Polícia

Joaquim Barbosa determina que Genoino cumpra pena na Papuda

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, determinou nesta quarta-feira que o ex-deputado José Genoino (PT-SP) volte para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois. Em novembro, o petista foi preso no estabelecimento, mas dias depois passou mal e obteve autorização para cumprir pena em uma casa na capital federal. Agora, com base em exames médicos que atestam o bom estado de saúde do condenado, Barbosa mandou Genoino de volta para a cadeia.

“Determino o imediato retorno do apenado ao sistema prisional do DF onde deverá cumprir sua pena”, escreveu o ministro na decisão. O petista foi condenado a quatro anos e oito meses por corrupção ativa e deverá ser levado ao mesmo local onde está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também condenado no processo do mensalão.

Na segunda-feira, chegou ao STF laudo elaborado por médicos da Universidade de Brasília (UnB) informando que a saúde do ex-parlamentar é estável e “não grave”, não justificando tratamento diferenciado ao condenado. Genoino sofre de problemas cardíacos e foi submetido a uma cirurgia em julho de 2013. De acordo com os médicos, os medicamentos que ele toma diariamente estão fazendo efeito, proporcionando um quadro saudável ao paciente.

“Em bases estritamente objetivas e definidas, não se expressa no momento a presença de qualquer circunstância justificadora de excepcionalidade e diferenciada do habitual para a situação médica em questão, visando o acompanhamento e tratamento do paciente em apreço”, diz o documento, que leva a assinatura de quatro cardiologistas ligados à UnB.

A primeira avaliação clínica do condenado foi feita em novembro do ano passado pela mesma equipe médica, que concluiu pela condição boa de saúde do paciente. A nova avaliação ocorreu no último dia 12, a pedido de Barbosa.

“Constata-se mais uma vez, passados oito meses e 12 dias, em reforço à impressão emitida na avaliação anteriormente conduzida em 23/11/2013, a persistência de condições clínicas caracterizadas como não graves e o definido sucesso corretivo curativo da condição cirúrgica do paciente. Encontra-se em quadro clínico plenamente estabilizado, não se podendo julgar sobre risco mórbido futuro presuntivo, o qual depende de fatores os mais diversos, como próprios de muitas condições médicas”, escreveu a equipe médica.

Segundo o laudo, no dia o exame Genoino estava “em ótimo estado geral”, sem apresentar qualquer queixa clínica, exceto pela ansiedade. A pressão arterial estava normal, registrada em 13 por oito. Os médicos ressaltaram que o paciente fazia uso regular de seis medicamentos, sendo eles para normalizar a condição cardíaca e para combater a ansiedade e a depressão.

Os médicos recomendaram que, para manter a boa condição de saúde, Genoino precisa ser submetido a exames de uma a duas vezes por ano, comer pouco sal e praticar atividade física.

No início do mês, uma junta médica criada na Câmara dos Deputados negou o pedido de aposentadoria integral do ex-parlamentar. O laudo informava que Genoino não apresenta cardiopatia grave para justificar a aposentadoria por invalidez. Esse parecer também será levado em consideração por Barbosa quando ele for tomar a decisão definitiva sobre o regime de prisão do petista.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Eitcha!!! O SUPERMENsaleiro voltou pra Penitenciária da Papuda, a nova sede do PT… Agora, por esse criminoso ter tentado enganar o STF, o presidente Barbosa deveria decretar a sua prisão em regime totalmente fechado com direito apenas a 1h por semana para banho de sol, né, não??? Só falta agora o pinguço do Lulalá, …na tranca!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

FOTO: Bar Korrupto ‘reúne’ Joaquim Barbosa, Lula, Dirceu e Genoino

2014-701088093-korrupto.jpg_20140326Foto: Leitor O Globo – Leonardo Silva

Imagine se, no meio de um bate-papo animado no bar, você olha para um lado e vê José Dirceu e José Genoino, do outro lado, Joaquim Barbosa e Lula, e, noutro canto, um político preso numa gaiola de passarinho. Parece estranho, mas não é nenhum tipo de alucinação. Você pode apenas estar dentro do bar Korrupto, em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

É que essa é a decoração do local. Numa parede, os condenados pelo mensalão, Genoino e Dirceu aparecem desenhados num painel, vestidos como judocas. No letreiro do bar, ao lado do nome do estabelecimento (Korrupto) está uma enorme caricatura do ministro do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pensando no ex-presidente Lula, que aparece dentro de um “balãozinho”, como nas revistas em quadrinhos. Outros personagens dos recentes escândalos de corrupção da política nacional também estão por lá, como Roberto Jefferson e José Sarney.

— Apesar de termos todas essas figuras desenhadas nas paredes, aqui nada acaba em pizza — diz a dona do Bar, Danielle Ferreira.

A empresária, aliás, não está brincando. O bar não vende pizza. A especialidade da casa é a picanha. Essa característica do cardápio e o humor ácido que revela na decoração já chegaram até a colocar Danielle numa “saia justa” com o senador e pré-candidato ao governo do Rio Lindberg Farias (PT).

— Pago por um anúncio do bar numa rádio local e um dia o Lindberg foi a essa rádio para dar entrevista. O problema é que a propaganda diz o seguinte: “Político desmente que tudo tenha acabado em pizza. Com picanha a R$ 46,99, tudo tem acabado em carne mesmo”. Quando o Lindberg ouviu isso, ele falou para os produtores da rádio que só daria entrevista se a propaganda fosse retirada do restante da programação. Mas não teve jeito. O anúncio continuou sendo exibido e o senador teve que aceitar — conta Danielle.

Embora o senador Lindberg não tenha levado a propaganda e o espírito do bar na brincadeira, Danielle garante que outros políticos não se importam.

— Alguns vereadores da cidade vêm sempre ao bar. Cabo Frio é uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece. Os políticos estão acostumados a frequentar os lugares com amigos e aqui não é diferente. Eles nunca se incomodaram com as brincadeiras — diz ela.

Apesar de dizer que adora a decoração e de defender que o cenário dá ao local um ambiente de descontração inigualável na cidade. Danielle não é a responsável pelos desenhos de políticos nas paredes. Ela comprou o bar de um amigo há oito meses, já com a decoração pronta. Mas, para os que também gostaram do bom-humor do lugar, a “ex-petista roxa”, como Danielle se denomina, garante que não pretende mudar nenhum detalhe da decoração.

— Desde a inauguração (há cerca de três anos) eu já frequentava o bar e adorava o lugar. Quando surgiu a oportunidade de comprar o negócio, não pensei duas vezes. Achei ótima oportunidade e continuo adorando os desenhos nas paredes — afirma ela.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Roberto Jefferson: "Tem voto da elite e do povão", referindo-se a Joaquim Barbosa numa possível candidatura presidencial

Roberto-Jefferson-4Foto: Pablo Jacob – O Globo

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do mensalão, disse ao GLOBO estar sereno em meio à espera de ser preso ainda nesta quinta-feira. Ele aguarda a expedição do mandado de prisão ao lado da mulher, Ana Lúcia.

– Estou tranquilo, sereno. Esperando – revelou o ex-deputado.

Enquanto aguarda o anúncio do Supremo Tribunal Federal (STF), Jefferson comentou a renúncia do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, após virar réu no processo do mensalão tucano.

– Saiu pela porta da frente. Não desgastou o partido (PSDB), como fez o João Paulo Cunha, que desgastou demais o PT. Pediu o boné e foi embora. Não deixou o partido mal. Com o João Paulo, foi um sofrimento. Foi pesado.

O ex-deputado falou também sobre a tentativa de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência, convencer Joaquim Barbosa a ser candidato ao Senado pelo Rio.

– Se (Joaquim Barbosa) for candidato, terá muito voto. Almocei com três amigos: um empresário, um funcionário público e um advogado. Os três disseram que votam nele. Não sei quais serão os adversários que ele teria, nem tenho pesquisas. Mas ele não tem voto apenas na elite. Tem voto no povão também. O povão gosta desta atitude afirmativa dele. Se ele tiver apoio, ganha a eleição – avaliou o petebista.

Sobre a arrecadação de petistas e simpatizantes na internet de mais de R$ 700 mil para pagar a multa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado e já preso no mesmo processo, Roberto Jefferson declarou:

– O PT tem essa tradição. Isso não se faz uma suspeita de irregularidade. Quem é petista dá dinheiro mesmo. Todo mês, funcionários públicos do PT contribuem com o partido com 10% do salário. Deputados e senadores contribuem com 25%. É a cultura do PT. Nós, de outras legendas, não temos esse sentimento de partido. O PTB não dá nenhum centavo, sobrevive do fundo partidário.

Doação de Collor para pagar multa

Para pagar a multa de R$ 720 mil, determinada pelo STF, Jefferson venderá seu escritório de advocacia, no Centro do Rio, e contará com doações de integrantes do próprio PTB, entre eles o ex-presidente Fernando Collor.

A defesa de Roberto Jefferson tenta fazer com que o ex-deputado cumpra a pena de sete anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em prisão domiciliar. Segundo a denúncia, o ex-deputado recebeu R$ 4,5 milhões de petistas quando fazia parte da base de apoio do governo Lula.

Jefferson foi diagnosticado com um tumor no pâncreas. Em dezembro do ano passado, ele enviou ao STF cópia da dieta recomendada por uma médica nutróloga, com itens como salmão defumado, geleia real e suco batido com água de coco. Acompanhando o cardápio, uma petição argumenta de que dificilmente uma penitenciária terá esses ingredientes na dispensa. Portanto, Jefferson deveria cumprir pena em casa.

Dos 25 condenados no mensalão, sete estão presos no regime fechado e nove, no semiaberto. Genoino está em prisão domiciliar, devido a problemas de saúde e também aguarda uma decisão de Joaquim Barbosa. Outros três condenados cumprem penas alternativas. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está preso na Itália depois de ter ficado foragido.

O Globo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

PSDB diz que vai processar petista por provocação ao lado de Barbosa

 14034489Foto: Sérgio Lima-03.fev.2014/Folhapress

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), deve ingressar nesta terça-feira (4) na Corregedoria com uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), pelas provocações do petista ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, durante a sessão de ontem de reabertura dos trabalhos do Congresso.

Um dos principais críticos do julgamento do mensalão, Vargas repetiu por diversas vezes, no plenário da Câmara, o gesto de erguer o punho cerrado, que foi adotado pelo ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu no momento de suas prisões. O petista estava sentado ao lado de Barbosa na mesa da cerimônia.

Em uma troca de mensagens pelo celular revelada hoje pelo o jornal “O Estado de S. Paulo”, Vargas ainda sugeriu que gostaria de dar “uma cotovelada” no ministro. A mensagem foi confirmada pela assessoria do petista à Folha.

Vargas ainda tentou fazer um ‘selfie’ – tirar foto de si mesmo– enquadrando Barbosa ao lado e fez vídeos durante a cerimônia. O PSDB argumenta que Vargas feriu o Código de Ética da Câmara que determina “tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadão com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento”.

“Fiquei estarrecido, chocado. Foi inacreditável. Nós estamos estudando ainda a representação para não fazer nada precipitado, mas vamos representar”, disse Imbassahy à Folha. “Foi um gesto provocativo jamais visto. Ele não estava ali apenas como deputado, mas estava como vice-presidente da Câmara, representando a instituição. Além do gesto [punho cerrado erguido], que fica no simbolismo, teve essa troca de mensagem insinuando a cotovelada. Inaceitável essa postura depõe contra o Congresso”, completou.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não ter uma avaliação sobre uma representação contra Vargas ter potencial para avançar na Casa. “Foi um gesto pessoal dele, uma manifestação pessoal e não tenho esse julgamento não”, disse. Alves disse que não percebeu a atitude do colega durante a cerimônia. “Só fui ver hoje pelos jornais. Estava de lado. não percebi”, afirmou.

 REAÇÃO

Ao deixar o evento, Barbosa limitou-se a dizer que não prestou atenção ao gesto. A Folha apurou que ministros do STF analisam se há necessidade de uma reação ao gesto do petista. Uma das possibilidades seria uma nota institucional. Mas a ideia enfrenta resistência pelo tema ser considerado extremamente delicado.

A avaliação de dois ministros do Supremo ouvidos pela reportagem é que o PT tem deflagrado uma campanha para politizar o resultado do julgamento numa tentativa de evitar um eventual impacto das prisões nas eleições de outubro. O receio dos ministros é de que uma resposta institucional do Supremo dê fôlego a estratégia do PT.

Ministros que falaram à Folha sob anonimato disseram ainda que as provocações petistas são motivadas especialmente pelo temperamento explosivo do ministro que protagonizou diversos bate-bocas com o ministro Ricardo Lewandowski durante o julgamento do Supremo, além de ter embates com associações de magistrados e ter acusado advogados e juízes de conluio.

O próprio Barbosa já deflagrou ataques ao Congresso. O presidente do Supremo no ano passado, durante palestras para estudantes, disse que o país tinha partidos de “mentirinha” e que o Congresso Nacional é “ineficiente” e “inteiramente dominado pelo Poder Executivo”.

Folha

Opinião dos leitores

  1. podem e vão continuar por muitas décadas para o bem da nação, por que falar de mensalão se foi a turma do DEMo e do PSDBingo que criou a corrupção???

  2. Petista não pode ver Joaquim Barbosa que logo levanta a mão pensando que vai ser algemado. Calma gente! Só foi descoberto o esquema do mensalão, os outros ainda podem continuar.

  3. Meu Deus, aonde vai parar o PSDB?
    Será que não aprenderam com aquele epsódio ridículo da bolinha de papel em que foi preciso chamar uma ambulância para socorrer o Jose Serra.
    O roteirista prevê um segundo turno entre Dilma X Eduardo Campos, o PSDB está mais perdido que cego em tiroteio e surdo em bingo.

  4. Além de falta de respeito foi uma palhaçada desnecessária feita por esse Deputado puxa saco.
    São por atitudes assim que o Brasil vem se curvando a marginalidade, a bagunça, aos baderneiros, enfim, a um monte de pessoas sem qualificação e postura moral.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

MENSALÃO: Barbosa critica colegas por dar mais um mês de liberdade a João Paulo Cunha(PT-SP)

 306663-970x600-1Em viagem a Paris, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, criticou os colegas que assumiram o comando da corte durante suas férias por terem dado “um mês a mais de liberdade” ao ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no esquema do mensalão.

O tom de Barbosa foi de crítica aos colegas –Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski– que assumiram a presidência interinamente em janeiro e não assinaram o mandado de prisão do petista. Os recursos apresentados pela defesa do deputado foram rejeitados por Barbosa no dia 6 de janeiro, horas antes do magistrado deixar o Brasil em férias.

“Qual é a consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de liberdade a mais. Eu, se estivesse como substituto, jamais hesitaria em tomar essa decisão”, afirmou.

Barbosa alega que não teve tempo hábil para assinar o mandado porque a decisão ainda não havia sido comunicada à Câmara de Deputados nem ao juiz de execuções penais.

“Não é ato [pessoal] de Joaquim Barbosa. O ministro que estiver lá de plantão pode, sim, praticar o ato. O que está havendo é uma tremenda personalização de decisões que são coletivas, mas querem transformar em decisões de Joaquim Barbosa”, declarou.

Cármen Lúcia assumiu interinamente a presidência do Supremo no dia 7. Lewandowski, com quem Barbosa protagonizou discussões ásperas ao longo do julgamento do mensalão em 2012, está no comando da corte desde a última segunda (20).

Indagado se a não assinatura do mandado do petista visava desgastá-lo, o presidente Joaquim Barbosa foi irônico: “O presidente do STF responde pelo STF no período em que ele estiver lá à frente, sobretudo nas questões urgentes. Saber se um mandado de prisão é uma questão urgente ou não é a avaliação que cada um faz”.

FÉRIAS

Joaquim Barbosa também disse que considera “uma grande bobagem” as críticas que vem sofrendo por ter recebido R$ 14 mil em diárias para viajar à Europa durante as férias.

Ele disse que seus compromissos em Paris e Londres são de interesse público porque ele está representando o Poder Judiciário no exterior. Segundo o STF, o presidente interrompeu o descanso para cumprir compromissos oficiais na Europa.

“Eu acho isso uma tremenda bobagem. Nós temos coisas muito mais importantes a tratar. É uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar o seu país, para falar sobre as instituições do Brasil e vocês estão discutindo diárias?”, disse o presidente do STF, ao sair de uma reunião na Sorbonne.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Vamos criticar o ministro tendencioso que ainda não mandou prender Roberto Jeferson. Porque ministro o sr usa dois pesos e duas medidas. Isso mostra que não merece credibilidade do povo brasileiro. Se é para prender que se prendam todos..

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

FHC diz que Joaquim Barbosa não é 'salvador da pátria'

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta semana que o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, não deve ser visto como um herói salvador. A declaração foi dada em entrevista ao programa Manhattan Connection, da GloboNews.

Segundo FHC, o ministro atuou com perseverança e clareza no julgamento do mensalão, mas não é o salvador da pátria. “Eu acho que as pessoas descreem tanto das instituições que procuram sempre heróis salvadores.”

Para o ex-presidente, o sentimento de que o Brasil precisa ainda de um salvador demonstra que nossa democracia não está consolidada. “Ou então, pior ainda: que no sistema democrático tal como ele é hoje, com tanta descrença entre os eleitores e os que são eleitos, há um tal descrédito das instituições democráticas que se quer alguém que mude tudo. É perigoso, é realmente perigoso”, afirmou.

FHC disse ainda que duvida que o ministro do STF vá participar de uma “aventura” como se candidatar à presidência e que é difícil imaginá-lo na vida partidária. “Ele não tem o traquejo, o treinamento para isso. Uma coisa é você ter uma carreira de juiz. Outra coisa é você liderar um país.”

O ex-presidente afirmou que tem admiração por Joaquim Barbosa mas não crê que ele tenha as características necessárias para conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises no país.

RETROSPECTIVA

Convidado a fazer um balanço do ano, FHC disse na entrevista que muita coisa desagradável aconteceu em 2013. “É difícil dizer o que foi pior no Brasil. Para começar, a economia vai balançando numa direção perigosa. Segundo, a violência.”

Questionado sobre quais foram as boas notícias do ano, FHC fez piada. “A boa notícia foi termos sobrevivido a tudo isso. Já estou com 82 anos, a cada ano que passa me dá uma alegria enorme.”

Folha

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Condenações STF: Se forçou troca de juízes, Joaquim praticou “coronelismo”, diz associação

(De Fernando Rodrigues – UOL)

KENARIK_BOUJIKIAN_FOLHAPRESS_SERGIO_LIMA_4.DEZ_.2007A AJD (Associação Juízes para a Democracia) soltou uma nota nesta segunda-feira (25.nov.2013) na qual afirma que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pode ter cometido “coronelismo judiciário” se ficar mesmo comprovado que o magistrado pressionou pela troca do juiz que coordena a execução das penas dos condenados no mensalão.

Entidade não governamental, a Associação Juízes para a Democracia diz “manifestar sua preocupação com notícias” a respeito de Joaquim Barbosa ter feito “pressão para a troca de juízes de execução criminal”.

A presidente da associação, Kenarik Boujikian, disse ao Blog estar “chocada” com a possibilidade de Barbosa ter, de fato, feito pressão pela troca de juízes. Embora não exista um ato de ofício do presidente do STF, o fato se consumou no domingo (24.nov.2013). O titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Ademar Silva de Vasconcelos deixou de cuidar da prisão de mensaleiros. Em seu lugar ficou o juiz da VEP Bruno André da Silva Ribeiro.

Em sua nota, a Associação Juízes para a Democracia diz requerer esclarecimentos de Joaquim Barbosa. “A acusação é uma das mais sérias que podem pesar sob um magistrado que ocupa o grau máximo do Poder Judiciário e que acumula a presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na medida que vulnera o Estado Democrático de Direito”, diz o texto.

“O povo não aceita mais o coronelismo no Judiciário”, afirma a associação no documento. A presidente da entidade, a juíza Kenarik Boujikian, diz que essa prática, o “coronelismo no Judiciário” é uma descrição correta se de fato ficar comprovada a pressão de Joaquim Barbosa para a troca de juízes.

Para Kenarik Boujikian, o presidente do STF não teria sequer que se dirigir ao juiz da Vara de Execuções Penais, quanto mais pressionar pela troca. “Imagine a insegurança que causa na sociedade? Saber que um juiz pode ser trocado”, diz ela.

O Blog enviou a nota da associação para a asessoria da presidência do STF, mas não houve comentários.

A seguir, a íntegra da nota da Associação Juízes para a Democracia:

“São Paulo, 25 de novembro de 2013.

“O ministro Joaquim Barbosa está com a palavra

“A Associação Juízes para a Democracia, entidade não governamental, cujos objetivos estatutários, dentre outros, são: o respeito absoluto e incondicional aos valores jurídicos próprios do Estado Democrático de Direito; a realização substancial, não apenas formal, dos valores, direitos e liberdades do Estado Democrático de Direito; a defesa da independência do Poder Judiciário não só perante os demais poderes como também perante grupos de qualquer natureza, internos ou externos à Magistratura vem a público para:

“a) Manifestar sua preocupação com notícias que veiculam que o Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, estaria fazendo pressão para a troca de juízes de execução criminal e

“b) Requerer que ele dê os imprescindíveis esclarecimentos.

“A acusação é uma das mais sérias que podem pesar sob um magistrado que ocupa o grau máximo do Poder Judiciário e que acumula a presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), na medida que vulnera o Estado Democrático de Direito.

“Inaceitável a subtração de jurisdição depositada em um magistrado ou a realização de qualquer manobra para que um processo seja julgado por este ou aquele juiz.

“O povo não aceita mais o coronelismo no Judiciário.

“A Constituição Federal e documentos internacionais garantem a independência judicial, que não é atributo para os juízes, mas para os cidadãos.

“Neste tema sempre bom relembrar a primorosa lição de Eugenio Raúl Zaffaroni: “ A independência do juiz … é a que importa a garantia de que o magistrado não esta submetido às pressões do poderes externos à própria magistratura, mas também implica a segurança de que o juiz não sofrerá as pressões dos órgãos colegiados da própria judicatura” ( Poder Judiciário, Crise, Acertos e Desacertos, Editora Revista dos Tribunais).

“Não por outro motivo existem e devem existir regras claras e transparentes para a designação de juízes, modos de acesso ao cargo, que não podem ser alterados por pressão das partes ou pelo Tribunal.

“O presidente do STF tem a obrigação de prestar imediato esclarecimento à população sobre o ocorrido, negando o fato, espera-se, sob pena de estar sujeito à sanção equivalente ao abuso que tal ação representa.

“A Associação Juízes para a Democracia aguarda serenamente  a manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal.

“Kenarik Boujikian, presidenta da Associação Juízes para a Democracia”

Opinião dos leitores

  1. A suprema corte, no dia 14/11/2013 – o dia em que a VEP fechou, tentou contato com o juiz titular da VEP, Dr. Ademar Silva de Vasconcelos, mas não o encontrou, também não encontrou o juiz substituto Dr. Angelo Fernandes de Oliveira e também não deve ter encontrado os dois outros juízes substitutos temporários. A suprema Corte só encontrou o juiz substituto André Bruno da Silva Ribeiro, filho de casal PSDBista. Bruno da Silva estava em férias, quem sabe, por isso mesmo, curiosa e ironicamente, foi fácil encontrá-lo e a ele endereçar as cartas de sentenças das prisões efetuadas no feriado de 15 de novembro. Certamente, referidas cartas não poderiam ser enviadas à VEP, sem um contato com o juiz que caberia recebê-las, por quê? É isso mesmo? Assim opera o judiciário brasileiro? De que lado está a leniência? Houve um corte supremo e ainda de quebra, tenta-se, ardilosamente, manchar ética e funcionalmente, o titular da VEP, homem íntegro e equilibrado. Que vergonha!

  2. Muito bom Sérgio. Queremos JUSTIÇA e não shows a custa do erário para autopromoção e locupletamento de VAIDADES. E segundo um ditado popular antigo "JUSTIÇA PRA SER BOA TEM QUE COMEÇAR DE CASA". O u seja, O EXEMPLO é fundamental. CHEGA DE TANTOS ABUSOS DE AUTORIDADES E DESVIOS DE FINALIDADES. Queremos que os réus, TODOS OS RÉUS, E NÃO APENAS ALGUNS escolhidos a dedo, sejam denunciados, julgados, condenados e cumpram as suas sentenças nas mesmas circunstâncias e condições. Essas últimas notícias se forem confirmadas, são um acinte ao povo inocente e/ou fanatizado por ilusões visando "outros" objetivos que não apenas o CUMPRIMENTO DO DEVER que aliás, todo servidor Público deve cumprir com zelo e eficiência.
    Do contrario, proponho para a saudação de Barbosa, o braço direito levantado em um ângulo de aproximadamente 45 graus na horizontal e ligeiramente na lateral, podendo ser elevado em 90 graus (principalmente em multidões onde não haveria espaço para colocar o braço estendido para a frente) , e acompanhado das palavras Sieg Heil!, Heil Hitler!, Heil mein Führer! (Salve, meu líder – quando endereçada ao próprio Barbosa), ou simplesmente Heil!, geralmente dito em voz alta e repetidas três vezes.
    AVE BARBOSA!

  3. Melhor é um Juiz praticar "Coronelismo Judiciário" do que "Bundamolismo Judiciário". Juiz, panaca, palerma, frouxo e bunda mole, na jurisdição de qualquer país, não serve para a efetividade da Justiça. É um atentado à dignidade da Justiça.

  4. É uma pouca vergonha, querer chamar o povo brasileiro de IDIOTAS, os réus do Mensalão foram condenados e presos por serem bandidos que merecem estar atrás das grades, inclusive faltou o molusco, grande chefão que ficou de fora.
    O interessante é que o Genuino falou que não pode ser LADRÃO pois nunca pegou em nenhum valor de mensalão, então segundo essa teoria, assassino é somente o que executa, o que manda é um pobre inocente, isso é ridículo.
    Deveriam ser novamente processados por caluniarem todo um julgamento que foi todo executado sob os cuidados das observâncias das leis em vigor do Estado Democrático, pois estão simplesmente alegando que são presos políticos.
    Graças a Deus a justiça foi feita pra bandido engravatado, mas o que é mais triste nesta história é que ainda tem gente que votará e apoiará estes condenados, eleitores corruptos que apoiam políticos corruptos, eles se merecem.

  5. O juiz escolhido por Joaquim Barbosa para cuidar das prisões da Ação Penal 470, Bruno Ribeiro, é filho de um dirigente do PSDB no Distrito Federal, o ex-deputado Raimundo Ribeiro, coloca sob suspeita as escolhas do presidente do Supremo Tribunal Federal. Bruno é filho de pais que têm feito uma espécie de militância na internet em relação ao caso.

    A mãe do juiz, Luci Rosane Ribeiro, lotou sua página nas redes sociais com posts ora alusivos ao julgamento, ora em defesa do PSDB. Num deles, há a seguinte frase, com a foto de Joaquim Barbosa: "Eu me matando para julgar o mensalão e você vota no PT? Francamente." A frase nunca foi dita por Barbosa, mas faz parte de uma peça anti-PT espalhada na internet.

    Por mais que tenha chegado à magistratura por méritos, Bruno Ribeiro terá suas ações sempre contestadas no caso. Seu pai, repita-se, é integrante da Executiva do PSDB no Distrito Federal. Sua mãe, propagandista de Joaquim Barbosa e militante assumida anti-PT.

  6. Acrescentaria a lista de coisas que o povo não aceita mais do Judiciário esses itens:
    a) Férias de 60 dias por ano;
    b) Recesso de mais 20 por ano;
    c) Não trabalhar as sextas feiras, vésperas de feriado e dias imprensados;
    d) Receber auxílios de toda sorte e natureza;
    e) Não ter compromisso com a produtividade deixando processos mofando nos armários;
    f) O corporativismo e
    g) As indecorosas aposentadorias compulsórias.
    Seriam esses itens um bom começo para essa associação pela democracia demonstrar sua seriedade, caso contrário é só mais uma que teve seus interesses não atendidos, ameaçados ou combatidos por JB.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Joaquim Barbosa não descarta candidatura à Presidência e acha 'muito difícil' que fique até os 70 anos no STF

2013101454693O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, deixou em aberto a possibilidade de candidatar-se à Presidência da República e disse que é “muito difícil” que continue a ser ministro da Corte até completar 70 anos de idade, quando seria obrigado a se aposentar. Ele afirmou que este não é o momento para pensar no assunto, mas não descartou a hipótese de se lançar ao cargo no futuro. O tema foi tratado nesta segunda-feira, na 8ª Conferência Global de Jornalismo investigativo, realizada no Rio de Janeiro, no campus da PUC-Rio. O ministro discursou por cerca de 15 minutos e depois respondeu a perguntas de jornalistas. Barbosa falou sobre a necessidade de uma reforma política, se posicionou diante da polêmica sobre a censura às biografias não autorizadas e analisou a cobertura da imprensa sobre Poder Judiciário, entre outros assuntos.

– Acho difícil, acho muito difícil – disse ele, que tem 59 anos, quando perguntado se seria ministro até os 70 anos.

– Eu não tenho, no momento, nenhuma intenção de me lançar à Presidência da República. Mas pode ser que no futuro eu tenha tempo para pensar sobre isso – acrescentou.

Perguntado sobre qual dos candidatos teria mais simpatia para a disputa à Presidência em 2014, ele foi vago:

– Acho difícil… O quadro político partidário no Brasil não me agrada nem um pouco.

Barbosa falou a uma plateia de jornalistas sobre a urgência de uma reforma política. Posicionou-se contra o voto obrigatório, a favor das candidaturas avulsas, criticou o excesso “assombroso” de legendas, a “mercantilização” das siglas, e o “coronelismo e mandonismo” na estrutura interna dos partidos.

– O assunto mais premente, mais árduo de todos, é a questão da reforma política. O povo tem sido sistematicamente ignorado, colocado à parte das decisões políticas do nosso país, da nossa polis. É a natureza tortuosa do nosso sistema político, movido por um combustível nada limpo, que é o dinheiro de origem duvidosa, que tem causado a grande desafeição do cidadão para com a política.

Segundo ele, após as manifestações de junho houve uma “acomodação”.

Sobre a polêmica dos casos de proibição de biografias não autorizadas, Barbosa disse que não há censura prévia no Brasil. Ele considera que há direitos em choque. O ministro sugeriu que se desse 10 anos depois da morte de uma pessoa para que se pudesse escrever o que quiser sobre a figura pública.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Joaquim Barbosa diz que número de partidos é "péssimo" para o país e ainda detona "juízes medrosos"

 

Índice Na semana seguinte à aprovação de dois novos partidos políticos pela Justiça Eleitoral, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, disse que o número de siglas no Brasil é “péssimo para a estabilidade do sistema político” e que, “mais cedo ou mais tarde”, o país terá de adotar uma cláusula de barreira.

“Nenhum sistema político funciona bem com 10, 12, 15, muito menos com 30 partidos”, afirmou Barbosa.

Na terça-feira da semana passada, a Justiça autorizou a criação do Pros e do Solidariedade, o que elevou o número de siglas no país a 32.

Nesta semana, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir sobre a criação da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva. Sem ter cumprido todos os requisitos legais, o grupo sinaliza que pode recorrer ao Supremo se tiver o registro negado.

Para Barbosa, “o caminho” para reduzir o número de partidos é a cláusula de barreira: “Só sobrevivem aqueles partidos que continuam a ter representatividade no Congresso”, afirmou. “É algo que existe em muitos outros países. Nós tínhamos a cláusula, mas o Supremo declarou inconstitucional.”

Prevista na Lei dos Partidos Políticos, de 1995, a norma que restringiria o funcionamento de siglas que não tivessem recebido ao menos 5% dos votos nas eleições para deputado federal foi derrubada em 2006, antes de começar a valer plenamente.

Barbosa deu as declarações após participar de um seminário a empresários promovido pela revista “Exame”, em São Paulo.

No debate, disse que não existe sistema Judiciário mais confuso que o brasileiro e que a Justiça precisa ser mais “célere” e “eficiente”.

“Não há sistema judiciário mais confuso que o nosso. O sistema legal brasileiro precisa desesperadamente de simplicidade, eficiência e eficácia”, declarou o ministro.

No palco, Barbosa foi questionado sobre mecanismos de combate à corrupção dentro do Judiciário e, como resposta, criticou o sistema de escolha de magistrados para as cortes superiores. Segundo ele, juízes federais estão expostos a influências políticas, um dos “fenômenos mais perniciosos” do Judiciário.

“Só não aplica a lei o juiz que é medroso, comprometido ou politicamente engajado. Todo juiz federal tem a expectativa de subir ao tribunal superior, a Constituição prevê, mas não há mecanismos que criem automatismos permitindo que ele progrida, sem sair com o pires na mão para conseguir essa sua promoção, […] sem que políticos tenham que se intrometer.”

Folha

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Desiludido com rumo do julgamento do Mensalão, Joaquim Barbosa embarcará para os EUA

imagesO presidente do Supremo Tribunal Federal não poderia estar mais decepcionado com o rumo do julgamento do mensalão. “A sensação é de oito anos de trabalho perdido” diz fonte próxima ao ministro. A perspectiva de que a Corte livrará da prisão os principais mentores do golpe do mensalão é iminente. Desiludido, Barbosa embarca para os Estados Unidos na próxima terça-feira. Deixará o comando do Tribunal e do julgamento por uma semana nas mãos do vice, Ricardo Lewandowski, revisor do mensalão, que imprimirá condução oposta à do relator ao caso mais rumoroso já julgado pelo STF.

O presidente do Supremo viajará aos Estados Unidos para atender a compromisso pré-agendado junto à Universidade de Yale.  A ausência não deve se estender por mais do que uma semana, mas a atitude é simbólica, já que é a ele que deve ser encaminhado o eventual pedido de prisão imediata dos condenados, encerrada a etapa de apreciação dos recursos. A iniciativa deverá ser tomada pelo novo chefe do Ministério Público, Rodrigo Janot, empossado nesta terça.

A viagem também afasta Barbosa do Tribunal em momento crítico para o STF. Na sessão de hoje, o ministro Celso de Mello deverá dar voto de desempate favorável à análise dos embargos infringentes. O recurso, na prática, abre as portas para a absolvição de 11 réus dos crimes de formação de quadrilha  e lavagem de dinheiro.

Mello, no entanto, embora aceite apreciar os recursos, deverá manter a condenação dos réus por formação de quadrilha. Ainda assim, a expectativa é de que eles obtenham 6 votos pela absolvição neste crime.

Christina Lemos – R7

Opinião dos leitores

  1. Se pudesse também iria, pois dá vergonha ser brasileiro e ter a suprema corte de justiça do país transformada em banca de negociatas.

  2. O Ministro Celso de Mello foi o relator da célebre sessão que deixou um monstro solto, mesmo sendo réu confesso e condenado pelo Tribunal do Júri. Estou falando de Pimenta Neves, que após dar o primeiro tiro em Sandra Gomide (uma MULHER !, em quem "não se bate nem com uma flor"), caminhou lentamente em direção a ela ouvindo "Pimenta, não, pelo amor de Deus, Pimenta, não !" e atirou novamente, calmamente, contra ela, caída no chão. E este Supremo Tribunal Federal é a Corte que considerou inconstitucional a proibição de progressão de regime para os crimes hediondos. Assim sendo, eu posso estuprar e matar uma criançinha, ser condenado à pena máxima, ter um bom comportamento no presídio (de preferência com uma Bíblia debaixo do suvaco) e em aproximadamente quatro anos estou livre novamente. Tudo graças a estes homens de fala difícil e gestos aristocráticos, que com certeza não devem ter filhos nem netos. VERGONHA DE SER BRASILEIRO !!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

OAB pede investigação sobre compra de imóvel nos EUA por Joaquim Barbosa

Representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Conselho Nacional do Ministério Público, Almino Afonso cobrou ontem investigação sobre a compra de apartamento em Miami pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

Conforme a Folha revelou, Barbosa criou a Assas JB Corp., no Estado da Flórida (EUA), para a aquisição do imóvel em 2012, o que lhe permite benefícios fiscais.

Seu apartamento, de 73 m², tem quarto, sala, cozinha e banheiro. O valor do imóvel é estimado no mercado entre R$ 546 mil e R$ 1 milhão.

Durante sessão do Conselho, Afonso disse que o fato de Barbosa ser proprietário da empresa está em desacordo com a Loman (Lei Orgânica da Magistratura).

Pela norma, um magistrado não pode ser diretor ou sócio-gerente de uma empresa, apenas cotista.

Almino Afonso também defendeu que o Ministério Público apure o fato de o ministro do STF ter fornecido o endereço do imóvel funcional onde mora como a sede da empresa.

Decreto que rege a ocupação de móveis funcionais não permite o uso do bem para fim que não seja de moradia.

“Agora virou moda e até mesmo ministro da Suprema Corte compra apartamento no exterior usando uma empresa como se isso fosse comum, apesar da Loman não aceitar. Por certo isso será objeto de apuração do MP”, disse.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a assessoria de Joaquim Barbosa informou que todas as explicações sobre a compra do imóvel já foram dadas, e que o mesmo foi adquirido em conformidade com a legislação norte-americana.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Vejo como totalmente desnecessário,
    A prática de compra pelo uso de empresas é comum ao meio americano, sendo por vezes recomendada.

    Ora,
    Querer que Joaquim, por ser autoridade, pague mais impostos pelos simples fato da função que exerce é por demais vergonhosa.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Joaquim Barbosa já xingou jornalista, brigou com ministros e deixou Dilma no vácuo; veja polêmicas

Untitled-1O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, não para de se envolver em situações polêmicas. Desde que ganhou notoriedade por sua atuação incisiva contra os réus durante o julgamento do mensalão, o ministro coleciona situações que o colocam em evidência na mídia.

Relembre os principais momentos:

Durante cerimônia de recepção ao papa Francisco no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (22), Barbosa deixou de cumprimentar a presidente Dilma Rousseff após apertar a mão do pontífice.  Para explicar a gafe, a assessoria do ministro afirmou que os dois já haviam se encontrado pouco antes da cerimônia, o que o levou a achar que o cumprimento em público seria desnecessário;

No último final de semana, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que Barbosa comprou um apartamento em Miami (EUA), em 2012, utilizando para isso uma empresa que teria aberto exclusivamente para obter benefícios fiscais. Pela manobra, o apartamento poderá eventualmente ser vendido pelos herdeiros do ministro após sua morte com diminuição no custo dos impostos. A lei norte-americana prevê que se o imóvel for comprado por pessoas físicas, até 48% do valor poderá ficar para o governo no momento em que ele fosse passado para os herdeiros. Com a compra sendo executada por uma pessoa jurídica, não há essa cobrança de impostos.

A assessoria do STF disse que o negócio foi feito em conformidade com as leis norte-americanas e brasileiras e que tanto a empresa quanto o imóvel foram declarados ao Imposto de Renda;

Na esteira de denúncias contra autoridades que utilizaram aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para fins particulares, Barbosa ganhou o noticiário por ter usado recursos da Corte para se deslocar ao Rio de Janeiro no final de semana de 2 de junho, quando assistiu ao jogo Brasil e Inglaterra no estádio do Maracanã. O ministro não cometeu, no entanto, nenhuma ilegalidade, já que tem direito a uma cota em dinheiro para viajar à cidade onde tem residência;

A ida ao jogo no Rio de Janeiro também lançou holofotes sobre Barbosa porque ele ficou no camarote do casal de apresentadores Luciano Huck e Angélica. Uma semana depois, veio a público a contratação do filho do ministro para a produção do programa apresentado por Huck;

Em março deste ano, Barbosa teve que se desculpar, por meio de nota oficial, por ter chamado um repórter do jornal O Estado de S.Paulo de “palhaço” e por tê-lo mandado “chafurdar no lixo”. O episódio ocorreu na saída do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), quando vários repórteres abordaram o ministro . De acordo com o comunicado do Supremo, a sessão havia sido longa e Barbosa estava “tomado pelo cansaço e por fortes dores”, por isso “respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter”

O repórter que recebeu a ofensa de Barbosa tentava repercutir as críticas que ele recebeu de associações de magistrados pro dito em entrevista a agências internacionais que os magistrados do Brasil são “pró-impunidade”;

Outra declaração do ministro que causou mal-estar entre seus colegas foi a de que existe um conluio entre juízes e advogados. Durante julgamento no qual o CNJ determinou a aposentadoria compulsória de um magistrado do Piauí acusado de beneficiar advogados, Barbosa disse que muitos juízes devem ser colocados para fora da carreira;

Barbosa também se “queimou” quando comentou a criação novos TRFs (Tribunais Regionais Federais), aprovada pelo Congresso. Em reunião com dirigentes de associações de juízes, o ministro disse que a aprovação ocorreu de forma “sorrateira” e “à base de cochichos”. O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nota em que chama de “impertinentes e ofensivas” as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal;

Outra atitude que colocou o ministro na mira da mídia foi a reforma de quatro banheiros de seu apartamento funcional que supostamente custaria R$ 90 mil aos cofres do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a Corte, os gastos altos se devem ao material de “primeira qualidade” usado na obra

R7

Opinião dos leitores

  1. O ministro se envolve em situações constrangedoras por sempre falar a verdade.
    É verdade sim que a criação dos novos TRFs ocorreu de forma “sorrateira” e “à base de cochichos”. É verdade sim que o congresso é pau mandado do poder executivo. É verdade sim que tem muito juiz em conluio com advogado…

  2. Nunca ouvi falar que arrogância e prepotência somadas a orgulho e vaidade fossem virtudes a serem cultivadas e elogiadas. Antes o contrário, humildade reflete grandeza e simplicidade, gentileza e educação são sinais de almas maduras, emancipadas e plenas de sabedoria e bondade.
    Não vejo nada disso no pomposo pavão que preside temporariamente o STF, PERDENDO UMA IMPORTANTE OPORTUNIDADE PARA DEMONSTRAR GRANDEZA E ESPIRITO PÚBLICO SUPERIOR, SEMPRE EXIGIDO DE QUEM OCUPA CARGOS PÚBLICOS ELEVADOS OU NÃO. Pois até os servidores de mais baixo nível são obrigados por seus regimes estatutários a tratar a todos indistintamente com cortesia e urbanidade. Lamentável comportamento de um homem público ocupante de cargo de tal envergadura, e mal conduta de um servidor público que se acha acima de todos, especialmente dos que o contrariam ou dele discordam.

  3. Ele está certíssimo! A que quer se passar por santa na frente do Papa, deveria ter divulgado em seu discurso, que ela e seu partido repleto de assassinas de fetos, composto por, movimentos feministas que quinta categoria e outras aberrações tais quais, a "Marcha das Vadias", que lutarão com todas as forças para legalizar o aborto. Pena que eles achem que vão tocar essa ideologia assassina aqui no Brasil e não vão ser combatidos. Eles não perdem por esperar.

  4. Grande aproveitador do momento frágil que o país está passando. Já disse publicamente que votou em LULA e DILMA, e disse também que não se arrependeu disso. Hoje em dia, esnoba e se diz contra os mesmos. O povo Brasileiro acha bonito essa palhaçada que ele tá fazendo, e ainda pede ele como presidente da república. Isso não é atitude nem de um MERO CIDADÃO, quem dirá de um presidente do Supremo ou da REPÚBLICA.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Joaquim Barbosa pede ajuda de Dilma para ações no sistema prisional

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, esteve na manhã desta sexta-feira com a presidente Dilma Rousseff para pedir apoio a ela para um conjunto de medidas que a Justiça pode implementar para melhorar o sistema prisional do Brasil. Este foi o segundo encontro dos dois desde que teve início a onda de manifestações.

A reunião desta sexta durou cerca de uma hora e começou pontualmente às 11h30, como estava previsto na agenda. Joaquim Barbosa saiu do Planalto sem falar com a imprensa.

No último dia 25 de junho os presidentes dos dois Poderes, Executivo e Judiciário, também se encontraram. Na ocasião discutiram temas relacionados aos cinco pactos que Dilma havia anunciado como resposta ao clamor popular: pela reforma política, saúde, educação, estabilidade fiscal e transporte público. Joaquim Barbosa deu a sugestão de que houvesse a possibilidade de o eleitor revogar o mandato de políticos que não respondessem às expectativas, uma espécie de “recall”

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Maioria dos manifestantes de SP votaria em Joaquim Barbosa, diz pesquisa

A pesquisa Datafolha publicada ontem aponta que a maioria dos manifestantes de São Paulo tem preferência por Joaquim Barbosa (presidente do STF) para ser o próximo presidente da República, embora ele não seja pré-candadito ao cargo.

O instituto paulista entrevistou 551 pessoas durante o manifesto da última quinta-feira.

Joaquim Barbosa receberia o voto de 30% dos manifestantes paulistanos. Na segunda colocação apareceu a ex-senadora Marina Silva, que ainda corre para fundar um novo partido. A atual presidenta Dilma (PT) ficou em terceiro, com 10% da preferência.

Aécio Neves (PSDB), senador por Minas Gerais, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foram citados por 5% e 1% dos manifestantes, respectivamente.

Opinião dos leitores

  1. Essa pesquisa retrata o grau de alienação política dos manifestantes, em que pese a validade da muitos dos seus protestos e reivindicações. Joaquim Barbosa é uma mistura de Jânio Quadros com Collor, talvez com menos substância.

    1. Usar uma pesquisa do DataFalha, realizada apenas em SP, para sentenciar que "os manifestantes", como grupo, tem alto grau de alienação, não é um tanto apressado?

      Se esta pesquisa merece alguma confiança, ela apenas reflete o grau de decepção de muitos manifestantes com os políticos tradicionais e a necessidade de uma reforma política.

  2. Pelo momento que vive o País, é natural que surjam as mais variadas ideias sobre prováveis candidatos em 2014, sem dúvida que o Ministro Joaquim Barbosa, reúne muitas qualificações para o cargo, na minha opinião um grande nome, vamos aguardar até porque antes de mais nada, é preciso que ele aceite.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Língua afiada: Joaquim Barbosa critica Congresso e ataca partidos políticos brasileiros

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou duramente a atuação do Congresso Nacional nesta segunda-feira, em palestra dada a estudantes de Direito de uma faculdade privada em Brasília. Segundo o ministro, o Congresso é dominado pelo Executivo e se notabiliza por sua ineficiência e incapacidade de deliberar. Afirmou ainda que os partidos no Brasil são de mentirinha, sem preocupação programática, e que seus líderes querem apenas o poder pelo poder. Disse também que a Câmara é composta em grande parte por parlamentares que não representam a população.

— O problema crucial brasileiro, a debilidade mais grave do Congresso brasileiro é que ele é inteiramente dominado pelo Poder Executivo. O Congresso não foi criado para única e exclusivamente deliberar sobre o poder executivo. Cabe a ele a iniciativa da lei. Temos um órgão de representação que não exerce em sua plenitude o poder que a Constituição lhe atribui, que é o poder de legislar — disse ele, lembrando que a maioria das leis aprovadas são de autoria do Executivo.

O ministro também foi duro com os partidos:

— Outro problema é a questão partidária. Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E nem pouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder. Esta é uma das grandes deficiências, a razão pela qual o Congresso brasileiro se notabiliza pela sua ineficiência, pela sua incapacidade de deliberar. Ora, poder que não é exercido é poder que é tomado, exercido por outrem, e em grande parte no Brasil esse poder é exercido pelo Executivo — disse Barbosa.

Para o ministro, um dos problemas da representação política brasileira é o sistema proporcional usado para eleger os deputados. Por esse sistema, os votos de todos os candidatos de um partido ou coligação são somados. A partir daí, calcula-se a quantidade de vagas que esse partido ou coligação tem direito. Assim, um candidato bem votado ajuda a eleger outros. E mesmo os votos dos que não são eleitos entram nessa conta e também ajudam o partido a conquistar mais cadeiras na Câmara. Para o ministro, esse sistema — em que o eleitor escolhe um candidato, mas contribui para a eleição de outro — faz com que a população não se sinta representada. A solução seria a adoção do sistema distrital, dividindo o país em vários distritos. Cada distrito elegeria apenas o candidato mais votado.

— O poder legislativo, especialmente a Câmara dos Deputados, é composto em grande parte por representantes pelos quais não nos sentimos representados, por causa do sistema eleitoral que não contribui para que tenhamos uma representação clara, legítima. Passados dois anos da eleição ninguém sabe mais em quem votou. Isso vem do sistema proporcional. A solução seria a adoção do voto distrital para a Câmara dos Deputados.

Para o ministro, o sistema distrital traria mais qualidade ao Parlamento.

— O sistema distrital permitiria uma qualificação do Congresso Nacional. Hoje temos um Congresso dividido em interesses setorizados Há uma bancada evangélica, uma do setor agrário, outra dos bancos. Mas as pessoas não sabem isso, porque essa representatividade não é clara — criticou o presidente do STF.

Segundo o ministro, o Congresso não cumpre o papel de fazer a reforma do sistema político.

— Não cabe ao STF por decisões judiciais individuais reformar o sistema político. Esta é uma atribuição magna do Congresso Nacional, que infelizmente vem sendo postergada —disse o ministro.

Não foi apenas a Câmara que mereceu críticas do ministro. Ele também foi duro com o Senado Federal, dando como exemplo a votação da medida provisória (MP) dos portos. Na semana passada, após longos debates na Câmara, o Senado levou poucas horas para apreciar a matéria.

— Os excessos da Câmara dos Deputados podem ser controlados pelo Senado Federal. Ou seja, o Senado Federal, como é um órgão composto por pessoas mais idosas, experientes, em geral ex-governadores, poderia controlar, conter os excessos e saliências da Câmara dos Deputados. Mas olha, nós tivemos na semana passada um contraexemplo disso. Uma medida provisória de extrema urgência. Teve seu tempo de exame de deliberação esgotado na Câmara até o último dia. E o Senado só teve algumas horas para se debruçar sobre aquele o texto. Daí se vê a dificuldade de configuração desse controle do Senado sobre a Câmara dos Deputados na nossa experiência — afirmou Barbosa.

O ministro também voltou a criticar a proposta de emenda constitucional (PEC) 33, que tramita no Congresso. A proposta dá ao Parlamento a palavra final sobre algumas decisões do STF, como a de declarar a inconstitucionalidade de emendas à Carta Magna. Para o ministro, a PEC não é um meio legítimo de exercer o sistema de pesos e contrapesos, em que um poder controla os excessos do outro.

— Evidentemente que não são meios de consolidar o sistema de freios e contrapesos. São sim reações á decisões do STF. Se levadas adiante essas tentativas, nós teríamos destruído a Constituição brasileira, todo mecanismo de controle de constitucional que o Supremo exerce sobre as leis. Significaria o fim da Constituição de 88. Eliminaria o controle judicial — disse o ministro.

De O Globo

Opinião dos leitores

  1. Podem até dizer que Joaquim Barbosa é bruto e grosso, mas uma coisa é fato: nunca vi ele dizendo uma mentira.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Ministério da Justiça só garante R$ 24 milhões para construção de dois presídios no RN

Durou uma hora e quarenta minutos a audiência da governadora Rosalba Ciarlini com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir medidas emergenciais que amenizem o grande problema do sistema carcerário do Estado. Durante a audiência convocada pelo presidente do STF, ficou garantida a liberação de R$ 24 milhões para o Rio Grande do Norte construir dois presídios com capacidade, cada um, para 600 presos.

A governadora Rosalba Ciarlini disse que o valor era insuficiente para a construção das duas unidades prisionais e fez um apelo para que o Ministério da Justiça libere mais R$ 8 milhões que viabilizem a construção dos presídios pleiteados. O ministro José Eduardo Cardozo ficou de estudar a viabilização do pedido.

O secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Júlio César de Queiroz, também presente à reunião, explicou que o custo estimado para a construção de uma unidade prisional para o Rio Grande do Norte com 603 vagas é de R$ 16,5 milhões. Os recursos serão do Governo Federal com contrapartida do Estado de até 10%. Porém, o montante disponibilizado pelo Ministério da Justiça não contempla a totalidade de recursos necessários para a construção dos dois presídios.

“A ideia era de que conseguíssemos, de imediato, a sinalização para os R$ 8 milhões que restam para a construção da segunda unidade prisional. No entanto, o ministro Eduardo Cardozo se comprometeu a verificar a possibilidade de suplementação dos recursos e nos dar uma resposta em até 60 dias”, explicou o secretário Júlio César de Queiroz.

O modelo da unidade segue o do projeto desenvolvido para o estado do Pará e já aprovado anteriormente pelo Ministério da Justiça. Nesta quinta-feira (16), o titular da Sejuc assinou com o secretário de Justiça do estado do Pará, o Termo de Cessão do projeto para a construção da unidade prisional do Pará para que este possa ser utilizado pelo RN.

A chefe do Executivo Estadual informou aos ministros do STF e da Justiça que o seu governo está investindo recursos próprios na ordem de R$ 6 milhões na adequação de presídios e gerar 500 novas vagas. Além destas, a construção das duas unidades prisionais abririam mais 1,2 mil novas vagas, o que reduziria o déficit de 2,5 mil para 800 vagas.

Além do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a governadora esteve acompanhada dos secretários de Estado da Justiça, Júlio César de Queiroz, e de Infraestrutura, Kátia Pinto, e do representante do Poder Judiciário, juiz Henrique Baltazar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *