção da substância com o remédio, porém, pode provocar insuficiência cardíaca, infarto fulminante, arritmia. A pergunta que fazemos é: será que vale a pena usar mesmo assim?”.

Se o comportamento começou a ficar popular entre homens, hoje já se expandiu para experiências heterossexuais, segundo o psiquiatra Marco Scanavino, coordenador do Ambulatório de Impulso Sexual Excessivo e de Prevenção aos Desfechos Negativos Associados ao Comportamento Sexual, do Instituto de Psiquiatria da USP.

“Ao praticar sexo químico, a pessoa pode desenvolver uma preferência muito forte por fazer sexo sob efeito da droga, e começa a ter dificuldade de se engajar na relação sexual sem o uso disso”.

Há vários fatores relacionados ao comportamento sexual de risco, baseados nos estudos iniciais. “Há uma associação a pessoas que tenham sofrido abuso sexual na infância, que tenham elevados níveis de homofobia internalizado e que apresentem sintomas de depressão”, detalha Scanavino.

Sexo sóbrio

Preocupada com a popularização do chemsex entre pessoas da comunidadade LGBT, a Fundação LGBT, em Manchester, do Reino Unido, promove campanha de conscientização sobre redução de riscos entre os participantes e incentivo à prática do sexo sóbrio.

Entre as orientações de redução de risco para quem quer fazer sexo químico estão:

Ser assertivo a respeito do uso de preservativo na relação sexual;

Não compartilhar agulhas para injetar drogas, para evitar a transmissão de vírus HIV e outros vírus;

Tomar Prep (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV);

Fazer regularmente teste para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Fazer sexo sóbrio, de acordo com a entidade, nem sempre é fácil para quem praticou o chemsex por muito tempo. Nesse caso, as dicas são:

Identifique seus gatilhos, lugares e pessoas que se associem ao desejo de usar drogas/álcool;

Explore o sexo por conta própria, pensando sobre o tipo de sexo que deseja e o que não deseja;

Fale sobre sexo em conversas sóbrias, escreva sobre sexo e se comunique com o parceiro sobre o tema;

Seja gentil e dê tempo para que a ‘transa sóbria’ se torne um costume na sua vida sexual.

*Os nomes da entrevistada e da parceira foram trocados por nomes fictícios, a pedido da fonte.

Universa – UOL

 

 

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