Economia

Na comparação global, crescimento do Brasil só perde para Indonésia e EUA

Reprodução/Veja o ranking de crescimento do PIB no segundo trimestre

Com o crescimento global desacelerando, a expansão de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre deste ano acabou sendo destaque num ranking de 40 países elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating. O país ficou atrás apenas da Indonésia, que apresentou crescimento de 1% no período em relação ao primeiro trimestre, e dos Estados Unidos, que cresceu 0,5% entre os meses de abril, maio e junho.

O Brasil ficou ao lado de países como China e Ucrânia, que também registraram expansão de 0,4% no segundo trimestre, e à frente de nações como Coreia do Sul (0,3%), Holanda (0,1%), Chile (0,2%), Portugal (0,1%) e Finlândia (0,2%).

– O resultado do PIB surpreendeu no trimestre. Na minha expectativa, o PIB até viria negativo. Mesmo assim, o número mostra que o governo tem muitos desafios para que o Brasil volte a crescer com consistência, dando andamento às reformas estruturais. Quando olhamos o crescimento do segundo trimestre, o Brasil teve expansão de país desenvolvido, mas ainda tem necessidades de nação emergente – diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating e autor do ranking.

Ele observa que, embora a China tenha crescido 0,4% no segundo trimestre, quando se olha o PIB anualizado, considerando os últimos 12 meses, a expansão é de 6,2%, enquanto o Brasil cresce apenas 1% no mesmo período. Nessa comparação, o PIB brasileiro fica na 36ª posição em um ranking de 42 países, também segundo a Austin Rating.

– Há trimestres em que a China cresce pouco e depois cresce muito nos demais. É preciso lembrar que o PIB não é o estoque de crescimento de um período, mas tem que ser analisado como um fluxo de crescimento interanual – diz Agostini.

Para o segundo semestre, a expectativa é melhorar o desempenho do PIB brasileiro, com a injeção de recursos do FGTS, o avanço da reforma da Previdência no Senado e a discussão tributária entrando na pauta. De acordo com Agostini, os bancos também já começam a conceder mais crédito:

– E, se mais concessões saírem do papel, o desempenho da construção civil pode ser muito melhor, já que as obras voltam.

O Globo

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Economia

Com redução de estimativa de inflação, previsão de crescimento da economia sobe para 0,87% neste ano

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O mercado financeiro aumentou a projeção para o crescimento da economia e reduziu a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,80% para 0,87% em 2019.

Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 permaneceu em 2,10%. Para 2021 e 2022 também não houve alteração nas estimativas: 2,50%.

Inflação

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo caiu de 3,65% para 3,59%, este ano. Para os anos seguintes não houve alterações nas projeções: 3,85%, em 2020, 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6%. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Para o mercado financeiro, ao final de 2019 a Selic estará em 5% ao ano. Para o final de 2020, a estimativa segue em 5,25% ao ano. No fim de 2021 e 2022, a previsão permanece em 7% ao ano.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,80 para R$ 3,85 e, para 2020, de R$ 3,81 para R$ 3,82.

Agência Brasil

 

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Diversos

Expectativa é de crescimento no número de doações de órgãos no RN

Foto: Ilustrativa

Somente no primeiro semestre de 2019 o Rio Grande do Norte já alcançou 31 doações efetivas de órgãos. O quantitativo está próximo de ultrapassar todas as doações realizadas no ano inteiro de 2018, que foram 32.

Os dados foram repassados pela Central de Transplantes do RN, que realiza hoje (29) e amanhã (30), em parceria com o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a Jornada Asas do Bem – evento que percorre o Brasil na busca pela valorização da doação de órgãos.

“São 34 mil pessoas em todo o Brasil na fila de espera por um transplante. E um único doador pode salvar até 10 vidas. O trabalho desses que eu chamo de ‘anjos ocultos’, que lutam com a rapidez exigida pelos que estão na fila por um órgão é que faz este sistema todo funcionar”, disse o palestrante convidado Alexandre Barroso, autor do livro “A última vez que morri”, uma narrativa sobre sua história de luta pela vida, depois de três procedimentos de transplante (duas vezes de fígado e uma de rim).

Na sexta-feira (30) é a vez do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) integrar a jornada Asas do Bem. O palestrante Alexandre Barroso falará para os servidores do hospital na Sala de Aula do Programa de Residência Médica, a partir das 14h.

“Precisamos ousar sonhar mais longe e fazer o nosso estado evoluir para realizarmos cada vez mais transplantes, evitando os deslocamentos para outros estados”, disse o secretário adjunto da saúde, Petrônio Spinelli, que esteve presente na abertura da Jornada, no auditório da Faculdade de Farmácia da UFRN.

Números

O RN realiza atualmente os transplantes de rim e córnea. Em 2019, no primeiro semestre, já foram viabilizados 58 transplantes de rim e 74 de córnea. A lista de espera por um rim no estado é de 180 pessoas e para as córneas de 210 pessoas.

Durante o evento a coordenadora da Central de Transplantes, Raissa Marques, também chamou atenção para as ações que serão desenvolvidas durante o mês de setembro, o “Setembro Verde”, dedicado à conscientização da importância da doação de órgãos. Serão palestras, capacitações e momentos de sensibilização que encerram com a já tradicional caminhada pela doação de órgãos, que este ano acontece no dia 28 de setembro.

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Economia

Mercado volta a reduzir previsão de crescimento do PIB de 2019

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central voltaram a reduzir a previsão de crescimento da Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 0,82% para 0,81%.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (12), na pesquisa conhecida como Focus, em que o BC ouviu na semana passada especialistas de mais de 100 instituições financeiras.

A previsão do PIB não caía desde a pesquisa divulgada no dia 29 de julho.

Os especialistas também diminuíram a previsão de inflação para o ano, de 3,80% para 3,76%.

Outro indicador divulgado nesta segunda pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (espécie de prévia do PIB), registrou retração de 0,13% no segundo trimestre. Como o primeiro trimestre registrou queda no PIB, o resultado do segundo, se confirmado, colocará o país em recessão técnica.

2020 e 2021

Os economistas dos bancos mantiveram a previsão de crescimento do PIB para 2020 em 2,10% e a previsão de crescimento do PIB em 2021 em 2,50%. A previsão de inflação para 2020 ficou em 3,90% e para 2021, em 3,75%.

Taxa de juros

Na última semana, os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão da Selic para o final de 2019. Segundo dados do boletim, os economistas esperam que a taxa básica de juros encerre o ano em 5,00%. Na semana passada os economistas esperaram uma Selic de 5,25% no final de 2019.

Para o fim de 2020, a estimativa do mercado financeiro para a Selic fique em 5,50% ao ano.

Câmbio, balança e investimentos

Os analistas ouvidos pelo relatório Focus não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2019, que ficou estável em R$ 3,75 por dólar pela terceira semana consecutiva. A previsão do dólar para o fechamento de 2020 também não foi alterada ficando em R$ 3,80 pela 14ª semana seguida. Já a previsão para 2021 subiu de R$ 3,85 para R$ 3,86.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2019, os analistas reduziram a previsão de superávit de US$ 52,6 bilhões para US$ 52 bilhões.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado passou de US$ 47,43 bilhões para US$ 47,6 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas caiu de US$ 85,56 bilhões para US$ 85,28 bilhões.

G1

 

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  1. O que está preso levou o país da 13a. para a 6a. maior economia do mundo e reduziu o número de desempregados a um dos menores da história, não bastasse, ainda reduziu a pobreza. Não precisaria fazer mais nada para ser o maior presidente da história, mas fez muito, muito mais. Por isso foi preso, para não termos mais pobres nos aeroportos, viajando ao exterior, indo a restaurantes, empregados com ganhos salariais reais, filhos de pobres nas universidades e direito a cagar todos os dias. Hoje até o direito de cagar todos os dias vão perder. Quero saber o que os minions vão fazer com diarreia. Eu como sou comunista (aquele que vaga todo dia) faço todo dia. Aliás, o bolsonaro e seus familiares também são comunistas, eles podem todo dia. Olha a que nível temos que chegar pra mostrar a realidade pra vcs idiotizados. Tudo pautado por alguém que só tem merda na cabeça e não é camarão, mas vc a chamam de mito. Idiomerdas!

    1. e a corrupção ! ele deu com uma mão e tirou com a outra, institucionalizou a corrupção, que assaltaram os cofres publico, essa situação que estamos passando hoje e tudo graças o roubo que fizeram, infelizmente ficou esse doido que ta na presidência, mais o povo ta achando melhor assim !!!

    1. É burro também, e tá preso! A diferença é que esse foi eleito pra fazer diferente e melhor, não pra fazer o que ele vem fazendo. Diga-se de passagem, dia sim, dia não…

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Cidades

Crescem homicídios no Nordeste e RN lidera taxa de crescimento entre os estados

O jornal Folha de S.Paulo divulgou na edição desta sexta-feira (9) levantamento de homicídios nos estados do Nordeste. O Rio Grande do Norte lidera a taxa de crescimento entre as nove unidades, com taxa de 68 mortes para cada 100 mil habitantes. A análise do jornal atribui o aumento na região ao descontrole nos presídios e à guerra entre facções.

Em três estados houve recorde de assassinatos: Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Alagoas também teve alta em 2017, enquanto Sergipe, Paraíba e Piauí apresentaram queda, segundo os dados oficiais.

Dois Estados ainda não informaram dados, nem deram previsão de quando irão fazer. A Bahia só tem estatísticas atualizadas entre janeiro e agosto de 2017, quando foram assassinadas 4.267 pessoas. Já o Maranhão informa apenas os números de homicídios registrados na capital, São Luís, onde 591 pessoas foram mortas.

Se considerados os sete Estados que divulgaram os dados, foram mortas 17.913 pessoas, contra 15.077 em 2016. Ao que tudo indica, quando Maranhão e Bahia divulgarem seus dados completos, o Nordeste deve bater seu recorde de 24.825 pessoas assassinadas, registrado em 2016.

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Diversos

Varejo no RN registra crescimento, revela IBGE; veja números

Em setembro/17 o varejo restrito do Rio Grande do Norte cresceu 1,1% sobre agosto. Comparado a setembro de 2016 o crescimento foi de 6,6% (sexto mês de crescimento nessa comparação). No ano acumula alta de 0,4%. Em 12 meses, porém, segue no negativo (-1,9%).

Já o varejo ampliado, (que inclui também as vendas de veículos, peças para veículos e material de construção), registrou crescimento de 4,5% sobre setembro de 2016. No ano registra queda de -2,1% e de -3,6% no acumulado em 12 meses. Os dados acabam de ser divulgados pelo IBGE.

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Diversos

Venda de carros usados cresce 4,6% no primeiro semestre, diz Fenauto

A venda de veículos usados cresceu 4,6% no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado, mostra levantamento divulgado hoje (14) pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

De janeiro a junho, foram comercializados mais de 6,1 milhões de seminovos, incluindo automóveis, comerciais leves e pesados e motocicletas. No mês de junho, no entanto, houve queda de 12,9% no setor na comparação com maio – foram negociadas 960.403 unidades no mês passado e 1.103.156 em maio.

O recuo no último mês é explicado pela Copa do Mundo, que coincidiu com o período de férias, fazendo diminuir a movimentação das revendas, disse o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos. “Isso já era previsível. Por outro lado, temos o crescimento no semestre, com o qual estamos recuperando as perdas que tivemos desde 2009”, acrescentou Santos.

De acordo com Santos, a Fenauto estima avanço entre 6% e 7% no setor neste ano. “Acreditamos que vamos atingir a meta. O consumidor avalia as vantagens e vê que pode comprar um carro, com preço de popular, com mais [itens] agregados.”

Além disso, destacou Santos, a restrição do crédito nos últimos dois anos, com o aumento da inadimplência, fez caírem as vendas no segmento. “Os bancos mudaram os critérios para o crédito – antes, 70% dos carros vendidos eram financiados e o financiamento está em torno de 35%.” Para Santos, a alta não tem relação com a inclusão de itens como freios ABS e airbag, que se tornaram obrigatórios e elevaram o preço dos veículos. “A questão é o crédito. Se melhorar, vamos crescer mais ainda”, airmou.

Revendedores ouvidos pela Agência Brasil na capital paulista, porém, não se mostraram tão otimistas com o resultado do primeiro semestre. Proprietário de uma loja na Rua Clélia, Maurício Korm,não vê avanço nos negócios deste ano. “Não está aquecido. O que acontece é que [o mercado de usados] estava parado e agora pinga alguma coisa”, disse o empresário. Segundo ele, na rua onde fica a loja, conhecida pelo comércio de usados, muitas revendas fecharam as portas. “Estamos aqui há 45 anos. Aqui, era uma loja do lado da outra e agora são poucas.”

O comerciante Edir Daiam, que trabalha há 20 anos em uma loja na Alameda Barão de Limeira, no centro, também não vê melhora nas vendas. “O preço dos seminovos continua alto, não há competitividade em relação ao novo”, avaliou. Gerente de uma loja de revenda na mesma rua, Douglas Evandro, admitiu que a mudança no mercado de veículos novos, com a obrigatoriedade dos itens de série, trouxe pequenos avanços para o setor de usados, mas nada de excepcional. “Se vendeu alguma coisa a mais por isso, não foi nada extraordinário. O ano todo está quieto.”

Para o presidente da Fenauto, essa sensação de alguns revendedores pode estar relacionada ao tipo de veículo que comercializam. De acordo com Santos, o que se vende é carro com quatro a oito anos de uso. “Então, depende do tipo de veículo que ele tem disponível na loja. Se tem carros quase zerados, ele não vai sentir tanto essa melhora”, afirmou.

Os dados da Fenauto indicam a venda de  378.739 carros usados jovens (quatro a oito anos). Em seguida, estão os da categoria velhinhos (mais de 13 anos), com 247.731, e os seminovos (até três anos), com 205.374. Os menos procurados são os carros com nove a 12 anos de uso, com 128.559 unidades vendidas de janeiro a junho.

Agência Brasil

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Diversos

QUEDA BRUSCA: Cresce rejeição de brasileiros às manifestações, diz Datafolha

O apoio dos brasileiros às manifestações, que começaram pelo país em junho do ano passado, caiu e atingiu o menor índice, segundo pesquisa Datafolha divulgado nesta segunda-feira. De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados são a favor dos protestos. Em junho, quando as manifestações tiveram auge e levaram 1 milhão de pessoas às ruas em 25 capitais do país, esta aprovação era de 81%.

A pesquisa Datafolha mostra ainda que o índice das pessoas que são contra os protestos subiu de 15% para 42% no mesmo período. Sobre prováveis manifestações durante a Copa do Mundo, a reprovação dos brasileiros fica maior e sobe para 63%. A aprovação cai para 32%.

Em relação às preferências políticas, os favoráveis às manifestações pretendem votar no governador de Pernambuco, Eduardo Campos(PSB), 59%, e no senador tucano Aécio Neves, 58%. Dos que preferem a presidente Dilma Rousseff (PT), 47% apoiam os protestos pelo país.

O levantamento foi feito entre os dias 19 e 20 de fevereiro.

O Globo

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Diversos

Renda dos negros cresce, mas não chega a 60% da dos brancos

De 2003 a 2013, a renda da população preta e parda cresceu 51,4%, enquanto a da população branca aumentou 27,8%, divulgou hoje (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a renda dos negros ainda corresponde a apenas 57,4% da dos brancos, percentual maior que os 48,4% de 2003. Nesse período, a renda média geral da pesquisa subiu 29,6%.

Enquanto a população de cor branca teve rendimento médio de R$ 2.396,74 em 2013, a população preta e parda recebeu em média R$ 1.374,79 por mês. O valor médio para toda a população das seis regiões metropolitanas pesquisadas no ano passado foi de R$ 1.929,03. Para a técnica da Coordenação de Emprego e Renda do IBGE, Adriana Araújo Beringuy, que apresentou a pesquisa, a retrospectiva dos 11 anos da Pesquisa Mensal do Emprego mostra que houve ganhos importantes para grupos historicamente mais vulneráveis:

“De fato melhorias têm ocorrido, mas a diferença ainda é muito importante. A melhoria pode ser atribuida a questões como escolaridade da população como um todo que vem aumentando, permitindo que as pessoas obtenham empregos com maiores rendimentos, assim como também ao aumento do poder aquisitivo da população, que gera um aumento de vagas no comércio, por exemplo”, explicou.

Em 2013, a taxa de desocupação se mantinha maior para a população preta e parda do que para a população branca. Enquanto o primeiro grupo partiu de uma taxa de 14,7% em 2003 para uma de 6,4% em 2013, a do segundo grupo saiu de 10,6% para 4,5%. De 2012 para 2013, o desemprego se manteve no mesmo valor para os pretos e pardos, e caiu de 4,7% para 4,5% para os brancos. Apesar disso, nos dez anos, a queda foi de 8,3 pontos percentuais para a população preta e parda e de 6,1 pontos percentuais para a população branca.

A diferença entre a renda de homens e mulheres também foi reduzida, mas persiste. Trabalhadores do sexo feminino ganharam, em média, o equivalente a 73,6% do que os do sexo masculino receberam em 2013. Em 2003, o percentual era de 70,8%, mas chegou a ser de 70,5% em 2007. O rendimento real mensal médio das mulheres em 2013 foi de R$ 1.614,95, enquanto o dos homens foi de R$ 2.195,30.

A taxa de desocupação também é maior entre as mulheres do que entre os homens, com 6,6% contra 4,4%. Em 2003, a taxa para as mulheres era de 15,2%, e, a para os homens, de 10,1%. A maior taxa de desemprego é verificada entre as mulheres negras, para quem o índice chega a 7,9% em 2013 e foi de 18,2% em 2003. As mulheres brancas têm a segunda maior, de 5,4%, e os homens negros, de 5,1%. A dos homens brancos, que era de 8,6% em 2003, caiu para 3,8% em 2013.

São Paulo continua sendo a região metropolitana com a maior renda média, de R$ 2.051,07, seguida pela do Rio de Janeiro, de R$ 2.049,07,  de Porto Alegre, de R$ 1.892,83, e pela de Belo Horizonte, de R$ 1.877,99. Salvador, com R$ 1.460,68, e Recife, com R$ 1.414,40, possuem os menores valores médios.

O uso dos termos preto e pardo, empregados pela matéria, respeita as categorias originais usadas na pesquisa pelo IBGE.

Agência Brasil

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Diversos

Número de desempregados no mundo sobe para 202 milhões

Com a recuperação ainda lenta da economia global, o número de desempregados aumentou em 5 milhões em 2013, e chegou a 202 milhões de pessoas, mas manteve a taxa de 6% do ano anterior, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados nesta segunda-feira.

O relatório “Tendências Mundiais de Emprego 2014” mostra que quase metade do contingente mundial de novos desempregados se concentrou nas regiões da Ásia Oriental (taxa de 4,5%), África Subsaariana (7,6%) e Europa (11%).

No Brasil, segundo estimativas preliminares, a taxa foi de 6,7% em 2013, uma queda em relação aos 6,9% registrados em 2012, mas ainda ligeiramente acima da média da região da América Latina e Caribe, que foi de 6,5%. O tempo médio que o brasileiro fica desempregado, de acordo com a OIT, é de pouco mais de quatro meses.

Para os próximos anos até 2018, a projeção da organização é de crescimento do número de vagas – de 40 milhões por ano – menor do que o do contingente que ingressa no mercado de trabalho – de 42,6 milhões por ano.

Desta maneira, o total de desempregados deve aumentar em 13 milhões neste período, para 215 milhões de pessoas, mas o percentual deverá se manter estável, 0,5 ponto percentual acima do valor registrado no início da crise, em 2008.

Desalento avança

O documento apontou ainda que cerca de 23 milhões de trabalhadores abandonaram o mercado no ano passado.

– Quando se estima que 23 milhões de pessoas abandonaram a busca de trabalho, é imperativo que sejam implantadas políticas ativas do mercado laboral com maior vigor para enfrentar a inatividade e o desajuste de qualificações – afirmou o principal autor do relatório, Ekkhard Ernst, em comunicado da OIT.

De acordo com a OIT, “um grande número de potenciais trabalhadores desalentados permanece fora do mercado de trabalho”.

– O que necessitamos com urgência é repensar as políticas. Devemos intensificar nossos esforços para acelerar a geração de empregos e apoiar as empresas que criam empregos – afirmou o diretor geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.

Extrema pobreza recua

A geração de vagas continuou fraca, com reflexos principalmente no emprego de jovens, cuja inclusão a OIT destacou como uma necessidade. Hoje, cerca de 74,5 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estão desempregadas, o que representa uma taxa juvenil de desemprego de 13,1%, mais que o dobro da taxa média mundial.

Nos países em desenvolvimento, o emprego formal continua se prolongando e o ritmo das melhorias na qualidade do emprego está diminuindo, segundo o relatório. Na prática, menos pessoas estão saindo da pobreza.

No ano passado, o número de trabalhadores em situação de extrema pobreza – vivendo com menos de US$ 1,25 por dia – caiu 2,7%, uma das taxas mais baixas da última década. A estimativa da OIT é que 375 milhões de trabalhadores viviam, no ano passado, com menos de US$ 1,25 por dia. (Colaborou Cristiane Bonfanti)

O Globo

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Diversos

Casamentos de mulheres mais velhas com homens mais novos aumentam no país, aponta IBGE

A brasileira está demorando mais para incluir em sua vida o casamento e a maternidade. Idades mais avançadas também estão relacionadas a outra mudança nas uniões conjugais registradas no país: tem se tornado cada vez mais comum encontrar mulheres mais velhas ao lado de homens mais novos. O fenômeno, ao contrário do que costuma acontecer com vários indicadores sociais, ocorre numa proporção muito similar para todas as regiões do país, com variações mínimas, que vão de 23,3% (Nordeste) para 24,5% (Sudeste). As constatações fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2012, divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento deste tipo de união formal, no qual a mulher tem idade superior à do homem, tem sido constante desde 2002. De lá para cá, o percentual subiu de 20,7% para 24%, em 2012.

Na última década, aliás, a idade mediana das solteiras na data do casamento passou dos 23 anos, em 2002, para os 25 anos, em 2012. O plano de dividir as escovas fica especialmente para mais tarde no Amapá, estado onde as mulheres casam aos 28 anos. O mesmo ocorre com os homens, que, no caso, põe a aliança no dedo, em média, aos 30 anos.

Embora, em 2012, a maior taxa de nupcialidade legal para as mulheres tenha permanecido no grupo etário de 20 a 24 anos (30 casamentos por 100 mil habitantes), este valor variou pouco na comparação com 2002 (subiu de 28,1 para 30,2). Considerando o mesmo período, houve queda na faixa de 15 a 19 anos e um aumento considerável nos grupos de 25 a 29 anos (21,2 para 29) e 30 a 34 anos (11,5 para 20,2).

No Brasil, considerando os números do IBGE, está mais difícil encontrar solteiros para casar hoje do que há uma década. É que, embora os casamento entre cônjuges permaneçam como os mais usuais no país, houve uma redução de 8,4 pontos percentuais desde 2002, chegando a 78,2% em 2012. Em contrapartida, 1 em cada cinco uniões formalizadas na mesmo ano foram recasamentos. Segundo o IBGE, este crescimento é um dos fatores que têm puxado a alta das taxas de nupcialidade legal e da idade mediana de homens e mulheres na data do casamento.

Assim como o casamento, a maternidade também tem chegado mais tarde para a brasileira. As estatísticas divulgadas pelo IBGE revelam uma elevação dos percentuais de registros de nascimentos no grupo etário de 30 a 34 anos. No Brasil, a alta foi registrada em todas as regiões e, no conjunto do país, a proporção passou de 14,4% para 19%, na última década. No Sul e no Sudeste, o registro nesta faixa etária mais madura foi mais comum do que na faixa entre 15 a 19 anos. No Distrito Federal (11,9%), no Rio Grande do Sul (11,3%) e em São Paulo (11%) foram encontrados os maiores percentuais de registros de nascimentos de mães com idades entre 35 e 39 anos. Situação contrária foi registrada em Alagoas, Pará e Maranhão, onde os nascimentos ocorreram mais entre mulheres com até 24 anos.

Cai proporção de registros de nascimento fora da época

Documento fundamental para o exercício da cidadania, o registro civil de nascimento está mais acessível ao brasileiro. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, que traz uma série revisada dos sub-registros de nascimento, ou seja, aqueles não realizados no ano em que ocorreram ou nos primeiros três meses do ano seguinte, revela que, em uma década, o percentual de sub-registros caiu de 20,3% para 6,7%, considerando o período entre 2002 e 2012.

Além disso, no país, a proporção de registros extemporâneos, ou seja, fora da época considerada apropriada, passou de 26,3% para 6,2%, entre 2002 e 2012. O avanço foi particularmente notado no Maranhão, onde a proporção passou de 67,4% para 15,4%, no mesmo período. Desde a aprovação da lei 9.534, de 1997, que instituiu a gratuidade na emissão do documento, uma série de iniciativas governamentais tentam ampliar a cobertura da população registrada em cartórios, dentro dos prazos legais.

Cláudio Crespo, responsável pela Coordenação de População e Indicadores Sociais, observa que a melhoria no indicador é reflexo de uma série de esforços, como a realização de mutirões de registro de nascimento.

– É uma informação importante não só para os estudos demográficos, mas também porque representa um número crescente de crianças que são registradas no próprio ano de nascimento. Essa é uma preocupação social, e a década mostrou que houve um esforço significativo, um conjunto de campanhas que vem sendo realizadas continuamente. Há uma ação dos cartórios junto com as maternidades, em especial as públicas, que tem propiciado que pais e mães registrem seus filhos logo nos primeiros dias após o nascimento. É uma importante medida de diagnóstico dos direitos humanos das crianças.

O Globo

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Política

Avaliação positiva do governo Dilma sobe para 43%, diz Ibope

A avaliação positiva do governo Dilma subiu seis pontos percentuais desde setembro e passou de 37% para 43%, segundo Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta sexta-feira (13).

Mesmo com o aumento no percentual de eleitores que considera o governo “ótimo” ou “bom”, o governo Dilma ainda não retomou os índices de aprovação registrados no começo deste ano — em março, a avaliação positiva era de 63%.

Em julho, logo depois das manifestações que tomaram o País, a aprovação do governo atingiu o recorde negativo de 31%; em setembro, o percentual já havia passado para 37%.

O Ibope ouviu 2002 eleitores em 26 estados e no Distrito Federal, entre 23 de novembro e 2 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

R7

Opinião dos leitores

  1. Os cães ladram e a caravana passa. Não adianta o latidos dos cães, não importa o barulho que façam, a caravana segue.

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Diversos

IBGE: expectativa de vida do brasileiro sobe e chega a 74,6 anos

A expectativa de vida do brasileiro subiu para 74,6 em 2012, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor representa um acréscimo de 5 meses e 12 dias em relação aos 74,1 anos estimados em 2011. Considerando o sexo, o ganho foi maior para as mulheres, uma vez que a estimativa passou de 77,7 anos para 78,3 anos. Entre a população masculina, foi de 70,6 anos para 71 anos.

Os dados fazem parte das Tábuas Completas de Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, referentes a 2012. As informações são divulgadas anualmente pelo IBGE e são usadas pelo Ministério da Previdência com um dos parâmetros para estabelecer o fator previdenciário no cálculo das aposentadores das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Geral.

Houve aumento nas expectativas de vida de todas as idades, mas elas foram maiores, nos extremos, ou seja, nos menores de um ano de vida e no grupo acima de 80 anos. Neste último grupo, por exemplo, enquanto o acréscimento foi de 2 meses e cinco dias, considerando o período 2011-2012, entre as mulheres, saltou para 6 meses e 25 dias. Para quem ultrapassou os 80 anos, são esperados mais 9,1 anos.

As tábuas mostram ainda que, entre os menores de um ano de idade, a taxa de mortalidade infantil caiu: passou de 16,4 para cada mil nascidos vivos em 2011 para 15,7 óbitos em 2012. Apesar da redução, os valores registrados no Brasil são muito maiores do que os encontrados em países mais desenvolvidos, onde as taxas giram em torno de cinco óbitos para cada mil nascidos vivos.

O estudo mostra que, no grupo de jovens adultos de 15 a 30 anos, a mortalidade é maior entre homens do que em mulheres, em decorrência dos óbitos por causas violentas.

As tábuas são elaboradas com base na Projeção da População para o período 2000-2060 e consideram dados populacionais e estimativas da mortalidade infantil do Censo Demográfica, além de informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade.

O Globo

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Diversos

Frota de veículos no RN cresce quatro vezes mais que a população

O setor de Estatística do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) divulgou na manhã de hoje (25) uma análise comparativa referente ao crescimento da frota de veículos e o aumento populacional no RN. Os dados apontam que do ano de 2010 até outubro de 2013 a população norte-riograndense cresceu 6,5%, enquanto a quantidade de veículos automotores foi ampliada em 29,99%.

A situação no interior do RN (exceto Mossoró) é ainda mais acentuada, já que a população nessa localidade foi alçada em 6,59% e o número de veículos chegou a progredir em 36,29%. Os dados também informam sobre a cidade de Mossoró, que teve sua quantidade de habitantes elevada em 7,89% e sua frota de carros subiu em 27,85%. Já Natal contou um aumento populacional de 6,24% e o avanço do volume de automóveis chegou a 19,80%.

O diagnóstico estatístico buscou ainda quantificar nas áreas do RN, interior do Estado, Natal e Mossoró o número de pessoas em relação à quantidade de veículos. Em 2010 o RN contabilizava 4,33 pessoas por automóvel, passando agora em 2013 para 3,55 habitantes por carro.

No interior estadual (exceto Mossoró) o número saiu de 5,23 cidadãos por veículo para 4,09. Em Mossoró a relação população por frota de carros caiu de 2,84 para 2,40. E Natal partiu de 2,88 para 2,55 indivíduos por veículo automotor.

O relatório quantifica também a evolução do número de condutores no Estado que se encontram cadastrados no Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach) no ano de 2010 e em outubro deste ano. Os dados apresentam que 525.300 cidadãos se encontravam habilitados a pilotar veículo automotor em 2010.

Agora, esse montante cresceu para 642.948 motoristas, o que representa um aumento de 18,29% na quantidade de condutores habilitados no Rio Grande do Norte. O documento gera ainda uma previsão de que em julho de 2014 mais de um milhão de veículos estarão em circulação pelas vias urbanas e rurais do RN.

As informações populacionais registradas no relatório foram baseadas no censo de 2010 e na população estimada para o ano de 2013 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a frota de automotores foi contabilizada através do banco de dados do Detran/RN.

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Opinião dos leitores

  1. É um absurdo tantos carros na rua e o pior é que a maioria comete BARBERAGENS TODOS OS DIAS todas as horas e de todos os jeitos! Os CFCs sem qualidade também, visando o lucro, abarrotados de gente, não estão formando bons condutores e o trânsito em Natal, uma cidade tão pequena, fica o CAOS que está!

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Polícia

Número de casos de estupro superou o de homicídios dolosos no país em 2012

O índice de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) por cem mil habitantes no Brasil aumentou 7,8% de 2011 para 2012, apesar de os gastos com segurança pública no país terem crescido 15,83% no mesmo período, segundo dados do 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira. O estudo mostrou que o total de estupros no ano passado (50.617) foi maior que o número de homicídios dolosos (47.136) no mesmo período. No país, houve 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes em 2012, um crescimento de 18,17% em comparação com 2011, quando a taxa era de 22,1.

No Brasil, a taxa de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) passou de 22,5 mortes por 100 mil habitantes em 2011 para 24,3 no ano passado.

O estado com maior número de homicídios dolosos continua sendo Alagoas, com 58,2 mortes por 100 mil habitantes. O Amapá foi o estado que teve maior aumento de taxa de homicídios de 2011 para 2012, um crescimento de 193,9%. Porém, o Fórum afirma que os dados deste estado são pouco confiáveis. Em segundo lugar no ranking dos estados com maior crescimento de taxa de homicídios está o Pará, com avanço de 186,6% do índice de homicídios por 100 mil habitantes entre 2011 e 2012. O Fórum afirma que as informações do Pará são confiáveis. No Pará, o índice de assassinatos por 100 mil habitantes passou de 14,7 em 2011 para 42,2 em 2012.

No Rio, o índice de homicídios dolosos caiu 5,6% de 2011 para 2012. Em São Paulo, houve um aumento foi de 14,5%.

O número de estupros em 2012 foi considerado “alarmante” pelo Fórum. Roraima é o estado com maior taxa de estupro por 100 mil habitantes, com 52,2. Em seguida aparecem os estados de Rondônia (49 por 100 mil habitantes) e Santa Catarina (45,8). Porém, segundo o Fórum, os números reais podem ser ainda piores nestes estados, devido à qualidade de informação prestada por eles.

No Rio de Janeiro, a taxa de estupros em 2012 ficou em 36,5 e em São Paulo, em 30,8.

Em 2012, os gastos com segurança pública no país somaram R$ 61,1 bilhões. Os dados foram obtidos por meio do cruzamento de informações da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, e da secretaria da Fazenda de todos os estados. São Paulo foi o estado que mais investiu em segurança, com R$ 14,37 bilhões, um crescimento de 17,27% em relação ao ano anterior e 82,36% maior que as despesas da União, que somaram R$ 7,88 bilhões. Porém, 39,7% dos gastos de São Paulo com segurança foram destinados ao pagamento de aposentadorias, “não contribuindo diretamente pelo policiamento ou para demais funções de segurança”, diz o Fórum.

Segundo o Anuário, os investimentos em inteligência e informação aumentaram, mas ainda são escassos e somaram apenas R$ 880,05 milhões, ante a R$ 17,56 bilhões de policiamento, R$ 2,57 bilhões de defesa civil e R$ 31,78 bilhões para outras funções. Os gastos com inteligência no país cresceram 78,12% de 2011 para 2012, “o que indica que os estados e a União estão começando a se preocupar mais com questões estratégicas para o aperfeiçoamento da segurança pública”, diz o Fórum. O crescimento foi puxado por São Paulo, que investiu R$ 273,24 milhões a esse setor.

Cada estado gastou, em média, R$ 27,62 milhões em informação e inteligência. O Rio de Janeiro, de acordo com o Fórum, é o estado que menos investiu em inteligência, pois declarou ter aplicado apenas R$ 19,06 mil na área em 2012.

De acordo com o Anuário, a população carcerária brasileira aumentou 9,39% de 2011 a 2012, saltando de 471.250 para 515.480. Neste período, o número de vagas nos presídios do país cresceu apenas 2,82%, chegando a 303.740 no ano passado. O Brasil conta com 1,7 detentos por vaga, em média.

O Globo

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Economia

Em 2014, Brasil terá o menor crescimento entre países emergentes, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a projeção de crescimento do Brasil em 2013, mas reduziu a de 2014. Os economistas do Fundo seguem apostando que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá 2,5% este ano, de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira (8) pelo Fundo no início de sua reunião anual. A estimativa é a mesma que havia sido divulgada em julho. Mas, para o ano que vem, a projeção anterior de alta de 3,2% do PIB foi reduzida para 2,5%.

Se o crescimento de 2,5% se confirmar em 2014, este será a menor alta entre os emergentes. Apesar de a projeção ter sido cortada, a Índia deve crescer 5,1% em 2014 e 3,8% em 2013. As projeções para o PIB da China também foram reduzidas e o documento diz que o país asiático terá nos próximos anos um ritmo menos intenso de crescimento do que vinha registrando. Em 2013, a previsão de crescimento da economia baixou de 7,8% para 7,6%. No ano que vem, foi reduzida de 7,7% para 7,3%.

No caso da Rússia, o PIB deve crescer 3% em 2014 e 1,5% em 2013. O documento ainda calcula uma alta de 2,9% da economia da África do Sul em 2014 e de 2% em 2013.

Os países emergentes, ressalta o FMI, estão registrando crescimento menor e devem contribuir menos com o avanço do PIB mundial este ano e nos próximos. As taxas de expansão destes mercados estão em torno de três pontos porcentuais abaixo do que eram em 2010, com Brasil, Índia e China respondendo por dois terços do declínio. No caso do Brasil e Índia, o relatório destaca que parte da desaceleração deve-se a uma infraestrutura insuficiente, que limita uma maior expansão da atividade, além de questões regulatórias.

A América Latina deve crescer 2,7% este ano e 3,1% no próximo, nos dois casos uma redução de 0,3 ponto porcentual ante a estimativa divulgada em julho. O México deve se expandir apenas 1,2% este ano. O país teve o maior corte na estimativa do PIB em 2013 no relatório de hoje, com redução de 1,7 ponto.

Manutenção da projeção

Foi a primeira vez em mais de um ano que o FMI manteve a projeção de crescimento brasileiro para 2013, já que o número vinha sendo reduzido a cada novo relatório com estimativas econômicas do Fundo desde meados do ano passado. Para 2014, a redução de 0,7 ponto porcentual na projeção do PIB brasileiro foi a maior entre os principais países com números divulgados hoje pelo FMI.

No relatório, o FMI destaca que a recuperação da economia brasileira deve continuar em ritmo moderado, ajudada pela alta do dólar e pelo consumo, além das políticas de estímulo do governo para incentivar o investimento. Mas o documento chama atenção para o fato de que a inflação alta pode pesar no desempenho do varejo ao reduzir o poder de compra da população. Incerteza política e problemas pelo lado da oferta também podem continuar a prejudicar a atividade econômica.

Em meio à inflação ainda alta, o FMI diz que o Brasil pode precisar elevar novamente os juros. “Em um grupo de países, incluindo Brasil, Índia e Indonésia, um maior aperto (na política monetária) pode ser necessário para fazer face à continua pressão inflacionária vinda da limitação da capacidade produtiva e que deve ainda ser reforçada pela recente depreciação da moeda”, afirma o documento, que reserva boa parte de sua análise para descrever a desaceleração econômica dos mercados emergentes – movimento que acabou acontecendo em intensidade maior do que se esperava.

O FMI estima que o índice de preços ao consumidor vá subir 6,3% este ano no Brasil e 5,8% no próximo. O déficit da conta corrente deve ficar em 3,4% e 3,2%, respectivamente neste ano e no próximo. Já para a taxa de desemprego a previsão é de 5,8% e 6%. Ainda sobre o Brasil, o FMI alerta que a política fiscal do País precisa ser reforçada com urgência, dado o alto nível de endividamento.

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