Geral

TRAGÉDIA – (FOTO E VÍDEO): Fortes chuvas deixam mais de 100 mortos e centenas de desaparecidos na Alemanha e Bélgica

Foto: Boris Roessler/picture alliance via Getty Images

As enchentes causadas por fortes chuvas que atingem a região oeste da Alemanha e a Bélgica deixaram dezenas de mortos e centenas de desaparecidos. Também há registros de inundações na Holanda e em Luxemburgo.

Após um dia de intensos trabalhos de resgate e de operações para evacuar as cidades que começaram na noite anterior, as autoridades alemãs confirmaram a morte de 93 pessoas.

A maioria das mortes ocorreu nos estados da Renânia do Norte-Vestfália e na Renânia-Palatinado, em cidades cortadas pelos rios Ahr e Reno.

Autoridades disseram que ainda não puderam localizar 1.300 moradores da cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler. A administração regional afirmou que a rede de telefonia não está funcionando na região, e por isso as autoridades esperam que as pessoas que ainda não puderam ser contatadas estejam simplesmente passando por dificuldades de comunicação.

Cerca de 3.500 pessoas da região estão alojadas em acomodações de emergência e mais de mil trabalhadores, entre bombeiros, policiais e outras forças, estão atuando no serviço de emergência, afirmou em comunicado a administração do distrito.

Na Bélgica, autoridades relataram que ao menos 11 pessoas morreram em decorrência das enchentes. Os moradores de Liège foram evacuados quando o rio Meuse, que corta a quarta cidade mais populosa do país, transbordou.

Com Gazeta do Povo

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  1. Isso é a natureza, em qualquer parte do mundo é assim, em Natal quando chove forte e alaga tudo culpam o gestor.

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Geral

Criança brasileira está entre os desaparecidos no desabamento de prédio em Miami

Lorenzo e seu pai, Alfredo: desparecidos após desabamento de prédio em Miami Foto: Reprodução

Um menino brasileiro de cinco anos está desaparecido após o desabamento parcial de um edifício de 12 andares em Miami, nos Estados Unidos, na madrugada de quinta-feira. A criança, que atende pelo nome de Lorenzo, morava com os pais no apartamento 512, mas a mãe estava fora da cidade no momento da tragédia, segundo informações da CBS confirmadas ao GLOBO por uma amiga próxima da família.

“A tragédia que aconteceu em Miami foi no meu prédio e Lorenzo e Alfredo estavam dormindo no momento do colapso. Ainda não tenho nenhuma notícia dos dois. Eu viajei ontem para visitar minha família no Colorado e fui acordada com a notícia”, disse a mãe do menino, Raquel Oliveira, de 41 anos, no Facebook, na noite de quinta-feira.

Nesta sexta, Raquel informou que “as buscas não param e vão continuar por dias” e que já entregou uma amostra de seu DNA às autoridades “para compararem com os das crianças não identificadas conforme forem achando”. Uma amostra do DNA dos pais do marido, o italiano Alfredo Leone, também será enviada da Espanha, disse.

“Amigos, eu estou bem, estou calma. Mas estou evitando muito ficar pensando nos dois em si e me focando mais em fazer o que precisar ser feito. Eu não posso ficar emotiva agora senão eu vou desabar, eu eu preciso star atenta, alerta e rápida”, desabafou Raquel, que mora com o marido e o filho em Miami desde 2017, segundo uma amiga próxima da família.

Ao menos mais um brasileiro já foi identificado entre as pessoas que estavam no prédio que desabou. Bruno Treptow, pai da jornalista Joana Treptow, apresentadora do Jornal da Band, morava nesse edifício há 20 anos. Ele foi entrevistado pela filha ao vivo e relatou os momentos de tensão e medo que viveu.

— Aconteceu 1h30. Eu estava dormindo e ouvi um estrondo que parecia vir do teto e acordei. Minha mulher estava dormindo. Ela acordou assustada e eu falei: “o teto está caindo!” e ela respondeu: “não, não pode ser!”. Logo em seguida ouvimos outro estrondo. Depois, soube que nessa hora foi quando as duas outras partes do prédio caíram. Eu falei: ‘Pronto. Vamos morrer. Acabou’ — contou.

Ele e a mulher foram resgatados pelos Bombeiros com o auxílio de uma escada magirus.

Até o momento, foram registradas quatro mortes no local, mas a polícia ainda não conseguiu localizar 159 pessoas que poderiam estar no edifício no momento do acidente, que ocorreu por volta de 2h de quinta-feira no horário local (3h no horário de Brasília) e, segundo o Corpo de Bombeiros, atingiu 55 apartamentos.

Entre os desaparecidos, também estão ao menos outros 18 latino-americanos: três uruguaios, nove argentinos e seis paraguaios. Neste último grupo, estão Sophía López Moreira, irmã da primeira-dama do Paraguai, Silvana López Moreira, seu marido e três filhos, e a empregada da família.

Ao todo, 35 pessoas que estavam presas na parte do prédio que resistiu foram resgatadas sem ferimentos. Dez moradores ficaram feridos e foram tratados no local. Outras duas pessoas precisaram ser transferidas para hospitais.

O prédio faz parte do condomínio Champlain Towers South, que terminou de ser construído em 1981, tem mais de 100 apartamentos e está localizado na Avenida Collins, na vila de Surfside. Unidades de um a quatro quartos têm preços que variam de US$ 600 mil a US$ 700 mil, até R$ 3,5 milhões na cotação atual do câmbio.

O Globo

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Geral

Flórida – (EUA): dezenas estão desaparecidos em desabamento de prédio

Foto: © REUTERS/Marco Bello/direitos reservados

Equipes de resgate buscavam, nessa quinta-feira (24), entre toneladas de escombros, qualquer sinal de sobreviventes no local do desabamento de parte de uma torre residencial de frente para o mar. O desabamento ocorreu na madrugada de ontem, deixando pelo menos uma pessoa morta e quase 100 desaparecidas, segundo autoridades.

Sally Heyman, comissária do condado de Miami-Dade, disse que as autoridades não conseguiram dazer contato com 51 indivíduos que “supostamente” moravam no prédio.

O diretor da polícia de Miami-Dade, Freddy Ramirez, afirmou a jornalistas que 99 pessoas estão desaparecidas e 53, cujos paradeiros eram inicialmente desconhecidos, foram localizadas, embora não tenha dito se todos do segundo grupo estão vivos.

“Equipes de resgate e bombeiros estão no local com seus cães de busca. É um local muito perigoso no momento. Muito instável”, disse Ramirez. “Eles estão nos trabalhos de busca e resgate, e vão atuar por um tempo. Não vão desistir, não vão parar.”

Ramirez disse ainda que o número de vítimas e de pessoas desaparecidas deve provavelmente mudar. “Eu não quero criar falsas expectativas”, declarou. “Essa situação é muito trágica para as famílias e a comunidade.”

Uma autoridade dos bombeiros informou que 35 pessoas foram resgatadas do edifício em Surfside, um enclave à beira-mar com 5.700 moradores, em uma ilha-barreira na Baía de Biscayne, perto de Miami. Duas pessoas foram resgatadas dos escombros, enquanto as equipes de resgate utilizam drones e cães farejadores na busca por sobreviventes.

Autoridades dizem que o prédio, construído em 1981, estava passando por um processo de reavaliação, necessitando de consertos, e que outro prédio estava sendo construído ao lado, embora a causa do desabamento ainda não esteja clara.

“É difícil imaginar como isso pode ter acontecido”, disse o prefeito de Surfside, Charles Burkett, a repórteres. “Prédios não caem simplesmente.”

Imagens de uma emissora de TV de Miami mostraram a equipe de resgate retirando um menino de pilhas de destroços, e bombeiros usando escadas de caminhões para resgatar moradores presos nas varandas.

Burkett afirmou que parte do prédio com varandas voltadas para a praia teve um efeito cascata, com um andar desabando sobre o outro.

“A parte de trás do prédio, provavelmente um terço ou mais, está totalmente destruída”.

Ele também disse que o desabamento parece ter afetado 30 unidades do edifício.

Barry Cohen e sua esposa foram resgatados do prédio. “No início, parecia um relâmpago ou trovão”, disse Cohen, ex-vice-prefeito de Surfside e morador do prédio. “Mas então continuou – de forma constante por pelo menos 15 a 30 segundos – continuou indo e indo e indo”. Cohen também disse que havia uma obra no topo do prédio por mais de um mês.

A Polícia de Miami-Dade assumiu o controle da investigação. Mais de 80 unidades de resgate e bombeiros foram acionadas, informou o Departamento de Bombeiros do Condado de Miami-Dade em mensagem no Twitter nessa quinta-feira.

Um vídeo de uma testemunha mostrou vizinhos se reunindo do outro lado da rua, em meio aos escombros. Uma pessoa diz: “todo esse edifício aqui está completamente destruído”.

Agência Brasil, com Reuters

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Clima

Tempestade em Santa Catarina deixa mortos e desaparecidos

Foto: CNN Brasil

Pelo menos 10 pessoas morreram e 20 ficaram desaparecidas após as fortes chuvas que atingiram municípios de Santa Catarina na madrugada desta quinta-feira (17). De acordo com a Defesa Civil estadual, as vítimas são do município de Presidente Getúlio.

A Defesa Civil também emitiu um alerta “de alto nível” para risco de deslizamentos na região do Alto Vale do Itajaí. As regiões de Médio Itajaí e Grande Florianópolis estão em nível de alerta moderado. Já no leste do Planalto Norte e Sul e toda região do Litoral Norte e Sul estão em observação.

O volume de chuva acumulado nas últimas 72h somam mais de 200 milímetros, sendo a região do Alto Vale do Itajaí a mais afetada.

A previsão ainda indica possibilidade de chuvas nas próximas 24 horas com acumulados que podem passar dos 50 milímetros.

Os municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí estão com alerta de atenção para inundação nas próximas 2 horas.

Os temporais devem ser ainda mais fortes no sábado (19) e no domingo (20), com a formação de um intenso ciclone extratropical na costa da Argentina. Há risco moderado a alto para chuva forte com raios, rajadas de vento de até 65k/h e eventual queda de granizo.

CNN Brasil

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Diversos

Tragédia(FOTO): Pessimismo marca busca de 300 desaparecidos em naufrágio na Coreia do Sul

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Foto: AFP

Cerca de 300 pessoas estão desaparecidas após o naufrágio de um barco que afundou na costa sudeste da Coreia do Sul, deixando pelo menos quatro mortos. Cerca de cem barcos e 20 helicópteros participam do socorro, e até agora 164 pessoas foram resgatadas. Com a chegada da noite (hora local), mergulhadores de um grupo das forças especiais inspecionavam o local com a ajuda de uma iluminação especial, mas as autoridades se mostravam pessimistas.

A temperatura da água em 12 graus e a profundidade da zona tornam difícil encontrar sobreviventes. Além disso, a Guarda costeira acredita que muitos tenham ficado presos no interior da embarcação.

— Temo que haja poucas possibilidades de encontrar com vida os que estejam presos lá dentro — disse Cho Yang-Bok, responsável pelo resgate.

Passageira ouviu um estrondo

A embarcação adernou e afundou após raspar o casco no fundo do mar. O barco havia partido do porto de Incheon, no que pode ser o maior desastre marítimo na Coreia nos últimos 20 anos. A balsa levava 477 pessoas, sendo 448 passageiros e 29 tripulantes. Entre eles estavam 325 estudantes e 14 professores que faziam uma excursão à ilha de Jeju. Até agora, o governo sul-coreano confirmou a morte de quatro pessoas, um homem e três mulheres.

— Estava tudo bem. De repente fez “bum” e houve um grande barulho de carga caindo — contou Cha Eun-ok, que estava no deck fazendo fotos na hora do acidente. — Os altofalantes mandavam as pessoas permanecerem… Quem permaneceu ficou preso.

As operações de socorro envolvem 18 helicópteros e cerca de cem navios, entre embarcações mercantes, militares e da guarda costeira. O acidente ocorreu a cerca de 20 km da ilha de Byungpoong.

— O navio fez água e afundou — declarou um porta-voz da guarda costeira por telefone.

A balsa enviou um sinal de socorro às 9h (21h de terça-feira em Brasília) após, segundo testemunhas, bater com a fundo do casco no solo marinho. Autoridades temem que centenas de pessoas tenham ficadas presas na balsa, que virou e afundou perto da ilha de Byungpoong em apenas duas horas após o envio do primeiro sinal de socorro.

— Houve um grande choque e a balsa parou. O barco adernou e precisamos segurar em alguma coisa para não cair — disse um passageiro por celular ao canal de televisão YTN.

Imagens aéreas exibidas na televisão mostraram os passageiros com coletes salva-vidas em botes infláveis. Alguns escorregavam pelo casco da embarcação, totalmente inclinada, enquanto outros eram resgatados por pequenos barcos de pescadores.

A balsa seguia para a ilha de Jeju, um complexo turístico muito popular. Entre os passageiros estavam mais de 300 estudantes de uma escola secundária de Ansan, uma cidade ao sul da capital Seul, que estavam de férias. Os pais dos alunos se reuniram na escola de Ansan à espera de notícias e tentavam obter notícias dos filhos.

Várias pessoas foram resgatadas por barcos de pesca e navios mercantes que estavam na região antes da chegada da guarda costeira. Também participaram no resgate mergulhadores e forças especiais da marinha.

— Há muito barro na água e a a visibilidade é muito escassa — disse o vice-ministro.

Causas desconhecidas

A balsa, uma embarcação de 6.825 toneladas, zarpou do porto de Incheon na terça-feira à noite, mas começou a registrar problemas depois de percorrer 13 milhas (20 km), diante da ilha de Byungpoong. As causas do acidente são desconhecidas, mas alguns sobreviventes afirmaram que a balsa parou de repente, como se tivesse encalhado, apesar das condições meteorológicas favoráveis.

O barco inclinou mais de 45 de graus e em seguida virou quase por completo. Apenas uma pequena parte ficou de fora da água. A temperatura da água era de 12 graus centígrados.

O tráfego marítimo entre a Coreia do Sul e suas múltiplas ilhas é muito intenso e os acidentes são raros, mas em outubro de 1993 quase 300 pessoas morreram no naufrágio de uma balsa.

O Globo

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Diversos

Mais de 60% das pessoas que somem reaparecem, mas estatísticas não são atualizadas

desaparecidaForam 11 dias escondida na casa de uma colega depois de se desentender com a mãe, que a proibia de frequentar bailes funk na Rocinha. Mas até saber o paradeiro de Y., então com 14 anos, a manicure Sueli da Silva, de 29, não teve opção: registrou o sumiço da filha na Seção de Descoberta de Paradeiros, da Divisão de Homicídios, a mesma que investiga o caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, visto pela última vez em 14 de julho, ao ser levado por PMs à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na mesma comunidade. O registro do sumiço de Y. foi feito em 18 de abril deste ano, mas, apesar de a jovem ter voltado para a família, ainda engrossa as estatísticas de desaparecidos divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), da Secretaria de Segurança. Por não serem atualizados, os números não refletem a realidade do Rio.

— Minha filha fugiu quatro vezes de casa. Não houve nada. Foi coisa da cabeça de adolescente. Ela fugiu na véspera de completar 15 anos. Tinha comprado tudo para a festa dela, fiquei muito chateada. Agora dei um ultimato: se fugir de novo, não irei atrás dela — contou Sueli, admitindo não ter avisado às autoridades sobre a volta da filha. — Não os procurei por esquecimento. Mas a polícia chegou a me ligar para saber ser ela tinha aparecido. Aí eu confirmei.

Os parentes das vítimas, na maioria das vezes, não retornam à delegacia para comunicar o reaparecimento. Segundo a delegada responsável pela Seção de Descoberta de Paradeiros, Elen Souto, mais de 60% dos desaparecidos voltam para casa. Por trás das estatísticas, a delegada explica que há um esforço do estado, muitas vezes em vão, justamente por causa dessa falta de comunicação das famílias. Uma comparação entre os dados do ISP dos períodos de janeiro a julho de 2012 e 2013 mostra um aumento de 7,9% no número de casos. Em relatório divulgado pelo instituto na última quinta-feira, houve 509 desaparecimentos em julho.

Apesar de o número de desaparecidos ser, na realidade, bem menor, pois não há baixa nos índices quando as pessoas reaparecem, uma corrente de pesquisadores levanta a hipótese de os homicídios estarem caindo porque estão migrando para as estatísticas de desaparecimento. O presidente do ISP, coronel Paulo Augusto Souza Teixeira, refuta essa tese. Numa análise de 2009 a 2012, após a pacificação, a redução acumulada dos homicídios chega a 3.979, o que representa uma diminuição de quase mil por ano, enquanto o número de desaparecidos cresceu em menos de 500 casos anualmente, fechando o mesmo período com 1.940 registros. Com base nos índices e perfis diferenciados das vítimas nessas modalidades, Teixeira assegura não haver probabilidade de transferência de casos. Isso porque tanto os números quanto os perfis dos dois tipos de vítimas são diferentes.

— Há um equilíbrio entre os sexos masculino e feminino de quem desaparece. Nos primeiros meses deste ano, por exemplo, foram 60% de homens e 40% de mulheres. Já nos homicídios, a predominância é de pessoas do sexo masculino. Até na faixa etária dos desaparecidos há um certo equilíbrio — disse Teixeira.

Sai para comprar cigarro e não volta

Em 2009, o ISP preparou um estudo detalhado, intitulado “Desaparecimentos, o papel do policial como conscientizador da sociedade”, revelando que 71,3% das vítimas reaparecem — conclusão semelhante à da delegada Elen Souto, que calculou em mais de 60%. Ela acha que o maior consumo de crack contribuiu para a alta dos desaparecimentos:

— O número de pessoas que reaparecem pode ser maior. Infelizmente, poucos avisam que a vítima retornou. A polícia procura quem fez o registro, mas este, muitas vezes, fornece endereço com dados errados ou troca o número do celular. Com o tempo que perdemos, poderíamos estar investigando um caso no qual a pessoa realmente está desaparecida ou até morta.

Elen vê quatro perfis de desaparecidos: quem se droga e rompe com a família; jovens que fogem; idosos e doentes mentais que não lembram o caminho de volta; e cônjuges que abandonam o lar.

— A história do marido que sai para comprar cigarro e não volta ainda existe. Não me esqueço de uma senhora cega, mãe de sete filhos, que registrou o desaparecimento do marido. Ao buscarmos a identidade no cadastro, descobrimos que ele havia atualizado o documento. Quando o localizamos, ele havia abandonado a mulher para viver com outra. Há mulheres que fazem o mesmo — disse Elen, lembrando de uma que saiu no carnaval e só voltou para o marido depois da folia. — Ele foi um dos poucos que retornaram para avisar, apesar do constrangimento.

A rotina da inspetora Ana Carolina Cícero, na Zona Oeste, é pesada. Pelos dados de julho do ISP, houve 24 sumiços em Campo Grande e 23 em Bangu. Juntos, esses bairros somam quase 10% do total de desaparecidos no estado.

— Temos de exaurir as chances de encontrar o paradeiro da vítima. Fazemos uma pesquisa minuciosa, torcendo para encontrar a pessoa com vida, o que, em geral, acontece. Há pessoas que são contumazes em fugir. Já soube de um jovem que fugiu seis vezes. Ele tomava medicamentos controlados. Tem gente que vira moradora de rua. E há situações em que o parente faz o registro para dar entrada na Justiça na certidão de ausência, porque o desaparecido tem bens. É preciso muito cuidado — contou.

A economista Luba Lazouska procura a governanta Luzinete Ferreira da Silva desde 21 de agosto de 2010. Tratada como membro da família, Luzinete, então com 73 anos, saiu da casa da patroa por volta das 23h, em Copacabana, apenas com a roupa do corpo. Luba peregrinou por hospitais, abrigos, asilos e Instituto Médico-Legal.

— Acho que ela surtou. Certa vez, disse que tinha vontade de entrar mar adentro. Se ela aparecesse, eu avisaria à polícia — afirmou Luba.

O sociólogo Gláucio Soares, que foi consultor na pesquisa do ISP de 2009, explicou que estudos em vários países indicam que boa parte dos desaparecimentos é temporária e voluntária.

— No Brasil, perdemos muito porque comunicamos o desaparecimento, não o reaparecimento. Estudos feitos com jovens que estão na rua, drogando-se ou prostituindo-se, mostram que eles, na maioria dos casos, fogem de casa ou são jogados fora. Essa pessoa entra para o arquivo de desaparecidos, mas, na verdade, ela foi expulsa de casa.

Também há subnotificações: casos de pessoas levadas por traficantes e policiais que não são informados, porque os parentes temem represálias. A cientista política Maria Helena Moreira Alves acaba de lançar o livro “Vivendo no fogo cruzado”, que trata do tema:

— Nunca vamos saber o número real de desaparecidos. Ouvi relatos de moradores de comunidades de que até nos caveirões a polícia leva os corpos. Os matadores usam uma faca com lâmina dos dois lados para arrancar as vísceras, a fim de que o corpo afunde no rio. Assim, some-se com o corpo. Ele não aparece nunca mais.

Conselheiro e presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB/RJ, Breno Melaragno também crê que os números de desaparecimentos no Rio não refletem a realidade, seja pela subnotificação ou pela não comunicação do retorno. Para ele, há uma “cifra oculta” dos desaparecimentos:

— Acredito que ela seja bem superior, pela realidade de extrema violência cotidiana a que é submetida grande parte da população. Não há solução a curto prazo: ela passa pela necessidade de os órgãos de segurança ganharem maior credibilidade junto à população, e isso só se dará pela continuidade de bons trabalhos e resultados.

O presidente do ISP, coronel Paulo Augusto Souza Teixeira, reconhece que os números não retratam a realidade. Ele defende um debate sobre o assunto e propõe a criação de um banco nacional de pessoas desaparecidas, a exemplo do cadastro nacional de veículos roubados:

— A preocupação com as pessoas tem que ser maior do que com o patrimônio.

O Globo

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Geral

Embarcação Jeferson I foi encontrada próxima à costa da África do Sul, afirmam familiares

De acordo com reportagem publicada no Portal B.O, a embarcação Jeferson I, que está desaparecida há cerca de 15 dias, foi encontrada na costa da África do Sul e está sendo rebocada em direção à Natal. A informação, não foi confirmada pelo 3º Distrito Naval, que declarou não ter recebido nenhum comunicado sobre o encontro da embarcação.

Segundo os familiares, os próprios pescadores teriam entrado em contato para informar que estavam bem. Com isso, uma grande festa e manifestação é realizada no Canto do Mangue, inclusive, com fogos de artifícios para comemorar a boa notícia.Mesmo sem a confirmação do 3º Distrito Naval, os familiares dos seis tripulantes comemoram a notícia.

O Jeferson I teria sido encontrado por outro barco na costa da África do Sul, e está rebocando a embarcação em direção à costa brasileira. O barco natalense estava em alto mar desde o dia 11 deste mês.

Com informações do Portal B.O

 

Opinião dos leitores

  1. DEUS E PAI NAO DESAMPARA SEU FILHOS.OBG DEUS POR TER TRAZIDOS ESTAS PESSOAS AO SEU LAR .OBG DEUS ….

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Política

Cadastro nacional de desaparecidos poderá incluir adulto

Parente de pessoa adulta desaparecida poderá contar com mais um auxilio para localizar o paradeiro do seu familiar. Projeto de lei com esse objetivo já conta com parecer favorável do relator, senador Paulo Davim (PV-RN), e está pronto para ser votado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

A proposta (PLS 667/2011) pretende ampliar as ferramentas que o Ministério da Justiça usa para solucionar casos de desaparecimento de pessoas no país. Atualmente, o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos contribuiu para a localização de 700 jovens, segundo informa o autor do projeto, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Vital do Rêgo propõe que seja instituído o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. Ele observa que o desaparecimento de pessoas adultas continua sendo um grave problema da sociedade, afligindo diversas famílias. Para ele, um cadastro nacional que inclua tanto jovens e adultos, organiza o sistema de busca nos estados e agiliza o acesso as informações em regiões que ainda não contam com a ferramenta.

O relator acrescenta que a falta de estatísticas produzidas de maneira centralizada impede que se conheçam as causas que levaram as pessoas a se afastarem de seus lares ou de terem sido induzidas ou forçadas a isso e dificulta o dimensionamento do problema.

Ao apoiar a matéria, Paulo Davim enfatiza que o Estado deve enfrentar o problema do desaparecimento de pessoas adultas a partir de dados nacionalizados para facilitar a busca e o registro, ampliando as chances de solucionar os casos.

Fonte: Agência Senado

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Jornalismo

Buscas por universitários continuam

As buscas aos universitários capixabas desaparecidos foram reforçadas no Norte do Espírito Santo e no Sul da Bahia. Na manhã desta terça-feira (24), a Secretaria de Estado de Segurança Pública chegou a informar que um carro com cinco corpos havia sido encontrado na localidade de Juerana, próximo a Posto da Mata, em Nova Viçosa. Mas, o superintendente de Polícia do Interior Danilo Bahiense sobrevoou o local e não confirmou o fato.  O coordenador regional da Polícia Civil no extremo Sul da Bahia Marcos Vinícius Almeida disse que as buscas continuam.

Bahiense afirma que o que motivou as buscas foi “um boato”. “Recebemos a informação e fomos ao local para checar. Sobrevoamos a região de helicóptero e o coronel também nos auxiliou, de carro, mas foi boato. Não encontramos nada. As buscas continuam”, disse.

Os cinco jovens que seguiam do Norte do Espírito Santo para Prado, na Bahia, na última sexta-feira (20), desapareceram antes de chegar ao destino, segundo familiares. Os universitários de São Mateus e Colatina saíram do estado às 19h e foram vistos pela última vez em um posto de combustíveis em Pedro Canário.

Rosaflor Oliveira, Izadora Ribeiro, Amanda Oliveira, Marllonn Amaral e André Galão estavam em um Fiat Punto prata dirigido por André. Eles iam para Prado comemorar o aniversário da mãe de Izadora. A irmã de Rosaflor, Luísa Chacon, disse ao G1 que os pais saíram de Vitória com destino a São Mateus para ajudarem nas buscas. “Minha irmã faz faculdade lá. Está sendo muito difícil”, conta. Segundo Luísa, até a manhã desta segunda-feira (23) ainda não havia novidades sobre o desaparecimento.

Enquanto acompanha a investigação da polícia sobre o desaparecimento da filha junto com outros quatro amigos em viagem à Bahia, Zaquel Silveira, pai de Izadora Ribeiro, disse ao G1que não perdeu as esperanças. “Nunca podemos pensar negativo”, declarou. Ele mora em Prado, na Bahia, e está em São Mateus, no Espírito Santo.

O pai de Izadora não vê a possibilidade de alguém de Prado ter a intenção de fazer algum mal à filha. “Não sei a respeito de nenhum ex-namorado dela na cidade. Ela era uma pessoa muito querida”, contou. O atual namorado de Izadora, Wagner Buffon, de 30 anos, também vai prestar depoimento nesta terça-feira. “Ninguém tinha motivo para fazer nada com ela. Era uma menina jovem, com tudo pela frente”, afirmou.

No programa Mais Você desta terça-feira, Doralice Ribeiro Santos Oliveira, mãe de Izadora, revelou que existe uma possibilidade de crime de vingança contra eles, mas não quis dar detalhes do caso e afirmou que a polícia está ciente de todos os detalhes para seguir a investigação.

A mãe de Rosaflor, Márcia Pereira de Oiliveira, continua na delegacia de São Mateus, esperando por notícias oficiais. “Estamos renovando a esperança a cada minuto, recebemos muita notícia ruim, muito trote, muita coisa sem sentido, é muito difícil. Nossa posição é permanecer aqui até ter uma informação concreta do delegado, ou de fonte oficial”, disse.

Segundo a mãe de Rosaflor, todos os pais dos cinco jovens estão reunidos na delegacia da Polícia Civil, em São Mateus. Qualquer informação pode ser encaminhada à Delegacia de Pessoas Desaparecidas pelo telefone (27) 3137-9065 ou pelo disque-denúncia 181.

Fonte: G1

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Acidente

Os cinco jovens desaparecidos são encontrados mortos na Bahia

A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo encontrou na manhã desta terça-feira os corpos dos cinco universitários desaparecidos desde sexta-feira, Eles foram localizados na BR-418, região de Juerana, em Posto da Mata, na Bahia. Os jovens estavam dentro do veículo, e a causa mais provável é de acidente

Hoje pela manhã um helicóptero da Polícia Militar saiu do Espírito Santo com destino à Bahia para auxiliar nas buscas, numa área de 700 km quadrados.

Os cinco estudantes haviam desaparecido durante uma viajavam da cidade de São Mateus, no norte do ES, para Prado, no sul da Bahia, na sexta-feira. Os amigos Rosaflor Oliveira, Izadora Ribeiro, Amanda Oliveira, Marllonn Amaral e André Galão deixaram a cidade capixaba na noite de sexta em um Fiat Punto prata. Eles seguiriam para Prado para comemorar o aniversário da mãe de Izadora, Doralice Ribeiro Santos Oliveira. O trajeto duraria cerca de três horas.

Fonte: Terra

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Judiciário

CNJ doou mais de R$ 6 milhões em equipamento para os Tribunais de Justiça dos Estados. Os TJs não sabem onde estão os equipamentos

Uma investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) descobriu que em torno de R$ 6,4 milhões em bens doados pelo órgão a tribunais estaduais desapareceram, informa reportagem de Leandro Colon e Felipe Seligman, publicada na Folha desta segunda-feira.

Relatório inédito do órgão, a que a Folha teve acesso, revela que as cortes regionais não sabem explicar onde foram parar 5.426 equipamentos, entre computadores, notebooks, impressoras e estabilizadores, entregues pelo CNJ para aumentar a eficiência do Judiciário.

A auditoria mostra ainda que os tribunais mantêm parados R$ 2,3 milhões em bens repassados. Esse material foi considerado “ocioso” pelo conselho na apuração, encerrada no dia 18 de novembro

Os tribunais estaduais dizem que vão investigar o destino de bens desaparecidos.

Opinião dos leitores

  1. O CNJ entregou esses equipamentos mais ou menos no ano de 2006/2007.

    Provavelmente esses equipamentos hoje devem ser sucata. Ou o CNJ acha que esses equipamentos duram p/ vida toda???

    Acorda CNJ, estamos no ano de 2012. Ja se passaram mais de 5 anos que houve essa doação de equipamentos.

    E se for considerado que um equipamento de informatica em apenas 1 ano já está ultrapassado???

    E se for tambem considerado que anualmente os tribunais adquirem novos equipamentos??? Que substituem os equipamentos doados pelo CNJ e que hoje estao obsoletos, parados, sem condições de uso ou mesmo guardados provavelmente numa sala de "ferro-velho" dos tribunais ou uma sala do departamento de informatica em que se guardem equipamentos velhos.

    Isso o CNJ nao considera. O CNJ a cada dia que passa inventa cada uma que deixa o cidadao de queixo caído, totalmente bestializado.

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Jornalismo

Cinco pessoas ainda estão desaparecidas sob os escombros dos edifícios que ruíram no Rio

Até agora, foram resgatados os corpos de 17 vítimas do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro, que aconteceu na noite de quarta-feira (25). Dois corpos foram encontrados na madrugada deste sábado (28) pelas equipes de resgate. Os especialistas que participam da operação de buscas dizem que não há mais condições de identificar os corpos, pelo estado avançado de decomposição. No Instituto Médico Legal (IML), oito foram reconhecidos por parentes e nove estão sem identificação. Alguns só poderão ser identificados por meio de exame de DNA.

Da lista de desaparecidos enviada à prefeitura do Rio por parentes de pessoas que estariam nos edifícios na hora do acidente, cinco ainda permaneceriam sob os escombros. O secretário de Defesa Civil fluminense, coronel Sergio Simões, disse que, a partir de agora, o trabalho de procura dos desaparecidos será ainda mais minucioso, sem o uso ostensivo de máquinas pesadas, como retroescavadeiras e pás mecânicas. Segundo ele, são muito pequenas as chances de encontrar alguém com vida, mais de 60 horas depois da tragédia. Os bombeiros estão usando cães farejadores para tentar localizar os desaparecidos.

A chuva parou neste sábado no Rio, mas a chuva que caiu durante toda a madrugada ajudou a baixar a poeira no local, facilitando o trabalho das equipes de resgate. Os bombeiros do Grupamento de Buscas e Salvamento (GBS) concentraram as buscas nas proximidades das escadas e no subsolo do Edifício Liberdade, o mais alto dos três que ruiram, com 20 andares.

Fonte: Agência Brasil

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