Finanças

União dará aval para empréstimos de estados com bancos estrangeiros

Foto: Folha de São Paulo

O socorro aos estados em grave crise financeira será financiado por bancos privados estrangeiros. Instituições públicas, como BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil e Caixa, que no passado socorreram governadores, ficarão de fora desta vez.

Citibank, JPMorgan, BofA, BNP Paribas e Santander sinalizaram interesse em emprestar aos estados, desde que tenham a União como fiadora.

Segundo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, a União pretende garantir até R$ 10 bilhões em empréstimos aos estados neste ano, exigindo medidas de ajuste fiscal como compensação.

Os governadores, porém, consideram a cifra oferecida inferior à sua necessidade.

Por isso, a ajuda passará por um combo de alternativas financeiras, com um cardápio de opções que variam de acordo com a necessidade e a situação de cada estado.

Os bancos privados estão sendo sondados para, além de fazer empréstimos, também comprar títulos atrelados a recebíveis da dívida ativa e de direitos sobre royalties do petróleo.

Tanto para empréstimos quanto para a venda de recebíveis, os governadores precisam do sinal verde do Tesouro, que está formatando um programa voluntário de recuperação em que as operações de crédito terão como contrapartida medidas de ajuste.

Os governadores deverão entregar um plano de contenção de despesas em quatro anos —mandato do atual governador. A União então autorizaria o estado a tomar emprestado o equivalente a cerca de 40% desse total.

Os bancos públicos não deverão participar porque, além da restrição orçamentária do governo federal, que tenta entregar o seu próprio ajuste fiscal, eles são vedados por lei de fazer empréstimos para pagar despesas do dia a dia, como salários e fornecedores.

A União já identificou o interesse ao programa voluntário de ajuste dos estados de Rio Grande do Norte, Roraima, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul —este último, caso não consiga aprovar na Assembleia local a autorização para fazer privatizações.

Sem isso, o estado não pode recorrer ao regime de recuperação fiscal, que já atende Rio e que deverá incluir Minas Gerais, que está em fase final de adequação.

Para Felipe Salto, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado, a solução estrutural seria adotar medidas do lado das despesas, contendo gastos com pessoal e Previdência.

Empréstimos, diz, deveriam ser analisados caso a caso, de acordo com a capacidade de pagamento de cada governo.

Justamente por estar protegido pelo regime de recuperação fiscal, o Rio de Janeiro conseguiu rolar as amortizações com a União e garantir empréstimos novos com base nas ações da Cedae (companhia de água e esgoto) e em royalties, lembra o economista Raul Velloso.

“Imagine se você adicionar casos dramáticos como os de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte? Emprestar mais dinheiro é mais do mesmo”, diz o especialista em contas públicas.

Aos olhos da União, o socorro a Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os mais custosos ao governo federal, e por isso o regime de recuperação fiscal é a saída preferencial para esses estados.

Nesse programa, os estados deixam de pagar suas dívidas por três anos e o governo assume os compromissos. Em troca, os governadores têm de privatizar ativos para abater o passivo acumulado.

Goiás tem um rombo orçamentário avaliado em cerca de R$ 6 bilhões, salários do funcionalismo atrasados, e não pagou o 13º em 2018.

No caso de Goiás, o estado deverá tentar empréstimos com aval da União, mas também buscará vender títulos atrelados à dívida ativa.

O Rio Grande do Norte deve cerca de R$ 2,3 bilhões a fornecedores e prevê fechar 2019 com déficit de R$ 1,8 bilhão.

O negócio interessa a muitos governadores, mas depende de um projeto de lei que já passou no Senado e tramita na Câmara dos Deputados.

De parte dos bancos, só uma parte da dívida ativa dos estados é considerada atrativa.

Os débitos reconhecidos, que já estejam sendo parcelados e cobrados de bons devedores, têm potencial de serem empacotados e vendidos no mercado financeiro.

Por isso, todos os estados que tiveram programas recentes de Refis (refinanciamento de dívida) são potenciais interessados nesta operação, cujo nome é securitização.

Para o Rio Grande do Norte e Sergipe, o socorro pode ser composto também pela venda de direitos futuros sobre royalties de petróleo extraído em seus litorais.

A Bahia, embora não esteja em crise aguda, poderia aderir a esse tipo de operação, que não se configura como empréstimo tradicional, mas como venda de um ativo.

Bancos estrangeiros têm especial interesse nesse tipo de operação e poderiam injetar cerca de R$ 500 milhões na Bahia e em Sergipe. Já o Rio Grande do Norte conseguiria levantar cerca de R$ 120 milhões com royalties.

O principal ponto de discussão neste momento é a taxa de desconto, cobrada pelos bancos, avaliada como muito alta pelos governadores.

Todas as opções estão sendo estudadas pelos governadores, que deverão colocar estatais para vender e conceder rodovias, para fazer caixa.

Mansueto indicou, porém, que o programa voluntário de recuperação não ficará pronto em março, como queriam os governadores com as contas mais estranguladas.

A avaliação de algumas lideranças é que as medidas saiam no primeiro semestre.

Embora seja compreensível a postura do Tesouro, diz o economista Velloso, em algum momento o governo terá de agir em um sentido mais amplo, sob pena de um calote generalizado nas despesas em atraso e nas que vierem a se acumular a partir de agora.

A saída, diz ele, é complexa e passa pelo equacionamento do passivo atuarial da Previdência pública estadual.

“Ampliar possibilidade de fazer dívida é apenas paliativo. É tomar paracetamol para baixar a febre. O antibiótico é pela via das despesas, não tem muito como escapar disso”, diz Salto, da IFI.

Cardápio de operações financeiras para salvamento dos estados

Bancos estatais ficarão de fora de auxílio, que será viabilizado por bancos estrangeiros

1 – RRF (Regime de Recuperação Fiscal)

Para quem

Atende ao Rio e deverá incluir Minas Gerais. Rio Grande do Sul também tenta se enquadrar

O que é

Estados deixam de pagar suas dívidas por três anos (prorrogável por mais três ano) e o governo federal assume os compromissos. Em troca, os governadores têm que privatizar ativos para abater o passivo que ficou acumulado, além de controlar gastos

2 – Programa Voluntário de Recuperação Fiscal

Para quem

Em fase de formatação no Tesouro Nacional, interessa Rio Grande do Norte, Roraima, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul

O que é

Os governadores deverão entregar um plano de contenção de despesas em quatro anos (mandato do atual governador). A União então autorizaria o estado a tomar emprestado o equivalente a cerca de 40% desse total, em operações com aval do governo federal

3 – Securitização da dívida ativa

Para quem

Interessa a muitos governadores, mas depende de aprovação de um projeto de lei que já passou no Senado e tramita na Câmara dos Deputados

O que é

Só uma parte da dívida ativa dos estados é considerada atrativa para os bancos. Os débitos reconhecidos, que já estejam sendo parcelados e cobrados de bons devedores têm potencial de serem empacotados e vendidos no mercado financeiro

4 – Venda de Royalties

Para quem

Em análise por estados que têm produção de petróleo, como Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte

O que é

É venda de direitos futuros sobre royalties de petróleo, não se configura como um empréstimo tradicional mas como a venda de um ativo. Bancos estrangeiros têm especial interesse neste tipo de operação e poderiam injetar cerca de R$ 500 milhões na Bahia e em Sergipe. Já o Rio Grande do Norte conseguiria levantar cerca de R$ 120 milhões com royalties

Folha de São Paulo

 

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Diversos

RN tem segunda melhor nota do Nordeste no ranking da transparência dos Estados

O Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União – CGU anunciou na quarta-feira (12) o resultado da avaliação do nível de transparência dos Estados e municípios brasileiros. Pelo índice, o Rio Grande do Norte aparece em segundo lugar no Nordeste em nível de transparência pública, com nota 8,8. No ranking nacional o RN ficou em sétimo lugar.

Este ano a CGU adotou uma nova metodologia no indicador Escala Brasil Transparente. Chamado de “Avaliação 360” o novo método, mais rigoroso, contempla além da transparência passiva, que é a disponibilização de informações públicas mediante solicitação, como também a transparência ativa, que são os dados já disponibilizados sem a necessidade de solicitação.

“A atual gestão tem grande comprometimento com a transparência de nossas ações, por isso temos avançado muito nas avaliações. Conseguimos sair de uma nota péssima para um excelente resultado, que nos deixa em segundo no Nordeste e sétimo no país. Esse resultado reflete nosso empenho e determinação em atender bem as necessidades do cidadão e garantir o direito de acesso à informação”, explicou o controlador Geral do Estado Alexandre Azevedo.

A última avaliação foi divulgada em 2017 e o RN ficou em 11º entre os estados brasileiros e 6º colocado no Nordeste.

É importante destacar que o RN é o estado que mais evoluiu no quesito transparência no país, desde que as avaliações começaram, em 2015, quando o estado teve nota zero.

Na avaliação de 2017, dez estados receberam nota 10: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins. O Rio Grande do Norte estava empatado com o estado de Santa Catarina, na 11º posição à nível nacional.

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Política

Militares apresentam a Bolsonaro situação da segurança nos estados

Valter Campanato/Agência Brasil

Um grupo de 15 militares apresentou nesta terça-feira (11) ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, a situação da segurança nos estados do país. A informação foi passada pelo presidente do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais da Polícia Militar, Marco Antônio Nunes. Segundo ele, Bolsonaro deixou claro o interesse de resolver, especialmente, a situação de Roraima. O encontro, que teve também a presença do vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, nesta manhã.

“O comandante de Roraima estava presente e conversou um pouco. Ele [Bolsonaro] demonstrou interesse em resolver a situação no estado”, afirmou Nunes. “Viemos confirmar o apoio que as corporações sempre deram ao presidente eleito e conversamos sobre pautas da segurança pública que são importantes principalmente para a sociedade”, acrescentou. De acordo com ele, o conselho que representa mais de 600 mil homens em todo o país, reuniu informações de estratégias e experiências das corporações para apresentar à equipe de transição.

A expectativa do grupo é levar o mesmo estudo ao futuro ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro. Ainda não há data acertada para o encontro. Sobre mudanças do sistema de Previdência da categoria, Nunes afirmou que o assunto será tratado quando o Congresso Nacional se debruçar na questão.

“Vamos levar nossa realidade ao Congresso Nacional: como é nosso trabalho, as características, a idade média de vida dos policiais, o dia a dia e como contribuem em cada estado”, afirmou.

Bolsonaro se reúne com o governador eleito de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), um dos seus principais aliados. Durante a campanha eleitoral, Moisés, que é coronel do Corpo de Bombeiros, não era apontado como favorito. Porém, venceu as eleições.

Agência Brasil

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Economia

RN entre os estados onde recuperação dos efeitos da crise mais vai demorar; Pará crescerá neste ano 11,3%

 

Com a economia brasileira voltando aos níveis pré-crise, um levantamento da consultoria Tendências identificou o desempenho nos estados.

Apenas oito das 27 unidades federativas vão crescer neste ano. Eles se concentram nas regiões Norte e Centro-Oeste, regiões impulsionadas principalmente pelo agronegócio e mineração, além da forte exposição ao mercado externo.

Nessa lista em que os PIBs vão crescer estão Pará (11,3%), Roraima (6,9%), Mato Grosso (5,5%), Mato Grosso do Sul (2,1%), Santa Catarina (1,9%), Rondônia (1,2%), Tocatins (0,9%) e Amazonas (0,4%).

Na outra ponta, Alagoas (-8,4%), Sergipe (-7,8%) e Pernambuco (-7,5%) aparecem como as unidades com os maiores impactos negativos.

Nenhum estado do Nordeste vai ter crescimento neste ano. Depois dos três priores, a sequência segue com Espírito Santo (6,9%), Bahia (-6,1%) e Rio Grande do Norte (-5,9%).

Opinião dos leitores

  1. Crise financeira que se arrasta já faz tempo, prioridades mal definidas, atrasos nos salários do servidor e péssima perspectivas quanto ao futuro governador. Imaginem se a senadora do "gópi" for a eleita. Será que tem competência administrativa para administrar as dificuldades do RN? E, caso alguém ache que tenha, ela terá a vontade política para fazer o certo? Ou continuará apenas preocupada em fazer política e berrar por ai sobre o tal "gópi"? Ou usará a máquina do estado para arrumar "boquinhas" para seus "cumpanhero", via de regra não muito afeitos ao trabalho e que adoram se locupletar nos recursos públicos, como vem sendo provado desde o chamado Mensalão? Usará seu tempo para bradar por ai pela liberdade do seu corrupto favorito ao invés de lutar pelo bem do RN? Terá força política para conseguir ajuda financeira para um estado em sérias dificuldades? Foram perguntas meramente retóricas pois todos nós, até os petistas, sabem as respostas. Mas o nosso problema sempre foi o nosso próprio povo. Senão, como justificar tantos corruptos e incompetentes seguidamente reeleitos? Não será fácil.

    1. O atual governador foi eleito junto com o seu PT. Vocês parecem ter a memória muito fraca. Ou muito seletiva. Esquecem muito rápido as m… que fazem. O Temer também foi cria de vocês. E vocês todos se locupletaram juntos por muito tempo. Crie juízo.

    1. Claro, desgoverno dessa natureza ordenando despesas, inclusive, anos ELEITORAL, ñ espere o DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO .
      Ficará para o próximo GOVERNADOR!
      Prestem atenção!!!

  2. Um estado vocacionado ao turismo, com tanta violência e péssima estrutura, não tem como sair da crise!

    1. Como é importante TURISMO no ESTADO, deixa bastante RECEITA para ESTADO , mas há violência está alta escala no RN, que o turista sumiu; ou seja , o destino para os outros ESTADOS.

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Diversos

Os estados com a melhor (e a pior) condição de vida no Brasil

Um levantamento realizado pela consultoria Macroplan, divulgado em primeira mão por EXAME.com, mostra que São Paulo está no topo do ranking dos estados com a melhor qualidade de vida do país.

O Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), desenvolvido pela consultoria, avalia a situação de todas as unidades da federação em 28 indicadores agrupados em nove áreas. O ranking vai de 0 a 1 – quanto mais próximo de zero, pior é a condição de vida no local.

O estado alcançou a melhor pontuação (0,846) por apresentar um bom desempenho nas áreas analisadas —  saúde, segurança, gestão pública, educação, juventude, infraestrutura, condições de vida e desenvolvimento social e econômico.

Em dez anos (2005-2015), todos os estados brasileiros avançaram no índice. Mas, só entre 2015 e 2014, dez unidades da federação perderam posições no ranking — marcando o principal retrocesso da década.

“Esse resultado é reflexo do ambiente político conturbado e da desaceleração da economia que se agravou a partir de 2014 e resultou na queda do PIB e no expressivo crescimento da taxa de desemprego”, diz Gustavo Morelli, diretor da Macroplan.

Apesar do retrocesso, as áreas de saúde e educação se mantiveram estáveis no período. Desenvolvimento econômico e social, por sua vez, foram as mais afetadas em 2015 como consequência da crise. Segundo a consultoria Macroplan, dados preliminares já mostram que as áreas de infraestrutura e segurança devem sofrer retração no índice de 2016, que será divulgado no ano que vem, dada a menor capacidade de investimento no período.

“É preciso reconhecer que o contexto atual é adverso. No entanto, o fato de 17 estados terem apresentado bons resultados é um sinal claro de que é possível fazer melhor”, argumenta Morelli.

Para superar os efeitos do atual cenário, mudanças são necessárias — e a eficiência dos gastos públicos é a principal delas. De acordo com a consultoria, os governantes precisam descontinuar políticas e projetos de baixo impacto, adotar parcerias com o setor privado, profissionalizar as equipes e planejar estrategicamente as prioridades.

“A situação financeira não vai melhorar no curso prazo. A saída é melhorar a capacidade de fazer escolhas e de executá-las com maior produtividade”, diz o diretor da Macroplan.

Pior desempenho

Em todo o país, o último colocado no ranking é o Maranhão, que contabilizou 0,432 pontos. Se considerados os 28 indicadores, o estado vai muito mal em igualdade social. Em dez anos, a desigualdade de renda perdeu 21 posições, caindo do 5ª lugar em 2005 para 26ª em 2015.

EXAME.com tentou contato com o governo estadual para comentar a colocação, mas o gabinete não atendeu as ligações até a publicação desta reportagem.

Outros cinco estados – Alagoas, Piauí, Pará, Rondônia e Amapá – também apresentaram baixo desempenho, com IDGE inferior a 0,518 pontos.

Infográfico mostra o desempenho dos 27 estados da federação em ranking da Macroplan que mede as condições de vida segundo 28 indicadores (Raphaela Sereno/EXAME.com)

Exame

Opinião dos leitores

  1. Joga esse estudo no lixo. A violência tomou conta do estado do RN, Natal tem um dos maiores custos de vida proprocional do país, a saúde pública mendiga a anos, a educação nem se fala. A população carente não tem acesso social… foi baseado em que? Entrar e sair de Natal sem ver pobreza? Ela existe, ela é real e a marginalidade tá aí para comprovar esse fato. Quem se arrisca a sentar na calçada atire a primeira pedra.

    1. Ah, esqueci de um detalhe: o transporte público. Meu carro estava na oficina e resolvi usar o transporte público… me vi na década de 90. A qualidade continua a mesma: PÉSSIMA.

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Economia

Ministério da Fazenda culpa gastos com pessoal pela crise fiscal dos estados

Ministério-da-Fazenda-Saíram-os-gabaritos-preliminaresNa tentativa de reunir argumentos para derrubar a tese dos estados que querem corrigir as dívidas com a União por juros simples no Supremo Tribunal Federal, o Ministério da Fazenda publicou uma nota nesta quarta-feira mostrando que o principal fator de comprometimento do caixa dos governos regionais são as despesas com pessoal e não o serviço da dívida. Segundo os números divulgados pela equipe econômica, os gastos com a folha subiram de 4,85% para 5,38% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2009 e 2015, enquanto o serviço das dívidas ficou estável: foi de 0,95% do PIB para 0,91% no mesmo período.

“A análise da evolução das despesas dos Estados mostra forte aceleração dos gastos com folha de pagamento que se contrapõe à estabilidade da despesa com o serviço das dívidas, demonstrando que é a despesa com pessoal que contribui significativamente para a deterioração das contas públicas estaduais”, diz o texto.

Conforme a nota da Fazenda, o Rio de Janeiro é o estado que tem a folha mais pesada. Os gastos nominais com pessoal e encargos sociais saltaram 146,62% entre 2009 e 2015, um crescimento médio de 16,24% por ano. Em seguida está o estado de Santa Catarina, com um aumento de 139,56% nessas despesas no mesmo período. Nesses estados, o serviço da dívida neste mesmo recorte temporal foi de 107,11% e 46,63%, respectivamente.

“Esse dado demonstra que a difícil situação fiscal dos Estados não pode ser atribuída única e exclusivamente à dívida com a União. O descontrole nas despesas com pessoal representa, como se viu, o principal fator de estrangulamento dos Estados”, diz a nota.

O estado de Santa Catarina foi o responsável pelo início do questionamento, no STF, da correção dos débitos com a União por juros compostos como determina o Tesouro Nacional. Segundo o estado, o cálculo deveria ser feito com base em juros simples. Santa Catarina, Rio de Janeiro e mais outros nove estados conseguiram liminares no Supremo garantindo a correção por juros simples até que se julgue o mérito da questão. O julgamento ocorre nesta quarta-feira.

Fonte: O Globo

Opinião dos leitores

  1. Só o tal da imoral regalia chamada "auxílio-moradia" pra ajudar os pobrezinhos dos juízes e promotores dar um rombo nas contas e cadê que essas figuras cara d pau abrem orbito pra defender? Sustentam na base do poder meu amigo, ja se viu uma regalia ser considerada em liminar? Pois é essa regalia está sob liminar porque senão os coitados que ganham 35mil não teriam onde dormir. Kkkkk,k
    Eita bagaceira…

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Diversos

Você sabe quais Estados pagam os maiores salários do Brasil? veja aqui

A remuneração média nas diferentes federações brasileiras pode surpreender. Os Estados do Amapá e Roraima se destacam em meio a gigantes como São Paulo e Rio de Janeiro quanto ao ganho salarial.

Veja quais são os Estados que melhor pagaram seus trabalhadores no último ano, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais  (Rais), do Governo Federal, divulgados recentemente:

1º. BRASÍLIA: a média salarial era de R$ 4,3 mil em 2013, segundo dados do governo;

2º. RIO DE JANEIRO: a renda média no Estado é de R$ 2,6 mil;

3º. AMAPÁ: o Estado no extremo Norte do País tem a terceira melhor remuneração média, de R$ 2,612 mil;

4º. SÃO PAULO: atrás do Amapá, paulistas têm renda média de R$ 2,5 mil;

5º. RORAIMA: com remuneração médua de R$ 2,3 mil, Estado é o quinta com melhores salários;

6º. RIO GRANDE DO SUL: gaúchos têm remuneração média de R$ 2,1 mil;

7º. AMAZONAS: média salarial dos amazonenses é de R$ 2,17 mil.

8º. PARANÁ: Estado do Sul do País tem renda média de R$ 2,13 mil;

9º. ACRE: Estado da região Norte tem remuneração média de R$ 2,13 mil;

10º. MATO GROSSO DO SUL: Estado da região Centro-Oeste tem média salarial de R$ 2,11 mil.

IG

http://economia.ig.com.br/carreiras/2014-08-24/voce-sabe-quais-estados-pagam-os-maiores-salarios-do-brasil-descubra-aqui.html

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Diversos

Dilma e Aécio empatam em número de candidatos favoritos nos Estados

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) têm, cada um, o apoio de 13 candidatos a governador que lideram as pesquisas em seus respectivos Estados.

Em 2 casos, o partido do líder nas pesquisas abre seu palanque tanto para Dilma quanto para Aécio. Isso ocorre no Mato Grosso, com Pedro Taques (PDT), e no Maranhão, com Flávio Dino (PC do B).

Eduardo Campos tem 2 candidatos favoritos ao seu lado, mas nenhum desses apoios é exclusivo. O pessebista está no palanque de Dino, compartilhado com Aécio e Dilma, e no de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, dividido com Aécio.

Dino é o mais ecumênico entre os candidatos favoritos nesta eleição. Sua campanha serve aos 3 postulantes à Presidência da República. Por enquanto, é um caso único de candidato favorito na disputa de um governo estadual.

Esse levantamento foi feito com base em pesquisas de intenção de voto disponíveis em 25 das 27 unidades da Federação, todas compiladas por este Blog –que mantém a maior página com pesquisas eleitorais da internet brasileira, com dados desde o ano 2000. Em alguns casos, os candidatos em primeiro lugar estão empatados com o segundo colocado, dentro da margem de erro das pesquisas.

Se forem considerados os candidatos competitivos (aqueles em 1º lugar mais os que estão em 2º lugar com chance de ir ao 2º turno), Dilma contabiliza 21 palanques nos Estados.

Aécio, pelo mesmo critério, tem canal aberto com 16 candidatos competitivos nos Estados. Campos tem o apoio de 7 nomes competitivos.

A tabela abaixo mostra de quem é o palanque dos candidatos competitivos em cada Estado:
Untitled-10Untitled-11A quantidade de apoios nos Estados não atesta, em si, uma vantagem absoluta, pois o impacto depende do tamanho do eleitorado. E depende também da chance real que cada um deles terá daqui para a frente, que é quando começa a campanha de fato.

Eleitorado

Aécio tem o apoio de candidatos em 1º lugar nas pesquisas de Estados que somam 84,1 milhões de eleitores.

Já Dilma é apoiada por candidatos favoritos em Estados com 61,7 milhões de eleitores.

A vantagem do tucano sobre a petista decorre de seu correligionário Geraldo Alckmin, líder no Estado de São Paulo, o maior eleitorado do país (31,8 milhões). Ainda assim, a situação do PSDB de São Paulo é incerta e o apoio de Alckmin a Aécio terá ainda de ser comprovado ao longo da campanha.

É necessário considerar também que Dilma Rousseff pode voltar a se aproximar em São Paulo do segundo colocado, Paulo Skaf, que é do PMDB, sigla que a apoia nacionalmente. Skaf tem se mantido neutro por enquanto sobre a disputa nacional, pois ficou irritado com o apoio explícito do Planalto ao candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, cuja pontuação é muito baixa nas pesquisas.

Aécio também tem ao seu lado Paulo Souto (DEM), favorito no momento na Bahia, com o 4º maior eleitorado (10,1 milhões).

Dilma tem o apoio de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, o 2º maior eleitorado (15,1 milhões), e o de Anthony Garotinho (PR) no Rio de Janeiro, 3º maior (12 milhões). São vantagens ainda frágeis e que só poderão ser mais bem avaliadas ao longo da campanha. Em Minas Gerais, a expectativa é que a máquina do PSDB trabalhe forte para derrotar Pimentel. No Rio, Garotinho tem a liderança numérica, mas está tecnicamente empatado com o 2º e com o 3º colocados.

Eduardo Campos tem entrada em palanque de candidatos líderes em Estados que somam 36,2 milhões de eleitores. O número expressivo explica-se pelo apoio do PSB a Alckmin, em São Paulo. Os dados do eleitorado são de abril de 2014.

Quando se consideram apenas os candidatos que estão em primeiro lugar isolados nas pesquisas (fora da margem de erro dos levantamentos de intenções de votos), Dilma Rousseff tem o apoio de 11 candidatos a governador nessas condições. Aécio Neves, 10. E Eduardo Campos, 2.

(Bruno Lupion)

Blog Fernando Rodrigues – UOL

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Diversos

Em um ano, Estados criam 10 mil cargos sem concurso público

Na contramão da tendência de diminuição do número de servidores estaduais, os cargos comissionados, que dispensam concurso público e são uma eficaz moeda de troca nas alianças partidárias, cresceram entre 2012 e 2013, mostram os números da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira, 13. Em apenas um ano, entre 2012 e 2013, 28 novos cargos em comissão estaduais foram criados por dia, somando 10.386 novos servidores empregados sem concurso.

O número de servidores estaduais em cargos comissionados no País aumentou de 105,2 mil em 2012 para 115,6 mil no ano seguinte.

São Paulo foi o responsável pela maior parte dos novos cargos comissionados criados durante o período avaliado. Foram quase 7 mil vagas, um crescimento de 90% em relação a 2012. Já o Amapá registrou o maior aumento de servidores comissionados: passou de 1.752 para 5.254, três vezes mais.

O número total de funcionários públicos empregados nos Estados teve um ligeiro recuo, de 0,3%, enquanto os funcionários comissionados aumentaram 9,9%. Na administração direta (secretarias), em que o total de servidores cresceu 4,3%, o número de comissionados subiu 12,3%.

Também houve aumento, de 13,6%, no número de funcionários sem vínculo permanente, aqueles que têm contratos temporários, mas não são terceirizados. Muitos deles fazem concursos para trabalhos específicos, como pesquisas do IBGE ou grandes campanhas na área de saúde.

Na administração indireta (fundações, autarquias e empresas públicas), em que a tendência é de enxugamento, o número de funcionários teve redução de 23,7%, mas os comissionados cresceram 3,9%. Os números referem-se a empregados dos Executivos estaduais, não incluem Judiciário e Legislativo.

Do total de servidores estaduais da administração direta, 3% são comissionados. Em Roraima, chegam a 17,8% e no Amapá, 15,2%. As menores proporções estão em Minas Gerais (1,05%) e no Paraná (1,06%).

A pesquisa mostra que onze Estados reduziram o número de cargos comissionados em um ano. A maior redução aconteceu em Pernambuco, com 42,5% de servidores empregados sem concurso a menos. Havia 3.390 cargos comissionados em 2012 e no ano seguinte o número caiu para 1.948.

Os dados não levam em conta o Estado de Alagoas, que não prestou as informações completas ao IBGE.

servidores_ibge_-_arteEstadão

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Diversos

Dilma diz que governo não ‘lavou as mãos’ sobre violência nos estados

DilmaA presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo federal está observando a crise nos presídios, mas deixou claro que depende de um pedido dos estados para atuar. Em entrevista a rádios mineiras nesta segunda-feira, Dilma afirmou que os governos do PT não “lavaram as mãos” sobre a violência nos estados e disse que isso aconteceu em gestões federais anteriores.

– Nós, no meu governo e no do presidente Lula nunca dissemos que a violência era um problema dos estados e que portanto nós lavávamos a mão. Outros governos alegaram isso, não os nossos. Ate porque respeitamos a Constituição e a relação federativa prevista e acreditamos muito numa ação cooperativa, numa ação que constitua e crie uma parceria entre governo federal, estados e municípios – disse a presidente.

Dilma destacou que depende de pedido dos estados. Sem citar o Maranhão, que enfrenta uma crise no sistema prisional, com conflitos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, e afirmou que estão sendo feitas ações, como o envio da Força Nacional de Segurança aos estados que solicitam essa atuação.

– Há atribuições de fato que são exclusivas dos estados. Mas nessas ações o governo federal pode atual por demanda, não podemos nos impor, mas o estado demandando nós atuamos em conjunto. E fizemos de fato algumas ações em conjunto. Por isso, toda vez que o governo foi solicitado nós oferecemos aos estados uma grande ação cooperativa – disse a presidente.

Ela listou, na entrevista, ações durante a Copa das Confederações para ajudar a segurança nas cidades que sediaram os jogos, apontou a entrada da Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) em comunidades do Rio, e problemas com facções criminosas em São Paulo. Nesses casos, segundo Dilma, os estados solicitaram ajuda e receberam apoio do governo federal.

A presidente ainda disse que o governo federal tem estado atuante em suas atribuições na área de segurança, disponibilizando vagas em presídios federais para que os estados transfiram líderes do crime para esses presídios. Para ela, isso ajuda a reduzir a insegurança no país.

– Há hoje quase 500 presos no sistema penitenciário federal. São de segurança máxima e (esses presos) eles são fundamentalmente lideranças, que o governo transferiu, a pedido dos estados – disse a presidente, que afirmou que 21 estados já utilizaram essa possibilidade.

O Globo

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Diversos

Dilma pretende unir esforços com outros estados para coibir o vandalismo nos protestos

TUK1510-EditA presidente Dilma Rousseff voltou a criticar a violência nas manifestações de rua e considerou “muito significativa” a reunião realizada ontem em Brasília, na qual foi decidida a criação de um grupo de inteligência formado pelo Polícia Federal e pelas secretarias de segurança do Rio e de São Paulo, para combater o vandalismo durante os protestos. Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira a duas rádios de Salvador, Dilma adiantou que pretende incluir todos os estados na ação anunciada após o encontro de ontem, que reuniu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e os secretários de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e de São Paulo, Fernando Grella.

— Nós devemos punir integralmente o uso da violência, e mais do que isso, o fato de que o uso dela se dá tampando a face das pessoas. Destrói o patrimônio público e privado, provoca ferimentos, machuca e mostra, não a civilização e a liberdade da democracia, mas a barbárie. Por isso, elas têm que ser coibidas. E têm que ser coibidas por todos os poderes — afirmou, completando: — Assim sendo, achei muito significativo o que nós fizemos ontem em Brasília. Nós fizemos ontem uma primeira reunião e pretendemos fazer isso em todos os estados. Essa reunião foi basicamente para definir ações coordenadas entre as polícias, definir métodos e formas de atuação.

A presidente voltou a enfatizar que manifestações pacíficas “são fundamentais”, mas que o uso de violência nos protestos será punido integralmente. E citou que, em vários lugares do mundo, o método para combater o vandalismo é “isolar os manifestantes, segregá-los e deixar claro quem são, prendê-los, obviamente, e processá-los”.

Durante a entrevista em Salvador, onde esteve para inaugurar a Via Expressão Baía de Todos os Santos, Dilma repetiu a palavra “fascista”, usada por um dos entrevistadores para qualificar o vandalismo registrado nas manifestações.

A aliança que sustenta o governo vai além do PMDB

Ao falar sobre política, após ser questionada sobre problemas na aliança entre PMDB e PT, Dilma destacou a importância da parceria, mas deixou claro que a sustentação política do governo não depende apenas do PMDB, numa espécie de recado aos dirigentes do partido do vice-presidente Michel Temer.

— A aliança (PT e PMDB) é muito importante para o governo federal. No entanto, não só só esses dois partidos que participam da aliança. Nós temos uma grande aliança partidária que sustenta o meu governo, seja do ponto de vista da governabilidade do parlamento, seja do ponto de vista também dando respaldo à gestão. Então, é uma aliança formada por um bloco de partidos. Agora, a política nacional do meu governo se sobrepõe a qualquer aliança regional. O que vale é a política nacional e a política de alianças nacional. Se houver problemas que podem interferir na aliança nacional, vão ser tratados como uma questão nacional, mas aí você tem que me dar o fato concreto. O fato concreto é que o que é regional tem que ser resolvido regionalmente.

O problema do Jaques Wagner é a alma baiana dele

Ao falar sobre a importância da Bahia, para justificar as idas frequentes ao estado, Dilma lembrou que, além de ser a quarta unidade da federação em população e em área do país, é governado pelo pestista Jaques Wagner, a quem Dilma chamou de “amigo”. Foi a deixa para um dos entrevistadores perguntar se, de fato, ela vai levá-lo para trabalhar em Brasília.

— Entre a minha vontade de querer levar ele para Brasília e ele ir para Brasília vai uma grande distância. Agora, sempre que eu puder tê-lo perto de mim, porque eu tenho grande admiração pelo governador e tenho uma amizade profunda, eu gostaria que ele fosse me ajudar sempre que possível lá em Brasília. Mas eu entendo as responsabilidades dele para com o povo baiano. O Jaques talvez seja o mais baiano de todos os baianos. E isso porque ele nasceu no Rio de Janeiro. Mas as eu acho que ele nasceu baiano, ele nasceu errado. Eu acho que ele nasceu aqui e levaram ele para lá (aos risos). O problema do Jacques é que a alma dele é baiana, né… Mas, voltando ao que a gente estava conversando…

O Globo

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Jornalismo

Ricardo Motta defende renegociação da dívida dos Estados

Na reunião que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN) participou ontem (3) em Brasília, do Colegiado de Presidentes da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), os parlamentares aprovaram um documento que será entregue agora pela manhã ao secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ao presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, e aos presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Os Estados estão reivindicando a renegociação da dívida com a União.

Os parlamentares se reuniram ontem com o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, com o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes e com senadores, deputados federais e estaduais.

“É justo e necessário o recálculo da dívida dos estados junto à União devido à mudança no cenário econômico do País. A dívida do Rio Grande do Norte, por exemplo, é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Da forma como está, essa dívida é impagável. As parcelas debitadas automaticamente do Governo do Estado só pagam os juros e a dívida de todos os estados vai só aumentando”, afirmou Ricardo Motta.

Para o presidente do Colegiado de Presidentes das Assembleias Legislativas e presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, os estados poderiam investir mais com a redução dos juros da dívida. “No ano passado, os municípios investiram R$ 70 bilhões na saúde, enquanto a União, que tem a maior parcela dos recursos, aplicou R$ 48 bilhões”, calcula.

Em Santa Catarina, por exemplo, em 1998 a divida era de R$ 4,3 bilhões. Neste período o Estado pagou R$ 7,6 bilhões e ainda deve R$ 10 bilhões. No ano passado a amortização da dívida tomou R$ 1,480 bilhão (uma vez e meia o que o estado investiu). A proposta concreta do Colegiado e da Unale é trocar o indexador de IGPDI mais 6% pelo IPCA, com no máximo 2% de juros ao ano e reduzir o percentual de comprometimento da receita que hoje é de 13% para no máximo 9%.

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Jornalismo

Endividamento dos Estados cai em 2012, mas no RN ainda não se sabe porque documentos ainda não foram enviados

As negociações para a troca do indexador da dívida dos estados e municípios ocorrem em um momento em que os índices de 2012 apontam para a queda do endividamento, beneficiando as finanças estaduais. O levantamento da Agência Brasil foi feito com base em relatórios enviados pelas unidades da Federação ao Tesouro Nacional.

Em janeiro e fevereiro, a dívida consolidada líquida de 19 estados e do Distrito Federal caiu em valores absolutos. Apenas em dois estados, São Paulo e Rio Grande do Sul, o endividamento apresentou leve aumento. Esse desempenho decorre, em boa parte, do comportamento do IGP-DI, índice de inflação da Fundação Getulio Vargas, que é o indexador usado para corrigir a dívida dos estados.

Nos últimos 12 meses, o IGP-DI acumulou alta de 3,33%. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou inflação de 5,24%. A utilização do IPCA para corrigir a dívida dos estados consta de um projeto de lei do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que recebeu apoio dos senadores e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do DF.

Após o processo de renegociação das dívidas dos estados com a União, no fim da década de 1990, ficou estabelecido que o estoque seria corrigido pelo IGP-DI mais 6%, 7,5% ou 9% ao ano, dependendo do caso. Na época, o índice era mais baixo que as taxas dos títulos públicos federais. No entanto, o indexador, que na ocasião pareceu vantajoso, passou a pressionar as finanças estaduais nos anos seguintes.

De setembro de 1997, quando os primeiros estados começaram a renegociar as dívidas com a União, até março deste ano, o IGP-DI acumulou variação de 235,16%, contra aumento de 142,26% do IPCA. A diferença ocorre porque o IGP-DI tem 60% do cálculo baseado em preços de atacado, mais sujeitos a variações de preços internacionais e da cotação do dólar. O IPCA registra apenas as variações dos preços aos consumidores, que são mais estáveis.

Em época de dólar baixo e arrefecimento dos preços, como o momento atual, o IGP-DI varia menos que o IPCA. No entanto, o índice da Fundação Getulio Vargas dispara em momentos de pressões inflacionárias. Em 2010, o IGP-DI acumulou variação de 11,31%, quase o dobro do IPCA, que subiu 5,91%.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu que a dívida dos estados e do DF não pode ultrapassar 200% da receita corrente líquida (RCL). De acordo com os relatórios recebidos pelo Tesouro, o Rio Grande do Sul continua a ser a única Unidade da Federação que estoura esse limite. Desde 2008, no entanto, o estado está dentro dos limites de reenquadramento definidos por uma resolução do Senado Federal. A dívida consolidada líquida, que encerrou 2011 em 213,77% da RCL, chegou a 211,68% no fim de fevereiro, embora tenha subido R$ 122,8 mil em valores nominais desde o fim do ano passado.

Em São Paulo, a situação é um pouco diferente. A dívida consolidada líquida aumentou R$ 6 bilhões nos dois primeiros meses de 2012. Na comparação com a RCL, o endividamento passou de 145,7% para 148,5%. A Lei de Responsabilidade Fiscal define a RCL como a arrecadação dos estados, no mês de referência e nos 11 meses anteriores, excluídas as transferências obrigatórias para os municípios e as contribuições dos servidores públicos estaduais para seus regimes de previdência.

Até a última sexta-feira (20), sete estados ainda não tinham enviado o relatório de execução orçamentária ao Tesouro Nacional: Amazonas, Amapá, Goiás, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

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Social

RN está entre os 10 estados que tem mais gays no Brasil

Florianópolis é a capital com maior concentração de gays do Brasil. Dados do Censo Demográfico de 2010 – o primeiro da história a perguntar sobre a opção sexual – mostram que 416 chefes de família declararam viver com um cônjuge do mesmo sexo na cidade catarinense. Isso representa apenas 0,11% dos seus 418 mil habitantes – o porcentual, porém, é seis vezes maior que o de Teresina (PI) a última no ranking dos casais declaradamente homossexuais do País.

No total, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encontrou 60 mil brasileiros que declararam viver com alguém do mesmo sexo. Especialistas e militantes de movimentos gays afirmam que, provavelmente, o número de homossexuais é muito maior. Além dos dados contemplarem apenas os casais que moram sob o mesmo teto, há a questão da subdeclaração. “Muitas pessoas ainda têm medo e timidez de se declarar”, explica Franco Reinaudo, da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo.

Em segundo e terceiro lugar na lista das capitais estão Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde 0,10% e 0,09% dos habitantes, respectivamente, dizem viver com alguém do mesmo sexo. O quarto lugar é de São Paulo, com 0,67%. Em números absolutos, porém, a capital paulista lidera de longe o ranking – são 7.527 gays e lésbicas nessa condição, quase 13% de todos os que se declararam em todo o País. Esse número, até mesmo, mostra como os dados do Censo podem estar subestimados – a Prefeitura de São Paulo estima que cerca de 1 milhão de homossexuais vivam na cidade, vários deles vindos do interior para se assumir na capital.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. COMO ADVOGADA MILITANTE NA CAPITAL CATARINENSE, FIQUEI MUITO FELIZ COM A APROVAÇÃO NO CONGRESSO DA LEI QUE PROTEGE AS RELAÇÕES HOMOAFETIVAS, POIS ELES SÃO DIGNOS DE RESPEITO E CONSIDERAÇÃO DA POPULAÇÃO, POIS PAGAM SEUS IMPOSTOS E ASSUMEM SUAS OPÇÕES SEXUAIS. ALIÁS, BEM AO CONTRÁRIO DE MUITOS HOMENS QUE SE DIZEM "MACHO",….E NÃO POSSUEM O MÍNIMO RESPEITO PELAS MULEHRES. PARABÉNS AOS GAYS NO GERAL.

    1. Falou eu gay as colegas bichas já aparecem pra contribuir com mais dados . Falam com autoridade

  2. Tenho certeza que a proporção seja praticamente a mesma em todo o país, aliás, em todo o mundo, pois existem muito mais indícios que a questão homossexual é biológica e não opcional, o que tende a guardar proporções de ocorrência entre populações humanamente conectadas.
    A pesquisa, acredito que muito mais retrata as regiões a que estes se sentem mais a vontade em revelar sua condição, de qualquer forma as religiões cegamente combaterão que ser gay seja um fator vindo já desde o “nascimento”, como os estudos estão próximos de provar, e isto derrubaria muito das PREGAÇÕES DE CURA DE SEXUALIDADE, que são uma forte opressão a algo que não vai mudar, acredito que com o fator biológico provado, o preconceito vai diminuir, a sociedade de preconceitos deixaria de buscar formas de educar para combater.
    A resposta que encontramos quando os homossexuais tentam explicar quando se descobriram nesta condição é que eles todos respondem que são assim desde que se entendem como gente e isto é algo para ser aceito, ou como dizia uma amigo meu com seu bom humor …eita vai sobrar muié pra nós!! então viva os gays!

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Finanças

STF decreta fim da guerra do ICMS entre os Estados

O Globo:

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou ontem, quarta-feira, o fim da guerra fiscal. Por unanimidade, os ministros consideraram ilegal a prática de governos estaduais de conceder isenção ou alíquota menor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a empresas específicas. Também foi condenada a fixação do tributo de forma diferenciada em importações do exterior. No julgamento de 14 ações, foram derrubadas leis do Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pará, Espírito Santo e Distrito Federal que concediam benefícios na cobrança do ICMS. Foi um recado claro aos estados e à União, que negociam esses pontos na minirreforma tributária.

– Resta aos interessados saber se aceitam o recado. O Supremo estabeleceu hoje que não se pode conceder benefício fiscal contra as exigências da Constituição – disse o presidente da Corte, Cezar Peluso, após o julgamento.

A guerra fiscal consiste em um estado conceder incentivo tributário a uma empresa que, ao vender seu produto a outro estado, cobra o ressarcimento do imposto. O estado que compra a mercadoria se recusa a pagar, já que o ICMS não foi pago integralmente na origem. Outro aspecto dessa disputa ocorre quando um estado oferece incentivo a empresas para importarem por meio de seus portos. A legislação brasileira fixa a alíquota do ICMS em 12% ou 7%, de acordo com o estado de origem e o estado de destino do comércio.

(mais…)

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