Ofensas, palavrões e humilhações entre irmãos são algo muito sério. No começo da adolescência, esse tipo de bullying pode gerar danos na saúde mental vários anos depois – independentemente se o indivíduo é vítima ou autor das agressões. Essa relação foi apontada por um estudo publicado nesta quinta-feira (30) no Journal of Youth and Adolescence.
A pesquisa reúne dados de mais de 17 mil jovens do Reino Unido, voluntários no estudo Millennium Cohort Study, realizado no início dos anos 2000. Os participantes responderam a questionários sobre bullying entre irmãos quando tinham 11 e 14 anos. Mais tarde, aos 17 anos, eles voltaram a preencher questões, desta vez sobre saúde mental e bem-estar. Os pais deles também responderam sobre o estado mental de seus filhos em três idades diferentes: aos 11, 14 e 17 anos.
Com isso, os autores da pesquisa, vinculados à Universidade de York e à Universidade de Warwick, ambas no Reino Unido, conseguiram investigar nos jovens tantos aspectos positivos de saúde mental, como autoestima e bem-estar, quanto negativos, a exemplo de sofrimento psíquico.
“Embora o bullying entre irmãos tenha sido anteriormente relacionado a resultados ruins de saúde mental, não se sabia se havia uma relação entre a persistência desse bullying e a gravidade da saúde mental a longo prazo”, observa Umar Toseeb, um dos autores da descoberta, em comunicado.
Mas a análise aponta que, não só essa relação existe como o problema do bullying é bem recorrente. Quando os adolescentes tinham 11 anos, 48% deles estiveram envolvidos nas agressões, sendo que 15% eram vítimas, 4% agressores e 29% exerciam ambos os papéis. Já aos 14 anos, 34% estiveram envolvidos com esse comportamento – a maioria (21%) tanto sofreu quanto praticou; 5% agrediram e 8% foram violentados pelos irmãos.
Ao analisarem os resultados, Toseeb e Dieter Wolke, outro autor do estudo, descobriram que, conforme o bullying piorava no início da adolescência, agravava-se também a saúde mental dos jovens no final desse período de vida. E aqueles envolvidos na violência – independentemente do papel que tiveram nela – tinham uma trajetória emocional diferente na hora de externalizar seus problemas.
Para combater essa grave questão, os pesquisadores sugerem intervenções clínicas com objetivo de reduzir as dificuldades de saúde mental nos jovens, ajudando também aqueles que estão no final da adolescência a terem uma condição emocional mais positiva.
Diversos sites e serviços brasileiros passaram por um período de instabilidade iniciado por volta de 11h da manhã de hoje (22), informa a plataforma internacional de monitoramento de servidores Downdetector.
Segundo o serviço, o Akamai – a maior rede de entrega de conteúdo (content delivery network, CDN na sigla em inglês) do mundo passa por dificuldades técnicas. A Akamai é responsável por cerca de 30% dos servidores de distribuição de conteúdo digital da rede mundial.
Uma CDN usa redes de servidores especializados que estão distribuídos geograficamente para acelerar a velocidade com que o usuário recebe as requisições feitas no navegador. Na prática, páginas que são hospedadas no Japão ou na Europa, por exemplo, são copiadas em um servidor fisicamente mais próximo do usuário para que o tempo de download da informação seja reduzido.
Serviços bancários, como a Caixa e o Banco Safra, a corretora de valores Clear e a financeira Sicredi, ficaram inacessíveis. Servidores e lojas de jogos online, como a Playstation Network, da Sony, e a Steam, da Valve, também foram afetados. As lojas virtuais Amazon e Submarino também sofreram com a interrupção, mas já estão restabelecidas. O MercadoLivre também passa por instabilidade em seus serviços, assim como o PagSeguro, do grupo UOL.
No início do mês, uma falha parecida ocorreu em outra CDN de grande porte, a Fastly Inc., e também afetou serviços financeiros, comércio e servidores de jogos.
A Akamai informa, na página de monitoramento de seus serviços, que está investigando as causas da interrupção generalizada.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte registrou mais uma ação de vandalismo, que agora afeta o abastecimento de 10 bairros de Natal desde essa quinta-feira(10). Na ocasião, criminosos quebraram um transformador de energia e roubaram cabos usados no poço P-4. A empresa informou que precisou suspender o fornecimento de água.
Segundo a Caern, o P-4 fica localizado no bairro San Vale, no prolongamento da Avenida Prudente de Morais, e contribui ao sistema enviando água para o reservatório que abastece Felipe Camarão, Cidade da Esperança, Cidade Nova, Candelária, Capim Macio, parte de Lagoa Nova e Nova Descoberta, parte de Bom Pastor, Nazaré e Cidade Nova.
Ainda de acordo com a empresa, a previsão é de que o conserto seja concluído neste sábado (12), com retomada do abastecimento. A normalização para toda a região afetada deverá ocorrer em até 72 horas após essa retomada.
Esses arrombamentos e vandalismos todos se resumem a uma só questão: impunidade. Leis brandas é que beneficiam os meliantes, transformando a condenação mera retórica do faz de conta de que o ilícito será sempre punido.
Como vc é PT nada a ver seu comentários 24 horas por dia, vc deve ser doido. a questão q não é para danificar pois é uma coisa boa até pra eles ai vem vc que 24 horas de segurança kkkkk piada em plena sexta feira
Verdade cagãoceiro lampião, tinha q contratar uns três funcionários por poço de água pra conseguir fiscalizar 24h por dia. Outra solução simples é fazer as leis valer no pais, como aqui roubar, corromper, matar sao crimes banais, ai fica um pouco difícil né.
Nildo, se vc não tem nada de produtivo a falar, o ideal é se conformar com sua insignificância…
Pesquisa obtida pelo Valor indica que a pandemia afetou a saúde mental de 73,8% de 573 profissionais entrevistados, 60,5% deles em cargos de média e alta direção.
Entre as mulheres (45% dos entrevistados), 80,92% relataram algum problema, praticamente o mesmo percentual dos profissionais com até 30 anos de idade.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) derrubou, no início da tarde desta quinta-feira, a decisão que suspendia o retorno do lockdown no Distrito Federal. Com isso, volta a valer a determinação que proíbe atividades consideradas não essenciais, como a realização de eventos esportivos. O governador do DF, Ibaneis Rocha, disse que vai recorrer.
Na programação para os próximos dias, três grandes jogos estão marcados para o estádio Mané Garrincha: a Supercopa do Brasil, neste domingo, entre Flamengo e Palmeiras; Santos e San Lorenzo, na terça (13), pela pré-Libertadores; e Palmeiras e Defensa y Justicia, na quarta (14), pelo jogo de volta da Recopa Sul-Americana.
As chegadas de Flamengo e Palmeiras a Brasília para a disputa da Supercopa estão previstas para esta sexta.
Procurada pelo ge sobre a realização da Supercopa, a CBF informou que não vai se manifestar neste momento. O Flamengo disse que vai manter a programação e que confia na reversão da decisão. Já o Palmeiras ainda não se manifestou.
No entendimento do desembargador Souza Prudente, a situação da pandemia que serviu de base para o lockdown – decretado em março – ainda não sofreu qualquer redução.
“(…) há uma escalada no risco de iminente colapso do serviço de saúde público e privado no DF, não se justificando, dessa maneira, o relaxamento de tais medidas, enquanto não reduzidos os índices de contaminação e de capacidade de atendimento e tratamento às enfermidades decorrentes do contágio do coronavírus”, argumentou Prudente, em um trecho da decisão.
Até quarta-feira, o DF registra 6.532 óbitos pela Covid-19. O índice de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na rede pública está em 98%. Na rede privada, 98,12% das vagas estão ocupadas.
Entenda o caso
Durante o mês de março, o DF entrou no sistema de lockdown, com a proibição de funcionamento de atividades consideradas não essenciais, com os eventos esportivos.
O retorno dessas atividades estava marcado para o dia 29 de março. Porém, uma liminar proferida na no dia 30 pela juíza Kátia Balbino de Carvalho Ferreira determinou que o Governo do Distrito Federal retornasse com as medidas restritivas a partir do dia 1º de abril. O GDF recorreu da decisão e conseguiu derrubar a liminar no dia 31 de março.
Agora, essa liminar foi derrubada pelo TRF-1, e o lockdown que ocorreu durante o mês de março volta a valer.
A cidade de Apodi e a comunidade de Sítio Caboclo estão sem abastecimento de água desde a manhã desta segunda-feira (05). A interrupção é decorrente de um vazamento detectado na Adutora de Ferro, de 500mm, sendo necessária a parada dos três poços que abastecem a cidade, a fim de que seja realizado o conserto.
A previsão é que o serviço seja executado até a tarde desta quarta-feira (07), com a retomada do funcionamento dos poços. No entanto, a população afetada deve aguardar um prazo de até 48 horas após o retorno do fornecimento para que o abastecimento esteja completamente normalizado.
A Caern recomenda que, nesse período, a população procure manter o consumo racional da água, a fim de evitar maiores transtornos.
Um vazamento na Adutora do Boqueirão, em Touros, na manhã desta segunda-feira, paralisou o abastecimento nas áreas rurais e urbanas dos municípios de Caiçara do Norte, São Bento do Norte, Pedra Grande. Também foram afetadas as comunidades rurais de São Miguel do Gostoso e Touros. Técnicos da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) já estão trabalhando para resolver a situação.
A previsão é que até o final do dia desta segunda-feira, o vazamento tenha sido consertado, com o retorno do funcionamento do sistema de abastecimento. No entanto, para que o fornecimento esteja completamente normalizado, é necessário aguardar um prazo de até 48 horas.
A Caern recomenda às populações das áreas afetadas que usem a água de forma racional nesse período, a fim de minimizar o impacto da parada.
Samantha LaLiberte, uma assistente social em Nashville, nos Estados Unidos, achava que havia se recuperado totalmente da Covid-19. Mas em meados de novembro, cerca de sete meses depois de ter ficado doente, uma comida que pediu por delivery cheirava tão mal que ela jogou fora. Em outro dia, ao visitar um amigo que estava cozinhando, ela precisou correr para fora e vomitou no gramado.
— Eu parei de ir a lugares, mesmo para a casa da minha mãe ou para jantar com amigos, porque qualquer coisa, desde comida a velas, cheirava tão mal. Meus relacionamentos estão tensos — disse LaLiberte, de 35 anos.
Ela está lidando com parosmia, uma distorção do cheiro de tal forma que aromas antes agradáveis — como o de café fresco ou de um parceiro romântico — podem se tornar desagradáveis e até intoleráveis. Junto com a anosmia, ou olfato diminuído, esse é um sintoma que permanece em algumas pessoas que se recuperaram da Covid-19.
O número exato de pessoas com esse sintoma é desconhecido. Uma revisão recente descobriu que 47% das pessoas com Covid-19 apresentavam alterações no cheiro e no paladar; desses, cerca de metade relatou desenvolver parosmia.
— Isso significa que uma rosa pode cheirar a fezes — disse o Dr. Richard Doty, diretor do Centro de Olfato e Paladar da Universidade da Pensilvânia. Ele observou que as pessoas normalmente recuperam o sentido em alguns meses.
Neste momento, LaLiberte não pode suportar o cheiro de seu próprio corpo. Tomar banho não adianta: o cheiro de seu sabonete líquido, condicionador e xampu a faz passar mal.
Além disso, ela detectou o mesmo odor em seu marido, com quem é casada há oito anos.
— Não há muita intimidade agora. E não é porque não queremos — disse ela.
Duika Burges Watson, que lidera a Rede de Pesquisa em Alimentação Alterada na Universidade Newcastle, da Inglaterra, e participou de uma pesquisa sobre o tema, afirmou que este é um problema muito maior do que as pessoas imaginam.
— É algo que afeta seu relacionamento consigo mesmo, com os outros, sua vida social, seus relacionamentos íntimos — enumerou Watson.
Fim dos jantares românticos e beijos espontâneos
Muitos que sofrem de parosmia lamentam a perda de costumes sociais, como sair para jantar ou estar fisicamente perto de entes queridos, especialmente depois de um ano de isolamento.
Para Kaylee Rose, de 25 anos, uma cantora de Nashville, esta é “uma batalha terrível”. Ela tem tocado música ao vivo em bares e restaurantes em todo o país, e andar por esses espaços se tornou desagradável.
— Eu estava no Arizona para um show, fomos a um restaurante e quase vomitei — disse ela.
Mas ter que lidar com as reações das pessoas à sua condição é quase pior.
— Meus amigos sempre tentam fazer com que eu experimente a comida deles porque acham que estou exagerando — disse Rose, que agora pula a maioria das reuniões sociais ou vai e não come.
Jessica Emmett, de 36 anos, que trabalha para uma seguradora em Spokane, Washington, teve Covid-19 duas vezes, uma no início de julho e outra em outubro. A parosmia tem sido um sintoma persistente.
— Sinto que meu hálito fica rançoso o tempo todo — disse ela.
Antes de ter contato com o marido, ela usa enxaguatório bucal e pasta de dente. Mesmo assim, ela não consegue se livrar da sensação de que fede. E não é apenas seu hálito.
Posso sentir o cheiro do meu suor e está um pouco alterado — disse ela, e conta que o resultado tem sido muito menos intimidade: — Não há mais beijos realmente apaixonados e espontâneos.
Seu único consolo é que ela está com o marido há mais de 20 anos.
— Como você explicaria isso para alguém com quem está tentando namorar? — ela questiona.
Watson disse que encontrou jovens com parosmia que ficam nervosos para fazer novas conexões.
— Eles podem sentir repulsa pelos odores de seus próprios corpos. E acham muito difícil pensar sobre o que outras pessoas podem pensar deles — disse a especialista da Universidade Newcastle.
Quando Rose começou a ter parosmia, seu namorado não entendeu que era uma condição real. E embora ele esteja mais sensível às necessidades dela agora, ainda pode parecer solitário.
— Gostaria de uma refeição em que ele pudesse estar no meu lugar — disse ela.
Rose também tem familiares que acham que está exagerando. Ela se lembra de um dia perto do feriado de Ação de Graças, quando sua mãe pediu uma refeição especial com um cheiro que ela podia tolerar, e sua irmã a comeu acidentalmente. Uma briga começou.
— Minha irmã achou que eu estava sendo excessivamente sensível. Isso foi realmente frustrante — afirmou.
Muitas pessoas com parosmia se sentem isoladas porque as pessoas ao seu redor não entendem o que estão passando, disse Doty.
— Eles esperam que as pessoas consigam se identificar com seus problemas, mas muitas vezes não conseguem — afirmou o especialista da Universidade da Pensilvânia.
LaLiberte, por sua vez, disse que finalmente pode sentar-se ao lado do marido no sofá.
— Eu ainda estou envergonhada de mim mesma, no entanto. O meu cheiro ainda não melhorou — ela acrescentou.
Grupos de apoio no Facebook
Algumas pessoas que sofrem de parosmia recorreram a grupos do Facebook para compartilhar dicas e desabafar com pessoas que podem se identificar com seus sintomas.
— Fui ao médico, e ele olhou para mim como se eu fosse uma pessoa maluca. Foi só depois de entrar para um grupo do Facebook que aprendi que as pessoas levam isso a sério — disse Jenny Banchero, de 36 anos, uma artista de São Petersburgo, Flórida, que tem parosmia desde o início de setembro.
Sarah Govier, uma trabalhadora de saúde na Inglaterra que teve parosmia depois de ser infectada pela Covid-19, criou o grupo de apoio Covid Anosmia/Parosmia durante o verão.
— No dia em que abri o grupo, em agosto, cinco ou seis pessoas aderiram. Em janeiro, atingimos 10 mil pessoas. Agora são quase 16 mil membros — disse ela.
Outro grupo do Facebook, AbScent, que foi fundado antes da pandemia e está associado a uma organização de caridade, viu um interesse crescente.
— Pessoas estão vindo de toda parte, da América do Sul, Ásia Central, Rússia, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Índia e Canadá — listou Chrissi Kelly, fundadora da AbScent.
Em março, Siobhan Dempsey, de 33 anos, designer gráfica e fotógrafa de Northampton, na Inglaterra, postou no grupo Covid Anosmia/Parosmia no Facebook: “Estou feliz em dizer que agora recuperei 90% do meu paladar e olfato depois de quase um ano que peguei Covid.” Ela foi inundada com comentários de congratulações.
Foi uma longa jornada para Dempsey. Durante meses, tudo tinha um odor de queimado. Os vegetais, que constituíam a maior parte de sua dieta desde que ela se tornou vegetariana, eram insuportáveis.
— Qualquer coisa doce era terrível — disse ela.
Nas últimas semanas, no entanto, ela notou uma mudança.
— Parece clichê, mas no último fim de semana foi o Dia das Mães no Reino Unido, e meu parceiro e meu filho de 3 anos compraram flores para mim, e eu pensei “estas cheiram muito bem” — disse ela.
A colisão de um veículo, na manhã desta sexta-feira (19), deslocou a tubulação da Adutora de Água Tratada do Sistema Produtor Integrado de Serra de Santana, no trecho entre São Rafael e Jucurutu. O acidente provocou a suspensão do funcionamento do sistema, necessária para que seja feito o conserto. A equipe de manutenção da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) já está atuando para fazer a manutenção.
Foram afetados com a parada no abastecimento os municípios de Florânia, Tenente Laurentino Cruz, São Vicente, Lagoa Nova, Bodó, além da CONISA.
A conclusão do serviço da adutora está previsto para as 18 horas desta sexta-feira, com o retorno parcial do abastecimento. Com a parada, a Caern também vai realizar manutenções mecânicas em bomba na Estação Elevatória 5. A previsão para que o sistema volte integralmente ao funcionamento é para 17h do sábado (20).
Após o restabelecimento do fornecimento, é necessário aguardar um prazo de até 72 horas para a completa normalização do sistema.
Uma parada programada no abastecimento de água vai afetar seis bairros de Natal neste domingo (21). A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) vai realizar a instalação de dois registros na rede de distribuição que abastece Bom Pastor, Dix-sept Rosado, Lagoa Nova, Lagoa Seca, Nazaré e Nova Descoberta.
A intervenção trará melhorias à população que recebe água pela estação elevatória (bombeamento de água) Lagoa Nova II, tendo em vista que os registros permitem isolamentos mais específicos, em áreas menores, para retirada de vazamentos na rede de água. Consequentemente, diminuindo também as áreas afetadas com falta d’água durante estes serviços de manutenção, que necessitam a interrupção do abastecimento.
Para realizar a instalação dos registros (um deles na Avenida Miguel Castro com a Avenida 06 e outro na Avenida Nascimento de Castro com a Avenida 06) será necessário interromper o abastecimento às 5h da manhã de domingo, tendo previsão de conclusão no fim da tarde.
Logo depois será retomado o abastecimento, com estimativa de aproximadamente 48 horas para normalizar o abastecimento aos bairros afetados, de acordo com a pressurização gradual da rede de água.
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) identificou nesse domingo (07) um vazamento na principal adutora que abastece a cidade de São José de Mipibu.
Uma equipe está trabalhando no vazamento, que ocorreu em uma rede de água de 200 milímetros, e o serviço tem previsão de ser concluído na tarde desta segunda-feira (08), quando o sistema será religado. A normalização do abastecimento se dará progressivamente em até 48 horas, ou seja, até quarta-feira (10) para as áreas mais afetadas.
Aproximadamente 50 países já iniciaram a vacinação em suas populações, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Israel, Canadá, Costa Rica, Rússia, Grécia, França, entre outros, além do Brasil, que iniciou a vacinação nesta segunda-feira (18).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no domingo (17) o uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. A primeira vacina do país (fora dos estudos clínicos) foi aplicada logo após a liberação da Anvisa, neste domingo, e a imunização no país teve início nesta segunda-feira (18).
Depois que o obstáculo mais complexo, a descoberta de uma vacina, foi superado e em tempo recorde (nunca na história uma vacina foi desenvolvida em prazo tão curto) um outro desafio, deixado de lado por muitos países, se impõe: a logística, processo que organiza desde o transporte da matéria-prima que sai da fábrica para se transformar na vacina, passando pela entrega aos pontos de vacinação e finalmente a aplicação nos cidadãos. O caminho por trás desse processo é complexo e pode afetar outras cadeias de produtos no Brasil e no mundo.
Filinto Jorge Eisenbach Neto, professor de administração da PUC-PR e especialista em logística, acredita que com as vacinas o mundo hoje enfrenta uma dificuldade logística duas vezes maior do que na Segunda Guerra Mundial. “A demanda é muito maior, a urgência é gigante, e precisamos entregar as vacinas em todos os lugares do mundo. O processo de logística é um fluxo contínuo e não pode ter interrupções. Se um trecho do processo sofre atraso ou paralisação todo o resto da cadeia é afetado.”
Esse é o risco ao qual o mundo todo está submetido agora, que afeta as vacinas e também outros tipos de produtos. E é por isso que alguns especialistas chegam a dizer que o mundo pode passar por uma espécie de “apagão logístico”, com várias cadeias de produtos sendo afetadas em uma reação em cascata até chegar ao consumidor final, em função do esforço global na distribuição das vacinas.
Risco de apagão logístico?
Vinícius Picanço, professor de gestão de operações e cadeia de suprimentos do Insper, explica que o transporte de vacinas é feito majoritariamente por dois modais: aéreo e rodoviário. “O aéreo faz o transporte de ‘hub a hub’ [centro a centro], que leva dos polos de fabricação às cidades de regiões centrais de outros países, e é mais rápido; e o rodoviário faz a ‘perna’ doméstica, o trecho dentro de determinado país entre um aeroporto, por exemplo, ou um armazém – onde as vacinas ficam estocadas – até o posto de vacinação”, explica.
Ana Paula Barros, diretora da Mac Logistics, empresa brasileira de operação e gestão de logística internacional, que atua em mais de 20 países, acredita que um apagão logístico pode acontecer justamente devido à falta de oferta de transporte aéreo. “Vai acontecer um colapso logístico, que vai causar falta de produtos, porque a vacina depende do modal aéreo. É a opção mais rápida e toda a disponibilidade de transporte aéreo vai para a vacina, que terá total prioridade sobre outras cargas, interrompendo ou atrasando o fluxo logístico e impactando todos os produtos transportados por via aérea no mundo”, diz.
Ela explica que há uma quantidade limitada de aviões, que não vai aumentar, e não é viável produzir mais aeronaves devido à pressa e aos custos. “Teremos que usar a infraestrutura que o mundo já tem e redirecioná-la para as vacinas no transporte entre países”, afirma.
Eisenbach Neto concorda que um apagão logístico “pode acontecer sem dúvida nenhuma”, mas principalmente pela falta de alinhamento dos processos logísticos da vacina e não pela restrição na oferta de aviões. “Países que já começaram a vacinar enfrentam dificuldades de planejamento, de suprimento e de produção para fazer a distribuição na velocidade que precisamos, com um volume tão alto de imunizante, mantendo as outras cadeias de produtos funcionando ao mesmo tempo”, diz.
Vacinas viajam de avião, produtos via transporte marítimo
Ana Paula, da Mac Logistics, mora em Miami há cincos anos e diz que nos EUA o impacto das vacinas na logística já pode ser sentido. “As entregas de e-commerce estão demorando mais e o FedEx já enviou avisos informando sobre os potenciais atrasos. Por aqui, houve um crash com a sequência de datas: Black Friday, Natal, e logo em seguida a vacina”, afirma.
Priscila Miguel, coordenadora adjunta do FGV Celog (Centro de Excelência em Logística e Supply Chain), concorda que cadeias de produtos serão afetadas, mas diz que um “apagão logístico” generalizado está fora de cogitação. “Não veremos um apagão completo, a ponto de as pessoas ficarem sem produtos de primeira necessidade, porque a distribuição das vacinas não vai acontecer em um único momento, então não usaríamos toda a capacidade aérea logística do mundo ao mesmo tempo”, diz.
Priscila lembra que os polos de produção das primeiras vacinas aprovadas pelas agências regulatórias no mundo estão espalhados nos EUA, na Rússia, na China, na Inglaterra, na Índia, entre outros. “A própria produção acontece de forma escalonada”, complementa.
Picanço, do Insper, concorda que é exagero falar em apagão logístico global, mas diz que o assunto é uma “preocupação genuína”, sobretudo em relação a dois segmentos específicos: as cadeias frias e ultrafrias. “As cadeias ultrafrias são as que exigem transporte, armazenamento e manuseio em temperaturas abaixo de 0°C, como as vacinas da Pfizer e da Moderna, e as cadeias frias exigem temperaturas entre 0°C e 10°C, como as vacinas do Butantan e da AstraZeneca. O impacto será maior nas cadeias dessas categorias justamente pela prioridade de embarque que as vacinas têm. Mas o Brasil tem algumas peculiaridades (leia mais abaixo)“, explica.
Sobre a disponibilidade dos aviões, Picanço afirma que mesmo as aeronaves comerciais poderão participar de “forças-tarefas” para transportar as vacinas. “As adaptações para cadeias frias em aviões são conhecidas e aplicáveis porque as temperaturas atingidas durante os voos já são mais baixas, facilitando a acomodação de doses. No caso das ultrafrias, vamos usar mais das frotas já existentes de aviões especializados nesse tipo de transporte, mas imagino que empresas logísticas também farão adaptações quando necessário”, diz.
Outro ponto que deve impedir um colapso logístico, segundo Priscila, é que a maior parte do transporte logístico internacional é feito por vias marítimas, que têm custos inferiores à via aérea. “O transporte aéreo é mais caro e focado em produtos leves e de alto valor agregado, não serve para qualquer carga. O marítimo é o principal modal logístico internacional e como as vacinas não devem ser transportadas por ele, boa parte da distribuição e importação de produtos no mundo não sofrerá impactos. E no Brasil a participação do transporte aéreo na logística é bem pequena”, avalia.
Os dados mais recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que em 2019 a importação, em toneladas, feita por via marítima no Brasil representou 92% das cargas que entraram no país, contra apenas 0,15% pela via aérea. Se considerarmos a participação em valores (US$), a importação pelo modal marítimo representou 71%, enquanto o aéreo chegou a 18%.
Falta de insumos e desafios extras no Brasil
O desafio logístico é global, mas no Brasil os especialistas entendem que a coordenação dos processos logísticos por parte do governo federal pode gerar desafios extras. Atualmente, estão disponíveis 6 milhões de doses da CoronaVac, e há expectativa de que as 2 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, cheguem ainda esta semana.
O governo federal ainda não detalhou como fará a logística da vacinação, explicou apenas que essas 6 milhões de doses serão entregues aos estados com a ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB) que levará as doses a “pontos focais” definidos por cada unidade federativa.
“O nosso país é internacionalmente conhecido pela logística de vacinas. Nosso programa de vacinação é um dos melhores do mundo, porém ninguém nunca lidou com um volume do tamanho da Covid-19”, afirma Ana Paula. O InfoMoney já mostrou em detalhes como acontece a distribuição das vacinas pelo país e por que o Plano Nacional de Imunização é considerado referência internacional (veja mais aqui).
“Para que o cidadão tome a vacina no posto de saúde, todas as empresas, pessoas, transportes, precisam funcionar em sincronia. E essa é a maior dificuldade no Brasil. Nem sempre, o fornecedor que entrega o frasco cumpre o prazo como o que envia o insumo, ou a seringa, por exemplo. Fora a entrega de cada parte, os insumos para a produção vêm de diferentes partes do mundo e organizar todo esse fluxo é complicado – ainda mais em um país com dimensão continental, com cidades pequenas e distantes dos centros urbanos”, complementa Eisenbach Neto.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18), Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, disse, por exemplo, que há uma preocupação sobre a chegada de insumos da China para dar sequência à produção da Coronavac no Brasil. Vale lembrar que a vacina da AstraZeneca/Oxford produzida pela Fiocruz também depende dos insumos vindos da China. “O pedido emergencial da Fiocruz foi referente às 2 milhões de doses produzidas na Índia e eles também dependem de matéria-prima da China para começar a produção. Ainda não começou”, disse Covas também na coletiva.
O professor da PUC-PR diz ainda que o Brasil não tem capacidade plena de transporte refrigerado para atender o volume de distribuição de vacinas. “Não temos caminhões e armazéns refrigerados suficientes para dar conta de tudo. O governo precisa apresentar alternativas. Serão necessárias adaptações em veículos, armazéns e até empresas. Os Correios, por exemplo, poderiam entrar como alternativa. As movimentações entre os grandes centros comerciais não são um problema, porque temos boa infraestrutura, mas saindo dos grandes centros a estrutura vai ficando pior e as dificuldades aumentam – e os Correios estão em todas as cidades”, diz.
Picanço lembra que essas adaptações são possíveis, mas exigem expertise e investimentos das empresas. “Tem como equipar caminhões que não são refrigerados para entregar vacinas, mas os funcionários sabem manusear? Tem equipamentos para transportar sem danificar? Exige mais do que apenas ‘colocar geladeiras’ nos caminhões. E sai caro. Nem toda empresa tem dinheiro para mudar parte de sua frota para uma cadeia refrigerada. Grandes logísticos que atuam por aqui, como FedEx, DHL, UPS, TNT, estão se movimentando nesse sentido para tentar aumentar a capacidade de atendimento de cadeias frias. Mas precisamos esperar para ver o resultado disso”, diz.
Reportagem da revista britânica The Economist ressalta a importância da agilidade na vacinação para conter os níveis de internações e mortes no mundo e afirma que a credibilidade dos governos vem diminuindo com a demora no processo e a má gestão de muitos governos. “A incompetência também desempenhou um papel importante. Embora os países tenham tido meses para se preparar, perderam tempo e cometeram erros. O governo dos EUA não financiou adequadamente os estados para se prepararem para a vacinação antes do ano novo, por exemplo”, critica o texto.
Picanço diz que no caso do Brasil também tivemos tempo de preparação. “O país teve tempo para se preparar logisticamente, então, em tese, era para tudo funcionar nesse primeiro momento e não termos grandes problemas. Mas sempre tivemos tempo para aprender, em todas as fases da pandemia, com a Ásia e Europa, onde tudo aconteceu com meses de antecedência – logística é a mesma coisa – mas olha a nossa situação, o caos em Manaus. De um lado temos a expertise, mas precisamos esperar para ver se conseguiremos colocá-la em prática”, afirma.
Levando em conta o contexto nacional e global, o impacto que a logística da vacina vai causar no Brasil vai ser limitado a atrasos em entregas de mercadorias, matérias-primas, peças e produtos, segundo os especialistas. Entre os setores que devem ser afetados estão o de alimentos, e-commerce, eletroeletrônicos, farmacêutico e setor automobilístico
Segundo Picanço, o Brasil vai sentir os impactos da logística mundial devido ao recebimento de insumos para a vacina do exterior, principalmente da China, da Índia e eventualmente de alguns países europeus. “Esses insumos serão necessários para a produção local e virão, majoritariamente, via aérea. No longo prazo, o Brasil vai ficando mais independente com a produção local, mas ainda dependerá de insumos vindos de fora para a produção completa da vacina. Por isso, os segmentos importados que possuem a cadeia fria ou ultrafria em sua logística vão ser impactados, mas nada generalizado”, diz.
Como consequência, ele cita o setor de alimentos, itens farmacêuticos, que incluem outras vacinas, insumos hospitalares, equipamentos, além de insumos químicos e eletroeletrônicos. “São itens que geralmente são transportados por modal aéreo ao redor e precisam de temperaturas mais baixas. Frutas de maior valor agregado como cerejas e morangos, por exemplo, podem demorar mais para chegar às prateleiras dos mercados, bem como hardwares para a produção de notebooks e computadores, além de alguns sprays para asma ou insumos para terapias de câncer, por exemplo“, diz.
“Ainda, devido à falta de transporte de cadeias frias no Brasil para atender toda demanda, poderemos ver atrasos também em alimentos refrigerados e congelados que passam por proteínas animais, hortaliças e refeições prontas, por exemplo”, complementa Picanço.
No e-commerce os consumidores também poderão ver atrasos de encomendas. “Se hoje a compra chega em três dias passará para sete, por exemplo. Isso pode ficar mais recorrente em todos os segmentos de mercado, de capinhas de celular, a vestuário, a eletrônicos. Como as cadeias coexistem e ‘disputam’ espaço e prioridade, provavelmente os operadores logísticos no Brasil terão maior demanda para as vacinas e isso deve deixar outros produtos (mesmo que não dependam de cadeia fria) com prioridade menor. Isso fatalmente pega (quase) tudo que é comprado online, sem urgência”, explica o professor do Insper.
Eisenbach Neto destaca a indústria no geral, “que utiliza muitos produtos importados, bem como o setor automobilístico, que usa peças vindas de fora”. No setor automobilístico, os efeitos já podem ser sentidos por aqui: os estoques de automóveis nas fábricas e concessionárias estão em seu menor nível da história e um dos motivos é a falta de peças, boa parte delas importadas. Apesar de a maioria das peças vir pelo modal marítimo, parte vem de avião, principalmente se é uma peça que precisa chegar com certa urgência para não parar a produção, segundo Priscila, da FGV.
Ana Paula, da MacLogistics, estima que em menos de dois meses a partir do início da vacinação, esses atrasos já poderão ser sentidos no Brasil.
Não há perigo de desabastecimento
Para Picanço, esses efeitos nos setores citados não serão definitivos e não teremos desabastecimento em massa da população.
“Não há motivo para desespero. As empresas de logística estão aprendendo muito nesse período. O brasileiro tem na memória os problemas do início da pandemia, quando faltou papel higiênico, álcool em gel. Isso foi fruto da demanda alta, mas também do desespero, que causa o chamado ‘efeito chicote’ – são oscilações no número de pedidos, que amplificam os erros de planejamento logístico e posicionamento de estoque. Isso gera custos e atrasos porque é uma demanda surpresa. Isso não se repetirá com a vacinação”, explica.
O melhor presidente do mundo é Kim Jong Un.
Lá não tem covid.
O esquerdista está convidado a se mudar…
Esquerdismo é doença.
Em tudo se apegam na tentativa de chegar ao poder.
Já tem vacina chinesa para o esquerdista.
Os demais aguardam vacina de Oxford que sai hoje para o Brasil.
Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que a pandemia deixou quase metade – cerca de 9 milhões – dos adolescentes do País entre 12 e 17 anos nervosos, ansiosos e de mau humor. Também aumentou o sedentarismo e o consumo de doces e congelados entre eles e está afetando o sono de aproximadamente 4,3 milhões (23,9%) de adolescentes. Os pesquisadores acompanharam de junho a setembro jovens entre 12 e 17 anos de todo o Brasil e investigaram as mudanças na rotina, nos estilos de vida, nas relações com familiares e amigos, nas atividades escolares e nos cuidados à saúde.
De acordo o relatório Covid-19 Adolescentes, o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%. Setenta por cento dos brasileiros de 16 a 17 anos passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas online e 59% sentiram dificuldades para se concentrar nas aulas a distância.
“Chama muita atenção também o estado de ânimo desses jovens, que relataram tristeza, ansiedade e a ausência de amigos. A falta de atividade física entre os adolescentes foi um dos resultados que mais se destacou. Em geral, os jovens brasileiros praticam mais atividades coletivas, como aulas de danças e jogos com bola. Com as medidas de restrição social, tornou-se mais difícil para eles manterem a prática de exercícios”, aponta a pesquisadora Celia Landmann Szwarcwald, coordenadora do trabalho.
O estudo foi coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e realizado de forma online.
Segundo o levantamento, a piora da saúde foi apontada por 5.488 milhões (30%) dos jovens, com as com as meninas relatando maior impacto na saúde (33,8%) do que os meninos (25,8%), e os adolescentes mais velhos (37,0%) do que os mais novos (26,4%).
O percentual de adolescentes que relataram piora na qualidade do sono durante a pandemia foi de 36% – aproximadamente 6.624 milhões -, sendo que 4,3 milhões (23,9%) começaram a ter problemas com o sono durante a pandemia e 12,1% relataram já terem problemas, porém, eles pioraram. Já a qualidade do sono foi mais afetada entre as meninas, e nos adolescentes com 16 a 17 anos, em relação aos mais novos.
“Também é importante destacar a piora na qualidade de sono e os problemas no estado de ânimo. Há um conjunto de fatores como sentimento de tristeza, nervosismo, isolamento, insegurança, medo por familiares, que está afetando diretamente a saúde dos jovens. Não é à toa que 30% deles identificam uma piora em seu estado de saúde”, explicou a pesquisadora.
Sentir-se preocupado, nervoso ou mal-humorado foi descrito por 48,7% dos adolescentes, na maioria das vezes ou sempre. Entre as meninas, o percentual foi de 61,6%. Os adolescentes de 16-17 anos de idade relataram esse sentimento mais frequentemente (55,3%) do que os de 12-15 anos (45,5%).
Sobre as aulas online, os adolescentes disseram estar tendo muita dificuldade para acompanhar e assimilar o conteúdo: 59% relataram falta de concentração, 38,3% falta de interação com os professores, 31,3% falta de interação com amigos, 47,8% dos adolescentes relataram estar entendendo pouco, e 15,8% disseram não estar entendendo nada. Apenas 1 em cada 4 adolescentes de 16-17 anos relatou estar entendendo tudo ou quase tudo das aulas presenciais.
Dados do IBGE indicam que o Brasil tem 18,2 milhões de jovens entre 12 e 17 anos. A pesquisa da Fiocruz ouviu de forma online 9.470 adolescentes. Eles responderam a um questionário virtual, entre os dias 27 de junho e 17 de setembro.
Por causa de um problema elétrico na bomba do poço tubular 2, em Cotovelo, o abastecimento de água em Cotovelo e Pium está paralisado desde a manhã desta segunda-feira (23). A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) está providenciando o conserto, e a previsão é que o serviço seja concluído nesta quarta-feira (25). A bomba afetada terá que ser substituída.
Após a retomada do abastecimento, na quarta-feira, será necessário aguardar até 24 horas para que o fornecimento esteja completamente normalizado, principalmente nas partes de atendimento mais complexo. A Caern recomenda o uso racional da água armazenada nos imóveis a fim de minimizar os eventuais transtornos.
A Estação de Tratamento de Águas (ETA) Jiqui apresentou um problema elétrico interno na manhã desta quarta-feira (23). A Companhia de Águas e esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) já está tomando as medidas necessárias para o conserto e o prazo de conclusão do serviço será informado ao longo do dia.
O equipamento responde por 70% do fornecimento de água para as zonas Sul, Leste e Oeste da capital. Com isso, todos os bairros destas regiões, com exceção de Guarapes, Pitimbu, Planalto e Ponta Negra, estão com abastecimento reduzido.
Após ser religado o equipamento, o prazo de normalização, ou seja, para que todos os imóveis estejam recebendo água regularmente é de até 72 horas.
As necessidades sociais dos homens são afetadas pela masculinidade tóxica – um conjunto de estereótipos nocivos em torno da masculinidade, como o de que homens devem ser fortes, independentes e durões. A conclusão é de um novo estudo divulgado na publicação científica Sex Roles.
De acordo com a pesquisa, homens que apoiam uma concepção negativa da masculinidade podem acabar se isolando conforme envelhecem, o que impacta na saúde, no bem-estar e na felicidade deles. Quando se deparam com problemas de saúde ou financeiros, por exemplo, eles podem sentir que não têm ninguém com quem se abrir.
“Ter pessoas com quem podemos falar sobre questões pessoais é uma forma de apoio social. Se as pessoas só têm um indivíduo com quem podem compartilhar informações – ou, às vezes, não têm ninguém –, elas não têm uma oportunidade de refletir e compartilhar”, explica em um comunicado stef shuster, que leciona na Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, e conduziu o estudo.
A pesquisa envolveu a análise de dados de 5.487 homens e mulheres mais velhos nos Estados Unidos. Cientistas perceberam que, em comparação com mulheres, homens têm menor probabilidade de terem alguém como confidente e de terem esse tipo de relacionamento próximo tanto com familiares quanto com amigos. Além disso, quanto mais os homens apoiam a masculinidade hegemônica, menores eram as chances de eles terem confidentes.
Celeste Campos-Castillo, coautora do estudo e professora associada do Departamento de Sociologia da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos, observa: “Isolamento social é comum entre adultos que estão envelhecendo. Mudanças como aposentadoria, viuvez e mudança de casa podem atrapalhar as amizades existentes”.
De acordo com stef shuster, está na hora de estudar como a masculinidade tóxica é danosa para os próprios homens. “Frequentemente, masculinidade tóxica é um termo que usamos para descrever como a masculinidade afeta outras pessoas, especialmente as mulheres”, disse. “Mas nosso estudo mostra como a masculinidade tóxica também tem consequências prejudiciais para os homens que seguem esses ideais. A própria premissa da masculinidade hegemônica, de certa forma, é baseada na ideia de isolamento, porque se trata de ser autônomo e não demonstrar muita emoção. É difícil desenvolver amizades vivendo assim.”
A questão é que quanto mais um homem segue os ideais de masculinidade tóxica, menores são as chances dele mudar sua visão de mundo e procurar ajuda. “Você pode mudar os princípios ideológicos de alguém? Acho que isso é mais difícil de vender do que tentar fazer as pessoas acreditarem que o isolamento social é extremamente prejudicial à saúde”, considera shuster. “Trata-se de aprender a oferecer ferramentas para que as pessoas não fiquem socialmente isoladas e ajudá-las a desenvolver a capacidade de reconhecer que todas as formas do ser ‘homem de verdade’ que elas sustentam não vão funcionar para elas à medida que envelhecem”, aponta shuster.
O estudo é um dos primeiros a tratar a masculinidade como um espectro em vez de uma categoria binária. “Muitas pesquisas de gênero são baseadas em binários simplistas de mulheres ou homens, feminino ou masculino, seja você hegemonicamente masculino ou não. Por causa do conjunto de dados que estamos usando, nosso estudo realmente examina a masculinidade em um espectro”, explica shuster.
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