Judiciário

STF tira de pauta processo contra Flávio Bolsonaro por supostas ‘rachadinhas’

Foto: Pedro França/Agência Senado

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tirou da pauta desta terça-feira (14) um recurso que questiona qual é o foro do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no processo que trata das “rachadinhas”.

O julgamento era esperado para o último dia 31, mas o relator, ministro Gilmar Mendes, atendeu a um pedido de adiamento feito pela defesa do senador e adiou a discussão para esta terça-feira (14). Ainda não há uma nova data para a análise do recurso apresentado pelos advogados do parlamentar.

No recurso, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) questiona a Corte se a investigação contra Flávio Bolsonaro sobre desvios de recursos de seu gabinete poderia ter tramitado na primeira instância ou se deveria ter sido analisada no órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

A defesa do senador defende que, como ele era deputado estadual à época, o foro da investigação deveria ser o TJ-RJ. O Ministério Público argumenta que decisão anterior do STF restringe o foro privilegiado a fatos ocorridos durante o atual mandato, e que crimes envolvendo mandatos anteriores deveriam tramitar em primeira instância.

Entenda o julgamento

Para o MP-RJ, Flávio Bolsonaro não teria direito a foro privilegiado depois de ter concluído seu mandato como deputado estadual, em 2018, quando a investigação foi aberta. Os procuradores afirmam que o hoje senador deveria ter tratamento comum porque as investigações se referem a um período em que Flávio exercia um mandato que já foi concluído.

A defesa do filho mais velho do presidente diz que, por ter assumido o cargo de senador logo depois do fim do seu mandato como deputado, Flávio teria direito à continuidade do foro privilegiado. Ele foi eleito senador nas eleições de outubro daquele ano.

Disputa entre instâncias

As investigações sobre o suposto esquema de rachadinhas na Alerj começou em novembro de 2018, após o então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – atual Unidade de Inteligência Financeira (UIF) – detectar movimentação superior a R$ 1,2 milhão nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo da família Bolsonaro.

Segundo o MP-RJ, Flávio e Queiroz operavam um esquema de desvio de dinheiro público ao contratar como funcionários do gabinete pessoas que recebiam apenas parte do seu salário e devolviam o restante do dinheiro para o deputado e seu assessor. Segundo a investigação, algumas dessas pessoas, nomeadas como funcionários comissionados, sequer exerciam funções no gabinete.

A quebra dos sigilos fiscal e bancário solicitada pelo juiz de primeira instância, Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do TJ-RJ, motivou na defesa o desejo de ver o caso julgado longe dos domínios de Itabaiana. A defesa entrou com habeas corpus alegando que, à época dos casos investigados pelo Ministério Público, Flávio era deputado estadual, portanto, deveria ser julgado pelo Órgão Especial de segunda instância do Rio de Janeiro.

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atendeu, em junho do ano passado, o pedido do senador por dois votos a um, retirando o caso da 27ª Vara Criminal e passando ao Órgão Especial do TJ-RJ.

Em janeiro deste ano, dois dias antes de a Corte fluminense julgar o caso, o ministro Gilmar Mendes, relator no STF, suspendeu a tramitação do processo no Rio de Janeiro e determinou que o Órgão Especial se abstivesse de julgar o caso até que o Supremo decidisse o foro competente.

Mandato cruzado

A defesa de Flávio Bolsonaro pode se beneficiar do entendimento do STF em caso parecido que favoreceu a manutenção do foro de um outro senador investigado por supostos crimes enquanto exercia o que é chamado de mandato cruzado, que é quando o político salta de um cargo para outro em diferentes casas legislativas, sem que haja nenhum intervalo entre o mandato anterior e o seguinte.

Em maio deste ano, o STF decidiu pela manutenção do foro privilegiado a Marcio Bittar (MDB-AC), acusado de participar de um esquema de corrupção quando ainda era deputado federal. A maioria dos ministros entendeu que a perda do privilégio acontece quando o parlamentar deixa de exercer qualquer cargo protegido pelo foro especial, independentemente de os atos investigados terem sido praticados naquele mandato em exercício ou em outro, já concluído.

Votaram pela manutenção do foro, à época, os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Nunes Marques, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux. Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello divergiram, mas foram votos vencidos.

A PGR (Procuradoria-Geral da União) ponderou, porém, a possibilidade de o tribunal seguir o entendimento construído a partir do caso de Bittar. Para o órgão, ainda não há um entendimento estabelecido no STF sobre qual o foro correto em casos em que um político exerce mandato cruzado.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Desse jeito, assim como fizeram com Roberto Jeferson, homem íntegro, honesto, exemplo a ser seguido.

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Tecnologia

Nova falha na internet tira do ar sites de bancos, aéreas e órgãos governamentais

Southwest Airlines foi uma das empresas cujos sites saíram do ar com o apagão Foto: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

Uma infinidade de sites operados por instituições financeiras, governos e companhias aéreas, incluindo Hong Kong Exchanges & Clearing, Southwest Airlines e o banco central da Austrália, ficou brevemente fora do ar nesta quinta-feira, na segunda queda global da internet em poucas semanas.

Algumas das interrupções, incluindo aquelas que afetaram o Commonwealth Bank of Australia, Westpac Banking Corp. e Australia & New Zealand Banking Group, estavam relacionadas a uma falha na Akamai Technologies Inc., que ajuda os clientes a gerenciar serviços da web, disseram pessoas familiarizadas com o o assunto.

O banco central da Austrália foi forçado a cancelar uma operação programada de compra de títulos na quinta-feira, culpando “dificuldades técnicas”. O banco disse que recorreu a soluções alternativas e que seu site voltou a funcionar.

As interrupções foram detectadas às 14h10, horário de Sydney (2h10 em Brasília), e afetaram o serviço postal da Austrália, além de vários outros bancos do país, como ANZ e ME Bank. Todos tinham problemas com seus aplicativos móveis, ou produtos bancários on-line.

Clientes de vários bancos regionais relataram que os serviços on-line de suas entidades não estavam funcionando.

A companhia aérea Virgin Australia disse ser “uma das várias organizações afetadas pelos problemas do sistema de difusão de conteúdo do Akamai”.

O tempo de inatividade generalizado lembrou uma interrupção global de uma hora no início deste mês, desencadeada por uma falha de software na plataforma de entrega de conteúdo Fastly Inc.

As falhas em cascata resultantes, que afetaram os serviços de Amazon.com e Shopify, entre outros, serviram como um lembrete gritante de como os maiores sites do mundo estão expostos ao impacto de interrupções que variam de um simples erro humano a um ataque cibernético coordenado.

Reclamações no Downdetector

A Akamai disse em um comunicado que estava ciente do problema e “trabalhando ativamente para restaurar os serviços o mais rápido possível”.

O rastreador de sites Downdetector.com sinalizou inicialmente centenas de reclamações de usuários sobre interrupções que afetavam Southwest Airlines., Delta Air Lines e Automatic Data Processing.

Muitos dos sites afetados se recuperaram em uma hora, alguns após serem redirecionados para outros provedores.

Empresas como a Bolsa de Valores de Hong Kong e a Southwest disseram que estavam investigando o incidente, sem dar mais detalhes. “A pausa na conectividade não afetou nossa operação”, disse a Southwest em uma resposta por e-mail às perguntas.

Motivo ainda obscuro

Ainda não está claro o que desencadeou os incidentes. A Akamai não especificou a origem do problema, embora um de seus clientes afetados tenha informado que usa os serviços da companhia para a “autenticação de rede”.

No caso da Fastly, uma mudança de configuração de software por um de seus clientes desencadeou um bug.

A Akamai é um dos vários serviços de hospedagem de aplicativos e sites de alto nível que grandes empresas usam para fornecer conteúdo a milhões de usuários simultaneamente.

Em vez de hospedar todo o conteúdo do site em um único conjunto de servidores em um local, o chamado modelo de “computação de ponta” do Fastly coloca servidores em dezenas de locais, permitindo que os sites ofereçam páginas aos usuários de locais físicos mais próximos a eles. Isso reduz o tempo de espera, acelerando o carregamento da página e distribuindo a carga em servidores individuais.

Essas configurações vastas e complexas são executadas por apenas algumas empresas, como Fastly e Cloudflare Inc.

O mercado global de computação de ponta foi avaliado em US$ 4,68 bilhões em 2020 e deve se expandir a uma taxa composta de crescimento anual de 38,4% de 2021 a 2028 , de acordo com uma análise recente da Grand View Research.

Embora essas configurações geralmente funcionem a contento, sua complexidade significa que até mesmo um simples erro em um arquivo de configuração pode desencadear reações em cadeia de interrupções. Para os usuários, a maioria dos quais raramente precisa pensar sobre como a Internet funciona, isso pode ser um choque.

Preocupação com ataques

Embora não haja indícios de que esses problemas tenham sido causados por agentes mal-intencionados, a faha se dá em um momento de preocupação com cibersegurança em muitas empresas após uma série de ataques cibernéticos.

O Globo

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Diversos

VIRALIZOU: Paciente tira máscara de oxigênio e assopra velas no RN; web se assusta

 Foto: Twitter / Reprodução

Uma situação registrada em vídeo nesta terça-feira, dia 8, em uma Unidade de Pronto Atendimento de Mossoró (RN) vem impressionando internautas por causa dos riscos alavancados por uma série de ações descuidadas que ali são mostradas. As imagens, que viralizaram nesta quarta-feira, são de uma celebração de aniversário para um paciente, que respira com ajuda de uma máscara de oxigênio e, durante os parabéns, tem a máscara brevemente afastada do rosto para que pudesse assoprar as velas de um bolo colocado em seu colo. Enquanto o grupo canta e bate palmas, a câmera é direcionada para outros ângulos, possibilitando ver que os funcionários usam máscaras protetoras e, no leito ao lado do aniversariante, há um paciente de bruços, indicando que aquela ala é voltada para casos de doenças respiratórias. (Matéria na íntegra com vídeo AQUI).

Internautas chamaram atenção para o fato de que, se aquela unidade for para cuidar de infectados com Covid-19, a corriqueira ação de apagar velas, antes tão comum em aniversários, agora representa um grande risco em transmitir a doença, além da própria aglomeração naquele espaço.

No entanto, muitos também perceberam que, independentemente do motivo de internação do homem, só por terem acendido velas perto de uma bala de oxigênio já serviu como motivo de alerta, considerando que o gás é um comburente, o que o caracteriza como necessário para a combustão e, caso entrasse em contato com o fogo, poderia aumentar as chamas.

“O prêmio #DarwinAwards vai para toda a junta médica e de enfermagem. Simplesmente pediram a paciente de COVID para soprar as velinhas! se o bolo não foi cenográfico e todos comeram do bolo assoprado em breve faltarão leitos nesse hospital e sobrarão vagas de médicos e enfermeiros”, critica um post do Twitter, onde uma publicação já recebeu mais de 620 mil visualizações.

“Todos de máscara, aglomerando, uma pessoa que precisa de oxigênio tira a máscara, assopra um bolo, que vai ser distribuído pra outras pessoas. Velas do lado de O2, altamente inflamável. Eles estão criando um foco de covid (o bolo) e poderiam ter explodido o hospital”, resume uma publicação.

“Caso esse vídeo não tenha sido tirado do contexto cronológico, e isso não seja de antes da pandemia e uma sequência tão inexplicavelmente complexa de merda acontecendo em vídeo que eu não sei o que dizer, se for um vídeo fake é de um nível de perfeição tal e qual inexplicável”, indignou-se um usuário do microblog.

Apesar da maioria das reações na internet ter sido de espanto, também foram feitos posts elogiando a atitude da equipe daquela UPA, minimizando os riscos e destacando que a intenção de oferecer um momento descontraído para o paciente em seu aniversário foi boa.

“Tratamento humanizado na UPA BH. Parabéns para essa equipe maravilhosa”, disse uma usuária do Facebook.

“A intenção foi maravilhosa, mas um paciente de covid assoprar velas num bolo, quem teve coragem de comer desse bolo depois?”, afirmou outra pessoa em resposta à publicação.

A autora do post então admitiu que reconhece os riscos, mas tornou a apoiar a intenção da equipe: “tb pensei nisso mas tentei focar na intenção de humanizar o atendimento. Melhor ficarem atentos para os próximos eventos”.

A prefeitura de Mossoró foi procurada através do contato disponibilizado em seus canais de comunicação, mas até o momento, não retornou.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quanto mimimi . Não se pega covid por ingestão alimentar pra início de conversa. Não existe risco de explosão por uma vela acesa proximo próximo a um cilindro de gas, senão ninguém poderia ter botijão de gás perto de fogão. Muito barulho por nada.

    1. O tal MIMIMI merece um processo administrativo, etico e legal. Oxigenio é comburente, o que aumenta a efetividade da chama ja existente num local nada adequado: colchao, panos, plastico em volta. Ha propagação de doença respiratoria CoVID e exposição sem autorizaçao da intimidade de pessoas internadas em ambiente medico-hospitalar publico. falta de noção a sua. Vc não sabe o que é saude, muito menos o conceito de tratamento humanizado, que nao tem nada haver com a cena absurda acima.. isso foi uma falta de treinamento e preparo de todos eles. Propagaram doença infecto-contagiosa.

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Polêmica

ENQUETE – VEREADORA: Porta dos Fundos tira vídeo do ar após acusações de machismo

Foto: Facebook/Porta dos Fundos / Pipoca Moderna

O grupo humorista Porta dos Fundos decidiu tirar do ar e pedir desculpas públicas por um vídeo de humor político, após receber críticas que o consideraram machista, inclusive do colega Youtuber Felipe Neto.

Publicado no canal do Porta dos Fundos no YouTube, o vídeo sugeria que a vereadora mais votada nas eleições de Curitiba teria participado de orgias e vazado nudes de si mesma.

“Pela família curitibana brasileira, pelas casas de swing, pelos garotos de programa, pela galera do OnlyFans, pelo clubinho de BDSM e por todos os sigilosos, avisem ao povo que Yollanda está eleita!”, escreveu o perfil oficial do Porta dos Fundos no Twitter para divulgar o vídeo.]

Apesar do nome da personagem ser diferente, muitos acreditaram tratar-se de uma paródia ofensiva de Indiara Barbosa, do partido Novo, a candidata a vereadora mais votada da capital paranaense.

“Eu acho o partido Novo patético. Típica turminha neoliberalóide que sonha em ver ricos ficando mais ricos, enquanto grita “É meritocracia” pros mais pobres. Contudo, o vídeo feito pelo Porta dos Fundos sobre a vereadora do partido foi inaceitável. Totalmente horrível”, tuitou Felipe Neto.

A própria Indiara Barbosa lamentou o vídeo. “Apesar de ter sido a vereadora mais votada de Curitiba, pelo partido Novo, certamente essa personagem não sou eu. É uma pena que o Porta dos Fundos associe o sucesso de uma mulher a alguma conotação sexual. Temos muito trabalho para mudar essa cultura retrógrada”, escreveu.

O partido Novo também repudiou: “É uma falta de respeito, não só com nossa vereadora eleita, Indiara Barbosa, mas com todas as mulheres que tiveram a coragem de se candidatar a um cargo público, independentemente do partido.”

Até a deputada federal Tabata Amaral, do PDT, manifestou-se indignada: “Uma das coisas mais suprapartidárias que existem no Brasil é o machismo. Seja você de esquerda ou direita, não há graça nenhuma em uma piada que insinua que uma mulher só foi eleita usando seu corpo”.

“Que nojo. Que vídeo machista. Eu não sou alinhada com o Novo e não votei na Indiara, mas merecemos respeito independentemente dos posicionamentos políticos. Melhorem muito”, acrescentou uma internauta, entre vários outros comentários negativos.

Em posicionamento também publicado no Twitter, o Porta dos Fundos argumentou que a personagem retratada existe há muito tempo – há 9 anos, bem antes da candidatura de Indiara Barbosa – , mas mesmo assim, como o conteúdo do vídeo não condizia com o que o grupo defende, os integrantes do grupo decidiram tirar o esquete do ar e agradeceram aos fãs pelo diálogo.

“O Porta acredita que o Brasil precisa de mais mulheres em cargos públicos”, acrescenta o perfil oficial dos humoristas, concluindo com um “parabéns” pela vitória da vereadora.

Terra

Opinião dos leitores

  1. Onde será que anda Jandira, Benedita, Dilma, Gleise, Natália, Erundina que não deram um pio sobre esse vídeo?
    Parece que as lutas pela igualdade, pelo respeito e contra o machismo só valem em metade do tempo.
    Uma pena que as máscaras caiam por ação da própria patota.

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Política

Representante da direita, Lacalle Pou é eleito novo presidente do Uruguai e tira grupo de Mujica do poder após 15 anos

Foto: Mariana Greif/Reuters

O senador do Partido Nacional, de centro-direita, Luis Lacalle Pou será o próximo presidente do Uruguai, depois que números apresentados pela contagem secundária realizada pela Corte Eleitoral do país indicaram sua vitória no segundo turno realizado no domingo (24). A posse será em 1º de março de 2020.

O vice-presidente da Corte Eleitoral, Wilfredo Penco, disse à agência Efe que o órgão “não faz cálculos” e que não proclamará o presidente “até que a última urna seja aberta”. Porém, como a diferença entre Lacalle Pou e o candidato da Frente Ampla, de esquerda, Daniel Martínez, vinha aumentando, ficou claro que este já não conseguiria reverter a derrota.

Após uma divulgação de novos dados da contagem de votos, Martínez reconheceu que, pelo andar da apuração, não tem chances de alcançar o oposicionista, parabenizando-o como presidente eleito do país vizinho.

Havia 35.229 votos ainda não contabilizados. Para que Lacalle Pou vencesse as eleições, era preciso obter 3.170 deles.

Seis dos departamentos (estados) enviaram seus números e, só nesses locais, ele já recebeu quase 5.000 votos.

Com a vitória de Lacalle Pou, pela primeira vez em 15 anos, a coalizão Frente Ampla, formada pelo ex-presidente José “Pepe” Mujica e pelo atual presidente Tabaré Vázquez, fica fora do poder.

“Meu reconhecimento e obrigado a todos os homens e mulheres que estão defendendo os votos e a democracia em cada mesa nos dias de hoje. Meu pensamento está com vocês”, escreveu o vencedor no Twitter pouco depois das 13h.

Advogado da elite uruguaia

Luis Lacalle Pou nasceu em Montevidéu em 11 de agosto de 1973 — mesmo ano do golpe militar que mergulhou o Uruguai em uma ditadura que durou 12 anos. Estudou em uma das melhores escolas da capital uruguaia e se formou advogado no fim da década de 1990.

Ainda estudante, Lacalle Pou tinha 16 anos quando viu o pai, Luis Alberto Lacalle, tornar-se presidente do Uruguai com o mesmo Partido Nacional para um mandato entre 1990 e 1995. Inclusive, aquela foi a última vez em que a agremiação elegeu um candidato para a Presidência.

O fim do mandato do pai, cercado de denúncias de corrupção, poderia ter colocado um fim nas pretensões políticas da família. Porém, o jovem advogado conseguiu se eleger deputado em 1999 e se descolar, aos poucos, da imagem de Luis Alberto Lacalle.

Doze anos mais tarde, Lacalle Pou ocupou a Presidência da Câmara dos Deputados e se tornou uma das vozes mais proeminentes da oposição ao governo de José “Pepe” Mujica, eleito senador neste ano.

Em 2014, Lacalle Pou se candidatou pela primeira vez à Presidência do Uruguai e conseguiu chegar ao segundo turno. Porém, perdeu para Tabaré Vázquez por uma diferença superior a 10% dos votos.

Como Lacalle Pou venceu?

Para vencer as eleições deste ano, Lacalle Pou apostou em um discurso de enxugamento de gastos — ele acusa os governos da Frente Ampla de perder o controle dos gastos públicos. Além disso, ele prometeu fortalecer as forças de segurança em um momento em que o Uruguai passa por aumento nos índices de criminalidade.

Lacalle Pou ficou atrás de Daniel Martínez no primeiro turno, mas costurou uma aliança com outros partidos e com os candidatos derrotados mais bem posicionados: o liberal Ernesto Talvi, do Partido Colorado, e o nacionalista Guido Manini Ríos, do Cabildo Abierto.

Assim, mesmo antes do primeiro turno, o presidente eleito já figurava à frente do candidato governista nas pesquisas de intenção de voto para a segunda volta das eleições.

Com informações do G1

 

Opinião dos leitores

  1. A única lembrança que tenho do Mujica é a liberação da maconha porta de entrada de outras drogas, o que fez com que muitos idiotizados achassem o máximo, a esquerda entrou nas nuvens da mesma e enlouqueceu de vez, vivem de cultuar nas suas mentes doentes e perversas ditadores e terroristas como Che Guevara, Fidel, Chaves, Maduro, etc. A nuvem negra pairou sobre o nosso país e os idiotizados aqui morrem de amor por um bandido condenado e ainda com vários processos a serem julgados e que será fruto de novas condenações.

  2. É mesmo Carlos Bastos? Mujica, amigo do pingunço, ladrão bi condenado, mentiroso, encantador de otarios, deveria continuar a mandar no Uruguai como fazia nove dedos no Brasil? Tenha paciência jumento, vc acha que todos são burros iguais aos petistas? Vai fazer o que disse o cidadão, chupa que é de uva.

    1. Bom mesmo é botar um governo que estatize a rodo, aumente salários na canetada, congele preços, tabele o cãmbio, faça um monte de graça com o dinheiro dos outros, encha a administração de partidários.

  3. Acabou a farra do dinheiro roubado do sofrido povo brasileiro para eleger essa esquerdalha da América central e do sul, melhor é saber que o comandante desses atos criminosos contra a nação brasileira vai voltar pra cadeia.

    1. O Chile tá arrumando sarna pra se coçar. A Argentina já arrumou.

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