Turismo

Com avanço rápido da vacinação, operadoras, hotéis e cias. aéreas se preparam para retomada do turismo; pesquisa revela que brasileiro não vê a hora de viajar

Fotos: Shutterstock

Colocar o pé na areia. Mergulhar no mar. Respirar o ar fresco das montanhas. Jantar em bons restaurantes. Visitar museus, parques e monumentos. Explorar ruas e bairros inteiros. Flanar por aí. Quem, nos últimos meses, não sonhou em fazer ao menos uma das atividades listadas acima? Com o avanço da vacinação — espera-se que a velocidade da imunização seja a maior possível — um dos desejos mais poderosos da alma humana poderá enfim ser realizado: viajar. Poucos anseios são tão prementes, e certamente nenhum foi tão prejudicado durante a pandemia. No Brasil, o turismo perdeu 55,6 bilhões de reais com a crise do novo coronavírus. Nos Estados Unidos, o maior mercado do mundo, o setor viu sumirem aproximadamente 500 bilhões de dólares. A boa notícia é que as pessoas estão sedentas para cair na estrada, ou pegar o avião, se for o caso. O brasileiro não vê a hora de fazer turismo, e o impulso é tão forte que o setor poderá ter uma retomada tão rápida quanto foi a súbita queda. Como não poderia deixar de ser, as empresas estão atentas ao movimento. Agências, operadoras, companhias aéreas e hotéis já agem para atender à demanda que virá dos futuros visitantes.

A força do turismo pode ser comprovada por números. Há alguns dias, um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) identificou os objetivos dos brasileiros para o pós-pandemia. O principal desejo das pessoas é viajar (veja o quadro acima), mais do que comprar casa ou trocar de carro. Trata-se de um resultado marcante. Antes de procurar um imóvel melhor, ou adquirir a residência própria, o brasileiro pretende aproveitar a vida em lugares diferentes. Outro levantamento, dessa vez feito pelo IBM Institute for Business Value, consultou 15 000 adultos em diversos países, inclusive no Brasil. O resultado é similar: voltar a viajar é mesmo o principal desejo dos consumidores, e muitos deles afirmaram que pretendem fazer isso mesmo sem vacina — o que não é recomendável, ressalte-se.

As empresas querem acelerar o processo e definiram inúmeras estratégias para atrair os turistas. Uma das maiores agências do Brasil, a Agaxtur lançou recentemente a linha de viagens 55 Plus, destinada a pessoas acima dos 55 anos, que estão na frente para receber a vacina. De acordo com o CEO da marca, Aldo Leone, elas já podem começar a comprar passagens para daqui a um ou dois meses, quando estarão totalmente imunizadas. A concorrente CVC criou um programa de fidelidade que deverá oferecer diversos tipos de benefícios a seus usuários, como descontos na compra de passagens ou pacotes. Além disso, expandiu seu portfólio no Caribe, firmando novas parceiras com hotéis e resorts. A empresa também quer fisgar públicos específicos. No fim de 2021, realizará um cruzeiro para pessoas LGBTQ+. Além das paradas em diversos pontos turísticos, a CVC promoverá um festival de música.

Ninguém quer perder a oportunidade que certamente virá com a retomada do setor. O Club Med, uma das redes de hotéis mais tradicionais do Brasil, anunciou o lançamento de um resort no Canadá ainda em 2021 e a companhia Azul informou que tem planos para operar destinos inéditos a partir do segundo semestre, como São Gabriel da Cachoeira (AM) e Ponta Porã (MS), roteiros que combinam negócios com natureza.

Os especialistas afirmam que haverá dois momentos distintos na retomada. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), o mercado doméstico deverá ganhar ímpeto a partir do meio do ano, com reabertura completa das atrações e destinos nacionais. Em julho, por exemplo, a Azul prevê retomar 85% de sua malha. Já os roteiros internacionais tendem a receber maior volume de brasileiros apenas no último trimestre do ano, quando, espera-se, boa parte do mundo estará imunizada — incluindo, claro, os próprios brasileiros. “Para as viagens ao exterior, acreditamos que a recuperação será mais gradual, seguindo as restrições em cada país de destino”, afirma Marcelo Bento Ribeiro, diretor de relações institucionais da Azul.

O mercado doméstico é prioritário — e as empresas não querem perder um minuto sequer para aquecê-lo. O Transamerica Comandatuba, na Bahia, passou a oferecer a opção de voos fretados, em que o turista despacha a mala em sua cidade natal e a pega de volta no próprio quarto do hotel. Também na Bahia, o Tivoli Ecoresort, na Praia do Forte, criou um pacote com descontos que inclui jantares à luz de velas e massagens relaxantes. Para aproveitar o extenso litoral brasileiro, a MSC Cruzeiros lançou um plano de viagens que consiste em um segundo hóspede grátis, para viagens entre novembro de 2021 e abril de 2022. Segundo a empresa, são cinco opções de portos de embarque: Santos, Rio de Janeiro, Itajaí, Salvador e Maceió.

Não há dúvida que o turismo voltará, mas é preciso insistir em um ponto: a velocidade da retomada depende de uma questão essencial, a vacinação em massa. Nos Estados Unidos, onde são imunizados, em média, 3 milhões de indivíduos todos os dias, o setor vive uma recuperação sem precedentes. O Hopper, aplicativo utilizado para reservar viagens, observou um crescimento explosivo de quase 75% nas buscas por voos para agosto desde o fim de fevereiro. O site de viagens Kayak também percebeu que o interesse e a demanda aumentaram consideravelmente, com as pesquisas por destinos crescendo até 27% por semana desde o início do ano.

No mundo atual (ou pré-pandemia), o turismo tornou-se essencial para a economia da maioria dos países, e no Brasil não seria diferente. Estima-se que o setor responda por 8% do PIB nacional e gere renda para 10 milhões de brasileiros. Sob qualquer ângulo, é um dos ramos de negócios mais importantes. Por isso mesmo, a recuperação tem sido tão aguardada. Quando a pandemia passar, milhões de pessoas poderão sair de casa e, enfim, realizar o sonho de visitar uma cidade desconhecida. É só ter paciência, porque esse dia está cada vez mais próximo.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. Noticia como essa deve incomodar demais os “coronalovers”, aqueles que torcem pelo pior, que usam a desgraça alheia para politicagem, tentando com isso prejudicar o governo Bolsonaro. Mas, o Brasil está se saindo bem, nosso presidente preocupa-se com o povo e age corretamente. Para desespero da esquerdalha “lacradora”.

    1. Concordo plenamente, nosso pais tem que fazer uma limpa nesses tipos de políticos podres e à maioria corruptos nas eleições de 2022. basta o presente não permite mais isso, nem na pandemia não pararam de fazer maracutaia

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Comportamento

VÍDEO: Cientista prevê período de libertinagem sexual e gastança desenfreada depois da pandemia

Foto: Reprodução/Twitter

A pandemia da covid-19 já deixou 2.130.497 mortos em todo o mundo. Além das incertezas sobre a doença, a instabilidade econômica e a privação de uma vida em sociedade também espalham medo e aumentam as dúvidas sobre os próximos anos, quando houver algum controle do novo coronavírus.

O sociólogo e epidemiologista Nicholas Christakis, considerado pela revista americana Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, diz acreditar que, no ano de 2024, voltaremos a ter interações sociais.

Em seu novo livro, Apollo’s Arrow: the Profound and Enduring Impact of Coronavirus on the Way We Live (A Flecha de Apolo: o Impacto Profundo e Duradouro do Coronavírus na Maneira como Vivemos, em tradução livre), o epidemiologista analisa os efeitos do coronavírus a partir de uma perspectiva histórica.

“Teremos uma espécie de ‘loucos anos 20’, um desabrochar. As pessoas poderão voltar a encher eventos esportivos, manifestações políticas e restaurantes. As pessoas buscarão interação incansavelmente. Poderia incluir ‘uma libertinagem sexual’, grandes gastos e aumento da tolerância ao risco”, disse, em entrevista ao diário britânico The Guardian.

Com base em importantes epidemias históricas, análises contemporâneas e pesquisas, Christakis explora o que significa viver em uma época da peste – uma experiência que é paradoxalmente incomum para a maioria dos humanos que estão vivos, mas profundamente fundamental para nossa espécie.

Além do surgimento do teletrabalho e da epidemia de transtorno de estresse pós-traumático, a publicação ainda alerta que, no período pós-pandemia, poderemos ter anos de “desregramento social e sexual, de embriaguez, de uma certa alegria de viver, típicas de períodos pós-pandêmicos”.

O autor

Nicholas A. Christakis é médico e sociólogo e está acostumado a explorar as origens antigas e as implicações modernas da natureza humana. Atualmente, dirige o Laboratório da Natureza Humana na Universidade de Yale, onde é Professor de Ciências Sociais e Naturais, nos Departamentos de Sociologia, Medicina, Ecologia e Biologia Evolutiva, Estatística e Ciência de Dados e Engenharia Biomédica. Também é o codiretor do Yale Institute for Network Science, coautor de Connected e o autor de Blueprint.

Opinião dos leitores

  1. Vamos ter Nove Dedos como palestrante nessa nova fase, o pingunço é esperto nesse assunto e sabe iludir.

  2. Todo mundo vai gastar o salário todo só em latas de leite condensado. Se é que vocês me entendem.

  3. ô coitado! ele pensa que o povo parou de fazer isso é ? só q não, tá todo mundo fudido e fudendo.

    1. Concordo Luciano! Bastava ele vir a Pipa e a São Miguel do Gostoso, no réveillon, fora as "raves" que acontecem praticamente todo fim de semana, como essa mais recente com 800 pessoas em São Paulo!

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Diversos

ALÉM DO HOME OFFICE: Semana de 4 dias e escritórios sem aperto são tendências fortes no mundo do trabalho pós-pandemia

TUDO EM CASA – Agatha Matias, gerente de marketing da Unilever, trabalha sempre acompanhada do gatinho Fubá: “Em tempos tão difíceis, o home office me proporcionou segurança e melhor qualidade de vida”. A empresa é pioneira em flexibilização, o que facilitou sua adaptação à pandemia – Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria/VEJA

“A única coisa que devemos temer é o próprio medo”, discursou o presidente americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) em março de 1933, durante o lançamento do New Deal, o bem-sucedido plano de recuperação econômica para combater a crise de 1929, a Grande Depressão. O programa revolucionou o mercado com inovações como o salário mínimo, a redução da jornada de trabalho e o seguro-desemprego. Quase um século depois, outro grande e trágico acontecimento — a pandemia do novo coronavírus — também mudará para sempre a vida do trabalhador e dos patrões. Cada vez mais, flexibilização será regra do jogo, mesmo depois de a vacina chegar. Em tempos normais, apenas algumas empresas consideradas excêntricas apostavam no home office. O isolamento social, porém, pôs o paradigma do trabalho remoto à prova e agora até mesmo os mais céticos reconhecem que é possível ganhar dinheiro, até mais, fora do escritório — na mais visível das mudanças provocadas pela disseminação do vírus, que mexeu também com as famílias (leia aqui) e com os serviços de telemedicina (leia aqui).

VEJA entrevistou nos últimos dias executivos de algumas das maiores empresas do Brasil para descobrir quais tendências dominarão o mercado daqui por diante. Logo de cara, ficou evidente: não há pressa para voltar ao escritório. O Itaú já avisou seus 55 000 colaboradores que o trabalho remoto será mantido ao menos até fevereiro de 2021. Na companhia de alimentos Kraft Heinz, só 10% do pessoal tem ido até a sede, mas apenas às segundas e terças-feiras, e sempre de forma voluntária. Aqueles que pertencem ao grupo de risco ou usam transporte público estão proibidos de retornar. Já a XP Investimentos decidiu dar um passo além das rivais e aboliu definitivamente o trabalho presencial.

Todas as empresas consultadas pela reportagem afirmaram que estão plenamente satisfeitas com o desempenho de seu pessoal durante a pandemia e que, mesmo a distância, a produtividade aumentou. Segundo David Vélez, CEO do banco digital Nubank, as taxas de engajamento dos funcionários que estão em casa bateram recorde de 90% durante a pandemia. “Todos os times reportaram ganhos de produtividade”, afirma. O corte de custos, a melhora na qualidade de vida e a possibilidade de contratar talentos em qualquer parte do mundo são outros benefícios do trabalho remoto apontados pelos gestores. A falta de interação pessoal, aquele cafezinho no corredor que pode suscitar ideias geniais, é um ponto negativo, mas as empresas estão atrás de soluções. “Tivemos de revisar as formas de comunicação, com reuniões pontuais e concisas”, diz Maurício Rodrigues, vice-presidente de finanças da farmacêutica alemã Bayer.

AMBIENTE AREJADO – Selda Klein, gerente de RH da C&A, na reformada sede da empresa: “Agora temos espaços mais abertos e integrados, sem baias nem mesas fixas, e com fácil comunicação” – Egberto Nogueira/Ímãfotogaleria/VEJA

Gigantes estrangeiros como Twitter e Facebook já sinalizaram o desejo de implementar o home office permanente para quem assim preferir. No Brasil, o Bradesco deu a seus funcionários a opção de trabalhar remotamente de forma fixa, oferecendo uma ajuda de custo de 1 080 reais no primeiro ano para cobrir gastos com internet e luz. A tendência geral, porém, caminha em direção ao modelo “híbrido”, com os funcionários indo de um a três dias até a firma.

A pandemia, sem dúvida alguma, quebrou as barreiras do horário comercial e rotinas preestabelecidas. A multinacional Unilever, que foi pioneira em medidas de flexibilização no Brasil, como o job sharing (no qual pessoas dividem uma mesma função e trabalham apenas três dias por semana) e jornada de meio período, pretende ampliar seu leque, com horários livres para os funcionários — eles decidem o melhor período para a labuta. Algumas empresas usam a tecnologia para monitorar e controlar os horários dos funcionários, mas a tendência é que as relações sejam cada vez mais de confiança. “O que importa é entregar as tarefas”, diz Flavia Caroni, diretora de RH da Kraft Heinz. Entre as novas ideias destaca-se a adoção de um dia a mais de descanso, incentivada até por governos como o da Alemanha, Nova Zelândia e Reino Unido. “A semana de quatro dias pode funcionar em qualquer negócio ou país”, diz o neozelandês Andrew Barnes, autor do livro The 4 Day Week (A Semana de Quatro Dias). “A redução da jornada de trabalho protege todas as tradições e estilos de vida, fatores cruciais para a coesão familiar, qualidade de vida e senso de comunidade.”

A maioria das empresas brasileiras, porém, não se entusiasma com a ideia de reduzir a jornada. Na realidade, os funcionários têm trabalhado mais, o que explica inclusive a alta produtividade. Especialmente no começo da pandemia, muitos esticaram a jornada temendo perder o emprego. A conta, porém, sempre chega e a saúde mental passou a ser prioridade. A Ambev criou um departamento exclusivo para o atendimento psicológico de seus funcionários. Palestras e aulas de mindfulness (atenção plena) foram incorporadas ao expediente.

O novo normal afetou mais drasticamente o topo e a base da pirâmide corporativa. Os mais jovens se ressentem do acompanhamento presencial, o que exige maior capacidade de adaptação e amadurecimento, mas têm a seu favor a familiaridade com as tecnologias. Já os chefes tiveram de se tornar mais facilitadores e menos controladores. “A pandemia trouxe tristeza, mas também aprendizado”, afirma Sofia Esteves, fundadora da Cia de Talentos, a maior empresa de recrutamento do país. “O líder tinha uma exigência muito grande de ser o super-­homem e, diante da incerteza, teve de assumir suas fragilidades e desenvolver sua sensibilidade.”

Nesse cenário, os escritórios não vão morrer, mas terão de ser “ressignificados”, para usar uma palavra típica do mundo corporativo. “A sede da empresa é um catalisador de sua cultura e ganhou um papel mais importante, já que as pessoas não têm de estar lá o tempo todo. O novo escritório tem de ser uma experiência mais atrativa e sedutora”, diz Sérgio Athié, presidente do Athié Wohnrath, maior escritório de arquitetura do país, especializado em projetos corporativos. “As grandes mesas com porta-retratos da família devem ser extintas e dar lugar a espaços colaborativos. Até pelo temor de uma nova pandemia futura, espaços mais abertos e ventilados, como a cobertura dos prédios ou o térreo, devem ser reaproveitados.”

Diante da necessidade de cortar custos, os chamados coworkings, ou escritórios compartilhados, tendem a ganhar tração. “A demanda por flexibilidade, que já existia, explodiu”, diz Lucas Mendes, CEO da WeWork no Brasil. Recentemente, a empresa lançou um cartão que dá acesso a todos os prédios da empresa no mundo. No Brasil, o passo mais ousado, reafirme-se, foi da XP Investimentos. A empresa aboliu o trabalho presencial e está construindo a Villa XP, um câmpus amplo e futurista que lembrará as sedes de Apple e Google, no Vale do Silício, e da Tencent, em Shenzhen, China.

São Roque, no interior de São Paulo, receberá o projeto, que contará com hotel, restaurantes, áreas de lazer e esportes, clínicas médicas, creches, laboratórios, auditórios e salas de reuniões abastecidas por fontes de energia renováveis. Engana-se, porém, quem pensa que os funcionários terão de se deslocar para o ambiente. O espaço receberá eventos corporativos, e não só da XP, além de atividades pontuais para funcionários, como o treinamento de novos contratados. “A ideia é ter um espaço moderno, em consonância com a dinâmica do trabalho descentralizado”, diz Guilherme Sant’Anna, head de gente e gestão da XP. “O escritório será utilizado só por funcionários em treinamento e para reuniões específicas.”

A tecnologia, evidentemente, se torna cada vez mais fundamental para viabilizar essa mudança. A Via Varejo, dona de Casas Bahia, Ponto Frio e do site de vendas do Extra, avançou a digitalização da empresa, pondo de pé um modelo até então ignorado pelas varejistas: a venda pelo Whats­App. As questões relacionadas aos benefícios também demandam mudanças. “Estando mais em casa, o colaborador deve ter maior autonomia e flexibilidade”, diz Raphael Machioni, CEO da Vee, startup de benefícios como vale-cultura e planos de academias de ginástica. “Ele pode, por exemplo, trocar o vale-transporte por um auxílio home office.” As novidades do mercado também são fruto da reforma trabalhista, que atualizou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e regulamentou o teletrabalho. Melhor ou não, só o tempo dirá, mas certamente o novo mundo profissional será muito diferente.

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Finanças

Governo deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em até 90 dias, diz Paulo Guedes, sobre programa especial “O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada”

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O governo federal deverá anunciar planos para quatro grandes privatizações em período de “30, 60 a 90 dias”. A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ao programa especial “O Brasil Pós-Pandemia: a Retomada”. Questionado pelos âncoras William Waack e Rafael Colombo, ele disse que os nomes das estatais serão anunciados em breve.

Guedes mencionou apenas que “há muito valor escondido debaixo das estatais”. “As subsidiárias da Caixa são um bom exemplo. Ali, há R$ 30 bilhões, R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões em um IPO (oferta primária de ações) grande”, disse. Atualmente, a Caixa já tem pedido para oferta de ações da Caixa Seguridade – braço de seguros do banco – operação que poderia levantar cerca de R$ 15 bilhões, estima o mercado financeiro.

Outra empresa que o ministro quer oferecer à iniciativa privada são os Correios. “Está na lista seguramente, só não vou falar quando (será a privatização). Eu gostaria de privatizar todas as estatais”.

Na semana passada, o secretário de desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, anunciou que o governo quer privatizar pelo menos 12 estatais, mas ano que vem. Entre as empresas previstas para 2021, estão os Correios, Eletrobras, CBTU, Serpro, Dataprev e Telebrás. Para essa venda acontecer, no entanto, o governo precisará do aval do Congresso Nacional para algumas empresas, como a Eletrobras.

Na entrevista à CNN, Guedes reconheceu que o ritmo das privatizações está mais lento que o esperado. “Estamos atrasados sim, não tenho problema de admitir. Tenho de fazer um mea culpa de que elas não andaram no ritmo adequado”.

Ainda sobre a retomada, o ministro da Economia diz que o governo prepara ações para destravar o investimento privado. Ele mencionou que, após a recente aprovação do novo marco regulatório do saneamento básico, o governo deve agir para incentivar setores como a cabotagem, eletricidade e petróleo e gás com fim do regime de partilha na exploração.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. As vezes ele diz q vai privatizar isso e aquilo. Mas…..privatiza nada. So lero. Essa conversinha de correios de novo? Até pq o centrão necessita dessas estatais. Entende?

  2. Os Correios, era uma das instituições mais acreditadas, antes de ser entregue aos sindicatos. Hoje não serve pra nada.

    1. A sua visão sobre os correios realmente foi bem medíocre procure entender um pouco mais sobre ela.

  3. O governo Tá mais que certo em privatizar essas estatais.
    Vimos o que aconteceu com parte delas na roubalheira do governo anterior.

    1. Uma carta registrada levar 9 dias para ser entregue. De Mossoró para Fortaleza.
      Privatisa já.

    2. Usar correio para enviar carta em plena era da informação? Em Mossoró? Ômi, deixa de brincadeira.

  4. Aquela velha estorinha do cachorro com carrapato. Daí tem remédio pra tratar o carrapato, mata o cachorro. Esse Guedes é 1 bandido pinochetiano. Em 90 dias? Antes disso, tomara q a PF leve vc preso pelos crimes bilionários contra os fundos de pensão. Esse desgoverno só tem banido.

  5. Alguém conhece uma só pessoa que gosta do serviço dos correios? Fora a roubalheira que houve lá nos últimos anos. É preciso privatizar urgente!

    1. Já existe no Brasil serviços de entrega privados. Se não gosta dos Correios é simples, basta usar esses serviço. Depois contra pra gente como eles são "eficientes."

    2. Não é bem assim. Os correios tem exclusividade em uma serie de produtos. Se houvesse realmente liberdade de escolha ja teriam quebrado

    3. Negativo Sr. Neto. Se informe melhor a exclusividade é só para cartas. Sim, a competitividade é grande.

    4. Hoje vc pode mandar quase tudo por empresa postal privada, a exceção de cartas pessoais e comerciais que é exclusivo pelos correios (alguém manda carta hoje em dia?).
      O fato é que quase tdos usam os correios para enviar pacotes pois é mais barato mas eclamam do serviço (que Realmente demora). As empresas privadas estão aí, cobrando 5x mais caro mas só reclamam dos correios. Nao se preocupem, quando privatizarem vcs terão mais uma empresa cobrando 5x mais caro.

  6. Quero ver esses carteiros CRITAREM , os PTralhas roubaram oque pode , e todos ficaram caladinhos .

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Economia

Comitê de Especialistas da Sesap dá parecer favorável para Plano de Retomada da Economia no RN no pós-pandemia

O Comitê de Especialistas da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte emitiu parecer técnico favorável ao Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica do Estado do Rio Grande do Norte no pós-pandemia. De acordo com o parecer, “o plano apresenta boa qualidade técnica e demonstra um esforço articulado do setor produtivo na elaboração do documento”.

O documento foi elaborado pela Fecomércio RN, Fiern, Faern, Fetronor, e Sebrae, com o apoio da FCDL RN, da CDL Natal, da Facern e da Associação Comercial do RN, foi apresentado à Governadora Fátima Bezerra no dia 5 de maio, e apresenta um conjunto de propostas e de protocolos para direcionar a volta do funcionamento, de forma progressiva e segura, das atividades econômicas no estado, a partir do momento em que os decretos estaduais determinem a flexibilização do isolamento social em virtude da pandemia do novo Coronavírus.

O plano apresentado pelas federações para o relaxamento social e retomada da economia aponta duas opções, divididas em três ou quatro etapas, com protocolos de saúde específicos para os segmentos da economia potiguar. No entanto, a abertura das atividades não tem data definida, e estará condicionada à expansão da capacidade de testagem no Estado; à situação dos leitos hospitalares; às peculiaridades das regiões do Estado; e à adoção das ações transversais aliadas ao protocolo específico da atividade. A ideia é que entre cada uma das etapas ocorra com intervalos entre 10 e 14 dias.

O órgão consultivo considerou que “o modelo de distensão em quatro fases é o mais adequado para o controle da epidemia, reforçando que o início de cada uma das distensões e cada avanço nas fases sugeridas deve estar pautado por critérios técnicos que permitam verificar se a curva epidêmica encontra-se já na trajetória descendente. No momento, ainda não podemos afirmar quando isso irá ocorrer”.

Os técnicos reforçaram ainda que as fases podem ser revertidas em caso de agravamento dos indicadores epidemiológicos, e que o Estado deve manter as barreiras sanitárias com os demais estados, enquanto o país como um todo estiver com crescente de número de casos diários e de óbitos.

Com a aprovação, nesta quarta-feira, 20, de um novo decreto do Governo do Estado, prorrogando as medidas de isolamento social até o dia 4 de junho, ainda não há uma data para o início da execução do Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica do Estado do Rio Grande do Norte.

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Diversos

VÍDEO: China de olho no mundo pós-pandemia

ASSISTA VÍDEO AQUI

O filme Dr. Fantástico (1964), de Stanley Kubrick, é uma sátira a vários fenômenos da Guerra Fria, como a corrida armamentista e o conceito de destruição mútua assegurada.

A China está manobrando em meio à pandemia de COVID-19 para ascender no status de liderança mundial. Enquanto os americanos correm para minimizar as suas perdas pela pandemia, a ditadura chinesa está de olho no pós-apocalipse.

O Antagonista

Opinião dos leitores

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