Finanças

Brasil ganhou 42 mil novos milionários em um ano, diz estudo

Foto: (Mario Tama/Getty Images)

O Brasil ganhou 42 mil novos milionários em um ano, de acordo com a nova edição do Relatório de Riqueza Global divulgada nesta segunda-feira (21) pelo banco Credit Suisse.

O número de milionários no país saltou de 217 mil adultos em 2018 para 259 mil em 2019. Foi uma das maiores altas do mundo, perdendo apenas para Holanda, Alemanha, China, Japão e Estados Unidos. A previsão é que o número de milionários no Brasil deve crescer 23% até 2024, chegando ao total de 319 mil adultos.

São considerados milionários aqueles com mais de US$ 1 milhão em ativos financeiros e reais, incluindo moradia, abatendo o valor de dívidas.

O relatório destaca que grande parte da variação ano a ano se refere a mudanças nos preços desses ativos e variação nas taxas de câmbio. Desde 2010, por exemplo, a riqueza média no Brasil caiu 3% em dólares, mas subiu 33% em reais.

O que mais contribuiu para a criação de novos milionários neste ano foi uma alta de 35% nos preços das ações, enquanto a riqueza de forma geral está em uma “montanha-russa” desde a crise de 2008 em grande parte pela flutuação do câmbio.

O Brasil também foi um dos países do mundo onde mais cresceu o grupo de milionários “ultra-high”, aqueles com riqueza acima de US$ 50 milhões. Foram 860 novos membros do grupo no ano, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde 4,2 mil pessoas superaram esse patrimônio.

A tendência vai na contramão mundial. A parcela de riqueza mundial concentrada no 1% no topo da pirâmide subiu entre 2007 e 2016 em todos os países selecionados, com exceção da Índia, mas depois disso começou a cair em todos os países – com exceção do Brasil.

A estimativa do banco é que o 1% mais rico da população brasileira detém 49% de toda a riqueza familiar do país. Enquanto isso, 70% dos brasileiros tem riqueza inferior a US$ 10.000, proporção acima da observada no resto do mundo (58%).

O relatório destaca que a alta desigualdade de riqueza no país, referente a patrimônio, reflete em parte a alta desigualdade de renda, referente aos rendimentos.

Os últimos números do IBGE com base na PNAD mostram que a concentração da renda no país não era tão alta desde o início da série histórica em 2012. Em agosto, a Fundação Getúlio Vargas divulgou um estudo apontando alta da desigualdade há 17 trimestre seguidos.

O fenômeno teria relação com a crise no mercado de trabalho, que afetou especialmente o extrato de trabalhadores com menor qualificação e menor remuneração.

Quando começou a melhora na geração de vagas, os desempregados que conseguiram retornar ao mercado de trabalho passaram a ganhar menos em funções semelhantes ou a atuar em postos informais, que também remuneram menos.

Exame

 

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Saúde

Viagra poderia ajudar no tratamento de leucemia e linfoma, diz estudo

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram em um novo estudo que o Viagra pode ser útil para outra finalidade além da disfunção erétil: o medicamento poderia ser usado em transplantes de medula óssea.

O trabalho foi feito em ratos: os cientistas deram aos animais o citrato de sildenafila, princípio ativo do Viagra, e uma dose de Plerixafor, remédio usado para direcionar células-tronco do sangue para a medula óssea. O órgão é o responsável pela produção de células sanguíneas e, em pessoas com leucemias e linfomas, não funciona como deveria.

O experimento deu certo: a disponibilidade de células-tronco com a mistura de medicamentos ficou 7,5% maior, o dobro do obtido usando apenas o Plerixafor.

Os autores da pesquisa apostam que, se esses resultados se mantiverem em estudos com humanos, é possível ter uma nova alternativa aos transplantes de medula, com a vantagem de ser indolor e segura.

“Os médicos poderão prover um tratamento único para condições que atualmente têm que ser tratadas durante a vida toda de um paciente”, afirmou a pesquisadora Camila Forsberg, que participou do estudo, em comunicado.

Galileu

 

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Diversos

NÃO É FRASE CLICHÊ: Os humilhados serão exaltados, diz estudo

Foto: (RichVintage/Superinteressante)

Se você acha que a vida é uma derrota atrás da outra, aqui vai uma boa notícia: um estudo feito pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, encontrou uma relação de causalidade entre o fracasso e sucesso posterior na profissão. Ou seja: descobriu que o fato de tudo dar errado no início da carreira de alguém impulsiona ativamente o triunfo a longo prazo no futuro.

A pesquisa, publicada na revista Nature, analisaram o desempenho de mais de mil jovens cientistas entre 1990 e 2005. Naquela época, todos eles prestaram uma prova para conseguir bolsas de estudo. Os jovens que não passaram por pouco foram reunidos em um primeiro grupo, enquanto aqueles que passaram “raspando” ficaram no segundo grupo.

Em seguida, os pesquisadores avaliaram a quantidade e relevância dos artigos publicados por cada um dos jovens ao longo dos dez anos seguintes. Apesar de terem se frustrado e ficado sem financiamento, o primeiro grupo foi o que mais publicou artigos de destaque ao longo da carreira.

A grande diferença parece ser a relevância do trabalho que o primeiro grupo fazia. Eles não publicaram necessariamente mais artigos, mas tinham os trabalhos mais citados entre outros especialistas da área.

Agora, o outro lado da história: os fracassos e decepções também aumentavam muito a proporção de profissionais que simplesmente abandonavam. A taxa de desistência do primeiro grupo foi 10% mais alta quando comparada ao segundo.

Segundo os autores do estudo, esse índice de evasão pode ajudar a explicar os resultados. A desistência de alguns jovens deixaria apenas os profissionais mais determinados no ramo. Logo, isso aumentaria a taxa de sucesso do grupo, mesmo que eles fossem considerados “fracassados” no início.

Outros aspectos levados em consideração pelos pesquisadores são mais difíceis de medir. Eles acreditam que características da personalidade dos fracassados podem ter impulsionados as suas conquistas – como a capacidade de aprender com o erro e a automotivação de permanecer na mesma tarefa sem estímulos externos.

Agora já sabe: se você não conseguiu passar naquela prova ou entrevista de emprego, não desanime. Pode ser que o momento da vitória demore, mas uma hora ele chega.

Super Interessante

Opinião dos leitores

  1. Se esse estudo fosse mais profundo verificaria que não é "Os humilhados serão exaltados" e sim "o que se humilha a si mesmo". O inverso também vale: O que exalta a si mesmo será humilhado. Mateus 23:12

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Comportamento

Gentileza é a principal qualidade na busca por um parceiro, diz estudo

Foto: (iStock/Getty Images)

Numa época em que as prioridades da maioria das pessoas mudou – especialmente entre a população mais jovem –, pode parecer mais difícil encontrar alguém que esteja realmente disposto a entrar em um relacionamento sério. Apesar disso, existe demanda e oferta neste mercado e algumas características podem tornar uma pessoa mais – ou menos – atraente aos olhos de alguém que busca uma relação a longo prazo. Quais são essas características? A primeira dela – pasmem – é a gentileza, indica estudo publicado este mês no periódico Journal of Personality.

A pesquisa mostra que, no geral, homens e mulheres estão menos preocupados com a atratividade física ou a situação financeira quando procuram alguém para começar um relacionamento. Outros traços pouco priorizados na busca por um parceiro (ou parceira) está a criatividade e a castidade (abstinência de sexo). Esses resultados foram encontrados tanto na população ocidental quanto na oriental.

Para a equipe, essa descoberta mostra que, independente do ambiente em que as pessoas nascem e crescem, existem características mais atraentes para todos os seres humanos. “Se homens e mulheres agem de maneira semelhante em todo o mundo, isso fortalece a ideia de que alguns comportamentos se desenvolvem apesar da cultura e não por causa disso”, explicou Andrew G. Thomas, principal autor da pesquisa, em comunicado.

Prioridades

Para chegar a esta conclusão, os cientistas da Universidade de Swansea, no País de Gales, recrutaram 2.477 estudantes universitários (homens e mulheres). Para analisar as preferências dos participantes, a equipe realizou uma atividade simples: eles ganharam um valor hipotético fixo com o qual poderiam comprar características para seus parceiros ideais. Entre as características estavam: atratividade física, bondade, humor, castidade, religiosidade, desejo de ter filhos e criatividade.

Os resultados foram comparados às preferências de estudantes de países ocidentais (Reino Unido, Noruega e Austrália) e orientais (Malásia, Cingapura e Hong Kong). Ao final do estudo, os pesquisadores concluíram que a gentileza era o traço mais procurado entre as pessoas (22% a 26%). As menos procuradas foram criatividade e castidade (menos de 10%).

Os cientistas notaram também algumas diferenças entre os sexos. Para os homens, a atratividade física foi um dos traços mais comprados (22%) se comparado às mulheres (16%). Já as mulheres investiram mais em situação financeira favorável (18%) do que os homens (12%). Outro contraste salientado pela equipe foi o desejo de ter filhos: esse foi um traço mais procurado pelos ocidentais. Isso pode ser explicado pela necessidade de planejamento familiar.

“Em culturas onde a contracepção é generalizada, o desejo de um parceiro por filhos pode indicar a possibilidade de formar uma família. Já em culturas onde o uso de contraceptivos é menos difundido, ter filhos pode ser uma consequência natural do sexo dentro de um relacionamento, tornando o desejo real por crianças menos relevante”, explicou Thomas.

Chances menores

Enquanto a gentileza pode ser extremamente atraente em uma parceira (ou parceiro) em potencial, alguns traços podem ter o efeito oposto, apontou estudo do ano passado publicado no periódico British Journal of Psychology. Para algumas pessoas, ser muito inteligente ou descontraído demais pode ser características problemáticas quando se está procurando um relacionamento sério.

“Níveis elevados de inteligência podem incitar sentimentos de insegurança em algumas pessoas, o que pode torná-los menos desejáveis como parceiro. Já a descontração excessiva pode indicar que essa pessoa não inspira confiança ou não tem ambição”, esclareceu Gilles Gignac, da University of Western Australia, em comunicado.

Se você está procurando um parceiro, talvez queira trabalhar algumas qualidade pessoais – só não vale mudar a sua essência para agradar outra pessoa.

Veja

 

Opinião dos leitores

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Diversos

Machu Picchu foi construída de propósito em local com falhas tectônicas, diz estudo

Construída pelos incas há centenas de anos, a misteriosa cidade de Machu Picchu fica em uma área remota: no topo de uma montanha, a 2,4 mil metros de altitude, a pouco mais de 1 mil quilômetros de Lima, capital do Peru. Intrigados pela localização da construção arquitetônica, cientistas da Sociedade Geológica da América resolveram estudar a região.

Eles descobriram que o povo inca construiu o santuário exatamente em cima de um local com uma falha geológica — e isso foi feito propositalmente. “A localização de Machu Picchu não é uma coincidência”, afirmou Rualdo Menegat, geólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS). “Seria impossível construir um local nas montanhas altas se o substrato [das rochas] não fosse fraturado”.

Menegat analisou imagens de satélite e medições da área de Machu Picchu e notou que havia pequenas fraturas em pedras individuais e grandes linhas mais abrangentes de 175 quilômetros, que controlam alguns vales fluviais.

O pesquisador encontrou também falhas geológicas que ergueram as Cordilheiras dos Andes Centrais nos últimos 9 milhões de anos. Algumas dessas marcas geológicas se orientam para nordeste-sudoeste e outras para noroeste-sudeste, formando um “X” , ao se cruzar sob Machu Picchu.

Segundo Menegat, como os incas eram ótimos com a arquitetura de pedra, eles aproveitavam os materiais que estavam presentes nas falhas geológicas para suas construções. A zona tectônica ativa ajudava as rochas a se quebrarem, diminuindo os esforços que o antigo povo tinha em esculpi-las.

Macchu Picchu também foi construída na região devido a outras vantagens geográficas, como a drenagem do local após a chuva e também a possibilidade de se ter uma fonte de água abundante. “As falhas tectônicas da área canalizaram a água de derretimento da neve e a água da chuva”, contou o pesquisador.

A construção do santuário em um local alto também permitiu evitar deslizamentos de terra e avalanches. Outras cidades incas, como Ollantaytambo, Pisac e Cusco, também estavam localizadas em cruzamentos de falhas tectônicas.

Galileu

 

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Diversos

Gatos são tão apegados aos donos quanto cachorros, diz estudo

Foto: (Linda Raymond/Getty Images)

Toda mãe e pai de gato sabe: eles são independentes. Limpam-se sozinhos, não pedem por atenção toda hora e mantêm aquele temperamento blasé boa parte do tempo. Isso faz parecer que eles são mais indiferentes aos donos que os cães.

Mas, como todo pai e mãe de gato também sabe, a verdade é que eles são incompreendidos. É o que diz um estudo da Universidade do Estado do Oregon, nos EUA. A pesquisa mostra que os bichinhos desenvolvem uma apego emocional muito grande com seu cuidador, tão forte quanto o desenvolvido por um cachorro ou mesmo por uma criança.

Os autores escrevem no estudo, publicado no periódico Current Biology, que as pesquisas científicas costumam subestimar a importância das relações sociais na vida dos gatos. Para analisar essas relações, eles resolveram investigar o nível de “apego” que os gatos têm com seus donos.

No estudo, os pesquisadores fizeram com os gatos um teste geralmente aplicado a bebês e cães. O experimento foi dividido em três partes: na primeira, o gato passou dois minutos em uma sala desconhecida junto com seu cuidador; na segunda, o felino ficou dois minutos sozinho nessa mesma sala e, na terceira, o dono retornou para mais dois minutos com o animal.

Nas duas primeiras fases do teste, a grande maioria dos gatos teve as mesmas reações: ficaram com seus donos durante os primeiros dois minutos, e demonstraram certa estranheza ou curiosidade sobre o lugar nos minutos em que estavam sozinhos. A terceira fase foi a que realmente mostrou resultados.

“Os gatos reagiram de três formas, basicamente. Vários deles “cumprimentaram” seus donos e seguiram explorando o ambiente de forma mais tranquila do que antes. Os mais inseguros deixaram de explorar o lugar e ficaram agarrados aos donos, outros evitaram o dono quando ele retornou”. A maioria (dois terços) estava no primeiro grupo, o que demonstrou menos estresse com a presença do criador.

É a mesma proporção que se encontra quando o teste é aplicado a cachorros e bebês. Ou seja: dá para dizer que, sim, os gatos são tão apegados aos seus pais humanos quanto cães e crianças pequenas.

Pense duas vezes antes de chamar seu gato de insensível.

Super Interessante

 

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Diversos

A beleza está mesmo nos olhos de quem vê, diz estudo

(Syolacan/Getty Images)

Em algum momento da vida, todo mundo já se deparou diante de algo tão belo que parece tocar lá no âmago do ser. Aquele tipo de coisa que, de tão bonita, mexe com a gente de maneiras difíceis de explicar. Neurocientistas acabam de confirmar que essa sensação pode ser detectada no cérebro, e possui uma relação íntima com a auto-imagem de cada pessoa.

Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos desenvolveram um estudo em que submeteram 16 voluntários a exames de ressonância magnética funcional (fMRI) — uma técnica que analisa a atividade neural. A equipe investigou especificamente como o cérebro das pessoas reagia quando elas eram expostas a obras de arte, construções arquitetônicas e paisagens. As regiões cerebrais envolvidas no processamento daquelas imagens tinham comportamento bastante variado, sem qualquer padrão aparente.

Mas o foco da pesquisa era outro. O interesse real dos cientistas era analisar uma área bem peculiar da mente: a chamada “rede de modo padrão” (DMN, na sigla em inglês). É um sistema grande, que engloba várias regiões cerebrais e desempenha um papel fundamental no nosso senso de identidade. Essa rede fica a todo vapor sempre que estamos introspectivos, exercitando a autorreflexão, trazendo à tona memórias do passado ou traçando planos para o futuro. Também atua bastante nos momentos mais inspirados, em que a imaginação e a criatividade estão aguçadas.

Segundo o novo estudo, publicado este mês no periódico PNAS, a rede também se “acende” toda vez que somos confrontados com algo que tenha apelo estético para nós. Ou seja: a mesma região do cérebro processa informações sobre o que achamos belo e sobre quem nós somos. Isso tem implicações profundas não só para a neurociência, mas também para a psicologia. E trouxe novos aprendizados sobre a DMN.

Os pesquisadores descobriram que essa rede apresentava um comportamento muito parecido em todos os participantes quando eles tinham uma experiência visual emocionante. Não importava o tema, se era um belo quadro, um edifício de arquitetura arrojada ou uma paisagem de tirar o fôlego — os padrões de atividade cerebral continuavam bem similares. Por isso, os autores acreditam que a DMN poderia conter um “código universal” do apelo estético.

“Ainda não sabemos se a DMN de fato computa essa representação, mas ela claramente tem acesso a informações abstratas sobre se achamos uma experiência esteticamente atraente ou não”, disse em comunicado Edward Vessel, do Instituto Max Planck, na Alemanha.

Agora, a equipe pretende criar experimentos para investigar se o padrão também vale para outros estímulos, como música e poesia. Aquela frase “a beleza está nos olhos de quem vê” nunca pareceu tão certa.

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Carne branca tem mesmo teor de colesterol que vermelha, diz estudo

Frango grelhado se consumido em altas doses aumenta nível do colesterol ruim. Foto: Pixabay

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Oakland, ambos nos Estados Unidos, afirma que o consumo de carne branca, assim como de carne vermelha, é capaz de elevar os níveis de colesterol ruim (LDL).

Entretanto, o resultado não se aplicaria à carne de peixe e às carnes processadas, como bacon e linguiça, que não foram utilizadas no estudo.

A pesquisa, publicada na revista científica norte-americana American Journal of Clinical Nutrition, alega que o consumo elevado de ambos os tipos de carne era mais prejudicial do que a alta ingestão de proteínas vegetais, como ovos. Além disso, o estudo mostrou que o consumo de gorduras saturadas aumenta os níveis de colesterol na mesma proporção entre os três tipos de proteínas.

Já dietas vegetarianas, ou seja, que restringem o consumo de carne, trariam menor prejuízo à saúde quando comparadas às dietas em que pessoas consomem carnes brancas e vermelhas.

Apoiado nos resultados, os pesquisadores orientam que a população reduza o consumo de carnes brancas e vermelhas e procure consumir mais proteínas de origem vegetal, que seriam menos prejudiciais à saúde.

Existe o colesterol “bom” e o “ruim”. O LDL, sigla de lipoproteínas de baixa densidade, é o “ruim”. Ele carrega o colesterol do fígado para o resto do corpo, mas costuma deixar parte dessa carga nos vasos sanguíneos, favorecendo a formação das placas. Já o HDL, lipoproteínas de alta densidade, o “bom”, faz o trabalho contrário, recolhendo a gordura acumulada nas artérias.

Cerca de 360 mil brasileiros com colesterol alto não sabem que têm, segundo estimativa do Instituto do Coração (InCor) do HC de São Paulo. O colesterol alto pode levar ao infarto e ao AVC (acidente vascular cerebral).

R7

 

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Diversos

RN e mais sete estados perdem metade da água com vazamentos e ‘gatos’, diz estudo

 

Percentual de perda de distribuição de água por conta de vazamentos, fraudes e falhas por estado — Foto: Guilherme Pinheiro/Arte

Oito estados do país perdem metade ou mais da água que produzem com problemas de vazamentos, ligações clandestinas e falhas de leitura de hidrômetro, segundo estudo do Instituto Trata Brasil com a GO Associados, obtido pelo G1 e divulgado nesta quarta-feira (5).

Em Roraima, estado com o pior índice, a perda na distribuição chega a 75%, o que significa que, a cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 75 litros ficam pelo caminho. Em seguida, estão Amazonas (69%) e Amapá (66%).

Dos oito estados, cinco estão no Norte e três, no Nordeste, regiões que, historicamente, apresentam os piores índices de saneamento do Brasil.

Enquanto 83,5% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada, a média da região Norte para o mesmo indicador é de 57,5%. A do Nordeste é a segunda pior, com 73%. Em relação ao acesso à coleta de esgoto, a situação é ainda mais grave: apenas 10,2% da população do Norte e 26,9% da do Nordeste são atendidas, contra a média nacional de 52,4%.

O estudo utiliza os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2017.

O estudo ainda destaca que:

Considerando o país, a média de perda de água potável é de 38%. Isso representa uma perda de 6,5 bilhões de m³ de água, o equivalente a mais de 7 mil piscinas olímpicas por dia

Analisando apenas as perdas físicas do sistema, ou seja, a água que não chegou à casa das pessoas por conta de vazamentos, o volume desperdiçado seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira por um ano

Em termos financeiros, a perda de faturamento custou para o país R$ 11,3 bilhões em 2017, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgoto no Brasil no ano (R$ 11 bilhões)

Segundo Pedro Scazfuca, da GO Associados, o índice de perda na distribuição é um indicador de eficiência, o que deixa claro problemas estruturais no setor de saneamento básico do país.

A perda de distribuição é medida através da diferença entre a água produzida pela concessionária responsável pelo setor e o volume que chega às casas das pessoas de forma oficial. Essa diferença significa desperdício através de vazamentos, roubos e furtos de água e erros de leitura ou leituras imprecisas de hidrômetros antigos. Assim, quanto menor é o índice, menores são os problemas de serviço e gestão.

“Perda baixa envolve fazer boa manutenção nas redes, ter processo de faturamento adequado, fazer combate às fraudes. Ou seja, as perdas estão associadas a uma melhor gestão da companhia e mostram a eficiência na prestação do serviço. Isso deixa claro que diversos estados têm gestão muito ineficiente. Perda de 50% mostra uma ineficiência grande”, diz Pedro Scazfuca, da GO Associados.

O estudo destaca ainda que o indicador de perda de água potável nos sistemas é um dos mais negligenciados do país. Entre 2015 e 2017, por exemplo, é possível perceber que houve um aumento na produção de água do país, movimento natural para conseguir atender a uma população crescente. Ao mesmo tempo, porém, as perdas também aumentaram.

“O aumento da produção de água pode nos levar a crer que está havendo um consumo maior pela população e demais usos da água potável, mas, na verdade, podemos estar tirando mais água apenas para compensar o aumento das perdas. Isso seria péssimo para a sustentabilidade do próprio sistema e para os usuários”, destaca Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, no estudo.

Para Scazfuca, há um problema de visão de melhoria de gestão em algumas concessionárias que atuam no setor de distribuição de água. Isso porque, segundo ele, para diminuir as perdas de água, é preciso fazer investimentos, mas os retornos são muito maiores.

“Para reduzir a perda, tem que investir na manutenção de rede, implantar controle e troca de hidrômetros, fazer programa de caça à fraude. Vai ter que gastar. Mas os estudos mostram que é um gasto que tem um retorno alto de maior arrecadação e diminuição de custos. Ou seja, atende as pessoas produzindo menos”, diz Scazfuca.

As empresas ficam presas a um “falso dilema”, segundo ele, entre fazer mais ligações de água ou uma estação de tratamento ou reduzir a perda. Geralmente, as concessionárias acabam escolhendo investir na expansão da rede — sem fazer melhorias e manutenções na que já existe.

“Eu entendo que, para uma companhia saudável, isso é um falso dilema, pois investir em perda vai ter um retorno e vai sobrar mais espaço para investir em outras coisas. Mas, para empresas em situação financeira difícil, quando tem a opção entre eficiência e expansão, vão escolher a expansão. Perda não é prioridade, prioridade é levar água para a região que não tem.”

Ganho com queda das perdas

Para deixar as vantagens em investir na diminuição das perdas claras, o estudo fez a estimativa dos ganhos do país no caso de redução das perdas para 20%. A meta não é tão baixa quanto os índices encontrados em locais como Tóquio ou Cingapura, cujos níveis de perda estão abaixo de 10%, mas é considerada realista pelos especialistas para o Brasil.

Os cálculos mostram que, mesmo com os gastos com trocas de tubulações e hidrômetros e operações caça-fraudes, o ganho líquido nacional seria de quase R$ 31 bilhões até 2033.

“Num cenário de imprevisibilidade do clima e consumo de água, não cabe mais manter o assunto perdas de água apenas na esfera técnica. A sociedade, a imprensa, formadores de opinião e outros precisam se apropriar do assunto, pois, no fim, o que resulta é a diminuição da água para todos os usos”, diz Édison Carlos.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Alguém sabe informar o por quê da Av. Petra Kelly em nova Parnamirim está novamente em "obras" no seu "ex-lindo asfalto. Creio que nos últimos 18 meses , já abriram este asfalto umas 04 ou 05 vezes , e quando fazem o recapeamento , fica horrível. Vem uma empresa abre, deixa aberto por vários dias. Para outra vir e fechar. Passa-se uns 03 meses , volta a mesma situação. Ô RN sem dono.

  2. Tínhamos os mesmo problemas com a COSERN , salários altos e ineficiência, gatos e desperdício, privatizou a coisa mudou , essa CAERN É UM ANTRO DE INCOPETENTES E CABIDE DE EMPREGOS ….PRIVATIZE QUE A COISA MELHORA

  3. SALÁRIO DE PROCURADOR DO ESTADO DO RN PASSA DE R$ 29 MIL PARA R$ 35 MIL AUMENTO DE 16% . AUMENTO PRA DEFENSOR PÚBLICO TAMBÉM, MINISTÉRIO PÚBLICO, TJ-RN. AFINAL SÃO OS SENHORES QUE MANDAM E O POVO É MANDADO.

  4. Deve ser por isso (ineficiência e descontrole) que o Topo Gigio da Caern diz batendo no peito que aposta com quem quiser como a estatal não será privatizada.

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Diversos

Cirurgia de aumento peniano é uma farsa, diz estudo

GETTY IMAGES

O tamanho do pênis pode influenciar a autoestima de muitos homens. Por estarem insatisfeitos com o órgão, alguns recorrem a cirurgia de aumento peniano. Entretanto, de acordo com um estudo divulgado pelo The Guardian, esses métodos não funcionam, além de serem arriscados e causar danos físicos e psicológicos aos pacientes.

Segundo os pesquisadores, existem poucas evidências de que os procedimentos cirúrgicos possam aumentar o tamanho do pênis. Na verdade, a intervenção pode causar a falta de ereção permanente, deformidades, disfunção erétil e até encurtamento da genitália.

“Esses procedimentos nunca devem ser feitos”, afirma Gordon Muir, urologista do King’s College Hospital, em entrevista ao site. De acordo com o especialista, a cirurgia pode custar de 30 a 40 mil euros, o que equivale a uma média de 140 a 180 mil reais.

Como o estudo foi feito

Os cientistas levantaram dados de 17 pesquisas que analisavam 21 formas de realizar o aumento peniano, de maneira cirúrgica ou não. 1,192 homens passaram por esses procedimentos ao todo.

As duas formas mais comuns de aumento peniano envolviam enchimento dérmico no pênis, e uma operação chamada incisão do ligamento suspensor, onde o cirurgião faz um corte acima do órgão e divide o ligamento que o “levanta”.

De acordo com Gordon, a maioria dos homens que passa por essa operação possuem um pênis de tamanho padrão, entretanto, acreditam ter um membro pequeno. Porém, após a cirurgia, a maioria se decepciona com os resultados, e ainda sai com traumas.

Entenda mais sobre o assunto

O urologista Valter Javaroni escreveu um artigo sobre o assunto, explicando se os exercícios para aumentar o pênis podem funcionar, além de analisar por que os homens possuem a fixação pelo aumento peniano.

Minha Vida

 

Opinião dos leitores

  1. O babaca do H q acha q uma pica grande faz mulher gozar, deveria ler mais pouco e pensa cabeça de cima e não a de baixo, hipócritas….

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Saúde

Pessoas que andam rápido vivem mais, diz estudo

Foto: (Benne Ochs/Getty Images)

Já dizia o ditado: “devagar se vai ao longe”. Mas talvez ele não faça tanto sentido assim — ao menos no que diz respeito à longevidade. É o que sugere um estudo feito por cientistas do Reino Unido que avaliou a relação entre o ritmo do passo e a expectativa de vida. Os resultados apontam que quem anda mais depressa vive até uma idade mais avançada.

Foram analisadas informações sobre 474.919 britânicos contidas na base de dados UK Biobank, coletadas entre 2006 e 2016. E essa constatação de que as pessoas que andam mais rápido vivem por mais tempo se mantém, independentemente do índice de massa corporal. Ela se aplica tanto aos que estão abaixo do peso quanto aos obesos mórbidos.

Foi a primeira vez que uma pesquisa associou a velocidade mais acelerada dos passos a uma vida mais longa. “Em outras palavras, os resultados sugerem que talvez a atividade física seja um indicador melhor da expectativa de vida do que o índice de massa corporal, e assim encorajar a população de que caminhadas rápidas podem adicionar anos de vida”, disse em comunicado Tom Yates, da Universidade de Leicester, autor principal do estudo.

Indivíduos que declararam andar devagar e que estão abaixo do peso apresentaram a menor expectativa de vida do estudo: 64,8 anos para os homens e 72,4 anos para as mulheres. Já para os mais apressadinhos, a expectativa média feminina chegou a 87,8 anos e a masculina a 86,8 anos. O padrão se repetiu em todas as medidas de cintura.

Francesco Zaccardi, co-autor do artigo, explica que pesquisas anteriores falavam em “risco relativo”, parâmetro que não é tão claro quanto a expectativa de vida. Nesses termos, o aumento no índice de massa corporal provoca um acréscimo em porcentagem no risco de morte. A mensagem aqui é que caminhar depressa exige mais do corpo, e o exercício físico gerado pelo simples ato de acelerar o passo pode nos dar uns anos extras de vida.

Super Interessante

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Saúde

Substâncias do protetor solar chegam à corrente sanguínea, diz estudo

Foto: (bymuratdeniz/Getty Images)

“Filtro solar. Nunca deixe de usar filtro solar”. Qualquer brasileiro que já era crescidinho no fim da década de 1990 deve se lembrar desse conselho, narrado por Pedro Bial. “Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro, seria essa”, crava o apresentador. E ele estava certo. Mais de duas décadas depois e o protetor solar segue sendo a melhor forma de proteger a pele contra queimaduras e o temido câncer de pele.

Mas como esse produto age no nosso organismo? Aplicá-lo todos os dias até o fim da vida teria algum risco para a saúde? É o que a ciência busca entender. Um estudo publicado nesta segunda-feira (6) no periódico científico Jama deu um passo importante nessa análise.

A pesquisa – conduzida por cientistas da Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa dos Estados Unidos – identificou que algumas substâncias do protetor solar chegam até a corrente sanguínea, e não ficam restritas às camadas da pele.

A investigação incluiu 24 pessoas. Elas foram divididas em grupos, que recebiam, a cada quatro dias, um filtro solar com composição diferente para passar em suas peles. Nesse período, os voluntários tinham que aplicar o protetor no corpo todo e repassá-lo mais três vezes durante o dia. Os produtos eram de marcas conhecidas, encontradas em farmácias americanas.

Ao analisar amostras de sangue dos participantes, os pesquisadores identificaram compostos que garantem aos filtros a capacidade de barrar a radiação solar. E mais: em concentrações que exigiriam novos estudos de segurança, segundo a FDA. As substâncias foram notadas já no primeiro dia de aplicação, e os níveis sanguíneos aumentaram ao longo dos quatro dias de testes.

Mas calma: isso não significa que protetores solares não são considerados seguros. “Até que mais informações estejam disponíveis, é preciso continuar reforçando os benefícios da fotoproteção para prevenir câncer de pele”, escrevem os autores do estudo, em nota. “Deixar de usar filtro solar poderia ter consequências negativas para a saúde”, complementam.

De acordo com os cientistas americanos, mais pesquisas são necessárias para entender não só se protetores oferecem algum risco real à saúde, mas também se isso se aplica a crianças, por exemplo, que podem absorver essas substâncias em quantidades diferentes – e sofrer com seus efeitos de forma distinta, também. Outro ponto a ser investigado é se doses menores de filtro solar (convenhamos, quem passa protetor quatro vezes ao dia?) também chegam à corrente sanguínea.

Super Interessante( matéria na íntegra aqui)

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Saúde

“VIDA PERFEITA”: Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental, diz estudo

Foto: (jakubzak/iStock)

Sabe aquele baixo astral que dá quando você fica muito tempo nas redes sociais? Não é só com você. Além do tempo perdido, as horas conectado também afetam nossa saúde mental. A coisa funciona como uma droga, afinal: quanto mais tempo você passa diante do celular ou do computador, mais tempo você quer ficar.

A metáfora não é em vão. Redes sociais são mais viciantes que álcool e cigarro – é o que diz a pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem. E, dentre elas, o Instagram foi avaliado como a mais prejudicial à mente dos jovens.

Os resultados mostram que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais – mais do que qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis a seus efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população aumentaram 70% nos últimos 25 anos. Os jovens avaliados estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, sem sono, e a razão disso tudo pode estar na palma das mãos deles: nas redes sociais, justamente.

Ao longo da pesquisa, 1.479 indivíduos entre 14 e 24 anos tiveram que ranquear o quanto as principais redes (Youtube, Instagram, Twitter e Snapchat) influenciavam seu sentimento de comunidade, bem-estar, ansiedade e solidão.

O estudo mostrou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e a aumenta o medo dos jovens de ficar por fora dos acontecimentos e tendências (FOMO, fear of missing out). Segundo a pesquisa, o site menos nocivo é o YouTube, seguido do Twitter. Facebook e Snapchat ficaram em terceira e quarta posição, respectivamente.

Apesar do Youtube ser um dos sites que mais deixam os jovens acordados até altas horas, o site foi avaliado como o que menos prejudicou o bem-estar dos participantes. Instagram, em contrapartida, recebeu mais da metade das avaliações negativas. Sete em cada 10 voluntários disseram que o app fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem. Entre as meninas, o efeito Instagram foi ainda mais devastador: nove em cada 10 se sentem infelizes com seus corpos e pensam em mudar a própria aparência, cogitando, inclusive, procedimentos cirúrgicos.

O Snapchat também não foi tão animador. O app de mensagens multimídia instantânea teve os piores resultados: é o que contribui para privação de sono e o sentimento de ficar por fora (FOMO). Muitos jovens destacaram o fato de sofrerem bullying nas redes sociais, sendo o Facebook o pior neste quesito – dois terços dos entrevistados acreditam que a rede de Zuckerberg deixa o cyber-bullying ainda mais cruel.

A “vida perfeita” compartilhada nas redes sociais faz com que os jovens desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências. Não à toa, esse perfeccionismo atrelado à baixa autoestima pode desencadear sérios problemas de ansiedade. Os pesquisadores advertem: os usuários que passam mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial.

As autoridades de saúde que realizaram o estudo pedem que as plataformas mandem mensagens e alertas para prevenir o uso descontrolado das redes e criem ícones especiais para indicar quando as fotos forem editadas, prevenindo assim que as pessoas se sintam mal em relação a sua aparência.

Os cientistas também sugerem que as redes auxiliem a identificar sinais de que os usuários estão passando por problemas de saúde mental através do conteúdo publicado e que ofereçam algum tipo de suporte emocional a essas pessoas.

“As plataformas que supostamente ajudam os jovens a se conectarem podem estar alimentando uma crise de saúde mental “, afirmou a Royal Society for Public Heath, na divulgação dos resultados da pesquisa.

Após a publicação desta matéria, o Instagram se posicionou dizendo que sua prioridade é fazer da rede um lugar seguro e de apoio, onde todos se sintam confortáveis para se expressarem: “Queremos que as pessoas que precisam lidar com problemas de saúde mental possam encontrar no Instagram o apoio necessário a qualquer momento. Por isso, trabalhamos em parceria com especialistas para disponibilizar as ferramentas e informações necessárias para que as pessoas saibam como denunciar conteúdo, obter apoio para um amigo que está precisando ou entrar em contato diretamente com um especialista para pedir conselhos sobre uma questão com a qual eles estejam lidando”, afirma Michelle Napchan, Líder de Políticas Públicas do Instagram na Europa, onde o estudo foi realizado.

Super Interessante

 

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Diversos

Brasileiros estão entre os mais preocupados do mundo, diz estudo

Foto: Pixabay

Os brasileiros estão entre os 10 povos mais preocupados do mundo, de acordo com dados do relatório anual Global State of Emotions, do Instituto Gallup, realizado em 143 países divulgado nesta quinta-feira (25).

Entre os brasileiros entrevistados, 57% afirmaram sentir preocupação. Já no Moçambique, que liderou nesse quesito, a porcentagem foi de 63%. Na base da lista aparece o Uzbequistão, onde apenas 20% se revelaram preocupados.

Os itens apresentados pelo questionário foram raiva, tristeza, estresse, preocupação, dor física, alegria, prazeres, relaxamento, aprender algo, alegria e respeito.

Outro quesito que a maioria dos brasileiros também respondeu “sim” foi em relação a se sentir tratado com respeito. Quase a totalidade (96%) concordou com isso. A nação em que esse fator foi mais reforçado foi o Equador (97%) e menos, a Etiópia (65%). O Brasil ficou em quinto lugar, ao lado da Argentina.

Segundo a pesquisa, o mundo está mais triste, furioso e apreensivo. O índice das três emoções subiu para níveis recordes pelo segundo ano consecutivo. Entre os países mais tristes estão Chade, Níger, Serra Leoa, Iraque e Irã, que o relatório ressalta, serem nações afetadas por guerras e crises humanitárias.

Brasil está entre países menos positivos da América Latina

Já as nações latino-americanas predominam no ranking de países mais positivos. O Paraguai e o Panamá apareceram empatados como os países mais positivos do mundo. Fora das Américas, a Indonésia figura como a nação mais positiva do mundo.

Entre os países da América Latina, o Brasil está em penúltimo lugar entre os mais positivos, ficando acima apenas do Haiti. Já na ranking geral, o Brasil integra o grupo de países que ocupam o 14º lugar, com o mesmo nível de felicidade do Camboja, Estônia, Kwait, Tajikistan e Portugal (72%).

Em relação a “emoções negativas”, o Brasil está em quarto lugar entre os países latino-americanos – o primeiro é o Haiti -, e na ranking geral, está em 15º – o primeiro é o Chade. No grupo do Brasil estão Burkina Faso, Turquia e Zambia (72%).

“Estudos sobre a felicidade global geralmente envolvem duas medidas: como as pessoas vêem suas vidas e como elas a vivem. Ambos os conceitos estão enraizados na economia comportamental. Como as pessoas refletem sobre sua vida é muito diferente de como elas a vivem”, escreveu Jon Clifton, sócio do Instituto Gallup, no relatório.

“As pessoas na América Latina nem sempre avaliam suas vidas da melhor forma, como nos países nórdicos, mas elas riem, sorriem e desfrutam do prazer como ninguém no mundo”, acrescentou.

Ainda segundo a pesquisa, as pontuações mais altas refletem a tendência cultural na região em se concentrar nos pontos positivos da vida.

Estresse cai e infelicidade se estabiliza

O levantamento revelou que o nível de estresse mundial apresentou uma leve queda – o líder é a Grécia, com 59%. A média global foi de 35%.

A pesquisa concluiu que o nível de infelicidade no mundo se estabilizou, sendo semelhante ao do ano anterior.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. A preocupação dos petistas é que se Bolsonaro privatizar tudo eles não vão ter mais de onde roubar .

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Comportamento

Mulheres são melhores em esconder a infidelidade, diz estudo

Imagem: Getty Images

Cientistas revelaram que as mulheres podem julgar se um homem é infiel só de olhar para o rosto dele, mas os homens são menos capazes de identificar uma mulher traidora.

Pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental reuniram um grupo de 1.500 pessoas e mostraram imagens de 189 adultos caucasianos (101 homens e 88 mulheres), tendo perguntado-lhes antes se tinham sido infiéis com seus parceiros.

Os entrevistados foram então solicitados a classificar esses rostos em uma escala de 1 a 10, em que 1 significa “nem um pouco provável de que seja infiel” e 10 “extremamente provável”.

O resultado, publicado na revista Royal Society Open Science, foi que “tanto homens quanto mulheres foram precisos ao avaliar a probabilidade dos homens, mas não das mulheres, traírem e roubarem o parceiro de outro”.

Os cientistas queriam analisar não apenas se homens e mulheres poderiam identificar uma possível infidelidade um no outro, mas também se era possível detectar um possível “ladrão de parceiro” do mesmo sexo.

Eles citaram pesquisas mostrando que 70% das pessoas em mais de 50 culturas relataram uma tentativa de roubar o parceiro de outra pessoa e 60% disseram que tiveram sucesso.

Os resultados “não foram o esperado”, os cientistas admitiram. Os homens foram capazes de identificar possíveis ‘caçadores furtivos’ entre outros homens, mas mesmo quando outras mulheres estavam julgando, a fêmea da espécie era inescrutável.

“Homens e mulheres mostraram uma precisão acima da média para os rostos masculinos, mas não para os rostos das mulheres. Portanto, a infidelidade percebida pode, de fato, conter algum núcleo de verdade nos rostos masculinos”, escreveram os cientistas.

O que faz as mulheres suspeitarem que os homens possam estar traindo?

De acordo com a pesquisa, isso se resume principalmente à masculinidade percebida, embora os pesquisadores tenham se deparado com outro resultado inesperado, sugerindo que não são os homens mais bonitos os que mais traem.

“Surpreendentemente, embora os homens mais atraentes tenham sido classificados como mais infiéis, eles eram menos propensos a se envolver na caça de parceiros alheios”, disse o estudo.

Universa UOL, via AFP

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Diversos

ALERTA: Crianças estão engolindo objetos com mais frequência, diz estudo

Foto: Getty Images/iStockphoto

Um estudo publicado pela Academia Americana de Pediatria na última sexta-feira (12) revelou que crianças com até seis anos de idade têm ingerido objetos estranhos, como moedas e brinquedos, com mais frequência.

Realizado entre 1995 e 2015, o estudo avaliou os casos recebidos de ingestão de objetos por crianças nos prontos-socorros nos Estados Unidos, com a ajuda de dados do National Electronic Injury Surveillance System (Sistema Eletrônico Nacional de Vigilância de Lesões, em português). Os resultados apontam que mais de 759 mil crianças deram entrada em hospitais norte-americanos com essa justificativa, o que representa um aumento de 92% na incidência de casos assim durante os 21 anos de pesquisa. Em 89,7% das situações, os pacientes foram dispensados ao fim da consulta, sem necessidade de internação ou outro procedimento para retirada do objeto do estômago.

O documento também diz que os objetos mais ingeridos por crianças até seis anos de idade foram moedas, especialmente as equivalentes a um centavo de dólar — em 2015, elas representaram 58% das ingestões. Durante todo o estudo, 80% dos pacientes nos prontos-socorros com esta queixa tinham engolido moedas.

Brinquedos, pilhas, joias, pregos, parafusos, ímãs, produtos para cabelo e itens de decoração de Natal também aparecem no documento como os itens mais comuns de serem engolidos pelos pequenos. Meninas ingeriram mais joias e produtos capilares, enquanto meninos são mais propensos a engolir parafusos e pregos.

Danielle Orsagh-Yentis, principal autora do estudo e pesquisadora pediátrica em gastroenterologia no Nationwide Children’s Hospital em Columbus, Ohio, afirmou ao jornal “The New York Times” que as descobertas são “chocantes”, e que “demonstram uma trajetória crescente”.

Ela alerta, especialmente, para a ingestão de pilhas e baterias que são frequentemente usadas em brinquedos infantis e outros objetos facilmente encontrados em casa — as ingestões de bateria aumentaram em 150 vezes durante o período do estudo. Orsagh-Yentis aconselha que pais e responsáveis fiquem mais atentos aos hábitos dos filhos, para evitar que engulam itens potencialmente perigosos.

“Isso significa manter os objetos em locais elevados para que as crianças não consigam acessá-los com facilidade, mantê-los em locais seguros e, principalmente, mantê-los fora da vista das crianças, para que não pensem neles”, diz.

Universa- UOL

 

Opinião dos leitores

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